Carrossel - Aventura Jovem
Capítulo 14 : 2º Temp. - Festa de boas-vindas.
Festa de boas-vindas.
O final de Sábado passou tranqüilo. O piquenique dos casais acabou tarde, mais o menos 18:30; Mário ainda consolava Alicia; E Paulo... Bom, o Guerra não parava de pensar no que podia ter feito para a garota que tanto amava, ficar com uma baita raiva do mesmo; Marcelina rodeava a escola sem rumo. Logo depois, subiu para tomar um banho. Quando chegou em seu quarto, acabou se deparando com Mário fazendo carinho na sua melhor amiga.
– Por que você está aqui ? – Ela indaga.
– Ela é minha melhor amiga. – Mário responde.
– Eu sei. Só perguntei, por que está aqui ? – A menina questiona novamente, fazendo com que Mário apenas olhasse para Ally, como se perguntasse “Posso contar ?”
– A Alícia estava chorando.
– Como assim ? A Ally, chorando ?
– É, por que ? - Agora, Alicia era quem falava.
– Porque nunca vi você chorar. Não na frente de ninguém.
– Mas eu não me agüentei.
– O que aconteceu ?
– Ela disse que escutou você e a Valéria conversando. – Mário diz, e Marcelina se desespera. – Sobre o lance do Paulo com a Mariana.
– Pensei que iriam me contar, poxa. Mesmo sabendo que eu ainda sinto algo por ele, deveriam ter me contado.
– Mas você já escutou.
– É, escutei Marcelina. Mas e se não tivesse escutado ?
– Você tem razão. Me perdoa.
– Tudo bem, já passou. – Ela abre um sorrisinho de lado. – Não choro mais pelo Paulo.
– É assim que se fala. – Mário.
– Posso contar sempre com vocês, né ?
– Claro! – Marce responde.
(...)
Valéria e Davi, eram os únicos que estavam no refeitório. O casal não apreciou muito as comidas do piquenique, pois ficaram somente namorando, então, resolveram ir logo jantar. Os dois estavam em volta de uma mesa, pequena dessa vez.
A garota resolveu pegar as duas bandejas de comida, deixando o namorado sentado. Quando voltou para a mesa, reparou o olhar de uma certa garota, que estava do outro lado do refeitório.
– Davizinho, eu já volto, ta ? – Ela fala com voz fina.
Antes mesmo que o garoto dos cabelos enrolados pudesse responder, Valéria pegou sua bandeja, e se dirigiu até a garota que não parava de olhar para seu namorado.
– Oi, queridinha. Só quero saber se você está com fome ? – Ela começa.
– Sim, estou. Mas já estou jant... – A garota iria continuar, se não fosse por Valéria, que jogou seu prato de macarronada na mesma.
– Você não tem direito de fazer isso, sua vadia!
– Vadia ? Eu ? Meu amor, quem estava olhando com desejo para meu namorado, era você.
– Valéria, o que significa isso ? – Davi pergunta.
– Como assim, o que significa ? Essa garota não parava de te olhar!
– Vamos sair daqui.
Davi não perdeu tempo, e puxou sua namorada. Agora, os dois estavam indo para a sala de música.
– Por que me trouxe aqui ? Eu poderia ter acabado com aquela vadiazinha. – A garota exclama, cruzando os braços.
– Você não precisa sujar suas mãos para esse tipo de coisa. Eu nem daria bola para essas garotas.
– Não ?
– Nós estávamos separados. Podia muito bem ter ficado com várias, mas não. Você nunca saiu da minha cabeça.
– Você não existe!
– Claro que existo. – Ele diz, fazendo a namorada soltar um sorriso. – Agora escuta.
Nisso, ele pega um violão que estava em seu lado, e começa a tocar. Era uma música bem calma, e que fazia eco pela enorme e vazia, sala de música. Valéria fechou os olhos, e começou a balançar a cabeça, como se estivesse dançando no ritmo do som.
(...)
– Para onde está me levando ? – Clementina pergunta.
– Logo descobrirá. – Jorge, que estava todo feliz com a volta da namorada, responde.
O relógio marcava 20:00 da noite. Jorge guiava a namorada até a cobertura do colégio. O lugar era realmente muito lindo. Havia várias flores (De todos os tipos que se imaginar); Bancos de madeira; E uma enorme toalha estendida pelo chão, onde obtinha muitas comidas.
– Pronto, pode ver. – Ele diz, tirando o pano do rosto da garota.
– NOSSA! – Ela exclama de felicidade. – Isso tudo é pra mim ?
– Tem mais alguém aqui ?
– Ah, foi modo de dizer. – Ela sorri feito boba.
– Senti muito a sua falta. Agora, podemos aproveitar.
– Sob a luz da lua. Amei!
– Sabia que iria gostar.
Os dois não perderam tempo, e começaram a devorar as comidas salgadas. Depois vieram os doces. Havia de tudo: Chocolate, sonho, torta de morango (O preferido da garota), camafeu, etc. Logo depois, os dois deitaram no chão de mãos dadas. Olhavam as estrelas, e trocavam juras de amor.
– Prometo nunca te abandonar. – Jorge começa.
– Prometo sempre te amar.
– Vamos casar, e ter filhos. – O garoto diz, fazendo com que por algum motivo, Clementina suasse frio.
(...)
Depois de Mário consolar sua melhor amiga, resolveu ir deitar. Já estava bem tarde, mais o menos 22:30. Marcelina o acompanhou até a porta do dormitório. Em seguida saiu para fora junto dele.
– Tadinha da Ally. – Ela mostrava preocupação.
– Verdade. – Ele apenas concorda.
– Fiz errado de não ter contado para ela.
– É.
– Agora, ela deve estar furiosa comigo. – Ela encara o chão. – Mas será mesmo, que o Paulo ficou com essa tal de Mariana ?
– Não sei.
– Ah, eu vou descobrir. Eu e a Valéria só estávamos conversando sobre isso, porque ouvimos boatos.
– Entendi. – Mais uma vez, o garoto nem prestava atenção no que ela dizia. Não conseguia tirar os olhos de sua boca rosada.
– E se isso for verdade... Argh! Paulo terá que se ver comigo.
– Aham.
– Vai ficar só concordando ?
– A-ah, o quê ? – Ele pergunta confuso.
– Você não estava prestando atenção, né ?
– Não. – Ele sorri de lado.
– Ah, tudo bem. Eu posso começar dês de o ínicio.
– NÃO!
– Não ? – Ela fica sem entender.
– Eu sei que está preocupada com a Ally, eu também estou. Mas vamos deixar ela um pouco em paz. Ela precisa pensar sobre o que vai fazer.
– É. Mas ela é minha melhor amiga, e ele meu irmão. Eu preciso tirar essa história a limpo.
– Depois. Agora, fica quieta. – Ele pede enquanto se aproxima. O mesmo vai dando passos lentos, até que prende a garota contra a parede.
– Mário. – Ela sussurra.
– Xiu! – Ele pede, e logo sela seus lábios nos dela. O beijo era super calmo, mas ao mesmo tempo, cheio de vontade e desejo. Logo se separaram por falta de ar.
– Mário. – Ela repete.
– Quieta! – Ele ordena de novo, e logo volta para o beijo. Dessa vez, o beijo não era mais calmo, e sim intenso e selvagem. Pareciam dois loucos que iriam engolir um ao outro, ali mesmo. – Boa noite. – Ele termina com um selinho, deixando para trás a linda garota de cabelos negros, sorrindo feito boba.
(...)
A manhã do Domingo, surgiu. Kokimoto levantou bem cedo, e disposto. Fez suas higienes matinais, e vestiu uma roupa qualquer. Ele não tirava de sua mente o tal plano para conquistar Bibi. Ele sabia o que iria fazer, mas agora, ele teria de arrumar tudo.
Não perdeu muito tempo, e desceu para o campo. Ainda era cedo, mais o menos umas 7:00, por isso, certamente não haveria quase ninguém por ali, o que deixaria seu plano bem mais fácil.
Ele aproveitou que no campo havia várias árvores, dês de a mais pequena, à mais grande. Ele escolheu uma que fazia uma ótima sombra. Pegou vários vasos de flores, e ajeitou tudo. Tudo, mesmo: A mesa, as cadeiras, jogo de toalhas, talheres, comidas, e a grande surpresa que teria certeza, que a amada iria adorar.
Enquanto o mesmo preparava tudo, a Ruiva Americana que tomava sempre o seu pensamento, estava ainda dormindo. Majô e Carmen tentavam acorda-la, mas sem sucesso.
– Bibi, acorda. – Carmen balançava a amiga.
– Ruivinha, ei. – Agora, a patricinha que chamava.
– RUIVA AMERICANA! – A nerd dá um grito, fazendo com que a menina desse um grande pulo.
– O que aconteceu ? – Ela pergunta desesperada, com a mão no peito.
– Nada de mais. – A mesma sorri.
– Nada ?
– Nadinha. – Maria responde, sorrindo.
– Então por que não me deixaram dormir ? Poxa, é Domingo!
– Porque você terá uma grande surpresa.
– Surpresa ? – Ela questiona.
– Sim, agora vem cá. – Carmen, que logo colocou uma faixa em seus olhos.
– Ah, Carmen... Ela tem que escovar os dentes.
– Que bom que lembrou, Majô. – Ela ri. – Estou tão ansiosa para ver a reação dela, que nem lembrei desse detalhe.
– Hello ? Eu quero saber o que é.
– Primeiro, vá escovar os dentes. – Maria Joaquina ordena.
Então, assim a garota fez. Escovou seus dentes, e o seu lindo cabelo ruivo. Logo em seguida, suas amigas taparam seus olhos novamente. Dessa vez, com sucesso. As meninas guiavam a amiga até o campo, cuidadosamente. Quando chegaram no local, saíram de perto, deixando Bibi à sós com o Japonês.
– Será que dá para tirarem essa faixa de mim ? – Ela começa a se estressar.
– Claro que dá. – O garoto responde.
– Koki ? – Ela fica surpresa.
– Não, eu sou um sósia dele.
– Jura ? Nunca te vi por aqui.
– Ai, Bibi. – Ele coloca a mão no rosto. – Lógico que sou eu, né. Kokimoto Mishima, só existe um.
– Ta, mas... Por que me trouxeram aqui ?
– Olhe em volta. – Ele aponta para o lugar. – Não está na cara ?
– Isso aqui é um jantar romântico ? – O sorriso tomava conta de seu rosto.
– Jantar, não. E sim, café da manhã. – Ele pega em sua mão. – Peguei todas guloseimas que você mais gosta.
– Eu reparei. – A menina sorri. – Wow! Bread with bacon e eggs!
– Você está feliz por isso ?
– Sim, estou. Dês de que entramos nessa escola, nunca mais comi isso como café da manhã. É típico de onde eu vim.
– É, eu sei. Por isso preparei.
– Ta, agora vamos aproveitar.
Kokimoto guiou a amada até a cadeira. Os dois comiam bastante (Afinal, havia tanta comida), e também, conversam muito. Ela dava gargalhadas sem parar, nem parecia aquela garota que estava ignorando o mesmo. O lanche estava indo tudo muito bem, até que o garoto resolve tirar algo de dentro do bolso.
– Bibi Smith. – Ele diz enquanto abre a caixinha. – Volta a namorar comigo, oficialmente ?
– Ah, cara! Lógico que sim. – A menina responde, enquanto Koki colocava o anel em seu dedo. – Me desculpa por estar te ignorando. Eu já nem agüentava mais.
– Muito menos, eu.
– Te amo!
(...)
Dois dias se passam, e a Terça-Feira, 24 de Janeiro de 2017, chega. Era hoje o tão esperado festival. Muitas duplas ensaiaram bastante, principalmente Majô e Cirilo, que todo dia reservavam uma hora para isso. Por outro lado, havia casais que nem ensaiaram tanto assim, como Paulo e Alicia. Seria dessas apresentações, um enorme desastre ? Talvez para alguns.
A festa seria na hora do almoço, às 12:00, e ficaria até o fim da tarde.
Os preparativos começaram a ser feitos na noite de Segunda-Feira, pelos alunos mesmo.
Todos os alunos do 1°A, já se encontravam em volta de uma mesa super bem decorada. O campo estava cheio de faixas, a maioria delas diziam “Sejam bem-vindos”. A turma conversam alegremente, quando “Paulicia” chega no local, meio que “brigando”.
– Alicia, escuta! – Ele insistia.
– Não, Paulo. Eu não quero conversar com você!
– Mas eu quero.
– Problema é seu. – A garota senta em uma cadeira, que ficava entre Marcelina e Margarida, assim o menino não lhe perturbaria mais. Do nada, um menino aparece no meio da turma.
– Alicia, posso conversar com você ? – Ele pede.
– Claro. – A mesma se levanta, indo para um canto reservado. Porém, da onde seus amigos estavam, dava para verem tudo o que acontecia com eles dois.
– Comigo ela não quer conversar! – Paulo diz todo indignado.
(...)
– O que foi, Caio ?
– Ah, queria saber se depois da sua apresentação, eu poderia ser seu par para outras danças.
A adolescente parou com a pergunta de Caio: "Se Paulo pode ficar com a Mariana, eu posso ficar com Caio.” – Pensava ela, enquanto balançava a cabeça positivamente.
– Sim, eu aceito. – Ela sorri.
– Ótimo. Vou sentar ali com minha turma, mas depois de sua apresentação, sentamos em uma mesa para dois, certo ?
– Claro, vai ser demais!
– Com você por perto, tudo fica demais. – Caio diz se aproximando de Ally, ficando rosto a rosto. Logo um longo beijo tomou conta dos dois.
(...)
– Acho melhor o Paulo nem ver essa cena. – Cirilo fala bem baixinho, porém o mesmo escuta.
– Qual cena ? – Ele questiona.
– Não, nenhuma. – Daniel responde.
– Agora fiquei curioso. – Ele diz sorrindo, porém quando se vira para trás, seu sorriso desmancha na hora. Sua mão fechou em forma de soco, e seus olhos mostravam a fúria que ele estava. Paulo não acreditava na cena que via, “Como ela pôde fazer isso comigo ?” – Ele indagava em seus pensamentos. O Guerra não perdeu tempo, se levantou e foi pisando fundo até a Gusman e o tal garoto. – O que vocês pensam que estão fazendo ?
– Se beijando ? – Caio fala num tom de ironia.
– Há há, nossa que engraçado. – Ele diz com sarcasmo. – Não pensei que pudesse fazer isso comigo, Alicia.
– Alicia, depois conversamos, ok ? – O garoto sai de perto, deixando Paulo e Alicia a sós.
– Oi ? Eu fazer isso com você ? Meu bem, quem me fez chorar, foi você! – A garota cruza os braços.
– Como assim ? Você chorou por minha causa ?
– Me decepcionei no inicio, em saber que você ficou com aquela puta da Mariana. – Ela diz, deixando Paulo com os olhos arregalados. – Mas sabe de uma verdade ?
– Qual ?
– Por você, eu não choro mais! – Alicia fala em um tom de desprezo. Logo, ela saiu dali.
(...)
Depois de meia hora, a Diretora Lucia abriu oficialmente a festa. Agora, começaria as apresentações dos 3 primeiros colegiais. Claro, que o 1° A, seria os primeiros.
O primeiro casal a subir no palco foi Margarida e Jaime, seu estilo de musica seria o sertanejo. Não perderam tempo, e começaram a dançar. A cada passo, movimento e salto, só impressionavam mais ainda seus colegas de colégio.
A próxima dupla, era Paulo e Alicia. Até que os dois iniciaram a apresentação bem, porém, no meio da apresentação Alicia fica decepcionada com uma certa coisa:
– VAI PAULO, SEU GATINHO! ARRASA! – Mariana grita.
" Ela está torcendo para o Paulo ? Pois bem, eles vão ter o que querem. " – Pensava, a garota.
No meio da dança, Alicia começa a trocar alguns passos, fazendo com que Paulo fique totalmente confuso. Logicamente que todos que assistiam percebiam que ela fazia de propósito.
– PARA DE ERRAR, SUA MALUCA! – Novamente, Mariana grita.
Ela não ajudou nada, só fez com que Alicia sentisse mais raiva. Agora sim, a menina errava os passos com o propósito de todos acharem que são a pior dupla, ela não queria ser considerada uma das melhores. Não com Paulo Guerra do seu lado.
– Alicia, por que fez aquilo ? – Marcelina questiona, quando a amiga desce do palco.
– Queria me divertir um pouquinho. – Ela responde rindo. – Agora, vou ali com o Caio.
– Ta, né. – A Guerra olha para a amiga com um pensamento de " Paulo não vai gostar nadinha disso. ", mas resolveu não comentar. – Agora é minha vez de arrasar. – Elas riem.
– Claro que vai arrasar!
Do rock, para a valsa. Mário e Marcelina dançavam lindamente em cima do palco. Era como se fosse o aniversario de 15 anos da garota, que ocorreu 2 anos atrás. No fim da apresentação, uma coisa que a Guerra não esperava, aconteceu: Mário lhe deu um super beijão na frente de todos. A menina ficou sem reação, ou melhor, com os olhos arregalados, boca aberta, e encarando a platéia. Seus amigos apenas gritavam “MARILINA, MARILINA, MARILINA”, o que a deixava mais vermelha ainda.
Mário, percebendo que Marcelina ficaria paralisada por muito tempo, lhe puxou pelo pulso, levando a mesma, para um lugar mais reservado.
– O que foi aquilo ? – Ela pergunta.
– O beijo ? Ué, um beijo!
– Mas precisava ser na frente de todos ?
– Não gostou, né ?
– Não é isso.
– Então... ?
– Você sabe que sou muito tímida.
– Desculpa, eu não resisti.
– Tudo bem. – Ela sorri de lado. – Até que eu gostei. – Marcelina sussurra para si mesma, porém, Mário consegue ouvir tudo.
– Eu sei. – Ele se aproxima da garota, pegando em seu rosto. – Sei também, que você ainda me ama. Ou vai negar ?
– A-ah. – Marce não sabia realmente o que responder. Na verdade, ela sabia que ainda o amava muito, mas queria dar um gostinho a mais de indecisão. Sem conseguir deixar nenhum som de sua boca sair, ela encaixou suas mãos em volta da nuca do garoto, e começou a lhe beijar.
– Marcelina. – Ele sussurra.
– Fala. – Ela também sussurra.
– Volta a ser minha namorada ? – A pergunta do garoto só fez com que Marcelina ficasse espantada. E aquele lance da prima dele ? Mesmo sabendo que Mariana estava indo para cima de seu irmão, Mário ainda era um alvo.
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