Cartas Anônimas

Capítulo 25 - Você já se decidiu?


Eu havia faltado na escola, pois á dor de estomago não havia dado trégua. Quando eu estava doente eu era um dengo só.Obriguei minha mãe dormir comigo e cantar para mim, eu amava o som de sua voz, ela me transmitia calma e até hoje tem esse mesmo efeito. Quando acordei minha mãe não estava mais do meu lado, á dor havia passado um pouco. Eu me levantei e olhei no relógio que marcava uma da tarde. Peguei meu celular sobre o criado mundo e lá havia três mensagem, uma Vicky me xingando e querendo saber por que eu havia faltado á escola, outra da Bianca querendo me contar algum babado e outra de Pedro pedindo desculpa pelo toco, mas dizendo que eu tinha o merecido e finalizando a mensagem dizendo que me buscaria mais tarde, pois ele ainda queria me levar ao parque. Pedro era sempre imprevisível, eu ainda não o entendia muito bem, mas uma coisa eu já sabia dele, para ele á verdade reinava, ele não deixava de dizer alguma coisa só porque machucaria á pessoa, ele não estava nem ai, ele não gostava de enganar ninguém. Respondi apenas á mensagem dele dizendo que talvez eu não iria, pois não estava bem. Apesar de tudo eu não estava com raiva dele, ele tinha razão sobre tudo e de certa forma me ajudou. Ele retornou á mensagem perguntando o que eu tinha eu o respondi e ele logo me enviou outra dizendo que estava indo para minha casa para cuidar de mim. Sorri. Levantei-me e logo arrumei meu quarto, tomei um banho e desci. Eu havia dito para minha mãe não deixar mais nada pronto para mim, eu mesma podia fazer algo para comer. Fui até á cozinha e abri á geladeira, tirei de lá uma jarra de suco de laranja e fiz um sanduíche natural, me sentei e comecei á comer. A dor no estomago continuava, mas estava mais fraca, então não sentia muito incomodo. Após ter comido tudo me levantei e lavei á louça que sujei, guardei e fui para á sala, assim que ia me sentar no sofá ouvi á campainha tocar, fui até á porta e á abri me deparado com Pedro com as duas mãos no bolso, uma roupa incrível e um sorriso lindo que arrebatava o mais forte coração.

– Oi – ele disse em uma voz doce.

– Oi – Sorri – Entre – Ele entrou e eu fechei a porta.

– Está melhor? – Ele sentou-se no sofá e eu sentei no outro.

– Um pouco.

– Seus olhos estão meio vermelhos e inchados, você vomitou?

– Não.

– E por que eles estão assim?

– Hum… Eu chorei.

– Por que eu não sai com você? – Ele franziu o cenho e se mostrou preocupado.

– Não – sorri fraco – Por tudo.

– Tudo?

– É. Tudo que eu fiz a minha mãe, a ficha finalmente caiu, eu percebi que a todo tempo eu estava sendo um mostro. Eu pedi perdão á ela por tudo, ela me perdoou e finalmente verdadeiramente somos mãe e filha – Sorri e Pedro me acompanhou.

– Fico feliz por isso Ka.

– Eu devo tudo á você.

– Claro que não.

– Claro que sim Pê, foi você que me abriu os olhos, foi você que me fez enxergar á pessoa maravilhosa que minha mãe é. Obrigada.

– Obrigada á você Karina – Franzi o cenho – Por ter aparecido na minha vida – Sorri.

– Que clichê… Mas gostei – Eu me levantei e sentei do seu lado – Você é uma pessoa maravilhosa.

– Você que é – me aproximei dele e colei nossos lábios, logo senti sua língua pedindo passagem que eu facilmente cedi. Ficamos nos beijando por algum tempo e eu percebi que estava com saudade do seu beijo, eu ansiava muito por ele – Karina você me disse que iria pensar se ficaria comigo ou não, você decidiu?

– Não há no que pensar Pê – sorri – Eu quero você… Todo pra mim.

O sorriso que apareceu em sua face foi estrondoso, no segundo seguinte já estávamos deitados no sofá nos beijando fervorosamente. Eu sentia sua felicidade e me vi também feliz, muito feliz.