Carrossel - Aventura Jovem
Capítulo 24 : 2º Temp. - Será a salvação?
Será a salvação?
Após Carmen se esconder atrás da estante, os dois sequestradores adentraram o lugar. Os dois estavam com somente dois pratos de comida na mão, resumidamente, arroz e feijão, nada de carnes ou saladas.
Desamarraram todos que ali estavam, e deixaram o local.
Os alunos que morriam de fome, se juntaram perto dos pratos, e começaram a dar garfadas. Logo, a comida acabou.
– Fala sério, vocês estavam se alimentando somente com arroz e feijão? - Daniel pergunta.
– Sim. - Carmen responde rapidamente. - E ainda, era somente ao fim da tarde.
– É, não se tinha outro horário além desse, que os dois trouxessem comida. - Dessa vez, Laura que fala.
– Babacas. - O Zapata murmura baixinho.
– Eu nunca pensei que, Maria Joaquina Medsen, pudesse um dia se alimentar somente com arroz e feijão. - A patricinha da turma diz, causando pequenos risos das suas amigas.
xx1: O papo está bom? - Um dos sequestradores diz com sarcasmo, enquanto volta a amarrar todos, até mesmo Carmen, não se escapou dessa. - Agora, só amanhã para poderem abrir a boquinha. - Ele gargalha alto, pega os pratos, e sai do lugar, trancando a porta e deixando todos os alunos nervosos.
"Que saco, eu poderia ajudar, mas cá estou eu: Outra vez presa!" – A Carrilho se enfurece diante dos seus pensamentos.
(...)
O dia seguinte logo chegou. No dormitório de Paulo, Mário e Koki, o clima era pesado. Ou melhor: Em todos os outros dois dormitórios, o clima também era pesado.
O Guerra, não parava de se culpar: "Eu devia ter prestado mais atenção, deveria ter cuidado delas duas. A Marcelina é minha responsabilidade aqui, e a Alícia a garota que amo... Não posso perde-las desse jeito".
– É, pessoal. - Jaime entra com desânimo no dormitório dos colegas. - Bom dia!
– Bom dia. - Os três também respondem cabisbaixos.
– Novidades?
– Que assunto de mulherzinha, Jaime. - O Ayala zomba do amigo.
– Novidades eu digo, sobre o sumiço de todos. - Ele diz sentando em uma das camas.
– Não. - Koki responde. - Estou preocupado com a Bibi.
– Todos estão, Koki.
– Até mesmo, eu. - Paulo enquanto se jogava em sua cama, novamente. - Eu deveria ter cuidado delas, eu não podia ter saído do lado delas.
– Para de se culpar, Paulo. - Mário consola o amigo, colocando a mão em seu ombro. - Você não é o único que está assim, todos nós estamos.
– Até porque, agora temos que prestar mais atenção. - O japonês alerta.
– E por que? - O Palilo pergunta.
– Até então, pensávamos que somente garotas eram sequestradas. - O Mishima começa explicar, fitando Jaime. - Mas, o Daniel sumiu. - Ele faz sinal com as mãos, em forma de bomba explodindo.
– É, você tem razão.
– Claro que tenho, Jaime.
(...)
Ao contrário de Jaime, Paulo, Mário e Koki que conversavam no quarto, Davi já estava muito bem acordado. O Rabinovich já havia tomado banho, escovado os dentes, e agora, seguia para o refeitório. Dava graças a Deus, que hoje não havia aula, assim, poderia "aproveitar" o sábado.
Porém, no meio do caminho, sente presença de algumas pessoas atrás de você. O garoto não deu bola, afinal, poderia ser estudantes assim como ele. Mas, não deu três segundos, e duas pessoas encapuzadas partem para cima de Davi.
O judeu só pensava na grande possibilidade dele ser o próximo a ser sequestrado, mas, pensou rápido e, começou a se debater. Por sorte, conseguiu acertar o estômago de um, e logo saiu o correndo.
O segundo sequestrador disparou atrás dele. Davi corria como nunca correu, parecia caso de vida ou morte, e talvez, era mesmo. O garoto de cabelos enrolados correu tão rápido, que conseguiu entrar no laboratório, despistando a pessoa.
– Davi? O que faz aqui? - Adriano pergunta ao amigo, estranhando o mesmo estar ali.
– Quieto! - Davi sussurra, tentando recuperar todo seu fôlego.
– Mas por quê? - Ele retorna a perguntar.
– Se você ficar quieto, eu te explico já já. - Mais uma vez, o Rabinovich pediu, e o amigo pareceu entender o recado dessa vez, e se calou.
(...)
Alguns minutos se passaram, e Davi e Adriano saíram do laboratório. Os garotos olharam em volta, e nada dos sequestradores. Até que, Adriano olha para o chão, e vê marcas de terra de sapato.
– Davi, olha isso. - O menino diz aflito, apontando para as pegadas.
– É a direção em que eles estavam. - Davi sorriu e olhou para o amigo. - Adriano, é a nossa chance.
– Não! - Adriano quase grita.
– Por que não?
– Davi, se nós formos atrás, e conseguirmos achar o local, como vamos tirar dez pessoas de lá? Estamos só em dois.
– Você tem razão. - Ele se decepciona, e fita o chão. - Mas, nós podemos ir atrás das pegadas, e se, encontrarmos algo, voltamos e chamamos os garotos.
– Tudo bem, só vou aceitar para você não ir sozinho nessa, e correr o perigo de novo.
– Valeu.
(...)
xx1: Eu não acredito que, perdemos aquele judeu. - O líder reclama enquanto se senta na poltrona de seu quarto.
xx2: Pode acreditar, perdemos.
xx1: Você é muito fraca.
xx2: Fraca? Você viu só o soco que aquele garoto me deu? Doeu pra caralho.
xx1: Ele não podia imaginar que você era frágil assim.
xx2: Mas, por que perdeu ele de vista?
xx1: O danado corre muito, não sei onde se enfiou.
xx2: Que pena. - Ela ri. - Vai ter que fazer um trabalho melhor.
xx1: Mano, cala a boca que você não ajudou em merda nenhuma!
(...)
Antes que os sequestradores pudesse ir para seus dormitórios, eles deram uma passadinha no porão para dar água para o pessoal. Os alunos estavam fartos de tudo aquilo, afinal, nem sabiam o motivo de estarem ali.
Isso foi moleza para Davi e Adriano, que seguiram as pegadas de terra, e encontraram o caminho do porão. Pararam em frente a escada, e olharam um para o outro.
– Devemos descer? - Adriano indaga.
– Acho melhor não. - O Rabinovich suspira. - Iremos chamar o resto dos garotos, fica mais seguro.
– Tem razão.
Os amigos voltaram rapidamente, e foram em direção ao refeitório. No caminho de volta, os dois gravavam tudo, para depois poderem lembrar do caminho.
Fale com o autor