CelleXty Saga

Entre Santos e pecadores!


Alguns dias se passaram desde a invasão ao centro de Osasco. A neve havia se dissipado, sendo um sinal que os vampiros conhecidos apenas como Os Sete já não influenciavam a região. O encontro com os dois destes seres sanguinários trouxe um gosto amargo de vitória. Os CelleXtys sentiam pela segunda vez, a dor de perder seus entes queridos. Acordador utilizou o seu poder de despertar os mortos e trouxe de volta à vida cinco CelleXtys que haviam morrido recentemente em razão do Vírus Legado. Graças à ação conjunta dos heróis, dos novos integrantes da equipe e a ajuda dos vampiros Caitiff, os mortos foram derrotados, porém, Acordador e Tempestade dois membros dos Sete, fugiram do local. Para o vampiro Simeão a perda foi ainda maior. Todos os Caitiff que lutaram ao seu lado pereceram na batalha. Basco, então, lhe faz um convite inusitado.... Juntar-se a equipe. Todos concordaram com a oferta e Simeão apesar da reluta inicial, sabia que não seria aceito no Mascarade e o Cemitério da Consolação foi tomado por vampiros de um dos clãs. Isso lhe deixava sem muitas opções. Todos agora se mantinham em alerta aguardando uma segunda onda de ataques e eles não tardam a acontecer.

....

Os CelleXtys começam a fazer rondas pelo centro de São Paulo e algumas regiões da Grande São Paulo, como Osasco. Em duplas ou trios, buscavam pistas sobre possíveis “ninhos” onde Os Sete poderiam estar escondidos. Em uma das rondas, Basco, Gregory e Simeão recebem um pedido de socorro da Boate Mascarade. Ao se dirigirem até o local encontram a casa de espetáculos secular intacta do lado de fora, porém, em seu interior reinava apenas a morte. Havia cinzas do que antes eram dezenas de vampiros. Alguns corpos carbonizados mantinham a sua última posição enquanto estavam “vivos”. Já outros detinham uma careta de total pavor, mas que ao mínimo toque se esfarelavam. Simeão relembrou que nos finais de semana a casa recebia uma grande quantidade de humanos, mas durante a semana era repleta de vampiros. Era quarta-feira e já passavam das 22 horas. Gregory caminhava dentre os corpos e percebe que aquilo havia acontecido há dias. Em seu íntimo ele não conseguia sentir pena ou lamentar por aqueles vampiros carbonizados. Havia sofrido muito nas mãos de frequentadores daquele lugar quando era criança. Simeão suspeitava que o local havia sido destruído ao mesmo tempo em que todos os CelleXtys e os Caitiff estavam enfrentando Tempestade e Acordador em Osasco! Já Basco não se deixava impressionar. Após ter presenciado tantas coisas horrendas no Limbo, o seu coração aceitava com maior tranquilidade situações como aquela. Mas o jovem com sangue libanês estava intrigado com o desenrolar desta trama lusitana. Para Khassan, Tempestade e Acordador serem os únicos a enfrentar os CelleXtys em Osasco enquanto os demais membros dos Sete terem destruído o Mascarade tinha algum motivo diabólico.

Enquanto caminhavam por entre os destroços e restos dos imortais, Simeão ouve algo...uma respiração mais ofegante e aparentemente com timbres de raiva ou nervosismo. A respiração era tão sutil que parecia ser de um vampiro, mas Simeão lembrou-se que vampiros não respiram de verdade, afinal os seus pulmões não exercem mais as funções para os quais foram criados. O antigo soldado faz um sinal para que Basco e Gregory o seguisse, pois havia farejado algo. Minutos depois, o trio chega no terceiro andar em frente à “Sala Vermelha” a sala de reuniões de Venâncio. Simeão lembra que esteve há pouco tempo no lugar juntamente com La’Vern. O antes majestoso salão agora não passava de um emaranhado de madeiras velhas, cinzas e restos de vampiros, porém, Simeão constata que nenhum deles era Venâncio. Simeão atravessa o salão, passando por cadeiras destruídas, armários pelo chão, mesas viradas e tapeçaria em pedaços até estar próximo a uma das paredes ao fundo. Havia um fundo falso semiaberto revelando uma espécie de closet. Em seu interior um adolescente aparentando ter a idade de Gregory quando ele foi encontrado por Basco há alguns anos. Estava agachado e com os seus braços envolvia suas pernas. Parecia estar em estado de choque!

— Vampiro?— Pergunta Basco

— Humano, por enquanto, mas foi mordido!— Responde Simeão. Um garoto de recados de alguém. Dou menos de 48 horas para ele se transformar— Completa!

— Para mim parece morto!— Respondeu Gregory

— Quando há uma caçada como o que aparentemente houve aqui seria pouco provável que tivessem deixado alguém vivo ou “abraçado” e se eu escutei a respiração desse garoto, lá, da entrada, o que dirá os portugueses— Disse Simeão

— Mas porque então o deixariam para traz?— Perguntou Basco

— Não deixariam! — Responde Simeão

O trio mantém uma posição de ataque e defesa supondo que aquilo se tratava de mais uma armadilha, mas o rapaz sai de dentro do closet, cambaleando e se apoiando na parede. Basco ajuda o menino a se sentar em uma cadeira. Ele afirma que o deixaram para traz, como um aviso!

— Você é um dos Filhos da Meia-Noite, não é? – Pergunta Gregory. Filhos da Meia-Noite era o apelido dado a crianças e adolescentes que eram abraçados, como o próprio Gregory havia sido e apenas foi liberto com a ajuda de Basco. Nos bastidores vampíricos havia um certo acordo de cavalheiros entre os clãs para que crianças não fossem mordidas antes dos 16 anos. Quanto mais jovens, mais poderosos e também mais impulsivos e explosivos são os vampiros. No Clã Toreador, porém, os membros mais humanos da linhagem geralmente justificam sua escolha fingindo salvar seus entes queridos, imortalizar a inocência ou tentar resgatar sua existência solitária através da companhia de um “filho”. No entanto, essas boas intenções muitas vezes terminam mal, porque o sangue amaldiçoado de Cainan* inevitavelmente começa a corroer a psique da criança e a torna-la instável.

— Eles estiveram aqui! Procuravam por um objeto antigo...de Portugal....um punhal de ouro! Um deles disse que sentiu o cheiro aqui no Mascarade. Outro falou que não poderiam deixar o Brasil antes de conseguir esse negócio e a menina! — Respondeu o garoto de forma ofegante e cuspindo sangue!

— Menina? Que menina?— Perguntou Basco

— Eu não sei! Parece que ela estava em Osasco!— Respondeu o garoto!

Para onde eles foram?— Questiona Simeão

— Eles.... eu.... Isso, dói tanto que....

Minutos após o garoto sair do closet, o seu corpo começa a definhar e a escurecer rapidamente. Num piscar de olhos o menino se junta a pilha de cinzas da sala de reuniões!

— Mas que por%¨*& aconteceu aqui? - Perguntou Basco

— O “Silêncio de Caim”. Eu nunca tinha presenciado isso antes!— Respondeu Simeão surpreso e dando alguns passos para traz!

— Que raios é Silêncio de Caim, cara?— Questiona Gregory

— Vampiros muito antigos que se aventuraram pelo campo da magia necromante ou infernal podem conter um sangue tóxico nas veias as vezes. Quando ele abraça uma pessoa, a vítima tende a morrer à medida que se torna um vampiro. Quando a transformação é completa o novo vampiro definha e vira cinzas.

— Está querendo dizer que esse garoto foi mordido por um dos Sete?— Perguntou Gregory

— Aparentemente....sim! E agora não temos pistas de onde essas criaturas estão. — Responde Simeão

— Acho que temos sim!— Responde Basco... — Alex acaba de me ligar. Eles encontraram os Sete...estão em Santos!

Localizada no litoral paulista e a 72 quilômetros da capital, Santos ostenta o 5º lugar no ranking de qualidade de vida dos municípios brasileiros, conforme Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) aferido pela Organização das Nações Unidas (ONU). As atividades ligadas ao porto - o maior da América Latina, com 13 quilômetros de extensão e por onde passa mais de um quarto de todas as cargas que entram e saem do Brasil, configuram como principal fonte de riquezas do município, fazendo de Santos a cidade da Região Metropolitana da Baixada Santista mais importante economicamente e uma das mais ricas do País. Em pé de igualdade com os jardins e a praia, como principais pontos turísticos e cartões-postais da Cidade, está o Centro Histórico. Região vizinha ao complexo portuário, o Centro conserva vivo em suas estreitas e charmosas ruas com calçamento de pedra um passado de glórias com a comercialização do café, que já figurou como principal produto de exportação brasileiro. Pelo seu ponto estratégico de saída pelo mar, Santos recebeu muitas criaturas da noite no decorrer dos séculos. Chamada de Enguaguaçú pelos indígenas Guaianases que ocupavam a área antes da chegada dos invasores, a região deu origem à ocupação territorial e fundação a partir de 1546. Durante o período colonial, a cidade de Santos foi um importante ponto de escoamento da produção açucareira do interior do estado de São Paulo. Também era parada obrigatória para quem se destinava à capital paulista. Até o final do século XVIII, percorrer o trajeto entre Santos e São Paulo não era simples. O caminho pela Serra do Mar era tão tortuoso e íngreme que os jesuítas o apelidaram de muralha. Apenas em 1792 o percurso ganhou a Calçada do Lorena, primeira via de ligação entre as cidades. Com o crescimento da exportação do café no século XIX, o porto tornou-se mais importante e o escoamento do grão ficou mais ágil depois da construção da ferrovia São Paulo Railway o que também atraiu investidores vampíricos de muitos clãs principalmente da Alemanha, França e Inglaterra. Os primeiros vampiros vieram para Santos a partir de 1884. Um de seus protagonistas mais conhecidos era Maurice Durand (*1698 +1723 *1723...), um francês do Clã Ventrue!

Os Ventrue acreditam que a história não deve ser escrita por vitoriosos, afinal, se este modo fosse o correto, porque existiriam tantas versões do mesmo relato!? Assim, a sua história é escrita por sobreviventes, relatos de um povo. A história pode parecer fantasiosa e talvez com algumas falhas, mas é a história vista por um povo, um clã, e que dá muito orgulho aos membros Ventrue. Durand era jovem, de alta estatura, magro, pele pálida como de costume, cabelos castanhos fartos e cacheados, olhos da mesma cor, porém, tornavam-se azulados quando assumia a sua postura vampírica. Vestia-se como um verdadeiro cavalheiro não dispensando sua bela cartola e uma elegante bengala. Chegou ao porto de Santos acompanhado por um amigo brasileiro, chamado Benedito Calixto, jovem e promissor pintor que conheceu em Asnières, um bairro afastado do centro da capital parisiense. Ambos frequentaram o ateliê do famoso artista local Jean-François Raffaëlli, porém, influenciado por Durand, Calixto deixa o ateliê. Pouco depois a dupla ingressa então na Académie Julian! Estudam composição de desenhos a partir de modelos vivos. Embora fosse constantemente tentado a “abraçar” Calixto, Maurice continha os seus extintos. Aliviava as suas tentações nos poucos bordéis da cidade e vez por outra em Paris. Em 1884 Calixto retorna à Santos trazendo, além da tela Longe do Lar, uma câmera fotográfica, que mais tarde o auxiliaria no registro de cenas para a elaboração de suas telas históricas e religiosas. A seu convite, Durand o acompanha na viagem. O vampiro do Clã Ventrue ansiava por novos ares, novos desafios e aceitou ao convite do amigo de bom grado. Em 1890, Calixto decide tentar algo novo na capital, retornando apenas 4 anos depois vivendo no litoral até o final de sua vida. Maurice por amizade e apreço, revela sua verdadeira natureza ao amigo fiel na tentativa de que ele aceitasse a eternidade…Calixto, porém, recusa e acaba por se afastar de Durand que durante a ausência do pintor também fez o seu próprio “ninho” abraçando alguns jovens santistas! Durand acompanhou toda a carreira artística de Benedito Calixto, ora próximo, ora à distância até o dia 31 de maio de 1927 quando lhe deu o último adeus no leito de morte. Durand promete a Calixto proteger a esposa, os filhos, netos e bisnetos do amigo e proíbe que os membros de sua ninhada lhes façam algum mal.

Com o passar dos anos, Maurice investe pesado no alvorecer do turismo na região e torna-se um dos maiores empresários do ramo. Ainda no final dos anos 1910, por exemplo, o Ventrue já havia inaugurado o primeiro Cassino de Santos, o La Rochelle! O Cassino era o centro das atenções e recebia muito bem os estrangeiros, homens de negócios e principalmente políticos que em troca de alguns “pequenos favores promíscuos” faziam o lugar crescer. Entretanto, nos bastidores obscuros do La Rochelle, Durand possuía um comércio paralelo onde o produto principal era fornecer sangue fresco e alimento à vampiros já instalados na capital.

Em 1927 é inaugurado o Cassino Monte Serrat, em um local afastado do centro e com uma das mais belas vistas do litoral santista, acaba atraindo os olhares de muitos investidores. Já em 1955 é erguida ao lado do Cassino a Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat. Poucos sabiam, mas Maurice foi um dos investidores que arcou com os custos de construção da igreja, contudo, também ordenou que erguessem aposentos secretos nos subsolos sagrados, onde ele e seus filhos pudessem repousar. Durante décadas o jovem Durand permaneceu ativamente à frente dos negócios do Cassino, porém, com o passar das décadas, não havia como esconder a sua imortalidade e incumbia servos humanos desejosos de se tornarem vampiros que administrassem o espaço em seu nome. Mesmo no período da Ditadura Militar, os vampiros de Santos gozavam de certa invisibilidade, descrição e ínfima perturbação em seus negócios, graças a acordos realizados com membros do alto escalão do governo militar que usufruíam dos espaços do Cassino! Contudo, recentemente a “maré virou” para os vampiros santistas!

Época atual, dias atrás...

Maurice já havia presenciado muitas coisas em sua vida após a morte...a queda de reis, a revolta de classes, o alvorecer das máquinas a vapor e o desejo da humanidade por alcançar os confins do universo, mas nada o preparou para os visitantes que adentraram a Igreja de Monte Serrat naquele findar de tarde frio de inverno. As seis criaturas demoníacas exterminaram todos os vampiros e humanos simpatizantes que se colocaram como linha de defesa do Monte Serrat. Um dos vampiros era alto, com farta barba negra e com a pele tão pálida quanto um cadáver pode ter, contudo seus caninos eram maiores do que os demais colegas e em questão de segundos o mesmo conseguia assumir a forma de um grande e feroz lobisomem de pelos negros e olhos amarelos. Conhecido apenas como Lobo, era o dobro do tamanho de um Lycan adulto e com extrema facilidade dilacerou quem encontrava pela frente. Já um outro, de mesma estatura, possuía os olhos fundos no qual mal era percebido o branco do globo ocular. Suas unhas eram longas e afiadas como navalhas e era o mais mal vestido do grupo, parecendo usar trapos ao invés de trajes. Alguém gritou, Espelho e num piscar de olhos o homem assumiu a forma de Maurice, atacando os adversários utilizando os mesmos dons que o francês possuía como força, velocidade e voo. Quando apenas Durand restou, aquele que parecia ser o líder se aproximou. Os demais o chamaram de Inverno! Ele era alto, a pele tão branca quanto uma avalanche de neve! Seus cabelos, também brancos, pareciam deter porções de gelo em seus longos fios. O vampiro trajava roupas esbranquiçadas e já curtidas pelo tempo que dialogavam de maneira aterrorizante com as suas feições e peles mortalmente pálidas. Por mais que os vampiros não tivessem pulmões a pleno vapor como os vivos, a cada palavra pronunciada daquele ser, baforadas de ar gélido eram expelidas por sua boca. Inverno se aproxima de uma cruz que havia caído do seu altar. Ele ergue a cruz do chão e a recoloca em seu devido lugar.

— Interessante como os humanos se prendem a velhos costumes.— Disse Inverno enquanto caminha ao redor de Durand. — Os clérigos sempre disseram que nós somos descendentes de Cainan, que ele teria sido o primeiro de nós, amaldiçoado por ter dado cabo da vida do irmão. Eu particularmente não creio neste conto. Acredito que somos mais recentes. Conheces a lenda de Senkari? Ele teria traído o Filho de Khyrie, uma divindade suprema tão antiga quanto o tempo, entregando o rapazote aos humanos que tentava proteger. Tudo isso por um punhado de prata! O resultado disso foi a execução do gajo divino. Pela sua traição, Senkari foi banido do mundo dos vivos, condenado a ser um errante sobre a terra. A maldição o deixou fracote à prata e a mortandade caso ousasse caminhar sob o sol novamente! Mas conforme os anos iam passando, ele se tornava mais forte, mais audaz e mais cruel. Por toda a eternamente Senkari e sua semente seriam obrigados a se alimentar do sangue dos inferiores, mesmo aqueles que vieram a ser como ele. Ninguém sabe onde ele está, mas eu acredito em uma coisa, irmão....Nós somos filhos de Senkari!

— Tu não cheiras como eles!— Aponta Espelho para os cadáveres, vampiros, filhos de Durand.

— Concordo... Tu não nascente nestas terras....de onde vens?— Pergunta com a voz rouca e baixa, o vampiro o qual se apresenta como Acordador

— Eu vim da França....há muito tempo!— Responde Durand a contragosto

— E mora nesta praia desde então?— Questiona Espelho enquanto retorna a sua forma original

— O que posso dizer? A vizinhança é boa! Pelo forte sotaque, são de Portugal. Estão longe de casa

— Voltaremos em breve. Já temos quase tudo o que precisamos!— Responde um outro vampiro que se denomina como Tempestade

— O que querem em Santos?— Pergunta Maurice

— Um navio...e você irá nos fornecer um...irmão!— Responde Inverno

— Lamento, mas o cais está fechado!— Responde Durand de forma sarcástica enquanto rapidamente retira de suas mangas pequenas esferas e as lança no chão, criando explosões de fumaça negra e com forte odor de enxofre e alho! Em segundos todo o espaço da igreja está tomado pela névoa negra. Um forte golpe no estômago, desferido por Maurice em meio à fumaça, faz Espelho recuar alguns passos. O mesmo ocorre com Acordador e Tempestade que recebem golpes no rosto, nas costas e nos joelhos. Em meio a fumaça negra garras afiadas rasgam o rosto de Lobo, fazendo-o urrar com ódio e furor. Durand surge como uma sombra nas costas do vampiro que até o momento não havia pronunciado uma palavra sequer, porém, o mesmo é tão rápido e ágil quanto ele. Os olhos azuis de Durand, brilhavam em um azul intenso, a ponto de quem os visse, poderia jurar que o homem estava vivo! Ambos usam golpes de ataque e defesa em todos os ambientes da Igreja parecendo que a luta não teria um vencedor, até o vampiro conhecido como Gentil estender um dos braços e fazer o ar inteiro congelar. Os movimentos de Durand tornam-se lentos para um vampiro e quando percebe parte do corpo já estava congelado, fazendo-o desiquilibrar e destruir uma das portas laterais expelindo-o para a mata ao lado da igreja!

— Não o mate, Gentil...precisamos desse verme para regressarmos à nossa amada terra!— Ordena Inverno

Em segundos Gentil avança pela mata no encalço de Maurice que não consegue escapar aos olhos ferozes do seu algoz! Gentil nada diz, apenas captura Durand e o ergue pelo pescoço. Parecia drenar parte dos dons vampíricos do compatriota europeu!

— Não lute! Eu não quero findar o teu pós-vida, pequeno irmão e acredite...eu tenho todo o tempo do mundo para isso!— Diz Gentil enquanto lança o corpo de Durand novamente para dentro da Igreja de Monte Serrat.

Maurice é obrigado a encontrar um navio que conseguisse levar as 6 criaturas de volta a Portugal. Por sorte, um navio frigorífico chamado MCS Capricórnio estava de passagem por Santos. Havia chegado há alguns dias vindo da região sul e em breve estava de partida para Lisboa levando grande carga de carnes e demais produtos perecíveis. A tripulação total era composta por cerca de 35 pessoas e para não levantar suspeitas, Maurice consegue hipnotizar alguns tripulantes para que estes pudessem preparar um local adequado no compartimento de carga que abrigasse o sexteto sinistro!

O navio partirá em 2 dias!

...CONTINUA!

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.