Despertar

Sol chegava lentamente em naquele domingo, mas mesmo assim, Angel saí para trabalhar e deixou Hana que estava deitada do lado da cama onde Johnny estava dormindo, sem sinal que iria acordar. Porém, sente seus músculos mais pesados juntos de seus olhos que estavam quase fechando e dormi, tendo um pesadelo:

Ela abre os olhos. Estava em uma caixa de vidro que não queria quebrar de jeito nenhum. Ela tentou gritar, mas nada se ouviu dali, estava presa. De repente, ela vê a raposo apontado uma arma para Johnny, novamente. Ela tenta quebrar, mais que tudo o vidro, sem sucesso. Ela abaixa a cabeça, sabia o que lhe iria acontecer com ele, mas antes ouve o raposo dizer:

—É culpa sua. —E ouve o som do disparo que ecoou em seus ouvidos.

Ela começou a chorar desesperadamente, era a segunda vez que não pode fazer nada para ajudar o animal que sempre a protegeu e a segunda vez que falha ao tentar. O vidro se quebra em mil pedaços sem motivo e ela corre para ver como Johnny estava: Não sentiu seu pulso, ele estava morto. Ela chorou, chorou de ódio, chorou de tristeza, chorou se sentindo uma inútil, era como ela se sentia. Enquanto o raposo ria cinicamente, sem motivo.

Do nada, ela acorda de seu terrível pesadelo na sala, do lado do seu amado que estava ali, bem. Ela se levanta e vai para o banheiro lavar seu rosto, queria só esquecer o que tinha sonhado. Ela se olha uns minutos no espelho: Estava horrível. Seu vestido amarrotado com manchas de sangue e seus olhos estavam cheios de olheiras, não tinha dormido a noite inteira. Ela sai do banheiro e esbarra em alguém. Ela olha para baixo e vê quem era: Jack Savage. Ele estava com a maior parte da testa enfaixada que dava pra ser ver um pouco de sangue. Ele a vê e vira olha para o outro lado se levantando, Hana fala com ele tentando puxar um pouco de papo, queria distrair sua mente:

—E então, seu machucado tá melhor?

—O que você acha?

—Não sei, se estou perguntando ao senhorito.

Ele faz uma pequena expressão de riso, mas logo a tira da cara e diz:

—O médico já me liberou e vim ver o Johnny... —Diz virando a cara, Jack não gostava de ter muita intimidade com os outros.

—Que legal, se ele estivesse acordado ficaria feliz em saber que alguém lembrou dele. —Diz ela sorrindo pra ele, mas no fundo queria chorar ali mesmo. Ela queria mais que tudo que ele acordasse.

Eles dois vão para o quarto conversando sobre o que lhe havia acontecido nos dias passados pois Jack não sabia de nada que havia acontecido para resultar naquela bagunça. Quando chegam no quarto, eles ficam uns minutos parados na porta não acreditando o que estavam vendo- principalmente Hana-: Johnny estava sentado na cama olhando para janela. Hana não se contém, corre, pula em cima dele e abraça o coelho quase o matando por falta de ar. Jack faz uma cara de nojo, mas vai falar com o coelho que estava tentando respirar:

—Ok, parece que você é forte, pra um coelho...

—Hana...Preciso...Respirar... —Hana o deixa ele respirar um pouco, mas não solta de jeito nenhum. E com ar retomado, responde olhando para suas ataduras—Eu digo o mesmo de você, Jack Savage.

Jack faz uma expressão de riso que fica fixa em seu rosto. Porém, se ouve o celular de Hana tocar e só pra isso ela o larga, se levanta e atende:

—Alô? Doutora Fox falando...

—Hana, é a Judy. Como o está o Johnny? —Nick estava do lado da coelha segurando o celular.

—Como eu disse, o raposo tem um concorrente a altura. —Diz Jack que fala alto para o Nick ouvir.

—O Jack tá aí? —Pergunta o Nick.

—Sim. —Responde Hana que podia ter mentido pra raposo não ficar com aquela cara de limão azedo.

—Pensado bem...Depois a gente vai visitar ele, tá dormindo, não vai saber se a gente foi ou não foi, não é cenourinha?

—Eu ouvir isso! —Disse Johnny que estava meio irritado com a brincadeira do amigo—Se estivesse aí eu te dava um soco no seu focinho de malandro.

—Ai, que bom! Você acordou! Já estamos indo aí. —Diz Judy, toda feliz procurando sua bolça.

—Eu não acredito que vou dizer isso: Queria que você voltasse a dormi, seu coelho frescurento. Daqui a pouco a gente chega aí, tchau. —Desliga Nick que estava com o celular.

—Você gosta de incômoda o Nick, não é? —Pergunta Hana que olha para Jack.

—É engraçado ver como aquele raposo é ciumento por aquela coelha.

Jack recebe uma ligação do seu celular, ele olha e saí da sala, deveria ser bem importante. Hana e Johnny ficam sozinhos na sala, quietos, não tinham assunto para conversar, até que Hana diz:
—Parece que tudo acabou... Depois de melhorem, você e Nick vão voltar a trabalhar e tudo vai voltar ao normal, não é?

Ele fica uns minutos sem responder, mas ele respira e pede:

—Hana, pode pegar minha mochila, por favor. —Ela fica meio assustada, mas faz o que pede. Ele revira um pouco a mochila até que fala—Agora sente aqui e feche os olhos.

—O que o senhorzinho está pensando em fazer?

—Please... —Insiste ele.

Ela senta na cama e fecha os olhos, estava curiosa para ver o que aquele coelho estava tramando. Ela sente ele pegar suas patas e colocar uma coisa, parecia uma caixinha.

—Pode abrir.

Ela abre: Era mesmo uma pequena caixinha. Ela pergunta:

—O que é isso?

—Abra para descobrir.

Quando abre ela vê duas alianças, a primeira era meio pequena e outra um pouco maior que a primeira. Ela não entende o que era aquilo, até que ele diz:
—Você quer casar comigo?

Hana não sabia o que dizer. Porém, ela pega a aliança maior, coloca no seu dedo e diz:
—Eu vou ligar para policia por essa sua sacanagem! —Diz ela o deixando sem entender mais nada—Você não tem vergonha mesmo, quando era adolescente roubou o coração de várias meninas e agora rouba o meu desse jeito, sem dó nem piedade!

—Então, é um sim? —Pergunta ele que leva um beijo inesperado e rápido.

—Claro, seu coelho frescurento.

Ele nunca tinha ficado tão feliz na vida inteira dele! Porém, os três entram no quarto: Judy, Jack e Nick, mas os dois machos estavam passando a pata na cabeça. Judy fica mais que feliz e diz, correndo e o abraçando:

—Que bom que você acordou, já estava me deixando mais que preocupada.

—Ei! É só impressão minha ou você tá dando mais atenção pra ele que pra mim? —Diz Nick que faz uma cara de ciúme do amigo.

—Não. Eu estou dando mais atenção pro Johnny que pra você, porquê?

—Magoei. Não é por causa daquilo?

—Claro.

—Do que estão falando? —Pergunta Johnny que curtia o felpudo abraço de que recebia de Judy.

—Os dois ficaram discutindo na recepção e tive que dar uma dose de juízo nos dois. —Diz Judy.

—Foi o Jack que começou. —Diz Nick meio envergonhado.

—Eu só disse oi pra Judy e você começou a gritar que nem doido comigo, claro, com certeza foi eu. — Se defende Jack.

—Por favor, parecem duas crianças. —Diz Hana que cruza os braços, deixando aparecer sua nova aliança e Judy nota.

—Você a pediu? —Disse Judy o mais baixo possível enquanto os três discutiam.

—Sim. Ela aceitou. —Diz Johnny olhando feliz para ela.

—Eu não acredito! Esse dia não podia ficar melhor! —Fala Judy que não se contém ao ouvir a notícia.

Todos olham para os dois, curiosos. Então Nick- que já estava no nível hard de ciúme- pergunta:

—Do que você está falando, cenourinha?

Judy olha Johnny que olha para Hana se achando um jeito de responder a pergunta do amigo. Enfim, Johnny fala:

—Eu e Hana estamos noivos.

Jack e Nick fazem uma expressão hilária, não esperavam essa. Hana fica curiosa e pergunta:

—Você já sabia, Judy?

—É que anteontem no meio do almoço, ele me pediu minha ajuda para escolher as alianças, mas foi antes daquele guaxinim doido.

Ela olha para os dois com uma cara de brava:

—Vocês dois me enganaram!

—Se chama golpe, meu amor. —Diz Nick relembrando da frase que não dizia a muito tempo.

E a conversa segue, cheias de risos, discussões, olhares apaixonados, olhares ciumentos... Aquela sala não tinha ficado tão animada e o dia não havia começado direito: 10:23. Ainda muita coisa podia acontecer. Ali é Zootopia, onde tudo pode acontecer.