Caro desconhecido...

Com oferecimento e envolvimento


Nova York, 19:45, apartamento de Carly Shay.

Carly morava em um loft localizado em Chelsea, um bairro muito central, pratico e rico, a cara de Carlotta. As moças estavam experimentando roupas e pensando desenvolver uma personalidade que Nate gostasse e quisesse ir fundo.

—Nós precisamos de algo que faço o Nate pirar, e te valorizar.

—Sam, vai dá tudo certo, eu faço uma de mulher doce e fatal e pronto.

—Não, doce e fatal ele só vai querer te comer e vai te jogar pra o outro lado.

—Você acha que pode resistir? - Samantha questionou.

—Como?

—Carly há quanto tempo você não transa?

—De janeiro até aqui é quanto tempo?

—Ai meu Deus! Oito meses Carly, há oito meses.

—Por favor, não faça um escândalo. Eu estava ocupada com o trabalho.

—E sofrendo pelo Dan?

—E sofrendo pelo Dan...

Carly tinha um namorado há tempo atrás Daniel Humphrey, resumidamente o canalha a usou para chegar até sua mãe que era dona de uma editora. Malditos sejam os escritores boêmios e suas carinhas de bom moço, no final das contas a luta contra o sistema era só uma desculpa para a falta de escrúpulos e depois de tudo ele ainda a acusou dizendo que a culpa da traição era totalmente dela e do seu mundo burguês que tinha o corrompido! Maldito sistema capitalista opressor, ele berrava enquanto era carregado pelos seguranças para fora do prédio de Carly, ela permanecia pasma chorando nos ombros de Sam. Malditos falsos comunistas! Desse dia em diante Carlotta só saia com burgueses opressores e detestava a forma como eles só falavam sobre ações. Para Carly a vida sexual dependia de uma conexão muito forte, algo intelectual, “ não entrego meu corpo a quem não entende minha alma”, ela dizia.

—E sofrendo pelo falso comunista... Graças a ele meu amor pelos centros políticos morreu.

—Bom, o Nate é leve, ele é um baby, qualquer coisa o deixa entretido, mas cuidado, ele pode ser uma cobrinha quando quer, mas nada muito agressivo, ele vai tentar te levar pra cama e eu não sei se você deve ir, mas se for tão irresistível quanto eu acho que será, leve ele para o seu apartamento e não o contrario, nunca deixe Nathaniel se sentir no controle.

—Alto nível de experiência.

—Pois é, se a experiência que eu tenho hoje, eu tivesse há uns anos atrás não teria me ferrado tanto. Amor nunca mais.

—Amor nunca mais?

—É, esse negocio de casar e ter lindos filhos não é mais pra mim.

—Sam, em algum momento você vai gritar por uma relação estável.

—Nesse momento eu terei 70 anos e um vibrador de 19 centímetros.

—Você é maluca. – Carly gargalhou e terminou de se trocar.

Estilo minimalista Carly estava com joias douradas e roupas em preto e branco. Sam por outro lado, estava insossa, a cara o desinteresse, vestido, sapatilha, nada de joias, sem batom. Fim.

—Repassando, eu irei até lá com você farei as apresentações e o resto é contigo.

—Precisava repassar isso?

—Eu preciso confirmar, você sabe que bebida e comida de graça são um fraco que eu não consigo conter.

—Sei... Vamos? Quero acabar logo com isso!

—Awn, você vai da pra ele com certeza!

—Cala a boca Samantha! – disse Carly se fingindo de seria.

Nova York, 20;45, Restaurante La Sirene.

O La Sirene era um lugar belíssimo e os preços acompanhavam sua beleza, recomendado algumas vezes pelo Times, o lugar cheirava a Chanel nº5 e Carolina Herrera, saltos Dior tintilavam para lá e para cá, não sobrando espaço para nenhuma sapatilha humilde de uma loja de departamento.

Lustres, comida italiana e musica, seria uma noite interessante.

Carly e Sam, chegaram na porta do restaurante e quando Carly respirou fundo Sam a olhou desconfiada.

—Shay, você ta bem? Olha se não quiser fazer isso não precisa.

—Estou bem, e irei fazer isso, seria horrível pra você seduzir o cara que... Enfim.

—Obrigada.

—Por nada, você me deve muito por isso, fica na conta.

—É comida italiana? Ah cara, eu amo comida italiana!

—Sam!

—Ok, Aquele ali, é o Nate Archibald!

Carly estendeu os olhos levemente para a direita e viu um homem loiro sentado ao fundo do restaurante próximo a janela. Tinha que admitir que era uma gracinha, pena tenta beleza jogada fora...

—Bonito.

—Sim, ele é.

Caminharam até o fim da sala e graciosamente Sam, sentou e sorriu. Havia observado que Archibald, tinha cumprido o que ela pensava, comeu Carly com os olhos, e não desviou a atenção da morena. Bingo!

Enquanto o loiro se perguntava, quem diabos era aquela mulher, alta, morena, magra... Seria modelo? Era bela, parecia animada. Nate se perdeu no perfume que sentia. Tinha ganho na loteria, uma loira e uma morena, e se não fossem as duas ao menos teve uma pelo dia e a outra pela noite.

—Nate! – Sam cumprimentou.

—Sam. – ele sorriu escancaradamente.

—Temos companhia para o jantar.

—Eu percebo, e quem é a linda dama? – Nathaniel se levantou e ficou na altura de Carly.

—Carlota Shay.

—Prazer, Nathaniel Archibald. – Nate puxou a mão de Carly e a beijou.

—Oh, Archibald, da rede Spectro, a revista?

—Sim, isso e muitas outras coisas...

—Pelo visto temos mais em comum do que o gosto por lugares finos.

—Sim, muito mais, vamos sentar? – Sam os interrompeu.

—Sam, não me disse que traria uma amiga.

—Sei o quanto gosta de surpresas meu amigo.

Com isso Samantha tinha deixado claro suas intenções ali. E esperou que pelas graças do céu Nate tenha entendido.

—Adoro, todas são muito agradáveis.

—Sim, Carly é minha amiga a algum tempo...

—Claro, desde que a Sam chegou na cidade.

—Ah é? E o que você faz?

—Sou advogada.

—Uau, linda e inteligente.

Sam revirou os olhos, não podia crer que Nate havia caído tão fácil... Ah homens. A conversa fluía bem, a entrada já estava acabando e Carly dava algumas boas gargalhadas sobre um assunto qualquer. Estava na hora de alguém ser eliminada daquela mesa e a indicada era a loira. Num ato extremamente afetado Sam atendeu ao telefone sem pedir licença, e começou a conversar com alguém em frances.

—Sam, algum problema?

—Todos amiga! A empresa francesa com a qual estávamos negociando.

—Sim.

—Exigiu vídeo conferencia porque não entenderam os termos do contrato.

Ah minha nossa, então vamos! Eu sinto muitíssimo Nathaniel. – Carly expos todo seu verdadeiro pesar, estava mesmo se divertindo.

—Não, o que é isso, amiga pelo amor de Deus, você não sai a tanto tempo, vive para o trabalho, ta sempre me cobrindo... Pode deixar que eu vou e resolvo tudo.

Samantha levantou apressada recolhendo a bolsa, dei um beijo em Carly e para Nate sussurrou como uma promessa.

“Não foi dessa vez que você teve a loira e a morena em garotão?’

—Se cuidem, não façam nada que eu não faria!

Samantha estava fora de cena. Carly sentiu-se tremula, iria estragar alguma coisa com certeza, lembrou-se do seu objetivo ali. Precisamos de um aliado, uma fonte contra o possível herdeiro, vamos Shay você pode fazer isso.

E ela fez, a noite seguiu brilhante e cheia de provocações.

—Então, você não tem muito tempo para se divertir? – Nate soltou do nada. Ele pensou que estava tudo sobre controle, ela vai ceder, deve estar louca por dentro.

—Na verdade, depende do seu conceito de diversão. – Carly o olhou e modo desafiador e se aproximou de Nate no sofá em formato de L depositando a mão em sua coxa.

—Ou, então não é tão difícil quanto parece. – Nate repetiu o movimento de Carly e recebeu um belo impedimento.

—Não, na verdade eu sou muito mais difícil do que pareço. – Shay subiu mais a mão, ate o zíper da calça de Archibald e o abriu, o rapaz engoliu em seco quando a morena o olhou com a cara mais sínica do mundo, como se estivessem falando sobre a bolsa de valores.

—Então o que eu faço? Qualquer tentativa minha será inútil?

—Não, na verdade você pode fazer algo muito útil, tomar o seu vinho branco tranquilamente enquanto eu te conto sobre a rotina entediante do escritório. – Carly foi caminhando com as unhas lentamente, brincando com a cueca de Nate até finalmente tocar no material do rapaz.

—É... você.

—Afaste as pernas para o seu maior conforto senhor. – Carly disse ao pé do ouvido.

—Isso não é uma boa ideia. – Nate finalmente tinha conseguido formular uma frase.

—Não? Você escolheu essa mesa tão afastada porque? Por acaso você gosta de discrição? Porque eu sou especialista nisso, nós advogados temos uma clausula que diz que devemos manter total sigilo e discrição para com os nossos clientes.

—É? – Nate estava visivelmente desconcertado, imerso nas sensação que a surpresa estava lhe causando.

—Você estaria interessado? Nathaniel Archibald? Preciso de uma resposta para prosseguir ou retardar o processo.

—Autorização conce...

Nate não conseguiu nem terminar a frase Carly, já havia colocado o seu pênis para fora da calça e fazia movimentos se sobe e desce com uma das mãos.

—Nate, eu preciso muito que faça uma coisa por mim sim? Olhe nos meus olhos, ok? Não desvie nem por um segundo, e toda vez que eu levantar as sobrancelhas você acenara com a cabeça. Tudo bem?

O rapaz não conseguia responder.

Carlotta estava sentindo uma vontade intensa de ser preenchida por Nate, os dotes do rapaz tinha a surpreendido, afinal nunca imaginara que alguém como ele tivesse tanta qualidade, sua imaginação correu longe e ela aumentou o ritmo, pensando em como seria se estivesse em seu apartamento... Viu uma expressão diferente em Nate, um olhar perdido quase fechando e parou, ele não gozaria tão rápido.

—Nate, a bolsa de valores não pode cair assim tão rápido. Tudo bem?

—Eu... Eu... ahm, não consigo formular nenhuma resposta.

—Esta tudo bem querido, só siga o plano e relaxe, eu vou fazer o que estiver ao meu alcance para salvá-lo.

A mulher abaixou para pegar um guardanapo que deixou cair de propósito. Ela observou a extensão do membro do rapaz com água na boca, e não resistiu, ao vê-lo já tão excitado, o abocanhou com uma necessidade extrema, e dane-se que o plano não era esse. Aquele restaurante não podia ser melhor, as mesas tinham uma altura compensatória, dava para fazer tudo! Encostou a bochecha direita na coxa de Nate, e aprofundou o contato. O fez imergir em sua boca, e rodeou a cabeça com a língua. Ah como Carly sentia falta da sensação de ter a maior necessidade de um homem em suas mãos. O chupou mais algumas vezes, sugando, lambendo e o rodopiando em sua boca até que sentiu uma mão gentilmente acariciar sua cabeça. Nate estava desesperado e gozaria a qualquer momento. E em exatos 5 segundos aconteceu, Nate tentava conter os espasmos exagerados e tomou toda a taça e vinho para esconder o gemido, deixando escapar uma batida escandalosa na mesa, enquanto uma explosão invadiu a boca da advogada que engoliu tudo com prazer, deixando escapar propositalmente algumas gotas que mancharam a calça marrom claro do rapaz..

Carly estava tentada a algo mais quando se levantou ao ouvir a voz do garçom

—Algum problema?

—É... não. – Nate gaguejou e era a vez de Carly.

—Ah, achei! – Carlota levantou como se nada tivesse acontecido. – Meu brinco enganchou no pé do sofá, da pra acreditar?

—Acontece sempre senhorita, devem haver verdadeiras fortunas em joias presas nesses bancos.

—Muito perigoso isso.

—Desejam mais alguma coisa? Sobremesa?

—Ah, sim, um sorvete de baunilha com cauda de creme, meu amigo aqui esta precisando esfriar a cabeça.

—E pra senhorita?

—Ah,para mim não é necessário, eu estou muito satisfeita.

—Pois não, com licença.

Nate estava atônito, não conseguia crer no que acabara de acontecer. Enquanto Carly sentia a frustração lhe tomar, pois teria que se conformar com qualquer coisa menos com um material verdadeiro.

—Foi um prazer jantar com você Nate.

—Já acabou?

—Claro que não, anda nos encontraremos por ai, aparentemente você é o namorado da minha amiga.

—Que?

—Não se preocupe, ela não saberá do que houve aqui.

—Não me importo se ela souber.

—Ótimo, assim quem sabe, pode resolver o processo inteiro da próxima vez. Já esta pronto para um segundo round baby? Empenhado você não?

—Tudo devido a uma ótima advogada.

—Sei, então eu sugiro que você propositalmente derrube sorvete na sua calça porque, será muito vergonhoso que passar por todo o restaurante de pau duro, fora que tem sêmen na sua coxa. Ups, é bom que fica como lembrança.

—Eu nunca esqueria de você.

—Depois do sorvete eu aposto que não.

—Bye bye, Nathaniel. –Carly foi se levantando e Nate a segurou pelo braço.

—Eu preciso te ver de novo.

—Tira uma foto, ou sonha, aposto que as memórias ainda estão bem vivas.

Carly, abriu a bolsa e tirou 150 dólares para pagar a conta, jogou o dinheiro discretamente no canto da mesa e levantou de fato.

—Não me ofenda, eu não posso aceitar, eu convidei eu pago.

—Shiu, relaxa baby, o dinheiro esta ai, escolha você utiliza-lo ou não, de toda a forma se você não usar, terá um motivo para me ver novamente, devolver 150 dólares.

Carly rodou a mesa e deu um beijo em Nate, precisava saber se tudo era tão gostoso assim naquele corpinho, sorriu ao constatar que sim, e saiu caminhando pelo La Sirena.