Casos de Zootopia

Hana e Jack, mais irmãos que conhecidos


Enquanto andavam para a casa de Hana, Jack pensa na sua proposta: Poderia ter uma ajuda contra seu rival que tinha muitos mais pontos que ele. No meio de sua reflexão, a raposa ficava mexendo no celular, não tinham nada para conversar. Quando Hana de repente para de andar, deixando o coelho curioso, ele pergunta:

—O que foi, raposa? —Ela fica imóvel, olhando para o celular, e não responde. — Ei! Raposa tá aí?

Ela mostra na tela e o que estava vendo que tanto o enchia de curiosidade. Umas trocas de mensagens entre ela e sua mãe, estava na seguinte forma:

—Oi, querida, como está?

—Acabei de sair do hospital e estou voltando para casa junto com o Jack.

—E o Johnny?

—Está no hospital descansando.

—Bem, eu queria conversar com você sobre um assunto, pessoalmente.

—Digita logo o que você quer mãe, ainda vou ter que ir trabalhar hoje.

—Você não tem nenhum namorado. Já está bem grandinha para achar uma raposa que ama e lhe ama.

Ao ler aquilo, Jack entende o que preocupava Hana. Ela o olha e pergunta, passando a pata na nuca:

—O que devo escrever pra ela?

—Por que está me perguntando uma pergunta tão pessoal?

Ela se abaixa na sua altura e diz a ele:

—Porque você é uns dos meus coelhos favoritos. —Ele fica ligeiramente corado—Eu gosto muito do seu jeito de ser então... Eu pensei que me ajudaria. Mas, deixa. Depois eu a respondo, vamos logo, estamos quase chegando. —Ela se levanta e começa a andar.

Porém, ele a segura pelo braço e diz, com a cabeça baixa:

—Deve ser sincera com ela. Do mesmo jeito que foi comigo...

Ela fica muito feliz ao ouvir aquilo, e diz a ele:

—Tem razão. Deveria ser assim mais vezes com a Judy. —Ela pega o celular e começa a digitar, deixando o coelho mais vermelho que antes.

Eu aceito... —Fala ele bem baixo, mas não era um problema para ela.

—Aceita o que?

—Eu quero sua ajuda.

—Eu não ouvi. O quê?

Eu não vou repetir, raposa!!!

Ela começa a dar pequenas risadas do coelho que parecia um tomate. Mas, termina de escrever sua mensagem e diz a ele, tentando segurar o riso:

—Também, desculpa. Mas tenho uma condição...

—Qual?

Ela olha para ele maliciosamente o deixando um pouco preocupado: O que era que aquela raposa queria? Ela tira aquele olhar da cara e diz:

—Em casa eu te digo.

Eles andam mais uma quadra e ao chegar na casa, Hana abre a porta e o pede para entrar. Depois de entrar, ele fica observando em volta. Ela parecia meio envergonhada enquanto ele ficava olhando então ele pergunta:

—O que foi?

—Nada. É que sua casa deve ser bem chique que a minha, não é? —Ela tira um vestido da Fiona que estava no sofá— E mais arrumada também.

—Nem se compara. Mas, sua casa é bem bonita.

—Obrigada, mas quando o Johnny não tá a casa fica uma bagunça. —Ela parecia meio cabisbaixa no tom de voz dela.

—Ele que faz as coisas por aqui?

—Sim. Quando eu vou fazer algo, ele sempre não deixa. Ele acha que não sei fazer nada, mas também, não sei mesmo.

—Me disse que tinha uma condição, o que era?

Ela chega perto dele e diz:

—Eu quero te dar um abraço.

—Fez todo aquele trama só pra isso? Pode, pode...

(Música 1)

Ela salta em cima dele e o abraça como se fosse um ursinho de pelúcia, toda feliz. Ele fica meio corado, mas começa a curti o abraço, ele nunca tinha muito tempo para si mesmo e aquele momento era um dos raros que ele se sentia bem. Se sentia ele mesmo, sem responsabilidades, sem brigas, sem estresse. Ele pergunta:

—Por que isso?

—Dizem que se você abraça alguém por 30 segundos esse animal se sente melhor e eu acredito nisso. E você bem que tá precisando.

Ele fica abismado ao ouvir tal coisa de uma raposa. Parecia que ela lia seus pensamentos, nada que ele conseguia conectar explicava como ela o entendia tão bem, mas isso não chegava ao caso, o que importava era curti tanto que pudesse o momento. Porém, ele recebe uma ligação: Era Skye. Ele olha para Hana que fala:

—Não vai atender?

Ele olha para o aparelho e atende:

—Você aprendeu a usar o celular, né?

—Eu sei muito bem usar meu celular e... —Em um rápido olhar, olha para Hana que estava encostando a cabeça em Jack e fica com uma cara de ciúme—Quem é sua amiga na sua cabeça?

Ele olha para cima com um olhar dizendo “Se ferramos!” e ela responde “Hoje não, fofo”. Ela se levanta e diz a amiga de Jack que não estava nenhum pouco feliz:

—Eu sou Hana Fox a médica dele.

—Nunca vi você.

—Você por acaso espiona um espião?

—Cla-claro que não! Eu só não tinha te conhecido antes.

—Parece que sua atadura está suja, Jack. Já que estou aqui vou limpa-la, depois você conversa com ele, capiche?

Skye pareceu meio estranhada, mas era visível que seu machucado tinha excesso de sangue e desliga. Os dois respiram aliviados-inclusive Jack- então Hana diz a ele pegando uma caixa de primeiros socorros de cima da geladeira:

—Eu não estava mentido, coelho. Vamos trocar essas ataduras.

—Não precisa...

Vamos logo... —Diz ela olhando com um olhar ameaçador para ele que o faz sentar no sofá e a deixa cuidar de seus ferimentos.

Eles dois estavam em cima do sofá, Hana cuidando de um completo estranho como se fosse seu irmão e Jack, cabisbaixo, curioso para saber o que aquela raposa faria. Enquanto ela cuidava dele, ele a pergunta:

—Como você pensa em me ajudar?

Ela uns minutos em silencio, quando vem uma resposta que o comove:

—Bem...Eu te conheci ontem e não notei que você sentia algo pela Judy. Eu não estou torcendo para nenhum dos dois, mas quero que ela seja feliz do mesmo jeito que ela me deixou feliz. Eu amo aquela coelhinha, ela é especial: Bondosa, determinada, carinhosa, sincera...

—Corajosa... —Diz ele corado.

—Corajosa. Ela merece alguém que a ame tanto quanto eu amo, entende?

—Não se preocupe. —Ele olha para raposa—Vou ser o coelho que Judy merece, eu prometo.

Ela faz um sorriso para ele e diz:

—Eu sei que vai...

Ela dá um beijo no machucado dele. Ele se impressiona e pergunta:

—Por que fez isso?

—Achei que você tava precisando. —Ela se levanta e vai guardar a caixa.

Jack fica na sala, pensativo. Tudo que queria era ter Judy como sua namorada, mas não valeria a pena se ela não fosse feliz. Era isso? Era isso que Hana quis dizer? Deveria ser. Mas, aquele dia, só o deixava mais intrigado a cada minuto. Porém, tirando as surpresas inesperadas, ele tinha achado um objetivo: Se declarar para Judy, a coelha de seus sonhos.

Enquanto isso...

Judy colocava o almoço no seu micro-ondas enquanto Nick a observava meio apreensivo. Ela não gostou muito daquilo então disse:

—Nick, o que foi?

—Nada.

—Se não é nada, por que fica me observando desse jeito?

—Eu só estou olhando como minha namorada é linda, tô errado?

—Não. É errado você ficar me olhando com essa cara.

—É a única que tenho.

—Você entendeu.

—Ok, ok...Me pegou. Eu ainda estou com ciúme de como você ficou abraçada com o Johnny, mas também, parecia que tinha nascido grudada com ele!

Judy tenta segurar, mas acaba rindo do raposo que não pareceu nem um pouco feliz. Então, ela chega perto dele, de focinho para focinho, o deixando meio sem graça e diz:

—Você é um bem raposinho ciumento, não é?

—Eu sou um raposo que está apaixonado por uma linda coelhinha. —E a beija.

Eles ficam ali, curtindo o momento. Quando Nick começa a passar a pata na cintura da coelha que fica envergonhada e o larga, dizendo:

—Ni-Nick, o que estava fa-fazendo?

—O que ainda vou fazer, minha linda.

Ele a joga na cama e segura seus pequenos bracinhos. Ela entra em pânico, começa a encher sua cabeça de coisas que ainda não tinham acontecido, ainda. Quando ele chega perto de seu rosto, com sorriso malicioso, e diz:

—Você tem medo de mim?

O nariz da coelha começa a tremer, tinha medo o que Nick estava pensado em fazer com ela. Porém, ele começa a fazer uma sessão interminável de cosquinhas com seu focinho nela que morria de risadas. Quando acabou, ela ainda tentava retomar o ar e ele diz:

—É, foi divertido agora deixa eu ver nosso almoço. —Ele se levanta e tira o macarrão instantâneo do micro-ondas, enquanto Judy o observava—O que foi? Não meteu coisa errada na sua cabecinha de cenoura, não é?

Ela se levanta e dá um soco no braço do raposo quase o fazendo derramar a comida.

—Ei!

—Nunca mais faça isso.

Ele olha para ela que quase tinha dado um infarto e diz:

—Também. Mas, logo ao que interessa, a refeição mais importante do dia: O almoço.

Com as palavras ditas, eles começam a refeição. Sempre tinha um macarrão que juntava os seus lábios, com certeza era o destino queria aqueles dois ficassem juntos, porém, Jack que ainda tem cartas na manga.