Tudo naquela noite estava sendo resolvido mas havia uma coisa que estava incomodando Judy. Ela toda a vez que tinha uma cena romântica ficava inquieta, pedia para parar ou saia para beber água e isso já estava incomodando Nick. Na decima vez que ela ia se levantar para fazer algo, ele a segura pelo o braço e diz:

—Poxa, Judy! Eu sei que o filme não é essas coisas, mas se não quer assistir é só me disser!

Judy olha para o raposo com uma cara envergonhada e diz:

—Desculpa, Nick. É que eu queria conversar com você sobre um assunto...

—E qual seria pra você não falar logo? Você não faz isso.

—Bem...Depois de...Sabe...Dormi com você, não somos só amigos, certo?

Nick fica meio desconfortável a falar sobre isso mas responde colocando a coelha no seu colo:

—Eu queria falar como você sobre isso, mas você chegou com uma cara de cansaço então não comentei. Mas já que você falou... —Ele coloca a coelha na cama e pega sua pata—Judy Hopps, eu queria saber se me daria a honra de ser seu namorado, aceita? —Diz ele com um olha romântico que deixa Judy meio corada.

—Não sei não...Sabe foi muito de repente... —Nick faz uma pequena reação de surpresa—Sim, raposa boba.

—Agora, eu me declaro seu legitimo namorado até que algo aconteça e blá, blá, blá... Agora: Um beijo...

Judy queria rir ao ouvir o rabo aquela raposa bater repetidamente na cama, mas o puxa pela gravata e o beija o deixando mais feliz que um cachorrinho recebendo atenção do seu dono. Aquele momento não podia estar melhor para aquele casal, porém, quebrando o clima, se ouve da parede:

—Ai, que fofo! Acho que vou chorar! —Os dois se separam, mas Judy ainda estava no colo de Nick.

—Ai seu chorão! Vai estragar o romance dos dois! —Judy fica caoticamente vermelha.

—Eu não! Você que tá falando alto!

—Ai cala a boca!

—Cala a boca você!!

—Cala a boca você!!

—Cala a boca você!!!

—Será que os dois podem calar a boca!? —Fala Nick saindo fumaça de suas orelhas—Nunca posso ter um pouco de romance com a minha namorada!?

—Calma já vamos dormi. Eu em.

Judy fica sem reação ao ver o namorado tão estressado.

—Esses bicudos. Vivem metendo o nariz onde não são chamados. —Judy a abraça o fazendo ficar muito envergonhado—Ei! O q-que foi?

Ela o beija do lado de sua boca e ele retribuí a beijando o pescoço. Eles resolvem ir dormi pois já estava tarde e Judy tinha que ir trabalhar de manhã, porém, eles dormiram abraçados e nada podia estragar aquela noite, nada.

Na casa de Hana...

Hana estava em seu quarto trocando de roupa enquanto Johnny estava dormindo. Ela ficou se olhando uns minutos na frente do espelho, tudo o que via era uma bonita raposa usando um pijama azul claro que trabalhava como medica e tinha uma postura firme e amigável, porém, ela conseguia ver seu interior: Uma raposa insegura que amava um coelho. Isso não era meio estranho? Dois inimigos naturais se amando, era meio estranho até pra ela, porém, isso não a abalou, pelo contrario, isso a deixou muito feliz e a única coisa que queria era que Johnny sempre estivesse ao seu lado. Isso era amor, um lindo inicio de um estranho e fofo romance entre uma raposa e um coelho, isso não me soa familiar? Cheia de pensamentos foi dormi mesmo sem muito sono, mas logo adormeceu.

Já de manhã, Hana tinha acordado com um barulho de panelas caindo e foi correndo para ver o que era. Quando desceu, a luz estava desligada que não é um problema por causa de sua visão noturna, viu todas as panelas jogadas no chão e não tinha visto Johnny que era meio estranho sabendo que ele é o primeiro a acordar para fazer o café. Ela olha em volta e não vê nada, porém, sente uma pata encostar em seu braço, ela quase deu um grito quando ouviu uma voz familiar dizendo:

—Eu vim buscar sua alma. —Quando ela dá uma olhada pra trás e vê Johnny rindo cinicamente da raposa que dá um leve soco no braço dele—Tinha que ter visto sua cara! Estava hilária!

—Quer me enfartar, seu indiota!? —Diz Hana ligando a luz se recuperando do susto que havia levado.

—Calma, foi só uma brincadeira de café da manhã.

—Uma brincadeirinha de muito mal gosto. —Reclama ela se virando para ele.

—Também me desculpa. Eu não faço mais, ok?

—Espero...Você derrubou as panelas de proposito?

—Fui abrir o armário e elas caíram em cima de mim. —Diz passando a pata na cabeça.

—Tem que ter mais cuidado, tadinho de você. Vamos passar creme para não inchar—Ela vai pegar um creme de ervas que estava em cima da geladeira, leva Johnny para o sofá e faz a massagem com creme.

Johnny parecia meio envergonhado ao ver a raposa lhe dando tanta atenção, mas Hana não nota pois estava concentrada em passar bem divagar para não doer. Depois disso eles foram tomar seu café para irem trabalhar, enquanto Hana tomava ela ficava lendo o laudo que havia escrito e Johnny a ficava observando. Hana olha rapidamente para ele, percebe e fala:

—O que foi?

—Nada. Porquê?

—Você está me olhando desse jeito.

—Porquê? Não posso olhar para a raposa que amo?

Ela fica toda vermelha e se encharca de café, tentando se distrair para não ficar mais vermelha. Quando chega 6 horas, Johnny se levanta e vai em direção a porta, quando Hana diz:

—Johnny!

—Oi?

Ela fica uns minutos sem falar quando sai uma resposta:

—Se cuida, cute.

Ele dá um sorriso e sai. Hana encosta sua cabeça na mesa, pensando:

“Droga! Por que eu não consigo dizer?” —Ela se levanta a vai para o quarto—“Não dá tempo de pensar. Tenho trabalho hoje.”

Tudo que aquela raposa queria era voltar a trabalhar, aquela pequena sala sempre a animava pois se sentia quase tão bem quanto me casa e saiu para o trabalho, acreditando que o dia seria melhor que os outros dois que haviam passado. O dia que tudo iria melhorar, ou não?