Emitiu um sonoro droga quando olhou pra baixo e viu que estava nua. Grande novidade, ao menos desta vez ela tinha um lençol jogado sobre o corpo. Fez uma ronda pelo quarto, ainda deitada na cama, havia algo diferente, ela podia ver e sentir. Sentia o cheiro de café, e via espadas jedais espalhadas pelo quarto.

— Ai meu Deus, aonde eu vim parar? – pensou.

Analisou rapidamente a situação, suas roupas estavam jogadas no chão, menos mal, sua calcinha estava rasgada – o que era péssimo já que ela vestiria um mini vestido sem calcinha e pegaria o metrô das 12 horas de um sábado, cheio de velhinhos, crianças e famílias perfeitas –.

Após constatar esses fatos irritantes, ela pensou na fuga, o cara parecia ser do tipo que não entende o significado de sexo casual, então sair pela porta da frente não era a melhor opção. Ela levantou, calçou suas botas cano longo, ajeitou o vestido no corpo, e andou pelo quarto até a janela, antes disso olhou-se no espelho, parecia péssima, mas ainda assim sexy, havia se acostumado com sexo casual e saídas a francesa. Agradeceu imensamente por estar em Nova York, e pelas escadas de incêndio lateral, charmosas e salvadoras de vida, dessa cidade.

Então, quando estava com meio corpo pra fora da janela, teve uma infeliz lembrança, tinha uma reunião às 14h30min! Se fosse pra casa não chegaria a tempo, procurou o celular no bolso do vestido, mas não achou. Sabia que tinha praticamente assinado sua sentença de morte ao entrar no quarto novamente, mas era um risco que deveria correr. Enquanto revirava tapetes, almofadas e lençóis rezava para que o dono do apartamento, que pra constar ela não lembrava nem mesmo o nome – mas pelos flashes da noite passada não devia ser de se jogar fora – não entrasse no quarto. Mas naquele belíssimo dia, naquele sábado ás 11da manhã, os deuses-dos-perdidos-da-noite estavam muito ocupados para ouvir suas preces. Ela não havia encontrado nada, iria desistir, ligaria de qualquer telefone público, mas antes uma última olhada na cama. Sam estava embaralhada em meio a lençóis quando alguém disse:
– Não é nada educado ficar de sapatos em cima da cama dos outros.
Ela não tinha outra escolha, já estava ferrada mesmo, e como dizem, já que esta com os porcos, junte-se a lama.
– Opa, eu acho que temos intimidade o suficiente pra isso. – respondeu, e surpreendeu-se com a figura a sua frente, vestido como quem estava prestes a sair. Sam notou que havia uma gravata jogada na cabeceira da cama. Ele estava usando terno?
–Acho que não, como posso ser intimo de alguém que não sei o nome.
–Como eu disse, íntimos o bastante, também não sei seu nome.
–Você deve estar procurando por isso. - tan ran! Lá estava seu lindo celular, nas mãos de um desconhecido, um desconhecido bonito, alto, moreno e gostoso, que trazia em uma mão café e na outra minha salvação.
–É exatamente isso, muito obrigada.
–Pelo celular, ou pela noite.
–Então, não me lembro da noite, mas, veja, meu celular esta na sua mão, então... Por sinal, o que meu celular faz na sua mão? Caro desconhecido.
–Uma pena não se lembrar da noite.
– Você se lembra da noite, mas não do meu nome?
–E isso importa?
–Claro que não, o mínimo de informação equivale ao mínimo de constrangimento.
–Não sei seu nome por que eu não perguntei.
– Uh, que educado, que gentleman, que...

—Você entendeu tudo errado, esse não é o tipo de cara que eu sou.

— Não, você que entendeu tudo errado. Eu não estou interessada no tipo de cara que você é.

— Uh, isso foi forte.
– Não, isso foi realista. Ah, meu celular, por favor?

— Desculpa, eu achei que fosse o meu.
– Entendo... An, pode devolver? É que eu tô meio necessitada dele.
– Pra te lembrar da reunião às 14h30min?
–Você olhou meu celular? Mas como? E a senha? Ah meu Deus, você é um daqueles nerds Hackers.
–Puta que o pariu, quantas conclusões precipitadas hein?
–Hm, desculpa, agora eu acho que estou na casa de alguém que pode ser caçado pelo serviço de espionagem americano.
–Ou alguém que pode ser do serviço americano.
–Aí senhor, olha aqui, não interessa. O que você faz, quem você é, qual o seu nome... Eu só quero meu celular de volta. Por favor.
–Você ia sair pela escada de emergência?
–Uhum. - estiquei a mão esperando que o sujeito devolvesse meu. Celular mas ele só ficou lá, parado me encarando.
–Por favor!
–Ah, desculpa. Eu não devolvo nada a quem não fala comigo direto pela manhã, ou que eu não sei o nome.
–Que mal educada, desculpa.
Sam, se aproximou do rapaz, passou as mãos pelo seu tórax definido, o olhou como se estivesse hipnotizada. Enquanto ele segurava em suas mãos o seu precioso, ela se esticou um pouco e deixou uma trilha de beijos em seu pescoço, - ele cheirava tão bem-. Finalmente ela o beijou. E passando as mãos por suas costas tentou pegar seu celular mas, ele foi mais esperto, e mais rápido. A segurou pela mão e a jogou em cima da cama caindo por cima dela. O caro desconhecido, marcou Samantha de todas as formas possíveis. Com uma das mãos segurou seus punhos acima da cabeça, depois de um beijo provocante mordeu seus lábios, e foi descendo lentamente deixando marcas em seu pescoço, até abocanhar seus seios, e dando extrema atenção a cada um os sugou e mordeu. Sam ofegava e gemia cada vez que ele encostava nela. Em uma fração de segundos, estava novamente nua, e enroscada com um desconhecido.

O caro desconhecido, soltou seus pulsos e agarrou seu rosto, apertando firmemente os lábios contra os de Sam. Deslizou uma mão por sua bunda até sentir o volume em sua cueca box. Ele enrijeceu. Mas Sam queria mais, inverteu o jogo, o pegou nas mãos, ele gemeu um ruído de puro prazer. O apertou usando um toque suave enquanto o media com as mãos. Estava duro , e quente.

Tão ardente e desesperado pelo prazer total, o caro desconhecido agarrou seus quadris com força, e de forma urgente rasgou a embalagem da camisinha. Sentiu sua ereção entre as coxas enquanto ele se mexia e soltou um gemido. Samantha estava delirando, sentia-se preenchida. Era notável também a satisfação do homem a sua frente, seu olhar era intenso, fixo, como se estivesse imerso no prazer.

— Como um bom anfitrião, eu quero te fazer gozar primeiro, de novo. – disse o desconhecido ofegante.

O caro desconhecido, estava mesmo obstinado a ser o melhor anfitrião do mundo. Acelerou o ritmo e a intensidade das estocadas. Sam sentiu seu corpo tremer, ia ceder quando ele retirou o pau, ela soltou um gemido frustrado. Ele a olhava fixamente, Sam estava ofegante,com um orgasmo preso na garganta, totalmente decepcionada quando ele abocanhou seu sexo, com a língua fazia movimentos circulares e a sugava profundamente. A visão de Samantha começou a escurecer, ela tremia de prazer e sabia o estava por vir, estava sem ar, quando gritou seu orgasmo mais profundo. Estava arrasada, e de olhos fechados. O ar escapou novamente quando se sentiu preenchida novamente. O caro desconhecido, trabalhava lentamente, com estocadas profundas e ferozes. Não era possível, o filho da puta ia fazê-la gozar novamente. E fez, Nova York presenciou um novo grito agudo de prazer, mas dessa vez seguido por um gozo violento e gutural. Sam o olhou, o caro desconhecido a olhava profundamente, ele não disse uma palavra sequer, apenas um sorriso de lado e deitou na cama.

Samantha ainda estava aturdida, mas era suficientemente esperta.

— Como uma boa visita de primeira e última viagem, receio que eu deva fazê-lo gozar, de novo.

O rapaz não protestou, Sam puxou a gravata e amarrou os pulsos do rapaz na cabeceira da cama. Era sua vez. Sorrindo, segurou seu membro ainda rigido e deslizou as mãos por sua extensão lentamente, fazendo movimentos de vai e vem, seus lábios o envolveram, o abocanhou e movimentou-se levemente, deu leves lambidas e novamente o sentiu em suas mãos, até fazer tocar o fundo de sua garganta. O desconhecido gemia, e se contorcia descontroladamente, Samantha sabia que ele ia gozar, então se levantou, pegou o vestido na poltrona, o celular no tapete. O pobre rapaz não disse nada, só a olhava num misto de confusão e descrença, - tadinho, achava que ela não faria isso. Suspirou aliviado quando ela, sem calcinha sentou em seu colo. Samantha pegou o celular.

— Lili? Oi, me faz um favor. Eu sei... eu sei, calma eu vou chegar a tempo. Presta atenção, passa no meu apartamento, pega os processos, o pen-drive e uma roupa decente pra mim. – Samantha gargalhou e rebolou um pouco, o rapaz gemeu.

— Lili, depois a gente conversa ok? Eu to indo para o escritório. Beijo. – Ela jogou o aparelho e virou-se para o rapaz.

— uh, olha você...

— Você não vai...

—Shiu - Sam como uma dama, levantou, procurou novamente seu celular e viu dois idênticos no tapete, pegou o primeiro, olhou-se no espelho e correu pra janela.

— A porta esta aberta. – Urrou o belo homem.

— Ah, já ia esquecer. Caro desconhecido, eu lembrei completamente da noite, obrigada.

— Hey, me diz pelo menos seu nome.

— Hm, acho que não hein.

— Não vai querer saber do meu?

— Não o mistério é menos decepcionante.