Caçadores de Fantasmas

Capítulo 1 - Como Tudo Começou


Em uma família, havia quatro maldições, uma herança e quatro poderosas almas.

Anita e Amy eram duas irmãs muito próximas, tinham dois primos, Wendy e Chris, porém eles haviam perdido seus pais quando ainda bebês, E acabaram morando com a Avó Sarah.

Amy e Anita acabaram se mudando para uma cidade pacata chamada \"Forgiveness Black\", onde lá iriam esperar Chris e Wendy, que estavam em uma temporada de caça na Austrália com a Avó materna de Chris.

Enquanto chegavam na cidade, Wendy e Anita conversavam dentro do fusca de seus pais Mason e Hera.

Mason era um homem alto, forte e de cabelos brancos enrolados , seus olhos eram pretos, e sua pele morena, usava uma calça jeans, um chapéu de cowboy, e uma jaqueta de couro preta.

Já Hera, era baixa de cabelos loiros e olhos azuis, Hera não se preocupava muito em olhar-se no espelho, era muito magra. Usava um short marrom com um cinto preto, e uma blusa que mal cabia direito nela.

Wendy era baixa, tinha cabelos longos e pretos, seus olhos eram de um azul cintilante, e sua pele era muito pálida, Wendy vestia uma calça skinny, botas e uma simples blusa rosa.

Anita era da mesma altura de Wendy, tinha cabelos compridos e negros, seus olhos era castanho bem claro. Anita usava uma saia azul que ia até o joelho. U uma bota preta e uma blusa rosa com detalhes em cinza.

- Já chegamos pai? - reclamou Anita entediada.

- Ainda não filha. Estamos quase. - respondeu o pai cansado.

- Wendy... como será a nossa nova escola? - disse Amy preocupada.

- Espero que seja grande e que tenha armários!

- Mamãe, quando chegarmos, eu posso sair pra conhecer gente nova? - perguntou Anita.

- Claro! - respondeu Hera com um sorriso.

Enquanto saíam de um túnel, e entravam na densa neblina que cobria a cidade de \"Forgiveness Black”, se depararam com uma placa de ferro bem grande escrita: \"Welcome to Forgiveness Black\" (Bem vindos à Forgiveness Black).

O clima da cidade era gelado e úmido... Mal dava pra respirar.

- Até que fim! - disse Anita entediada.

A cidade era simples e pequena, porém amedrontadora. Não havia ninguém nas ruas, as casas eram afastadas e cheias de becos. Havia árvores de cerejeiras enormes por todo lado, uma enorme igreja e uma escola chamada Black High School.

- Onde está todo mundo? - murmurou Wendy.

- Vai ver foram comidos pelo Monstro do Lago Ness... - disse Anita tentando ser sarcástica.

- Da pra parar de me assustar? - reclamou Wendy.

- Parem de brigar meninas - interrompeu Hera.

Assim que chegaram à cidade viram uma casa enorme e um velho vestido sobre um manto preto pregando uma placa de vende-se em seu jardim.

Mason diminuiu a velocidade do carro.

- Quanto custa senhor? - perguntou Mason.

- 290 Mil... Faço por 100 porque vocês foram os primeiros que me perguntaram - disse o velho de voz cansada.

- Ok então... Posso pagar a metade agora e o restante no mês que vem?

- Claro, faço tudo para agradá-los.

Enquanto saiam do carro para pegar as malas... Amy, Chris e Sarah chegavam em uma caminhonete azul safira.

- Olha mamãe eles chegaram! - gritou Anita apontando para a caminhonete.

Sarah era de aparência cansada, tinha rugas, ombros largos e cabelos grisalhos. Seus olhos eram negros e vestia um vestido verde.

Chris era alto, tinha cabelos longos e loiros, olhos azuis e a pele branca como o leite. Usava uma calça skinny jeans e uma blusa preta.

Wendy era da mesma altura de Chris, tinha cabelos loiros e curtos, com luzes azuis na frente, tinha a pele branca e abusava da sombra preta.

Assim que se aproximaram, Anita e Amy correram e os abraçaram brevemente.

- Que saudade de vocês! - exclamou Wendy.

A mansão mais sombria da cidade acabou sendo a nova mansão dos \"Fardetris\".

A mansão “New World” tinha um lago de água cristalina. Perto dele havia um balanço preso á duas árvores de cerejeiras, um gigantesco bosque com forma de jardim. Todas as árvores eram de cerejeiras. A fazenda tinha a aparência bela, porém a mansão que lá habitava era tenebrosa, gigantesca e sombria. Havia quinze quartos, seis banheiros, e uma pequena e confortável casa para serviçais. Na frente da casa havia uma fonte e ao lado o celeiro. Também tinha uma cozinha grande, sala de estar, sala de repouso, e um quarto onde não havia modo de entrar, pois era trancafiado com madeiras e ferros. Sobre a porta havia flores, selando algo... As paredes da casa eram estragadas e havia infiltrações por todos os lados.

Ao entrar na casa, os pais de Anita e Amy se assustaram, pois se depararam com corvos, voando em sua direção, no mesmo instante Chris gritou desesperado:

- EU QUERO IR EMBORA! NÃO ME FORCEM Á ENTRAR NESSA CASA!

- Chris você já é um adolescente, não precisa ter medo - comentou Hera.

- Mais esse lugar me dá calafrios - É torturante!

- A pare de bobeira, você vai ficar com medo de uma casinha tola como essa? - disse Mason franzindo a testa.

- Acalme-se - disse Sarah alisando os cabelos de Chris.

Enquanto entravam na casa, Amy se deparou com um vulto branco que passava correndo entre os corredores frios da casa, neste exato momento, Anita sentia que seu corpo havia congelado, e Wendy ofegava tristezas, enquanto Chris sentia um enorme prazer.

- O que está acontecendo aqui? - murmurou Amy.

- Uma coisa muito estranha, disso eu sei... - sussurrou Anita.

- Ok, é melhor agente esquecer isso, pois isso não levara alguém a lugar nenhum - completou Wendy.

- O primeiro a subir fica com o melhor quarto! - berrou Chris.

Então os quatro foram em disparada, para escolherem seus aposentos.

O primeiro foi o de Anita, o quarto tinha uma enorme janela, com vista á uma cerejeira. As paredes tinham cores cintilantes, com flores desenhadas á cima, o quarto tinha aparência de ser velho e antigo, pois as paredes e os pisos eram ocos. Moveis estavam empoeirados e havia uma enorme cama... Realmente a casa precisava de uma faxina.

Enquanto escolhiam os quartos, Wendy avistou o segundo quarto e empurrou Chris que estava na sua frente.

- Saí da frente! - exclamou Ela. - Esse é o “meu quarto”.

- Não eu quero esse, eu o vi primeiro! - exclamou Chris.

Os olhos de Chris brilharam ao ver a prateleira de livros... Chris adorava leitura.

- A parede é de menina, não está vendo?!

- Então pode ficar com esse quarto pra você, eu só quero a prateleira de livros! - continuou Chris.

Enquanto Chris puxava a prateleira para levar para o outro quarto, algo lhe chamara atenção.

Em baixo da prateleira havia um pentagrama feito á sangue, e sobre ele havia um rato morto.

- AAAAH! - gritou Wendy.

Então, Anita e Amy entraram no quarto desesperadamente e gritaram:

- O que houve? O que aconteceu?!

- UM RATO! MATA, MATA, MATA! - berrou Wendy.

- Mais já está morto, coitadinho. - disse Amy.

- E pra onde você ta levando a prateleira de livros mocinho? - disse Anita reconstando-se na cama.

- Tira o olho que é minha! - interrompeu Chris.

- Ok, mas eu também quero ler alguns livros!

- Claro, se você me devolver depois.

- Parem de briga crianças! - murmurou Hera ao passar pelo quarto.

O quarto que Chris havia escolhido ficava do lado do quarto de Wendy.

Estava todo empoeirado, e suas paredes estragadas e velhas. Em sua janela havia uma vista direta para o celeiro e o lago.

Chris puxou a prateleira e colocou do lado de sua cama. Jogou suas roupas sobre a cama e sentou-se.

- Éca! você vai ficar com essa velharia? - disse Amy entrando no quarto.

- Qual o problema? É perfeito. - disse Chris pegando o MP4 na mochila.

- Me poupe Christian, vou procurar uma coisa melhor.

Enquanto Amy andava pelos corredores da casa algo á surpreendeu, um gato preto saltou em cima dela, que à fez cair no chão.

O gato miou lambeu o rosto de Amy.

- Que fofo, vou chamá-lo de Zeca - exclamou ela.

Ela continuou andando com o gato sobre seu braço e logo achou um quarto.

Ele era simples, mais o mas impressionante era que o quarto estava perfeito, não havia infiltrações... Poeira... Nada!

Tinha uma cama rosa clara, um guarda-roupa marrom e um espelho. Não havia janela. Era o único quarto que a luz funcionava.

Enquanto isso, Anita vestia um casaco azul pra sair na rua... Ela adorava se enturmar. Porém ao ver que a cidade estava deserta e fria resolveu entrar.

Foi assim que terminou mais um dia tranqüilo na cidade sombria de Forgiveness Black, ou não...

Enquanto a família dormia na sala, deitados sobre os colchões que Sarah tinha trazido na caminhonete, uma voz desconhecida sussurrava no ouvido de Anita, Chris, Amy e Wendy dizendo:

- Está chegando a hora!

Os quatro acordaram assustados e ofegantes ao mesmo tempo, parecia que eles tinham participado de uma corrida.

Sarah acordou espantada, porque não sabia o que estava acontecendo.

- Vocês estão bem? - perguntou Sarah.

- Foi só um pesadelo vovó - disse Chris ofegante.

- Vocês vão me pagar! Todos vocês!

A voz de Anita tinha ficado grossa e seus olhos estavam brancos, dava pra ver suas veias em sua cabeça.

- Anita...? - sussurrou Wendy.

Em seguida, Anita voltou a dormir.

- Eu em... - reclamou Amy.

- Voltem á dormir, amanhã vocês tem aula e... Bons sonhos meus caçadores. - ordenou Sarah.

Sarah sempre os chamava assim, porém eles achavam que ela se referia á caça de animais, mais ela queria dizer outra coisa...

Na manhã seguinte, o dia transcorria úmido e ausente do calor alegre do sol.

Enquanto Amy, Wendy e Chris se aprontavam para á escola, algo lhes chamara atenção, Anita tinha sumido!

- Christian, você viu a Anita? - gritou Amy lá da cozinha.

- A última vez que eu a vi foi ontem á noite.

Quando Chris se virou para pegar sua mochila, ele se deparou com Anita apoiada sobre a janela.

- Anita...? - disse Chris se aproximando.

- Vai na frente... Eu vou depois - disse Anita com voz de tristeza.

Assim que chegaram na escola, Wendy, Chris e Amy, se aproximaram do enorme portão preto.

- Onde está a Anita? - perguntou Wendy.

- Achei que ela estava com o Chris - respondeu Amy.

- Ela estava... Mais me falou pra eu ir na frente. - continuou Chris.

- Vocês vão entrar ou não? - disse Anita surgindo misteriosamente de trás de um arbusto.

- Meu deus, que susto! Você quer me matar? - reclamou Wendy.

Enquanto as três meninas entravam na escola, deixando Chris para trás, um homem vestido sobre um manto preto que escondia seu rosto e andava de cabeça abaixa ao lado de Chris, dizia em voz baixa e rouca:

- Nenhum dos quatro pode viver, enquanto o outro sobreviver...

Ao ouvir isso, Chris sentiu um arrepio que não tinha relação com a névoa úmida e fria que o cercava.

- Com licença senhor, o que foi que você disse? - perguntou Chris colocando a mão sobre o ombro do homem desconhecido.

- Chris! Vem logo, já vão fechar o portão. - berrou Wendy, que fez Chris desviar a atenção do homem.

- Já vou indo, só um instante... - respondeu Chris.

Assim que Chris se virou, o homem desconhecido tinha desaparecido misteriosamente e finalmente Chris entrou na escola.

A escola era bela, a única da cidade, tinha várias salas de aula, uma enorme biblioteca e um refeitório de dar água na boca, parecia que a escola era a única coisa de normal na cidade, a não ser pelo fato que os alunos pareciam mortos-vivos, estavam sempre desanimados... Sem ânimo.

- O que será que está acontecendo aqui? - disse Amy olhando para os lados confusa.

- Não faço a mínima idéia... - respondeu Wendy.