Caminhantes

Irei de frente com um sorriso


Lucy POV

— Bom dia Plue... -falei me espreguiçando, sentando na minha cama confortável. Olhei para o lado, bocejei e dei um sorriso para meu amado espírto celestial do Cão Menor, Nicholas. E seu nome mais informal, Plue.

— Puuun, Puuuuun! -respondeu ele com um pequeno sorriso e sua tremedeira normal. Ele botou sua pequena patinha na minha mão.

— Que isso Plue? Eu estou bem. -dei um sorriso triste.

— Pun...

Sorrindo de canto, olhei para a janela de meu quarto, hoje está um dia muito bonito, o céu clareado, as pessoas caminhando como todo dia normal. Forçei o sorriso, não consegui impedir de uma lágrima cair.

— Puuun...

Eu olhei para Plue, seus pequenos olhos me olhavam tristes e preocupados. Continuei sorrindo, e o abraçei. Acho que abraçei um tanto forte, porque ele começou a se debater um pouco.

— Desculpa Plue... Mas me deixa abraçar você um pouco... -minha voz falhou. Mas Plue, como se entendesse, não resmungou mais.

Me levantei lentamente, não queria apressar as coisas, mas teria que encarar isso mais cedo ou mais tarde, então, bom, vamos nessa. Bora tomar banho! Sim, eu não devo ficar chorando pela eternidade aqui com o Plue!

Bati em meu rosto, fechei o portão de meu amigo e fui para o banheiro, tirei devagar minha roupa, sério... Como hoje estou lerda... ESSA NÃO É VOCÊ LUCY! Mas... NADA DE MAS! É SUA CULPA QUE TUDO ESTÁ ASSIM, NÃO ADIANTA CHORAR PELO LEITE DERRAMADO!

Espirei fundo, e quando percebi, lá estava eu, usando um vestido de seda vermelho e longo, rasgado ao lado da perna e um salto preto. Me olhei ao espelho. Dei meu sorriso.

— Está bonita Lucy.

Eu devia sair pela porta da frente, me apressar, mas me sentei na escrivaninha, continuei a escrever meu romance. Progredi um pouco na história. A protagonista finalmente disse que amava o cara e o cara ruborizou falando que amava ela também.

Reli para ver se estava tudo certo, mais lágrimas caíram.

MEU DEUS LUCY! VOCÊ ESTÁ MUITO CHORONA! ESTÁ CHORANDO COM O QUE VOCÊ MESMO ESCREVEU!

É, devo admitir, está tudo errado, não, tenho que me recompor! Hoje é... O dia...

— Hey! LUCEEEE! -gritou uma voz atrás de mim. Meu coração saltou e eu roborizei.

Limpei as lágrimas e olhei para trás. Um rapaz de cabelos róseos me olhava com um sorriso, usava um terno branco. Ele está tão lindo!

Ele se aproximou e franziu as sobrancelhas, mudando a feição alegre para preocupada.

— Luce... Você... Estava choran...

— Eu O QUÊ? -cortei ele, impedindo dele continuar, me dava vergonha em escutar que eu estava chorando- Mas e você Natsu? O que faz aqui? Não devia mais ficar entrando a casa dos outros assim, principalmente a minha. -sorri para ele, e cruzei os braços, falando em tom de reprovação.

— Eeeh? -resmungou ele fazendo beicinho- Mas somos parceiros, certo?

Meu Deus! Ele está tão perto! Os olhos de cor ônix dele... Porque me atraem tanto? Ruborizei um pouco, mas não cedi.

— Você está aqui só para ser um folgado. Eu sei disso muito bem. Mas então? O que faz aqui?

— O QUÊ? -ele fez cara de indignado- Você esqueceu que tem que vir logo? Para a guilda?

Eu engoli seco, ele me estendeu a mão com seu sorriso cativante.

— Vamos, não é certo a madrinha ser a atrasada! Principalmente no meu casamento, certo? Lisanna está ficando preocupada também, e eu estou louco para ver minha albina linda de vestido de noiva.