Card Captor Fey

A luz de um dia quente, parte 1


Fey gostava de sentar em algum banco pela calçada após o almoço. Era uma boa chance de escapar do escritório por alguns minutos, mas também de aproveitar a luz do Sol para revigorar. Sentia falta dele durante a semana, e sua amiga Jial lhe disse uma vez que tomar sol melhorava até o humor. Hoje ela não almoçou com ele, está de folga, mas sair assim sozinho também vale a pena.

Sabia que tinha mais ou menos 20 minutos ainda, e estava tranquilo. Jial era bem distraída, mas ele dificilmente perdia a hora, graças ao acessório nada comum que carrega: um relógio de bolso. Achava engraçado como todos andam com celulares capazes de tudo, mas ainda sim se perdem nas horas. Ele por vezes esquecia o celular (inclusive hoje esqueceu ao lado do computador), mas o relógio está sempre seguro. Ganhou de sua mãe quando ainda era criança, e apesar de antiquado, é bastante prático e útil. Nunca se viu esquecendo as horas.

Como estava sozinho e dentro do horário, resolveu aproveitar os minutos que restavam de forma diferente e saiu caminhando pelo calmo bairro residencial. Apesar do intenso calor, as ruas eram cheias de árvores, o que tornava o passeio bem agradável. E as casas por ali eram interessantes de se ver, algumas com coloridos jardins, outras com altos muros e superprotegidas, ou ainda as velhas e deterioradas que estavam há venda sabe-se lá desde quando. Já trabalhava lá há dois anos e adorava fazer esse tour.

Ao virar uma esquina, notou que uma dessas velhas construções à venda tinha algo diferente. "Uma luz acesa? Será que compraram essa?" Não havia carros na frente, então era bem improvável. Chegando perto, reparando na casa de novo, viu que a luz sumiu de repente. "Ah tá, era algum reflexo, agora que cheguei perto sumiu ele" pensou. A luz que viu era amarelada, bem clara, podia facilmente ser só o Sol. Ainda sim, andou mais lentamente ao se aproximar, só para ter certeza. Até que uma visão o fez parar completamente: algo dentro da casa estava piscando! Não havia ninguém na rua, nenhuma alma para perguntar se aquilo realmente estava acontecendo, só ele e esse estranho fenômeno.

Olhou o relógio e ainda tinha 13 minutos. "Dá tempo", pensou, quando pulou a pequena cerca, construída num tempo em que não se preocupavam tanto com ladrões, e seguiu para entrar na velha casa.

Vai dar tempo.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.