HORAS DEPOIS...

Heriberto estava em casa, na segunda casa que tinha e que consumia parte de seu tempo chegar a ela, quase três horas de viagem de distância de seu apartamento no centro da cidade até a casa. Quando entrou em casa estava com um baldinho de praia na mão e uma prancha infantil nova, sabia que o filho ia ficar enlouquecido quando visse.

− Max... − chamou assim que entrou na sala.

Max estava do outro lado da casa brincando com seus brinquedos. Heriberto foi até ele e chamou.

− Filhooooooooo. − esperou ele olhar.

Max o olhou com um sorriso no rosto e levantou correndo e correu até o pai o agarrando na perna.

− Oh, meu paizinho que saudades...

− Filho... − Ele pegou o filho no colo ajeitando os presentes que carregava e beijou ele abraçando. − Que saudades que papai estava, meu Deus, meu coração até doeu.

Max o agarrou com força pelo pescoço e o encheu de beijos.

− Papai, eu achei que ia morrer sem te vê. − Heriberto riu apertando ele.

− Nunca, meu filho, nunca! Você tomou café ou esperou papai? − Era lindo tinha os mesmos cabelos loiros da mãe.

− Eu não como a sete dias! − Foi dramático.

− É, meu filho, então, vamos comer agora! − Andou com ele no colo. − Vamos comer pão e beber café com leite, vamos? − Max ainda não tinha falado dos presentes.

− Vamos comer ovo com pãozinho e queijinho, morango, água e leite! − Falou rindo nem tinha notado os presente porque queria mesmo o pai e sua presença. − Tá bonitão em pai.

Heriberto o olhou com todo amor era seu maior tesouro.

− Papai quer café bem forte depois onde nós vamos? − Ele sorriu a senhora que cuidava dele.

− Bom dia, Vó!

− Vamos comer aquela batatinha, pai, que o senhor me leva todo dia que vem aqui. − Sorriu agarrando o pai.

− Bom dia, Doutor, Max não dormiu direito essa noite! − Falou com um sorriso no rosto, mas com certa preocupação. − Acho que foi euforia.

− Obrigada Cida, mas me diga o que houve? − Ele beijou ela carinhoso. − O que sentiu, filho?

− Uma dor aqui no meu coração que se chama saudade de pai. − Ele riu beijando mais o pai. O pai o agarrou.

− Olha o que pai trouxe para o filho obediente. − Mostrou os presentes.

Heriberto amava aquele menino além de tudo em sua vida, ele era um homem sem destino em seu trabalho, mas ali, estava ele, sendo o dono de casa e pai.

− É o meu avião, papai? − Falou com os olhos brilhando.

− Avião? − ele riu cada dia era um brinquedo que ele queria.

− Sim, aquele bem grande... − Falou abrindo os braços e rindo.

− É outra coisa, meu filho, que você vai amar usar que papai vai te ensinar. − entregou a prancha estava embrulhada e o baldinho de praia ele sentou o filho no sofá e se sentou com ele.

Max pegou e olhou rindo.

− Vamos na praia? Ajuda eu, papai. − Começou a arrancar o papel.

O pai balançou a cabeça confirmando.

− Quer ir, Cida? Vou levar Max a praia quer mostrar essa sua pele branca? − ele riu porque sabia que ela era engraçada.

− Meu Deus do céu papai, eu tô mais que feliz radiante. − Começou a rir.

− Você vai ficar me olhando? − Zombou dele.

Ele passava a mão no cabelo do filho com amor.

− Eu vou olhar você todinha, Cida, todinha mesmo. − ele riu sacaneando ela. − Gostou, filho?

Ela riu mais e ele apertou Max e beijou mais e mais.

− Então vou colocar meu biquíni cavadinho!

− Eu mais que gostei. − Saiu de perto dele segurando como podia.

− É grande né filho...− ele riu vendo ele se ajeitar.

− Eu vou ser um mergulhado das onda! − Estava feliz com a presença do pai ali.

− Cida, podemos casar na praia! − ele implicou com ela. − Assim você larga aquele seu veio tosco.

Ela riu mais ainda.

− Nossa, agora vem cá mergulhador, vem cá, senta aqui no colo do seu paizão. − abriu os braços para ele vir.

− Eu caso com você onde quiser homão desse não encontra mais não! − Max foi ate o pai e o abraçou.

− Pai, ela quer te namorar, vovó tá doida. − Ele riu e ela o acompanhou junto.

Heriberto gargalhou abraçando ele, era um homem feliz.

− É brincadeira de vovó e papai, brincadeira.

− Não, pai, eu acho que não! − Ele riu cheirando o pai. − Vamos comer que eu já não como a dez dias.

− Meu amor, conta para o pai o que você fez, como foram esses dias? − Ele riu de novo e segurou o rosto dele com amor e disse. − Vamos comer e depois vamos nos arrumar e ir a praia. − ele levantou com ele no colo e jogou para cima duas vezes deixando Cida assustada.

− Pelo amor de Deus, Heriberto, ele é grande pra isso não me mata do coração.

− Ele adora, Cida, meu filho ama emoção, olha como está feliz... − Max gargalhava.

− Mais pai, vai...

− Nem pensar, Maximiliano. − Cida repreendeu.

Ele jogou mais duas vezes e riu porque a vó Cida ficou vermelha.

− Pronto, filho, chega senão vovó morre. − ele disse depois de jogar de novo as duas vezes Max estava vermelho.

− Vocês vão apanhar! − Cida falou e caminhou na frente para ver se faltava alguma coisa na mesa.

− Vem, Cida, vamos comer vem!

− Pai, vamo que tô com um bicho aqui. − Mostrou a barriga.

− Vamos comer que você deixou Max sem comida dez dias. − ele riu. − bicho onde, meu filho? Na barriga? − sentou na mesa com ele no colo, gostava de ficar agarrado com o filho, mesmo ele já tendo cinco anos e sendo um rapazinho. − Filho, você obedeceu?

− Sim, sempre obedece a vovó. − Ele falou pegando o pão que Cida colocou no prato dele.

− É verdade, Cida? − ele disse olhando para ela com amor ela era uma luz na vida deles.

− Sim, ele só implica dizendo que ronco. − Max riu alto.

− Ela ronca sim, papai faz assim ooohhhh... − E imitou um ronco bem alto.

Cida caiu na risada.

− Vai levar umas palmadas pra para de mentir!

Heriberto não aguentou e riu também.

− Filho, pare de rir da sua vó! − ele sabia que Cida roncava mas ele não ia dizer. − Sua vó não ronca. − ele piscou para Max e riu dando a ele um copo com leite com café e colocando café para ele e chá para Cida. − Senta, que quero conversar com você! − ele disse a Cida.

Cida sentou e o olhou.

− O que aconteceu? − Perguntou preocupada e Max se concentrou em comer seu pão.

− Eu terei uma ação coletiva vou ficar uns dias em campo, você precisa cuidar dele por mim e prestar atenção em tudo.

− Vamos ter que nos isolar novamente?

− Por apenas uma semana, mas podem ficar aqui estamos interceptando uma mafiosa das mais perigosas o problema é que ela não tem rosto então, quero vocês longe disso. O histórico dela é assombroso. − ele suspirou. − Mas não vamos falar de bandidos no café, não é meu filho? − ele beijou a cabeça do filho. − O papai sempre vai pegar os bandidos e deixar o mundo livre deles.

− Pega eles e pow pow pow. − Fez barulho de tiro e riu. − Papai é um herói em vovó. − Ele beijou o filho.

− Você é tudo para mim, filho e sua vó também. − ele olhou para Cida, ela era sim como uma mãe para ele.

Ela sorriu para ele.

− Eu vou cuidar bem, ele está seguro já que ninguém sabe dele não é assim?

− Estarão, os dois seguros! − ele sorriu e os três comeram, conversaram e ele se arrumou e arrumou o filho e Cida para irem a praia e depois quando chegaram com o filho coberto de protetor solar e a prancha agarrado ele o soltou na areia.

− Eita que maravilha em pai. − Pegou o balde e a mão do pai. − Vem vamos pegar águinha pro meu castelo.

− Vamos filho, Cida arruma as coisas aí para gente perto daquele guarda-sol e pode pedir alguma coisa se você quiser eu e o meu filhão vamos comer picolé né filho?

− De limão bem do azedo que eu quero.

− Ai, meu Deus! − o pai gritou alto agarrando ele. − Eu tava com saudades até o ceu desse meu dogão.

Ele pulou e puxou o pai mais de pressa para pegar a água. Cida arrumou tudo ali embaixo do guarda sol e Heriberto riu alto e disse com os olhos nele quando começaram a fazer o castelo ele disse com amor.

− Filho, o seu aniversário está chegando.

− Mentira...− Falou todo afobado.

− Papai vai fazer a festa na sua escola ou você quer na nossa casa?

− Eu faço dia 40 de 80 pai não chegou! − Começou a rir mexendo na areia. − Eu quero com meus amigos não quero sozinho de novo. − O sorriso sumiu.

− É daqui a alguns dias, filho e você precisa me dizer o que quer. Fazemos na escola ta bom, mas se for na nossa casa você pode sim chamar seus amigos desta vez.

− Eu quero muito com piscina, papai, eu quero muito chocolate e morango. − Os olhos brilharam. − Eu quero neve também.

− Então tem que ser na nossa casa e chamamos todos os seus amigos. Neve? − ele riu alto do filho. − Neve é mais complicado nesse calor, mas o resto papai vai contratar alguém que faça.

− Papai, vamos naquele país lá que passa na pelevisão que tem um nevão assim. − Abriu os braçinhos como se mostra-se o tamanho.

− Você quer conhecer a neve, meu filho? Então fazemos assim papai faz a sua festa e depois quando eu estiver de férias vai demorar um pouco nós vamos conhecer a neve, pode ser assim?

Ele tinha um plano especial já estava na polícia a muitos anos e queria mesmo se aposentar e cuidar do filho por mais que amasse sua profissão estava cada vez mais perigoso. Max levantou e destruiu tudo que tinha feito com os baldinhos e agarrou o pai o enchendo de areia.

− Você é o cara em. − Começou a rir e beijar o rosto.

− Meu filho, você destruiu a nosso Castelo. − Ele começou a rir com aquela felicidade que ele amava tanto ver o filho assim era tudo que ele mais amava. − Papai vai sim te mostrar na Neve você vai achar a coisa mais linda do mundo é tão diferente daqui meu filho é tudo tão branco tão frio tão frio, mas vai ter que andar com um casaco bem grossão. − Max riu.

− Eu vou assim de cueca. − Estava radiante com a presença do pai e Cida ria do jeito dos dois enquanto ficava na sombra.

− Meu filho de cueca não pode. − começou a rir o filho era tão inocente tão pequeno ainda tão livre de todo mal. − Você vai sentir um frio tão grande que vai precisar colocar um casaco maior que aquele que papai usa quando está de noite.

− Eu quero isso não, então, em papai, vamos comer sorvete de morango... Não de limão. − Amava morango e tudo era morango pra ele.

− Vamos! − Ele pegou o filho no colo pediu um sorvete e se sentaram junto com Cida que tomou o dela e era de uva.

Max sempre implicava com ela porque o dela quase sempre era de uva.

− Filho o que o papai quer te dar de presente é uma coisa que eu preciso perguntar se você vai mesmo querer. − Limpou a boca do filho que estava cheia de sorvete no queixo.

− É um avião? − Olhou para ele rindo.

− Meu filho...

− Cismou mesmo com esse avião em. − Cida riu

− Claro vovó é bem do grande.

− Que avião é esse que você tanto quer? − Falou rindo com ele naquele momento sem entender porque o filho tinha cismado com aquele avião. − Cida, onde ele viu isso?

− Por nossa casa as vezes passa o avião já que nossa casa é quase perto do aeroporto então ele vê quase sempre. − Explicou para ele.

− Mas aquele avião papai não pode te dar é muito grande. − Ele disse todo Carinhoso para o filho. − Mas é outro presente que eu vou te dar.

− O que é? − Falou curioso com os olhos brilhando.

− Papai quer dar ao filho dele um cachorro. − ele esperou a reação dele. − Mas temos algumas regras se o presente for esse... − esperou a reação dele sabia que ia surtar pedia um cachorro a dois anos.

− Aaaaaaaaaaaaa. − Deu um grito e se virou no corpo do pai e caiu de bunda na areia e riu. − Eu tô sonhando vovó.

Cida se assustou ele era todo afobado e o pegou no colo.

− Meu amor, cuidado ou seu pai não vai te dar nada!

− Não, vovó, eu sou um bom garoto! − Alisou o rosto dela enchendo de sorvete.

− Não suja a vovó, meu amor! − Ele riu e se arrumou no colo dela passando a língua em seu rosto.

− Pronto, tá limpo! − Ela fez cara de nojo zombando dele.

− Você é igual ao seu pai...

Heriberto riu olhando os dois.

− Filho você quer? Papai está falando sério, vovó não implica com o cachorrinho dele como você quer? Fala para papai.

− Eu quero um bem bonito papai. − Sorriu e se jogou pro colo do pai. − Bem lindo como eu e você e a vovó. − Falou rindo.

Heriberto riu alto agarrando ele e disse para implicar.

− Se for igual sua vó é cachorro velho! Aquele com aquela cara de bravo filho, mas se for como nos dois é cachorro grandão e bonitão. − ele sabia que Cida ia reagir.

− Velho é o que carrega nas calças todo enrugado, isso é velho.

− Ele vai roncar também papai? − Max perguntou inocente.

− Não, filho, só vovó que ronca! Cachorro não vai não. − ele disse morrendo de rir e se lembrou de Vick.

− Eu não ronco seus pestes.− Falou rindo.

− Ronca, ronca, ronca. − ele viu o celular vibrar e o filho olhou para ele na mesma hora ele pegou, atendeu e disse calmo.

− Ronca vovó ronca um montão eu até acordo!

− daqui a três dias... ok. sim, farei, posso estar de folga até lá? Ok, obrigada.− desligou o celular e olhou Max. − O que foi, meu filho?

− Já vai de novo é. − Desceu do colo dele e foi brincar com suas coisas de areia.

Cida o olhou e suspirou Heriberto olhou Cida e suspirou também.

− Daqui a três dias, Cida, mas esses dias ficarei com ele. − se levantou e foi ao filho. − Papai, não está indo não filho, vamos ficar juntos vários dias e podemos fazer varias coisas legais e brincar todos os dias o que você acha? − implicou com ele e empurrou fazendo cair na areia.

− Aí seu brutão! − Levantou pegando areia e jogou nele no peito e saiu correndo pra água.

− Heriberto cuida desse menino. − Cida gritou ao vê ele se afastar.

Heriberto correu atrás e levou ele para água e jgou alto e ele caiu na água e Heriberto sabia que Cida ia morrer, mas o filho ia amar e quando ele levantou jogou de novo e depois riu e pegou ele no colo com Cida gritando na areia.

− Olha sua vó como fica doida, meu filho, isso é porque vovó te ama e papai também. − olhou o rostinho dele todo molhado e ele respirando fundo ainda de ter sido jogado na água. − Eu nunca vou te abandonar, nunca!

− Você quase me matou em. − Falou com os olhos arregalados para ele.

− Você se assutou? − ele riu movendo ele na água. − Ficou com medo?

− Pai, eu bebi água!

− É bom , meu filho, para você ficar esperto. − ele disse o olhando. − Ficou zangado? − beijou ele e girou na água perto dele.

− Eu não que sou homi! − Ele riu agarrando o pai. − Papai, eu quero uma mamãe quando que vai trazer ela? − Olhou bem pra cara do pai pra fazer aquela pergunta.

Heriberto o olhou e sorriu.

− Meu filho é dificil acha uma mamãe de verdade, ela tem que ser maravilhosa como você! − a imagem de Vick passou na mente dele.

− Mas eu quero uma mamãe, pai. Todo mundo tem uma mamãe. − Abraçou o pai e deitou a cabeça no ombro dele.

− Eu prometo que estou procurando filho e quando eu encontrar você vai ser o primeiro a saber. − Max o olhou e deu o dedinho.

− Promete?

− Prometo! − deu o dedo de volta. − Prometido, filho, vamos lá que sua avó esta louca já. − Os dois sairam da água e ficaram ali por horas.

Ele prestou atenção em todas as mensagens que recebeu em seu celular enquanto Cida não tirava os olhos momento algum de Max e os dois brincaram juntos na areia montaram um castelo e depois fizeram comidinha, brincaram de carrinho e tudo que o filho quis brincar e por último ensinou a usar a prancha indo de um lado a outro deixando Cida louca.

Sabia que o menino ia querer ir na praia quando o pai não estivesse em casa e iria querer levar aquela geringonça, mas ver o rosto de Max sorrindo como ele estava vendo deixava Heriberto o homem mais feliz do mundo.

Algumas horas depois de ter comido um delicioso almoço com peixe que era comida favorita de Cida os três se despediram do mar e e voltaram para casa...