Capítulo 35

POV EDWARD.

A voz iniciou me surpreendendo.

“Eu tenho que pegar um avião ás seis e meia”. Quem era aquele homem?

“Então você tem quarenta minutos para nos contar o segredinho da sua ex-namorada Lauren. Já pode começar.”

Rosalie dizia na gravação, me surpreendendo enquanto minhas pernas tremiam.

“Lauren não guarda segredos” o homem disse.

“Guarda sim, do Jasper e também Edward. Diga de uma vez” Alice agora. Céus... O que viria? “Olha, vou te dar dois minutos antes que comecem a socar sua cara.”

“Não tenho nada para falar, já disse” Insistiu o homem.

Um barulho veio da gravação e soube que eram socos e chutes, talvez.

“Agora você tem algo para falar?” Rosalie estava gritando.

Céus. O que eles estavam querendo saber?

“Que seja então. Vai ser do seu jeito amor;” mais socos. “Sua vez Jared”!

Eles continuaram argumentando com o homem e meu peito subia e descia de ansiedade.

Um tempo depois o homem pareceu se render.

“Lauren armou para Edward, ela disse que eles tinham ido para a cama, mas é mentira. Eles nunca transaram, é tudo mentira dela.” O homem tinha a voz contida enquanto dizia. O cumplice daquela vagabunda.

Ele continuou detalhando os planos sórdidos, inclusive que Lauren estava por trás das cartas anônimas.

Eu não acreditei realmente, mas era real, por culpa da obsessão que Lauren teve por mim quase perdi minha esposa e minha filha, minha família!

Como um ser humano consegue fazer uma coisa assim? Só tendo uma mente doentia, só não tendo humanidade... Por isso ela fora embora, por isso sumiu, me deixou em paz. Por isso que eu não lembrava e não me lembro de nada, me embebedou me fez pensar que realmente tivesse traído Isabella e ainda fez-se de vítima! Briguei com Jasper, fugi de Isabella tudo por causa de uma MENTIRA. Eu teria que acertar as contas com ela, ninguém estraga minha vida e fica por isso mesmo, ninguém chega na minha cidade me faz de idiota e vai embora sem ter uma punição. Ninguém manda cartas anônimas, brota desconfianças e se quer paga por estas coisas, Lauren iria se arrepender por tudo fez e pagaria caro por tudo isso.

Não me conhecia, mas já ouviu falar muito do Edward sombrio e sinuoso e esse eu fazia questão de trazê-lo de volta só para dar o que ela realmente merecia.

POV BELLA.

Frio, escuro, agulhas, quarto de hospital, escuro novamente, triste, sombrio...
Ficar por muito tempo isolado do mundo real, das pessoas que você ama e que amam você. Significa muito tempo atoa para pensar bobagens.

Quando vi Edward ontem percebi que fora uma alucinação antes, o homem que vi no restaurante não era como o meu Ed... Talvez eu quisesse que fosse pelo desespero.

Os médicos têm feito um mistério em vão do que eu tenho, não "ando" muito preocupada a respeito disso a única coisa que realmente importa é a Marie, na noite passada eu sonhei com ela, tão linda e tão parecida com Edward! Seus olhos eram verdes claríssimos como duas joias valiosas, cabelos negros lisos iguais aos meus, lisos e sedosos, podia ver sua pele clara, seu rosto havia um misto de perfeição dividida igualmente em Edward e eu.

Podia encontrar até alguns traços de Charlie nela, no contorno dos olhos ou no jeito de sorrir.

Ela estava feliz no colo de Edward, todos nós estávamos. Quando acordei me senti muito sozinha ao não encontra-los junto a mim.

Algum tempo depois muitos médicos adentraram o quarto com luvas, máscaras e um tipo de roupa especial que supus que servia para a proteção do corpo. Eles conversavam entre si com murmúrios baixos ignorando totalmente minha presença.

— Por que diabos vocês fingi que eu não estou aqui? — Perguntei no mesmo tom de voz que eles usavam. — Ou então falem mais baixo porque tenho boa audição. — Ironizei.

— Senhora Cullen... Vamos fazer alguns exames para saber se o seu sangue ainda é tóxico.

Ele disse cauteloso, aproximou-se de mim e permiti que eles fizessem o que tivesse que ser feito, quando se está há muito tempo atoa, você acaba perdendo a noção do tempo. Eles me furaram várias vezes no meu braço esquerdo e direito e depois saíram novamente conversando entre si, mas dessa vez não consegui ouvir.

Algum tempo depois trouxeram o café da manhã, meu apetite tinha melhorado muito comparado ao de três dias atrás, quando cheguei ao hospital estava febril, fora de mim, tão pálida e fria que poderiam dizer que estava morta.

Mas agora me sinto mais normal, quente e mesmo sem ter um espelho para fitar meu reflexo sinto que minha aparência está bem melhor.
Algumas coisas ainda pareciam como bombas relógio, como se minhas emoções fossem explodir a qualquer momento, essa doença fora como se tudo estivesse se intensificado, minhas dores, medos, anseios até mesmo alguns ataques de pânico provocados pela solidão. Também sentia mais frio ou mais calor, mais fome ou sede, tinha vontade de rir sem motivos e andava falando sozinha, ou melhor, conversando muito com Mary Beth, ás pessoas evitava entrar no quarto a não ser que fosse muito preciso, elas evitam até olhar para mim, muito receosas. Mas o que eu podia fazer? Meu sangue era tóxico! Eu contaminava o ar que respirava tudo isso por causa de uma bactéria nova que ronda as ruas de Software, pelo que ouvi da conversa de alguns médicos outros casos semelhantes aos meus surgiu na cidade, mas eles tinham receio de como eu reagiria a todos os medicamentos e alguns que não poderia tomar por causa da Valentina, mas seja lá o que eles me deram tem feito efeito, me sinto bem melhor.

— Estou muito entediada bebê. Vou te contar um segredo... Só nosso. — Disse novamente observando se alguém ouvia. — Vou chamar o tio Jared para ser seu padrinho...

O que foi isso? Realmente aconteceu? Porque eu tenso certeza que senti uma reação dentro de mim, diferente de todas as outras que eu senti, Mary remexia-se demais, mas nunca tinha sentindo nenhum chute ou uma cutucada e agora eu podia jurar que senti e foi tão... Incrível, parecia realmente que ela me ouvia, que podia conversar comigo e dizer que eu não estava sozinha, uma nova e forte emoção tomou conta do quarto, parecia que uma luz ofuscante havia adentrado, porque o quarto escuro iluminou-se por completo, um sorriso adorável surgiu no canto dos meus lábios.

— Eu ansiosa para lhe ver... — Murmurei emocionada. — Será como você vai ser? Tomara que pareça somente com seu pai, ele é lindo anjo...

Novamente outro cutuque outra anormalidade estranha. Eu não fazia ideia de quanto à criança começava manifestasse dentro das mães, com quantas semanas de gestação eu iria poder senti-la me chutando. Ri feito uma boba involuntariamente, de todas as sensações que já tive na vida a de carregar uma criança dentro de mim é sem dúvida alguma a melhor.

Não tinha como traduzir esse sentimento, eu só queria compartilha-lo com Edward, não fora de a minha vontade própria estar em um hospital isolada do mundo e não poder ver o rosto de um Edward abobado com a primeira vez que nosso bebê mexeu.

Eu tinha certeza que ele ficaria tão emocionado ou mais que eu.
Sobre o fato de escolher Jared como padrinho não saberia ao certo como ele iria reagir, no mínimo iria recusar, mas insistiria. Jared fora um grande amigo indispensável durante todo esse tempo, me chateou irritou e também me ajudou a superar de alguma forma até mesmo suportar a ausência se Edward, eu sabia que ele sentia um ciúme absurdo do Jared, mas agora ele teria que se conformar e aceitar nossa amizade de uma vez por todas, porque agora era diferente ele não estava em condições de exigir nada.

— Sabe de uma coisa meu amor? — Alisei minha barriga várias vezes. — Acho que nós vamos mudar de casa...

Agora era mais do que certo, eu iria aceitar a proposta de Edward e criar Mary Beth onde ele fora criado, uma casa de verdade um lar. Era tão grande, bonita. Não podia ficar vazia, largada era um desperdício! E tenho certeza que não existe nenhum lugar melhor para educar uma criança.