Capítulo 29 - De volta para casa.

De volta para casa.

– Paulo On -

Havia se passado uma semana. Uma semana sem se mover; Uma semana sem fazer nada; Uma semana sem jogar, brincar e até mesmo, estudar. Sim, estudar. Eu prefiro mil vezes estar na escola, do que ficar encarando essas paredes.

Havia se passado 7 dias exatamente após o acidente, e nesses 7 dias, meus amigos e minha família passaram o dia, a noite, comigo. E Eu pensava, que eles não gostavam realmente de mim. Mas, todos... TODOS da nossa turma foram me visitar, diariamente.

Eu já não aguentava mais ficar ali, sem poder fazer nada. Não podia jantar com minha família. Não podia beijar a Alícia. Até de ficar do lado da minha irmã, eu estava com saudades. Não podia pregar peças com meus amigos. Não podia ficar falando mal das garotas.

Sei que era para meu bem. Mas esses sete dias, foi um dos piores da minha vida. Eu não podia fazer absolutamente NADA, e isso me deixava num tédio total.

– Paulo! - Marcelina ao entrar com meus pais, e o médico.

– Feliz em me ver ? Porque eu estou farto de ficar aqui. - Digo revirando os olhos.

– Mas é exatamente isso, o assunto de hoje. - Meu pai.

– Como assim ? - Pergunto.

– Você está liberado, Paulo. - Doutor.

– Mesmo ? - Falo todo empolgado.

– Mesmo. Mas só peço que tome cuidado com seu braço, que ainda está se recuperando. Você havia também, torcido o joelho; Porém ele já está bom.

Meus pais arrumaram minhas roupas em uma mala. Finalmente iria sair daquele lugar. Marcelina não saía do meu lado; ela até colocou seu braço no meu.

– Minha casa! Minha linda e adorada, casa! - Digo enquanto entro na sala.

– Eita... Nem parece o mesmo Paulo de antes. - Minha irmã.

– Só estou feliz de ter saído de lá.

– Filha, ajude seu irmão à subir para o quarto. Ele precisa descansar. - Minha mãe.

Então, assim fez minha irmã, me ajudou à subir, degrau por degrau. Ela também me ajudou a me deitar em minha cama; Arrumou minhas roupas que estavam jogadas, e ainda me deu um lanche.

– Segunda, tem aula, não esquece. - Ela diz enquanto senta do meu lado.

– Eu sei. Mas prefiro ir à escola, acredite, do que ficar como estava.

– Paulo Of -

– Marcelina On -

O Grande dia chegou. Meu irmão saiu do hospital. Finalmente poderia vir para casa, e passar seu dia-a-dia como antes.

[Wpp On]

Mário: Tá no hospital ?

Eu: Hospital ? Que nada. Paulo voltou para casa.

Mário: Jura ? Posso ir ai ?

Eu: Claro que pode. Trás o pessoal, ele iria adorar.

Mário: Pode deixar.

[Wpp Of]

Estava vendo um filme com meu irmão, em seu quarto, que para variar: Terror. Eu odiava esse tipo de filme, me arrepiava toda. Mas por sorte, o filme foi interrompido, por Mário chegando no quarto dizendo: "Vai uma visitinha, ai ?"

– Mário, chega aí. - Meu irmão, que para minha sorte, desligou o filme.

– Só o Mário ? - Jaime.

– Tá bom... Mário e Jaime. Só, né ?

– Só ? Que nada. Chega mais pessoal. - Meu namorado faz sinal para entrarem.

– Marcelina Of -

– Mário On -

Fiz como minha namorada pediu, levei todos da turma para sua casa. Por sorte, todos puderam ir. Acho que o Paulo gostou, afinal, no mesmo dia sair do hospital e a visita de todos os amigos... É ótimo!

– Caramba! Todos ? - Ele, com um "O" em sua boca.

– Pra você ver, todos adoram você. - Alícia.

– Oi ? Você dizendo isso ? - Maria Joaquina.

– Putz. - Paulo olha para baixo. - Que mancada, Alícia.

– Eu esqueci... - Ela diz

– Como assim, gente ? - Kokimoto.

– Eles estão namorando a duas semanas. - Respondo.

– O QUE ? E NÃO FALOU PARA NÓS, DONA ALÍCIA ? - Valéria.

– Af. Nós iríamos contar.

– Mas eu, Marce e Jorge pressionamos ela.

– Parabéns pra vocês, porque eu não desconfiava de nada. - Cirilo.

– Eu também, não. - Adriano.

– Mário Of -

– Margarida On -

– Gente, já que estão todos aqui. Meu aniversário está chegando. - Falo.

– Verdade, 15 anos, em. Festona ? - Clementina.

– Não. - Respondo. - Vai ter festa, sim. Mas simples. Sábado é meu aniversário, e a festa também. Por isso estou dizendo de última hora.

– Ah, tudo bem. O Importante é ser feliz. - Meu namorado.

– E com um namorado, e uns amigos maravilhosos desses... Não tem como não ser feliz.

Havia passado 4 dias, dês da volta do Paulo para sua casa. Já era Quinta-Feira, e minhas amigas e eu, havíamos marcado para comprar os vestidos.

– Oi, Majô. - Digo quando ela abre a porta.

– Só faltava você. Vamos ? - Ela diz, com as meninas em sua volta.

– Vamos. - Falo.

Fomos direto para o shopping, já que tem várias lojas lá. Era uma roupa mais linda que a outra. Simplesmente perfeitas. Eu me encantava muito fácil.

Porém, meu aniversário não iria ser algo muito luxuoso. Iria ser somente uma festinha simples como as outras, e pronto. Por isso, os vestidos não precisavam ser de debutante.

– O Que acharam ? - Pergunto ao sair do provador.

– Está perfeita.

– E Eu ? - Valéria.

– Linda. - Todas batendo palminhas.

– Eu vou assim e pronto. - Alícia.

– Short ? Não. - Majô.

– Por que não ?

– Porque é uma festa de 15 anos! Tudo bem, que não é nada luxuoso... Mas mesmo assim, né! - Ela retruca.

– Af. Tá bom. - Alícia resmunga.

– Margarida Of -

– Jaime On -

– Jaime, essa calça é sua ou do Paulo ? - Mário pergunta.

– Você tá me tirando ? Lógico que é dele. - Paulo.

– Tirando ? Você vai ver quem tá te tirando aqui. - Falo enquanto vou para cima dele.

– Opa, opa. Parem de brigar! Nós viemos aqui para arrumar as roupas para a festa da Margarida. - Daniel.

– Na opinião de vocês, qual a menina que vai mais arrasar na festa ? - Pergunto.

– Majô, sem duvidas. - Cirilo.

– Bibi. - Japonês.

– Minha Alícia. - Paulo.

– Carmen. - Daniel.

– Clementina. - Jorge.

– Laurinha. - Adriano.

– A Fofa da Marce. - Mário.

– O Que ? Vocês estão loucos ? A Mais linda vai ser a Margarida. - Digo.

– Valéria. - Davi.

– Ah, vamos parar de falar de garotas. - Paulo.

– Verdade, elas devem estar lá, se divertindo enquanto compra roupas. - Koki.

– Quase todas... - Jorge.

– Verdade. A Alícia deve estar odiando. - Falo fazendo Paulo parar tudo que estava fazendo, e me encarar.

– O QUE VOCÊ TÁ FALANDO DA MINHA NAMORADA, AI ? - Ele vem pra cima.

– Ah, vai brigar por causa da Alícia ? - Zombo.

– E Se eu quiser ? Eu amo ela, mesmo.

– Então vem, machão.

Ele veio para cima de mim, fazendo nós dois cairmos no chão da sala de Daniel. Ficamos levando socos um do outro, até que alguém nos separa.

– Sério, que briguinha mais besta. Até se fosse um motivo... Mas não é. - Jorge.

– Jaime Of -

– Alícia On -

Não aguentava mais ficar ouvindo as meninas "Tá linda", "Leva essa", "Essa não, Alícia!". Que saco! Por mim eu iria com um short jeans, uma blusa leve, e jaqueta por cima. Estaria perfeita, pelo menos pra mim. Mas não dá, né.

– Oi, meninos. - Margarida ao abrir a porta.

– Oi. - Todos eles.

– Se divertiu, Alícia ? - Jaime fazendo eu encará-lo.

– Vou mostrar o que me diverte.

Quando estava caminhando em sua direção, Paulo entra na frente me dando um beijo.

– Não liga pra ele. Mesmo que você fosse de pijama, eu iria adorar. - Paulo.

– Mas é claro, que você iria adorar. Seu tarado. - Mário.

– Para de falar essas coisas, Mário. Agora ela ficou vermelha. - Meu namorado fala, rindo.