Chuck Bass

Um vento gélido soprava na cidade, Nova York estranhamente quieta, mas por algum motivo meus pensamentos estavam atordoados. Blair. Esse era o motivo, pensava nela, pensava sobre ela, pensava em mim com ela, e era apenas olhar o meu reflexo no copo de Whisky para saber como eu era sem a Blair. Mais um miserável. Num ato impensado e drasticamente arriscado fui ao seu encontro, assim que soube que ela estava na cidade pedi que a seguissem e me dessem informações claras sobre o que fazia. Agora, estava sozinha no apartamento, enquanto o tão respeitável noivo fazia qualquer coisa com qualquer outra pessoa.

Blair Waldorf

Acordei desesperada, e fiquei triplamente desesperada ao ver que Freddie não estava ao meu lado, sai pelo apartamento e Nate também não estava. Ótimo! Abandonada na minha ex cidade pelo meu noivo. Um frio circundou minha espinha quando me surgiu a possibilidade de este ser apenas um treinamento para o futuro. FLAGRADA: Queen B, deixou de ser rainha no Upper East Side para ser trouxa na França? Oh, Blair parece que o seu destino é ser uma lonely girl!

Tudo se modificou quando a campainha tocou! Era ela, certeza de que Freddie havia saído para buscar croissant e flores para o café da manhã. Entusiasmada e já pensado no sim da igreja abri a porta sorridente, é incrível como a desilusão pode ser arrebatadora! Meu sorriso se desmanchou, mas meu corpo tremeu em resposta.

—Chuck...

—Blair.

—O que você esta fazendo aqui?

—Não vai me convidar para entrar?

—Não.

—Ok.

Ele entrou mesmo assim, passando por mim com um cabelo impecável.

—Me lembro de ter dito não.

—Eu queria te ver.

—Já viu, agora vai embora.

—Blair, não seja tão acida.

—Foi isso que você colocou junto ao meu nome na venda do hotel? Cuidado, ela pode ser ácida?

—Blair...

—O que Chuck?!

—Eu te amo, nada faz sentido sem você! Eu preciso de você, eu quero você...

—Eu vou me casar, eu estou noiva de um homem bom, que me respeita e me ama.

—Mas você não ama ele!

—Eu não o amo? O que você sabe sobre amar Chuck? Você destrói tudo, você me destruiu, três meses depois eu ainda me olhava no espelho e não reconhecia Blair Waldorf.

—Eu não me reconheço até hoje.

—Isso não é minha culpa. Você vive num processo sádico de autodestruição desde que eu te conheço, e sabe o que mais? Você gosta disso.

—Blair...

—O que?

—Eu sinto muito, por tudo, por ter te decepcionado, por não te tratar como deveria, por achar que te dominava, eu realmente sinto muito por ter acabado com a gente, mas...

—Eu também sinto muito. Mas deveria te agradecer, graças a você eu conheci um homem maravilhoso, que me ama disposto a não me magoar.

—Nada unilateral faz bem, Blair.

—E ninguém sabe melhor disso do que eu, que amei por mim e por você. Amar não é se sacrificar pelo outro.

—Eu não pedi que você fizesse isso por mim.

—Não, tem razão, você não me pediu, nem me deu qualquer explicação, afinal de contas você é Chuck Bass, e achei que pudesse te mudar

—E só você pode Blair.

—Chuck, você já partiu meu coração tantas vezes, eu estou absolutamente cansada de esperar que você mude, de esperar você, de acreditar em você.

—Eu não vim até aqui para isso, mas estar perto de você não me da espaço para pensar em outra coisa.

—E pra que você veio?

—Saber de você, mesmo que o mínimo ainda é alguma coisa.

—Eu gosto do meu noivo, ele é uma boa pessoa e o que nós construímos é, algo solido, tranquilo, não se parece em nada com o que nós tínhamos, Freddie é confiável, é seguro, é gentil, e carinhoso e... Eu o amo Chuck.

—Eu não posso te decepcionar mais, posso?

—O fundo do poço sempre pode ser mais escavado.

—Então é isso, você não me ama mais?

—O que nós tivemos foi extremo, intenso, selvagem...

—Nós temos amor!

Chuck se colocou a minha frente e me segurou nos ombros.

—Tínhamos. Olhe para mim Chuck.

Segurei seu rosto com uma das mãos e o fiz me encarar, os olhos cada vez mais escuros, e uma expressão intesa responderam ao meu toque. Chuck beijou minha mão, e eu arfei instintivamente. Seus lábios desceram para meu pescoço e chegaram próximos a centímetros da minha boca, um ar denso e vacilante se estendeu por nós, até finalmente nos conectarmos. O beijo e Chuck era intenso, fervoroso, meu coração bombeava e minha cabeça dava voltas... O que tinha com Freddie nunca se compararia com aquilo. Chuck me puxou pela cintura, minha pernas voaram para sua cintura e quando dei por mim estávamos jogados no tapete da sala.

Seu membro se mantinha erguido para mim, e mergulhei nele com um gemido, amando a profundidade daquela posição. Aquilo era tão fácil, tão natural entre nós, que de alguma forma aumentava o medo de que eu não conseguiria me afastar. Em vez de pensar nisso, eu me concentrei em seus grunhidos abafados na minha boca, me perdendo na urgência de seus dedos em minhas coxas e cintura, sua testa pressionada na minha quando nos aproximávamos do clímax, suas coxas embaixo de mim, seus quadris se movendo cada vez mais rápido e com mais força para acompanhar minhas cavalgadas. Até explodirmos ali, no meio da sala, encostados no sofá branco, a casa em um silêncio absurdo, interrompido apenas por nossas respirações ofegantes. Olhei para Chuck e ele sorria.

—Blair, vamos embora! Você pode ficar no Empire por um tempo, até que eu consiga resolver as coisas, eu tenho a solução perfeita eu...

—Chuck, olhe para mim. – Respirei profundamente e me preparei para ainda sentada em seu colo fazer o que devia ser feito.

—Eu não te amo mais, também não te odeio, eu só não sinto nada por você. Acho que você deveria ir, alguém pode chegar.

—Alguém quem? Seu noivo?

—Sim, meu noivo, o homem que eu amo, e se for ele eu acho melhor que você não esteja aqui.

Abaixei o vestido enquanto e fui à cozinha pegar um copo d´água, tempo em que Chuck de forma habilidosa se vestiu, mas não foi embora.

—O que você esta esperando?

—Blair, você não pode fazer.

—Eu não posso? Na verdade, eu acho que estou fazendo. – disse sorrindo, quando a campainha tocou novamente e eu corri para abrir a porta.

—Amooour! – Corri para os braços de Freddie e pulei em seu pescoço.

—Trouxe algo para você.

—Rosas? Que delicadas...

—Quem é esse homem? – Freddie finalmente o notou.

—Ah, esse é...

—Chuck Bass, vim procurar Samantha, não a vejo a um tempo, e ela não me atende, imaginei que estivesse por aqui.

—E imaginou isso por quê?

—Ela tem grandes interesses por essa região, afinal já dormiu aqui uma vez, porque não outra?

—Bom, como você pode ver senhor Bass, ela não esta por aqui. – Freddie alterou a voz de forma significativa.

—Sim, e nem Nathaniel. Muito obrigada pela gentileza e hospitalidade da senhorita, se nos encontrarmos novamente lhe trago petúnias, me parecem combinar mais com você.

—Ela gosta de rosas.

—Tem tantos espinhos quanto se pode contar, de longe se vê o belo casal que formam. Enfim, já vou. Ah, e sorte, vocês vão precisar.