– Rita amor da minha vida! – Cheguei por trás da mulher madura e a abracei forte fazendo com que ela se assustasse um pouco.

– Hummm, o bom humor está exalando hoje em?

– Todos os meus poros estão abertos exaltando alegria Ritinha – Sorri animadamente.

– Qual o motivo de tanta alegria? – Ela já estava colocando as coisas sobre a mesa.

– Meus amigos estão aqui.

– E você tem amigos? – Ergueu uma das sobrancelhas.

– Ôrra.

– Desculpe, mas é que eu nunca vi ninguém nessa casa além de você e da senhorita Katarynne.

– Mas você deve saber pelo menos um pouquinho do meu passado não é? Você já me viu chorando e possivelmente eu já desabafei com você.

– Ahh sim, quando adolescente você tinha alguns amigos.

– Então, são eles que estão ai – Sorri.

– Jura?

– Aham e eu desci para dizer que você deve preparar um banquete, são cinco pessoas, seis comigo, mas eles são uns dragões, comem tudo que está na frente deles.

– Pode deixar, você sabe como eu gosto disso.

– Ô sei, agora você tem mais gente para entupir de comida. Bom, vou ver se eles acordaram – Subi as escadas e bati na porta de um dos quartos.

– Entra – Disse Bianca. Abri apenas um pouquinho da porta.

– Eu não irei ver nenhuma cena desagradável?

– Não Ka, a festa já aconteceu e estamos devidamente vestidos – Disse João em um tom de brincadeira eu ri e entrei no quarto.

– Dormiram bem?

– Cheguei à conclusão de que quando eu for embora, esse colchão vai junto – Bianca pulou na cama.

– Amor, isso foi caro ok.

– Tudo nessa humilde residência foi caro não é meu bem. A coisa mais barata custou o que? Mil reais?

– Também não é pra tanto João, eu gosto muito do meu dinheiro.

– Ai que bosta!

– O que foi Bianca?

– João Spinelli… !

– Tô fudido – Gargalhei.

– Custava você descer o zíper do vestido calmamente? Você tinha que rasga-lo?!

– João pensei que você estava com sono de mais para você e a Bianca fazerem alguma coisa.

– E eu estava Karina, mas essa morena provoca de mais, a culpa é toda dela.

– Depois eu que sou a vadia não é Bianca?

– Ahhh meu, não tenho culpa… E agora?

– Eu tenho algumas roupas, com certeza elas cabem em você.

– Vamos lá então.

– Ok.

Saímos do quarto deixando João no mesmo e entramos no meu. Eu torcia mentalmente para que Pedro já tivesse saído dali e assim que abri a porta respirei aliviada.

– Caracas Ka, que suíte em.

– Bom Bianquinha, o closet é ali – Ela se encaminhou até ele.

– Uol, você tem um shopping? !

– Deixa de ser exagerada.

– Karina, se eu tiver pelo menos um terço das roupas que você tem aqui ainda vai ser muito - Eu gargalhei pela cara que ela fez.

– Bom, fica ai escolhendo que eu vou ver como está o casal dengo.

– E eu posso escolher qualquer uma?

– Qualquer uma e pode ficar pra você.

– AHHHHHHHHHH – Ela me abraçou e eu gargalhei – Obrigada.

– Disponha – Sai do quarto – Jhonny quero você lá embaixo daqui a alguns minutos! – Gritei do corredor.

– Ahh Ka tava tão bom o negocio… – Ergui uma sobrancelha como se ele pudesse me ver.

– Eu não quero nem saber o que você estava fazendo – Ele gargalhou e eu segui para a porta ao lado, mas a mesma estava vazia, então fui para á outra porta e bati na mesma.

– Pode entrar.

– Como o casal chocolate passou a noite? – Coloquei apenas minha cabeça para dentro do quarto vendo Vicky sentada na cama.

– Muito bem – Sorriu.

– Cadê o Mateus?

– Banheiro.

– Nossa Victória, você não satisfez seu noivo não?

– Não amor, porque meus pensamentos estavam em você – Gargalhei.

– E estavam mesmo viu Karina, acho que eu ouvi a Vicky sussurrar seu nome enquanto eu…

– Parô! Me poupe disso né minha gente.

– Té parece que você não faz pior – Vicky girou os olhos.

– Isso não importa, vim avisar que daqui alguns minutos o café vai estar pronto.

– Tudo bem, já estamos descendo – Mandei beijo e fechei a porta.

Comecei a caminhar até a antepenúltima porta do corredor e a abri sem ao menos bater.

– Pê…? – Tudo estava em silêncio, parecia que ele não estava ali – Pedro? – Mais silêncio . Ele poderia está no banheiro então eu entrei no quarto, mas assim que encostei a porta alguém me pegou pelo braço, prensou seu corpo contra o meu e me encostou na porta fazendo com que ela fechasse.