Caminhantes

Presenciei uma coisa assustadora


Orga POV

— Chegamos mestre Kyle! -exclamei abrindo a porta da sala do mestre, que fica dentro da guilda, mas não o vi- Mestre!?

— Ele não está? -perguntou Sting vindo atrás de mim, junto com Minerva, Rogue e os exceeds. O Dragon Slayer das Sombras foi o último da fila indiana e fechou a porta.

— V... Vocês chegaram! -disse a voz do mestre, vindo de algum lugar.

— Mestre? -chamei de novo, colocando minha mão na cabeça- Ué?

Todos nós olhamos para direita e para esquerda, a sala do mestre é circular, a porta fica atrás de nós e na frente três sofás carmesim fazendo um quadrado em volta de uma mesa de vidro, o quadrado se fechava com uma mesa de madeira com uma cadeira de couro. Atrás da mesa uma grande janela que iluminava todo o recinto. Na esquerda uma escada que subia seguindo a parede. Ao lado das escadas milhares de estandes com livros. Essa sala tem esse formato, porque se encontra em uma das torres da nossa guilda.

Do alto, um grito.

— GWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! -o grito se tornava mais e mais alto, um ser caiu do céu feito tijolo em cima de um dos sofás, o destruindo, fazendo um som alto e criando tremores por toda a sala.

— GWEEEEEEHEEEEEAAAAA! -berramos todos nós- MESTRE KYLE!?

— E... Estou bem... -falou ele se levantando, com um sorriso no rosto.

— É, estou vendo. -disse a morena, revirando os olhos- Bem, bem quebrado.

— O que fazia lá em cima, mestre? -perguntou o Dragon Slayer das Sombras.

— Eu!? -riu ele se levantando com dificuldade- Eu estava pegando um livro, mas quando escutei a voz de vocês, acabei caindo lá de cima. Ha ha ha. Como sou desastrado!

— Nem vou comentar, mestre Kyle. -disse a morena.

— Ha ha ha! -ri de bom humor- Realmente, mestre Kyle! Muito desastrado.

— Fro também concorda. -falou Frosch.

— Hum... Sting-kun, não aprenda coisas erradas com o mestre. -comentou Lector.

— Como conseguiu cair de lá!? -indagou o loiro, frisando as sobrancelhas, vendo que o corrimão tinha dois metros e as estantes não eram altas.

— Eu tentei acenar para vocês, mas acabei me debruçando demais. -respondeu mestre kyle indo se sentar na cadeira de couro. Rogue bateu a mão na testa. O mestre apoiou os cotovelos na mesa, juntando as mãos em pose de reza, mas seus olhos se tornaram sérios, uma imagem diferente do sorridente mestre- Sentem-se.

Obedecemos como ele ordenou, ficamos sérios e sentamos nos outros dois sofás sobreviventes. Os dragões gêmeos e os exceeds em um, eu mais Minerva no outro. Os olhos marrons e comuns do mestre percorreu por nós.

— Onde está Rufus Lore? -ele perguntou.

— Cheguei agora, mestre. -veio uma voz da porta, e lá estava o loiro sorrindo com sua máscara e chapéu. Ele entrou e se sentou ao meu lado.

— Minerva Orlando, Sting Eucliffe, Rogue Cheney -ia falando o mestre, depositado seus olhos em cada um- Orga Nanagear, Rufus Lore e não devemos esquecer dos exceeds Lector e Frosch.

Engolimos seco. Mestre Kyle é conhecido por ser calmo, sempre sorrindo e ser atrapalhado, mas quando ficava sério assim, é uma coisa tão anormal que assustava.

— Qual o trabalho da vez? -perguntou direto, o Dragon Slayer da Luz, se debruçando para frente e apoiando nos joelhos.

— Receberam um pedido do Parque de Diversões do Teddy Morango.

— Pfff... -não me segurei e botei a mão na boca, QUE TIPO DE NOME É ESSE!? TEDDY MORANGO!? BWAHAHAHAHAHA!!

Minerva deu uma cotovelada e me encarou feio, eu limpei a garganta e perguntei sorrindo:

— O que tem nesse parque, mestre?

— Pela minha memória -foi falando Rufus- É um parque que sempre foi popular entre as crianças, mesmo que o nome seja engraçado -o loiro me encarou furtivamente com uma sobrancelha erguida, eu desviei o olhar- É um parque gigantesco e impressionante, recebedor de prêmios. -maldito Rufus, ele não perdoa nada.

— Não sei exatamente o que acontece lá -disse o mestre, recebendo nossa atenção- Vocês vão para descobrir. Existem relatos de uma magia estranha que aterroriza o parque, vocês vão e tentem... Desfantasmizar ela.

— Está dizendo que é um parque fantasma!? -perguntou Minerva, de braços cruzados. Frosch e Lector a encararam horrorizados.

— Talvez. O tema Parque Mal-Assombrado é interessante, não acha? -disse o mestre enigmático, então voltou para a expressão de sempre, atrapalhada e sorridente- Era só isso, podem partir quando estiverem preparados, sem pressa, esse pedido pede um prazo de até dois meses.

— É uma piada horrível, mestre Kyle. -falou Lector.

— Uhum, Fro também acha. -concordou o exceed verde.

— Então, por que nos contou tão cedo? -perguntei confuso.

— A resposta é simples -ergueu a voz de Minerva- O mestre Kyle ia esquecer.

— Isso mesmo! -apontou o mestre de bom humor para a morena, e ela bateu na testa com a mão.

— Sabia... -ela resmungou.

— ... Então podemos ir mês que vem? -sugeriu Rogue- Tenho uma promessa para cumprir.

Todos nós o encaramos confusos. Sting foi o primeiro a sorrir.

— Promessas com a Blondie, hein? -debochou o loiro.

— Q... Quê!? -corou o moreno- Quieto, Sting! Eu só tenho promessas para cumprir. Licença mestre, vou ir para casa.

E ele saiu pela sala, todos sorriram, olhando para a porta fechada.

Lucy POV

O pessoal acabou de sair para a guilda, acho que vão demorar um pouco... O que devo fazer? Peguei uma chave e exclamei:

— Abro-te! Portão do Cão Menor! Nicholas!

— Pun! Puun! -ele sorria e tremia. Eu me abaixei e o peguei no colo.

— Olá Plue! Faz tempo que não te chamo. -sorri.

— Puuuunn! -e ele olhou em volta, eu sorri triste.

— É Plue... Não estamos mais na Fairy Tail... Estamos na Sabertooth...

Repentinamente campainha toca e me levanto para atender, quando abro a porta, meus olhos se arregalam ao ver quem estava aqui:

— Laxus!? -meu queixo caiu- O que faz aqui!?

— Olá irmãzinha! Sentiu falta?

— Mas é claro! -sorrí- Nossa! Mesmo tendo passado só passado um pouco mais de uma semana...

Meu sorriso se desfez ao ver o sorriso forçado dele em cima da cara de raiva maligna de Laxus, até Plue começou a se tremer mais que o normal.

— P... Pu... Puun... -fez meu espírito.

— L... Laxus? -o chamei temerosa.

— P... Puun? -me imitou Plue.

— Então, Lucy. Você tem taaaaaanto para explicar, por ter saido da guilda assim do nada, sem nem se despedir. -ele sorría de canto. Eu empalideci e minha respiração parou. Laxus pegou meu pulso e me puxou- Vamos minha linda irmãzinha. Vamos ir numa cafeteria e ter uma boa conversa.

Senti um frio na espinha.

IIIIIIIIIRKH! TINHA ME ESQUECIDO DO DETALHE DE QUE SAÍ DA GUILDA EM SILÊNCIO!! LAXUS SEMPRE TEVE ESSA CARA DE MAL! MAS DESSA VEZ, A CARA DELE ASSUSTA MAIS QUE A DA MINERVA EM MODO TORTURA!

Depois de ser arrastada para uma cafeteria, Laxus se sentou em uma das mesas que ficam fora do alojamento, cruzou os braços e fechou os olhos. Sentei na cadeira em frente e na minha direita coloquei Plue.

— Cappuccino. -falou Laxus de olhos ainda fechados.

— Hã!? -não entendi por ser repentino. Laxus abriu os olhos e me encarou.

QUÊ!? ELE QUER QUE EU COMPRE CAPPUCCINO PARA ELE!? QUE IRMÃO MAIS FOLGADO FUI ARRANJAR! NÃO ACREDITO!!

Mas sendo pressionada pelo olhar, suspirei e me levantei.

— Vou pegar. Já volto. -e entrei na cafeteria. A loja é bonita bem pintada e arrumada, mas estava com uma fila gigantesca! MALDIÇÃO LAXUS! EU ODEIO FILAS!

Quando finalmente chegou a minha vez, a moça do caixa pergunta:

— Bom dia, o que vai levar?

— Um cappuccino e um chocolate quente da casa. -respondí.

Logo ela me deu e eu paguei. O chocolate quente que eu pedi, tem uma forma diferente de ser feita, uma deliciosa receita. Eles derretem chocolate amargo, de alguma forma o transformam em consistente e cobrem todo o vidro do copo por dentro, então enchem o copo com um leite adocicado. Adoro essa bebida.

Eu pego o canudo e dou uma misturada, o chocolate no vidro começa a derreter e tomo um pouco. Huuuuummmm... Sinto como se o mundo do chocolate amargo ao leite estivesse derretendo na minha boca.

Cheguei aonde Laxus está e coloquei o cappuccino na frente dele. Suspirei me sentando, será que esse loiro vai falar nada?

— Puun... Puuunn... -fez Plue.

... Laxus parece estar tão bravo.

— Vai se explicar? -perguntou ele com sua cara de mau, em tom de reprovação- Saindo da guilda, sem falar nada... Não gostei nem um pouco disso. Me faz lutar com Natsu e some assim? Quanta falta de consideração você tem!? -ele ergueu as sobrancelhas.

Engoli seco.

— Desculpa Laxus. Não devia ter feito isso... Mas não aguentei mais... -abaixei a cabeça envergonhada- E fugi... Fugí como covarde...

Laxus me encarou. Realmente, fiz algo terrível com Laxus... Na verdade, com todos os meus amigos... Logo ele falou:

— Lucy, você pode me contar as coisas. Realmente... Você sabe que pode confiar em mim... Eu preciso de uma bela explicação, ou será que você não entende o quanto as pessoas se preocupam com você?

— E... Eu sei Laxus, desculpa mesmo. Eu... -olhei para os olhos dele- Estou cheia de problemas, é isso... Não só sobre o Natsu, é sobre a Mira, e mais outras coisas... Eu precisava de um tempo, Laxus. Eu estou tentando... Superar pelo menos, um dos meus problemas.

Eu apertei o copo.

— Por que saiu assim, no silêncio? -os olhos grisalhos me encaravam firmemente, eu ficava mais e mais tensa.

— Eu... Preferi ir embora e deixar todos zangados... Eu... Não queria ver o pessoal chorando em uma despedida. É egoista, eu sei. V... Você está muito bravo?

Ele suspirou.

— Como você é idiota, Lucy. Todos ficaram preocupados, por isso vão ficar bravos. Você está tentando aguentar tudo sozinha, mas não precisa. Eu estou bravo, mas bem... Eu também entendo o seu lado. Pode ficar descansada. Por enquanto vou perguntar mais nada.

Eu o olhei e ele sorriu, fiquei um pouco mais aliviada.

— Como anda a guilda? -perguntei, mexendo o canudinho e vendo o chocolate do meu copo girar no leite, mudando a cor esbranquiçada para marrom.

— Natsu e os outros tentaram vir atrás de você -respondeu Laxus tomando o Cappuccino, meu coração apertou, o pessoal da guilda ficou preocupado comigo... - Mas aquela sua amiga, Levy, foi a primeira a se levantar para que não fizessem isso. Depois descobri que ela fez isso porque você precisava de um tempo.

Esbocei um sorriso. Levy-chan... Ela... Não tenho nem palavras para dizer algo. Devo muito a ela. Coisas que um simples "obrigado" não vai bastar.

— Eu sei que já falei isso antes, mas tem bons amigos Lucy, como você disse.

— Sim, eu tenho. -concordei.

— É claro, o pessoal ia vir assim mesmo, então o mestre interveio e mandou todo mundo te deixar em paz. Eles se acalmaram por enquanto. Quando pretende voltar para a Fairy Tail?

— ... Eu não sei... -respondi tomando mais um gole de chocolate quente, ficamos alguns segundos silenciosos- Laxus? -o chamei- Parece que sua cara de mal mudou nada. -aaah, Lucy! De tudo o que você pode falar, vai tirar uma da cara dele!?

— Eu discordo Lucy, aposto que foi essa minha cara linda de morrer que fez Mira se apaixonar por mim. -respondeu ele sorrindo de canto.

— Sério? Eu não gosto muito de caras com cabelo claro.

— Aaahn -ele me olhou num sorriso travesso- Sei... Você gosta de cabelos negros e olhos cor de rubi...

— Isso, isso mes... HÃ!? COMO É QUE É!? -fiquei eufórica.

— Lucy, Lucy... -a feição dele mudou para um sorriso maligno- Fazendo perverticies às minhas costas. Acha que gosto dos seus segredinhos, irmãzinha?

Meu rosto começou a empalidecer. Vi pelo canto o olho o Plue tremular.

— O... O que está insinuando, Laxus? -tentei fingir que sabia de nada.

— Deixa eu explicar então. -ele fez drama misteriosa e completou- Devo chamar o Cheney de barata gigante ou Bunny Boy?

Minha respiração parou e meus olhos arregalaram.

— C... Como!? -balbuciei.

— Acha que pode me enganar? O seu irmãozinho!? Impossível. Era muito óbvio. -deu ele de ombros, então se levantou- Vamos para a mansão.

— Quê!? Não vai embora, Laxus!? -excamei desacreditada. Ele sorriu assustadoramente.

— Vou ficar um tempo na cidade, peguei uma missão dessa região como desculpa pra vir te ver. Isso vai segurar o Raijinshuu por um tempo... Mas como não tenho lugar para ficar, vou pegar um quarto com vocês.

— Laxus! -falei com os olhos cada vez mais arregalados- O quanto você pode ser folgado!? Desceu a alma do Sting em você!? A mansão nem é minha!!

— Você vai me compensar pelos seus benditos segredos, Lucy. Se isso te reconforta, pense que é tudo... Uma bela vingança amarga de Laxus Dreyar.

— N... Não sabia que fosse rancoroso! -falei horrorizada.

— E não sou -Laxus pareceu tão calmo que fiquei mais nervosa, não esperava que esse lado dele existia. Ele riu. MEU DEUS! NÃO! O QUE ELE VAI APRONTAR!? Laxus foi na frente, eu fechei o portão de Plue e corri atrás.

— PARADO LAXUS! ME ESPERA! -exclamei, como esse cara anda tão rápido!? Mal percebi e já tínhamos chego na porta da mansão. O loiro do raio colocou a mão na maçaneta.

— Lucy...? -chamou uma voz atrás de mim, me virei e arregalei os olhos. Dreyar virou junto comigo.

— R... Rogue!? -gaguejei, ele não tinha ido na sala do mestre!? Os olhos cor de rubi pousaram em Laxus, ele perguntou confuso:

— O... Que essa fada está fazendo aqui...?

Laxus passou o braço atrás do meu pescoço e sorriu.

— Vim passar as férias com a minha irmãzinha. -ele disse com sua cara de mal- Algum problema!? -Rogue o encarou atônito, levantou a mão e pegou o pulso do loiro, obrigando Laxus retirar o braço de mim.

— Não, eu quero saber porque ia entrar na casa do outros assim. -respondeu o moreno erguendo as sobrancelhas, soltando o pulso do loiro.

Rogue me encarou, eu arregalei os olhos e fiz sinais de mão e cabeça dizendo “não fui eu, esse cara loiro ia entrar sem permissão”. Os dois se estudaram e Laxus falou como se fosse a coisa mais normal do mundo:

— Estou pegando um quarto emprestado.

ELE DISSE NA CARA DURA SEM MAIS NEM MENOS! QUÊ!? OLHA A CARA DO ROGUE!! O MUNDO VAI ACABAR!

— Não. Está pegando coisa alguma. -contrariou o Dragon Slayer das Sombras.

O loiro se aproximou do moreno e Rogue ficou meio tenso, Laxus sorriu de forma tão assustadora que vencia o próprio demônio em carne e osso.

— Sim, eu vou pegar. Ou a partir de agora, você pode se chamar barata gigante ou Bunny Boy, pode escolher.

Rogue empalideceu, meu queixo caiu. Ficamos sem reação. Laxus sorria vitorioso. E para piorar, Sting e Minerva aparecem.

— BLONDIE! -e salta em cima de mim colocando o braço nos meus ombros, mas eu e Rogue continuávamos congelados, não prestamos atenção no baderneiro loiro atentado- E...? Você é o cara da Fairy Tail... Que não lembro o nome...

— Laxus Dreyar. -falou o loiro do raio- Devia se lembrar de mim, eu apareci nos Jogos Mágicos. Sting Eucliffe.

Sting deu de ombros e Minerva falou desconfiada cruzando os braços.

— O que faz por essas bandas, Laxus Dreyar?

— Vim pegar um quarto na mansão aqui.

Eles ficaram quietos, encarando Laxus, então exclamaram em dueto:

— É O QUÊ!?

— AQUI NÃO É A CASA DA MÃE JOANA! -argumentou o Dragon Slayer da Luz- QUEM VOCÊ PENSA QUE É!?

— NÃO VAI FICAR AQUI! -chiou Minerva- VOLTA PARA A FAIRY TAIL! COMO ASSIM PEGAR UM QUARTO!?

Laxus sorriu, se encostou em mim me usando como apoio, abriu a boca e começou a falar com o Dragon Slayer das Sombras:

— O que acha, Bunny Bo...

— Ele fica. -cortou Rogue suando frio, os outros dois o encararam atônitos.

— QUÊ!? VOCÊ BEBEU UÍSQUE ROGUE CHENEY!? -exclamaram a morena e o loiro da luz juntos.

— Ele. Fica. -contradisse ele, grunindo dentre os dentes.

O Dragon Slayer das Sombras foi sendo pressionado pelos olhares incompreendidos. Engoli seco. O poder de persuasão, mas lido como ameaça e chantagem de Laxus é assustadoramente impressionante.

— Não! Eu sou contra! -falou Minerva. Vi Sting olhar de Rogue para Laxus e de Laxus para Rogue, lançou um sorriso maroto como se houvesse entendido algo. AH NÃO!

— Não é você quem decide isso Princesa -falou o loiro atentado- São os Dragões Gêmeos e eu digo que o Dreyar fica.

Rogue abriu a porta da mansão, passando por nós e entrou. Minerva ficou com cara de confusa, ela nos lançou o olhar desconfiado e entrou na mansão, provavelmente ela vai perguntar sobre a decisão do moreno. Acho que ele vai entregar resposta nenhuma...

Laxus estava encostando o braço no meu ombro direito e Sting com o braço no meu pescoço pelo lado esquerdo. Tive um tique nervoso de sobrancelha e ergui minhas mãos, empurrando os dois.

— Vocês PODERIAM desgrudar de mim!? -grunhi, eles me soltaram, então me encararam.

— Mas Blondie -fez beicinho o Dragon Slayer da Luz- Lembra do que eu disse.

— Mas é claro que lembro! -falei brava corando- Mas Rogue não está aqui, Sting.

— Espera, que papo é esse? -questionou Laxus.

— Hum, aquele meu amigo das sombras sempre tem a cara de paisagem, mas quando aparece a Blondie -sorriu malignamente- Consegue tirar essa indiferença dele. Então eu resolvi tentar o plano enciumar o titio Rogue.

— Hooo... É mesmo? -sorriu Laxus me encarado pelo canto do olho.

— E em particular, preferiria se os dois me deixassem em paz. Acho que da minha vida romântica, eu quem deveria cuidar. -grunhi, eles ríram.

— Que lindo o mundo, né irmãzinha? Acho que você também fica alterada com aquele garoto. -observou Laxus.

— Huumm... Concordamos em algo, Dreyar. -riu Sting me encarando pelo canto do olho, conspirando.

ESSES DOIS ESTÃO SE DANDO BEM DEMAIS PARA O MEU GOSTO!!

Engoli seco. Hoje, eu presenciei uma coisa muito assustadora, algo pior que Minerva Orlando com ódio... Foi a fundação da Aliança dos Loiros Endiabrados.