O que ela está fazendo aqui? E por que ao lado dele? Minha cabeça começou a latejar. Lembrei do sorriso maligno que eu vira... Ela estava com o mesmo estampado no rosto naquele momento.
–Tia Agatha... O que tá acontecendo? Vem pra cá. Nos ajude a parar ele. -Falei com a voz tremula.
–Você é mesmo uma idiota ingênua. A única coisa que vou te ajudar é em ter uma morte mais rápida... mesmo assim não acho que eu faria isso. -Falou ela.
–Por que? Pensei que fossemos uma família?!
–Nós somos! E esse é o maior desgosto da minha vida. Como eu já disse, seu avô conheceu minha mãe e teve um caso com ela. Mas depois de descobrir que sua avó estava grávida, ele a largou com um bebê na barriga.
–Mas ele não sabia! -Interrompi.
–E as juras de amor que ele fazia?! Foda-se ele saber ou não, devia ter cumprido todas as promessas. Mesmo depois do meu nascimento, minha mãe continuava procurando por ele. E quando ela viu ele, a esposa e a filhinha ridícula felizes, ela cometeu suicídio. Me deixando sozinha. Jurei que ia literalmente acabar com a raça dele, então durante anos venho caçando e matando cada um da família. -Ela disse e um frio passou pela minha espinha.
–Você matou meus avós...
–Não só eles. Seus pais foram os mais difíceis de matar, então pedi a ajuda do Mestre Asmodeus.
Meu corpo se mexeu sozinho, se não fosse Lys pra me segurar eu já teria avançado nela.
–Me solta! Eu vou matar essa vadia psicopata. -Falei.
–Não vê que é isso que ela quer. Ema, não dê essa chance para eles. -Disse Lys me puxando de volta.
–Por que você concordou em ajudar a vingança dessa idiota? -Perguntou Castiel.
–Ela não só me ofereceu sua alma, como me contou que eu poderia ficar muito mais forte e dominar as dimensões com os fatores que a Ema tem. E eu estava querendo algo para me divertir. O sofrimento de todos vocês foi muito satisfatório. -Falou Asmodeus com uma voz de metal misturada com a de Armin.
Nesse momento, 8 pessoas de diferentes idades e sexo, um par de crianças, adolescentes, adultos e velhos, começaram a sair de suas casas e ficaram enfileiradas lado a lado em cada calçada. Elas pareciam sonâmbulas. Em seguida, o chão entre Asmodeus e a gente rachou e abriu uma cratera gigante. Era como se toda a rua tivesse sido engolida. No fundo do buraco, tudo o que se via era um intenso fogaréu vermelho.
–A entrada para o submundo.. -Reconheceu Nath.
As pessoas ao redor começaram a gemer e se tocavam como se fossem se masturbar. Algumas deitavam na calçada e realmente faziam isso.
–Temos que tirá-los daqui. -Falei.
Fomos até elas, mas as mesmas vieram nos atacar. Uma senhora de meia idade com um dos seios amostra pulou em cima de mim e tentava arrancar minhas roupas. Tentei arrastá-la de volta para a casa, mas não só ela como todos os outros correram em direção à cratera aberta. Tentei impedir, mas minha tia usou magia e forçou meu corpo à deitar de bruços no chão, me obrigando a ver todos pulando no buraco e dando gritos agonizantes enquanto torravam no fogo vermelho do inferno. Depois que o feitiço foi desfeito, Rosa me estendeu a mão para levantar, ela estava pálida. Apesar de todas as coisas bizarras que enfrentou, aqueles eram seus inocentes vizinhos. De repente, uma pedra circular gigante, banhada de sangue, emergiu da cratera. O fogo parecia mais intenso e já podia ver sua claridade na borda da abertura.
–Ema, querida. -Disse Asmodeus. -Seu altar está pronto.