Depois de saber por Guerra que Edgar deixou de usar o nome de Antônio Ferreira para escrever a matéria sobre a prisão dos foliões após saber que haviam sido presos pelo Senador Assunção, Laura fica balançada.

Guerra: Ele quis te proteger, proteger seu pai...

Laura com um sorrisinho: Sério? Ele se preocupou comigo? Quer dizer... com o meu pai?

Guerra sorrindo: Sim, Laura!

Laura (com tom de pesar): Mas de qualquer forma, não é certo isso... O Diário de Notícias não pode omitir um fato importante assim da população... Peça a outro jornalista então...

Guerra: Se você prefere assim, Laura... Vou entrar em contato com o Paulo Lima, então. Ele é outra grande revelação aqui da redação, mas ainda não tive o privilégio de conhecê-lo...

Laura dá um sorrisinho e se despede pensando que aquela situação ela deve resolver em outro momento. Agora ela precisava resolver outro assunto.

Laura vai para casa de Isabel e não a encontra; resolve então deixar uma carta contando de sua decisão e avisando que em outro momento se explicaria melhor.

Ao mesmo tempo, Edgar encontra-se em sua casa, lendo “Hamlet” em seu sofá preferido da casa. Por mais que tentasse se concentrar na história, nada o fazia parar de pensar em sua amada Laura. De repente batidas na porta o tiram de seus devaneios.

Edgar se dirigindo à porta: Quem será uma hora dessas?

Embasbacado, Edgar acha que está tendo uma visão: Laura mais linda do que nunca, com um sorriso no rosto e duas malinhas a tira colo. Isso só podia significar... “Não, não, eu devo estar sonhando”, pensa ele, “Laura sempre me surpreende, nunca é o que eu acho que é, melhor deixa-la falar”.

Laura sorrindo: Vai me deixar esperando na porta, Edgar?

Edgar com cara de bobo: Entra, entra...

Laura: O Guerra me contou o que você fez...

Edgar: Eu fiz? O que eu fiz?

Laura: Não escreveu a matéria pro jornal pra proteger o meu pai... Fiquei tão feliz por você ter se preocupado com meu pai

Edgar: Eu não quis te magoar, sabia que isso ia recair sobre você também...

Laura: Mas eu disse pro Guerra que isso não tava certo... Ele vai pedir pro Paulo Lima escrever sobre o que aconteceu (Laura franze a testa)

Faz-se um breve silêncio e Edgar que antes olhava o rosto de Laura com um sorriso bobo de apaixonado, passa a olhar as malas que ela carrega com olhar de confusão.

Laura sorrindo: Você deve estar se perguntando o porquê dessas malas, né? (colocando as malas no chão)

Edgar sorrindo: Na verdade, sim

Laura: Bom, depois de tudo que aconteceu... as matérias no jornal, o incêndio, o Antônio Ferreira (Edgar bufa), a Heloísa (Laura em tom de desprezo), nossas conversas e agora isso que você fez! Ai Edgar... não faz sentido!

Edgar confuso: O que não faz sentido?

Laura: Nós... ficarmos separados... Quer dizer...

Edgar sorri e não espera Laura terminar sua explicação e vai abraçar e beijar sua amada que se entrega com ternura.

Edgar: Eu esperei tanto, tanto você voltar pra casa. Pra nossa casa, meu amor.

Laura: Eu sei... mas você entende porque eu demorei, né?

Edgar abraçando Laura: Eu entendo, entendo sim! Mas agora mais nada vai separar a gente, nunca mais

Laura sorrindo e concordando: Nunca mais!

Edgar e Laura se beijam apaixonadamente.

Edgar: Então, me permite levar suas coisas para o lugar de onde elas nunca deveriam ter saído?

Laura sorri: Acho que você pode deixar isso pra depois... Agora a gente tem coisas muito mais interessantes pra resolver...

Edgar sorri: Ah é? Hahaha Acho que concordo!

Laura: Sabe que eu adoro quando você concorda comigo?

Edgar rindo e beijando Laura começa a leva-la em direção às escadas para matarem as saudades.