Senti o sangue do meu braço desviar e ir em uma direção: As presas de Castiel. Ele intensificou a mordida. Já estava descontrolado. Nathaniel o puxou e o afastou de mim. Castiel lutava por mais sangue, mas Nath o segurou e o arremessou em direção à Agatha, que fez um campo de proteção em sua volta. Mas aquele não era o mesmo Castiel de antes. Estava mais selvagem e sedento. Ele ficou batendo no campo de proteção até que se quebrou. Ela ficou um momento sem reação, tempo suficiente para Castiel a pegar pelo pescoço e a arrastar pelo asfalto. Ele começou a socá-la e chutá-la, podia se ouvir seus ossos quebrando um a um. Esbocei um sorriso. Mas sabia que isso não iria durar muito tempo. Como ela era uma fada, podia fazer qualquer magia. Ela só precisava de um segundo para se regenerar. Enquanto isso, Alexy veio me curar, ele já estava exausto. Lysandre também estava inconsciente. Assim que o buraco um minha barriga foi fechado. Pedi pro Nath cuidar do Cas. Assim, Nath pegou Castiel por uma perna e levantou voo com o cara pendurado de cabeça pra baixo. Vi um sorriso no rosto de Nath. Não tive tempo de achar graça. Avancei. Tirei meu colar do pescoço e o transformei na Arma Divina. Minha tia já estava se levantando. Sem pensar duas vezes cravei a adaga em seu coração, a fazendo me encarar surpresa.
–Essa adaga tem magia negra que pode matar qualquer coisa. -Falei.
–Queria ter matado sua mãe antes dela pegar essa magia... Aquela vadiazinha desgraçad... -A interrompi cravando a adaga mais fundo.
Ela caiu sem vida no chão. Seu corpo começou a se desintegrar em pequenas luzes e, segundos depois, restou apenas a adaga. Antes de eu a pegar meu corpo ficou inerte. Fui levitada e jogada bruscamente no altar de pedra. O sangue fresco encharcava minhas costas.
–Agora que eu já deixei você resolver esse problema familiar.. Podemos começar o que realmente é interessante. -Falou Armin.
Olhei para a lua e ela estava completamente vermelha. Eu não percebi que o Eclipse Lunar estava completo. Armin apenas abaixou a cabeça e falou em uma língua estranha. Todo meu corpo imóvel começo a formigar. Sangue saía da minha boca, nariz e ouvidos. Minha cabeça latejava com diferentes vozes falando ao mesmo tempo em minha mente. Aquilo estava me torturando. Não aguentei e gritei. Tentei de todas as formas, mas eu não conseguia sair. O ritual estava se realizando e Asmodeus apenas esperava seu término para governar o mundo. O altar foi se abaixando e se aproximava do fogo. Senti minha alma, literalmente, se desprender do corpo. De repente, uma mão segurou a minha... Era Lysandre. Mas meu corpo continuou no altar e Lys foi sendo puxado junto.
–Solta! Ou você vai ser levado também. -Falei segurando a dor.
–Nunca! Vou te tirar daí.
Ele segurou minha mão mais forte e puxou pra cima. Eu não queria dizer, mas ele era apenas um humano não tinha tal força pra... Meus pensamentos foram interrompidos quando meu braço inteiro foi tirado do altar. Encarei Lys surpresa. Ele continuou puxando e antes do meu ombro ser libertado, ele parou de repente. Mas voltou a puxar, me fazendo ficar confusa. Muitas vezes ele hesitava com a mão. Senti cheiro de um sangue familiar. Lysandre estava ferido, mas continuava me puxando. Tentei convencê-lo a me soltar, mas ele era teimoso. Então eu vi um vulto pular em cima dele. Era o Armin. O mesmo golpeou Lys pelas costas em alguma região que fez sangue sair pela sua boca.
–Não! Não! Não! -Era a única coisa que eu gritava.
O amor da minha vida estava morrendo bem diante dos meus olhos e a única coisa que eu podia fazer era gritar.
–Amo você. Por favor, suba. -Ele disse.
Usou suas últimas forçar para dar mais um puxão, fazendo da minha cintura pra cima ficar livre. Sua mão foi relaxando e ele fechou os olhos. Me segurei em seu braço e fiz força pra me libertar, mas Armin simplesmente segurou o braço de Lys e o cortou ao meio. Me fazendo cair no fogo. Fui engolida por uma escuridão. Eu não podia acreditar. Lys estava morto e mais uma vez a culpa era minha. A pessoa que eu não queria perder.. se foi. Todo o mundo estava condenado e eu não pude fazer nada.