Cartas Para Deus
Quarta Carta
Quarta Carta
Olhei de novo o endereço da carta da Yume-chan e continuei correndo, até que cheguei em frente a uma tradicional casa japonesa. Eu estava certo, tinha uma ambulância saindo dela naquele mesmo instante, um senhor parado na porta, chorando.
- Essa é a casa da Takegawa Yume-chan?! - Perguntei sem folego.
- Sim... Ela acabou de ir para o hospital central... Quem...
- Obrigado! - Comecei a correr para o hospital central, passando na frente de tudo o que podia, eu tinha que conhecer aquela Yume-chan. Eu precisava conhece-la não atravez do papel mas sim pessoalmente.
Ao entrar no hospital, na sala de espera, vi uma senhora aliviada e um médico conversando com ela.
- A Takegawa-san só teve um deslize, ela está bem. - Fui até eles, onde a senhora me olhou curiosa e o médico ficou me olhando com um sorriso.
- Eu sou Yomikawe Takara! Eu sou ... Um amigo da Yume-chan, posso ve-la?! - O médico apontou uma sala de repouso para mim, onde eu me acalmei e andei até a mesma calmamente, entrei e fechei a porta.
Uma pequena garotinha, dos cabelos rosados e ondulados nas pontas, olhos azuis-escuro e a pele bem branca, lia um livro de poesias. Olhou para mim, eu podia sentir meu coração batendo mais rápido.
- Oi, Yume-chan. Eu sou o Yomikawe Takara.
- Quem é você?
- Nós conhecemos apenas por cartas Yume-chan. Você com certeza achou que bairro 7, rua 9 e casa 10 não existiam não é? - Ela se surpreendeu.
- Kami...Sama?
- Era eu, Yume-chan. Eu achei que seria indelicado dizer que eu nao era Deus e mexer com sua vida, por isso, tentei ser seu amigo. Espere que me desculpe. - Ela continuou surpresa por um momento, até que sorriu.
- Obrigada, eu realmente fico feliz em te conhecer.
- Ainda sou seu amigo, está bem? - Dei um sorriso para ela, ela sorriu de volta, logo seus olhos começavam a fracamente fechar, fiquei preocupado.
- Eu... Me desculpe... Preciso de mais soro... - Ela apertou um botão ao seu lado, e logo mais soro era despejado em suas veias. Pos um aparelho respiratório e ficou mais aliviada. Qualquer um choraria naquela situação, mas eu não podia. Tinha que ser forte, pelo menos na frente dela. Apesar de que a pena e a preocupação com uma garotinha como ela, com a sentença de morte praticamente marcada, fatia meu coração. - Vou dormir um pouco...
- Sim, a vontade, Yume.
Olhei ela dormindo, e eu podia sentir que uma parte de mim, tinha medo de que ela não acordasse mais.
Fale com o autor