Cartas Anônimas

Capítulo 62 - Você me paga!


– A festa de inauguração da empresa será semana que vem.

Um mês já havia se passado e tudo estava muito louca na minha vida. Meus pais adiaram a vinda para o Brasil já que eles disseram que o cruzeiro para o caribe estava imperdível. Minha empresa continuava com mais contratos do que nunca e eu fui obrigada a contratar mais funcionários. Meus amigos continuavam os meus idiotas e bobões de sempre, mas mesmo assim eram meus amigos. A empresa do Pedro já estava toda pronta e os últimos detalhes estavam sendo arrumados e eu e Pedro? Bom, eu ele continuávamos na mesma. Que mesma? Se pegando pelo canto, fingindo que nada aconteceu, inventando desculpas desnecessárias e algumas briguinhas de mentiras e outras de verdade mesmo, velhos hábitos nunca morrem. Era sábado de sol e nós seis estávamos na minha maravilhosa piscina, eu estava sentada em uma cadeira embaixo do guarda sol ainda de biquíni Mateus e Vicky estavam dentro da piscina mais se agarrando do que nadando, Bianca estava do meu lado e ao lado dela estavam João e Pedro.

– Onde será a festa? – Perguntei.

– Em uma balada perto da empresa, achamos melhor ser lá – Disse Pedro.

– É, na empresa terá apenas um coquetel de uma hora e depois todos vamos para a balada.

– Entendi.

– Ka, acho que vou fazer moradia na tua casa – João se espreguiçou e deitou na espreguiçadeira – Essa é a vida que pedi a Deus – Gargalhei.

– Bobão, fica ai nesse sol que você vai ficar preto.

– Isso ai é preconceito hein, vou te denunciar e fazer um acordo para eu ficar com essa casa.

– Cara, eu vou benzer minha casa, vocês falam tanto dela que á qualquer momento ela pega um quebrante. Acho que já tem algumas paredes rachando.

– Nossa amiga, a gente não fala mais, pode deixar – Bianca se fingiu de ofendida.

– Own moreninha linda, é brincadeira – Deitei em cima dela que estava esticada na espreguiçadeira.

– Ka, acho melhor você sair, você está no meio das minhas pernas, quadris com quadris e eu acho que estou ficando excitada – Gargalhei alto.

– Ai que horror. João controla o fogo dessa mulher.

– Deixa a gente chegar em casa que eu vou pegar ela de jeito.

– Vou pra piscina – Bianca se levantou, ela já estava somente de biquini, então andou até a borda e se jogou fazendo com que água voasse em cima de Vicky e Mateus que continuavam a se agarrar e pouco se incomodaram com o balanço da água.

– Hein meus queridos, minha piscina não é lugar de acontecer essas poucas vergonhas não – Me aproximei deles e coloquei as mãos na cintura.

– Ahh Karina, nem vem, com certeza você já deve ter usado essa piscina para fins… É… Sexuais– Ruborizei-me, pois aquilo era verdade, verdade até de mais – Vixe, eu falei brincando, mas pelo visto é verdade.

– Vai à merda Victória – Olhei de relance para Pedro e o vi com o semblante fechado. Ótimo.

– Eu não frequento os mesmo lugares que você.

– Vadia!

– Vem Ka, entra, a água está muito gostosa – Disse Bianca.

– Vou entrar.

Caminhei até a boda e espreguicei todo meu corpo, olhei rapidamente para Pedro para ver se sua atenção era voltada para mim e… Uol, ele praticamente me comia com os olhos. Ótimo. Peguei na barra do vestido que estava usando e fui o puxando da maneira mais sensual e lenta que consegui dando aos poucos a liberdade para o vento bater em meu corpo. Estique-me um pouco e joguei o vestido em uma das espreguiçadeiras próximas. Elevei meus braços e juntei minhas mãos, tomei impulso e mergulhei na piscina emergindo bem no exato momento que João limpava a boca de Pedro com uma blusa, o moreno tinha um sorriso divertido nos lábios e Pedro fazia uma careta e batia na mão dele. Sorri fracamente e passei a língua por meus lábios.

– Ai amiga,que biquíni divo, quero emprestado. (N/A: Clique na palavra biquiní)

– Tudo pra você é divo né Bianca – A abracei e girei com ela na água fazendo-a gritar e logo depois mergulhar juntamente comigo. Só então notei que João e Pedro também estavam dentro da água. Mateus chamou Pedro e assim que ele ia se aproximar dele, Pê passou por mim antes e se aproximou do meu ouvido.

– Você me paga Karina Duarte.

Foram suas palavras, as palavras que me fizeram tremer inteira e sorrir em expectativa.