Carrossel - Aventura Jovem

Capítulo 19 : 2º Temp. - Sumiram.


Sumiram.

Após Paulo ter agarrado Alícia no meio do corredor, o beijo seguia loucamente selvagem, até que, Alícia joga o garoto contra a parede.

– Opa, anda meio fortinha, em. - Ele sorri feito bobo.

– Obrigada. - Ela se gaba.

– Aí. - Paulo coloca a mão nas costas. - Que dor!

– O que foi ? - Alícia se aproxima dele, toda preocupada.

– Estou sentindo dores na coluna. - Ele mente.

– Se machucou muito ? - Ela pergunta, e o menino começa a gargalhar. - O que foi ?

– Está vendo como você se preocupa comigo.

– Eu ? Não. Só perguntei para não me ferrar.

– Inventa outra, Gusman.

– Mas então, está com dor ?

– Não, inventei para te ver preocupada.

– Af, você não muda mesmo.

– Por que precisaria ? Você gosta de mim, desse jeito.

– Vamos almoçar, que daqui a pouco temos que voltar para a aula.

– Por fora é grossa, por dentro é mais mole que gelatina.

– Não provoca, Paulo.

– Provocar ? - O garoto se aproxima da menina, e cola suas testas. - Isso é provocar. - Ele sussurra.

– Quer que eu chute seus futuros filhos ? - Ela sussurra de volta.

– Nossos. - Ele corrige, e Alícia revira os olhos.

– Vamos. - A Gusman segue o caminho.

(...)

– Carmen, Carmen! - Daniel puxa a garota pelo braço.

– Quê ?

– Colocou a resposta que te passei ?

– Não. - Ela responde, e volta a caminhar.

– O Que ? Por que não ? - O garoto acompanha a menina.

– Porque seria errado.

– Você perguntou para todos da turma, e só porque eu te passei a resposta correta, você recusa ?

– Não é por causa disso, é que seria errado.

– Não é que seria errado, é por que sou eu que te passei, né ? Esse é o problema.

– Me deixa.

– Anda passando muito tempo com a Alícia, sabia ? Aposto que até ela que odeia o Paulo, se ele fosse o inteligente da turma, aceitaria a resposta.

– Primeiramente: Você não tem o direito de questionar minhas amizades. Segundo: Eu não sou a Alícia.

– Mas anda muito ignorante. Poxa, não foi por querer aquilo, sabia ?

– Tá bom, Daniel. Agora posso almoçar ? Daqui a pouco temos mais aulas. - Ela responde ríspida.

– Tá, pode ir Carmen. - Ele responde no mesmo tom.

(...)

Depois de almoçarem, os alunos do 1º A voltaram para as salas de aulas. Agora, a matéria seria Educação Física. Quando o professor da matéria, Bruno, terminou de explicar as questões, os alunos foram dirigidos à quadra.

Ao chegarem no local, o professor dividiu times mistos. Todos foram até os vestiários para se trocar. Aos poucos, a turma chegavam à quadra novamente.

– Aí, estou com dores nas costas. - Margarida reclama enquanto saí do vestiário.

– Tá tudo bem, Margarida ? - Cirilo pergunta simpático.

– Ah, oi Cirilo. Não, não está.

– O que aconteceu ?

– Preciso amarrar meus tênis, mas estou com uma dorzinha, não muito forte, mas se eu agachar, dói.

– Tudo bem, eu amarro.

O moreno se agachou, e logo amarrou os cadarços dos tênis de Margarida. O que ele menos esperava, é que Maria Joaquina iria ver aquela cena, e entender tudo errado.

– Obrigada, Cirilo. - Margarida dá um beijo na bochecha do garoto, como forma da agradecimento.

– De nada. - O mesmo se senta na arquibancada.

"Eu não acredito no que vi." – Pensava, Maria Joaquina.

– Jaiminho, posso trocar uma palavrinha com você ? - A Medsen pergunta.

– Sério ? Vamos começar a jogar agora.

– Agora. - A menina puxa o amigo pelo braço.

– O que foi ?

– Você viu ? O Cirilo estava amarrando os tênis da Margarida. - A garota cruza os braços.

– E daí ?

– Como assim, e daí ?

– Ele só estava amarrando os cadarços. - Ele responde sem dar importância.

– Queridinho, após ele amarrar, Margarida deu um beijo em sua bochecha.

– Um beijo na bochecha, não na boca.

– JAIME!

– O quê ?

– Af, nada. Esquece! - Ela saí de perto do garoto, cheia de raiva.

(...)

= 16:00. =

Mário carregava a namorada no colo, até o campo. Acharam uma árvore perfeita para ficarem, e logo se sentaram no galho mais baixo que tinha.

– Que delicia, aqui bate um vento gostoso. - Marce fecha os olhos para sentir o vento.

– Mais do que eu ? - Mário pergunta sorrindo maliciosamente.

– O quê ? - Ela abre os olhos assustada.

– Perguntei se o vento é mais gostoso que eu.

– Ah, besta. - Ela revira os olhos. - Aliás, vento é vento. Você só é mais um corpo.

– Só mais UM corpo ? - Ele dá ênfase em "um".

– Claro, ou tudo isso aí é o que ?

– É tudo seu. - Ele sorri chegando mais perto do rosto da namorada, que desvia.

– Você anda muito tarado, Sr. Ayala.

– Você anda muito gostosa, Senhorita Guerra.

– AYALA!

– GUERRA! - Ele zoa com a cara da namorada.

– Mário, sério. Eu ainda não estou preparada para essas coisas.

– Tudo bem, eu entendo.

– Se você não quiser esperar, pode me deixar, e ficar com outra.

– Não, eu te amo. Eu posso aguentar.

– Pode mesmo ?

– Eu não vou te obrigar a nada, Marce.

– Obrigada.

– Olha só, um grilo. - Mário pega o inseto na mão.

– AAAH! TIRA ISSO DE PERTO DE MIM, TIRA, TIRA! - Ela grita, e de repente caí no chão. Por sorte, o galho era bem baixo.

– Tá bem ? - Mário a puxa pelo braço.

– Tô, foi só um susto.

– Percebi. - Ele ri.

– Besta.

– Linda.

– Idiota.

– Gata.

– Babão.

– Por você. - Ele finalizada a frase, e beija sua namorada calmamente, em cima da árvore.

(...)

Assim como existem casais fofos com Mário e Marcelina, existem aqueles em que o garoto meio que obriga a namorar fazer coisas que não gosta, tipo Kokimoto e Bibi.

– Toma essa! - Koki enquanto jogava.

– Koki, eu já perdi, está na cara.

– Calma, deixa eu acabar mais com seu personagem.

– Koki. - Ela diz sem paciência.

– GANHEI! - Ele comemora.

– Ok, agora vamos namorar um pouco.

– Só mais uma rodada.

– Não. - Bibi começa a dar tapas nos braços de seu namorado, e quando menos vê, quebra a unha. - AAAAAAAH! VOCÊ QUEBROU MINHA UNHA!

– Eu ?

– É, você.

– Nem relei em você.

– Ai que ódio, você só é um encosto na minha vida.

– Nossa, sério ?

– Não, não foi isso que quis dizer.

– Mal voltamos, e já que brigar ?

– Desculpa, desculpa. Não foi a intenção.

– Não sou um encosto na sua vida ?

– Não, é que minha unha está doendo de mais. Para descontar a raiva, coloquei a culpa em você.

– Hum, tudo bem.

– Desculpa. - Ela dá um selinho no mesmo.

(...)

– Pessoal, vocês viram a Majô ? - Margarida pergunta ao chegar perto de Cirilo, Jorge, Adriano e Laura, com seu namorado.

– Não. - Todos respondem.

– Pessoal, não acho a Carmen em lugar nenhum. - Daniel chega na conversa.

– Gente, gente. - Valéria que aparece do nada, com Davi todo ofegante. - Não estou achando a Clementina por nada. - Ela diz, fazendo com que Jorge que estava no celular, a olhasse seriamente.

– Tem alguma coisa muito estranha no meio disso tudo aí. - Davi.

– Também acho. - Cirilo.

– Será que elas foram sequestradas ? - Margarida.

– Calma, amor. Às vezes nem é isso, elas podem muito bem ter ido à cidade. - Jaime.

– Cidade ?

– Margarida, quando é emergencial, pode.

– Nós precisamos descobrir isso. - Jorge.