você me. Gaguejei incrédula. Me salvou?
– pois é, gosto de salvar meninas indefesas da morte certa, mas isso só as terças-feiras. Ele brincou, e eu inevitavelmente sorri.
Ele se levantou e me estendeu a mão para que eu fizesse o mesmo.
– você está com o braço ralado. Analisou. Eu moro aqui perto, você não quer ir lavar isso?
– nossa! Nem me pagou um jantar e já quer me levar para casa? Brinquei, e ele me sorriu.
Nos conhecemos assim. Sempre fui muito distraída, e o Hugo normalmente me trazia de volta a realidade. Era a única pessoa que conseguia me manter com os pés na terra.
Passamos os dois anos seguintes entre e idas e vindas, nosso forte nunca foi a cotidianidade, além disso, nem ele e muito menos eu éramos fãs de responsabilidade. Porém tudo mudou depois que fiz descêsseis anos, havíamos tido nossa primeira vez, ele parecia estar mais comigo do que nunca.
Numa noite, na festa de um amigo, ele havia me feito mil juras de amor eterno a beira da piscina. Eu achava graça, e não parava de rir. Mesmo juntos a dois anos, e nos amando muito, esse papo de amor eterno ainda me parecia tolice. Não que não acreditasse nisso, mas achava difícil que nós dois conseguíssemos. Ele era meu melhor amigo, minha companhia predileta e a pessoa que eu mais amava no mundo. Não tinha duvidas que o amaria para sempre, só que ficássemos juntos por mais de seis meses, como já disse, nosso forte não era o cotidiano.
– você não acredita? Me perguntou arcando uma sobrancelha.
– não. Disse entre risos.
– então vem.
Ele me agarrou pela mão, me conduzindo até a sala onde a maioria das pessoas estavam. Guga desligou o som e pediu a atenção de todos. Parei de respirar naquele momento.