Caminhantes

Bem, vamos improvisar


Sting POV

Eu vi aquele homem arrumar os óculos que escondiam suas orbes lilases e senti um arrepio na espinha.

Pelo canto do olho, percebi que mais e mais pessoas estavam saindo das lãs, e eram homens com roupas do esquadrão de emergência de desastres do conselho...

Engoli seco.

Eles estavam vindo de teletransporte! Por causa do meu bom nariz, sei que vários cheiros estavam vindo do nada, e a única resposta era teletransporte!

Franzi as sobrancelhas, olhei para meu bom amigo traidor Rogue, ele também me encarou. O significado do meu olhar era:

"Estamos ferrados???"

Ele ficou mais sério, suas pupilas vermelhas indo para o monstro, os ladrões e por fim a ponte destruída, então me encarou de volta:

"O que acha?" -foi sua resposta, balançando os ombros, como se já houvesse aceito o seu destino.

OH PELO AMOR DA MÃE DOS DRAGÕES E TODOS SEUS ANCESTRAIS QUE VOARAM PELO CÉU MAIS PURO QUE O AMANHECER!!!

ESPERA, AGORA NÃO É HORA DE DESCOBRIR MEUS DOTES POÉTICOS STING!! PENSE, PENSE!!

AAAAAAAH ESSE CARA ESTÁ ANDANDO PARA CÁ! OH DEUS! SEUS OLHOS ESTÃO CADA VEZ MAIS FEIOS! É HOJE O DIA DA MINHA MORTE?

Engoli seco e me escondi atrás da Princesa.

— Por que você está se escondendo atrás de mim? -ela sussurrou, nervosa.

— Apenas finja que não estou aqui! Eu sou inocente! Eu fiz nada! -respondi apressadamente.

Eu sou claramente a vítima! Por que tenho que ser arrastado para o futuro obscuro que nos espera?

Esse destino deve ser apenas para os culpados!

Mas os olhos frios de Lahar diziam que com certeza iria me puxar para assumir essa bagunça! NÃO!! EU NÃO QUERO!!!

Olhei em pânico para a loira burra, ela segurou nervosamente a manga da blusa do DragonSlayer das Sombras. Com um Frosch escondido nos braços dela.

— Então, a conta vai para quem? -o conselheiro quebrou o silêncio. Primeiro encarou para mim- Para Sabertooth? -então olhou para Laxus- Ou Fairy Tail?

Eu engasguei.

— SOMOS INOCENTES!! -exclamei- FOI TUDO CULPA DO...

Então os olhos assassinos do Dreyar se encontraram com o meu. Mas valentemente continuei.

— FOI O DREYAR QUE NÃO CONSEGUIU CONTROLAR O MONSTRO! ERA MISSÃO DELE CAÇAR ESSA COISA!! -apontei para o tatu gigante.

Humpf! Quem liga para você raiozinho?

Eu posso cair no soco com você, mas não posso fazer nada contra o trabalho escravo que o mestre COM CERTEZA vai me obrigar para pagar todos os prejuízos!

— Há! -então Drayer buffou, cruzou os braços e sorriu.

O rosto confiante dele mostrava que estava tramando algo! Há! Quero ver o que ele pode falar para se safar dessa.

— Os melhores magos da Sabertooth estão aqui e também não conseguiram parar esse desastre todo! Acredito que o nível dessa guilda só era tão baixa? Pff... -ele riu zombeteiro, devolvendo a culpa para nós.

— O QUE? -engasguei, fechando meu punho e dando um passo para frente.

Lahar suspirou.

— Ambas as guildas vão levar uma boa advertência. E a conta será dividida -ele deu sua decisão.

E quando menos percebi, os ladrões já estavam sendo escoltados para serem presos e o monstro estava entrando em contenção. Os civis estavam sendo atendidos e.... NÓS ESTAMOS FRITOS!

Eu escondi o rosto nas mãos. Olhei para blondie em desespero. Os olhos achocolatados me encararam, e começamos o código morse:

"Faz. Algo"

"Não. Dá. Faz. Você"

"Bola. Um. Plano. Nerdzinha"

"Por. Que. Tudo. Eu? Abelha. Inútil!"

No meio da nossa briga de olhares, um segundo par vermelho se intrometeu. Me senti amargurado.

TRAIDOR! SEM CORAÇÃO! EU TE ODEIO!

— Espere! -Macao então levantou a voz. Romeo estava parado obedientemente ao lado do pai- Se conseguirmos arrumar essa bagunça da ponte, vocês podem aliviar as coisas?

— Arrumar a ponte? -Lahar ajeitou os óculos, franzindo as sobrancelhas.

— Sim -assentiu.

Huh? Arrumar a ponte? Nós?

Olhei para a destruição e toda aquela bagunça. Não, não, não. Claro que não conseguimos fazer isso, certo?

— Certamente, acho que você pode pensar sobre isso? -Macao riu, como se estivesse sinalizando algo.

Hm? Eu vi esse conselheiro mudar a expressão?

— Dois dias -foi sua resposta- O monstro, os ladrões e os civis, nós iremos dar conta deles, já que é nosso trabalho. Mas essa bagunça, vocês têm dois dias!

E com isso, ele se virou.

Meu queixo caiu.

ESPERA, ELE REALMENTE CONCORDOU COM ISSO? NÃO, NÃO, NÃO. ESSE NÃO É O PONTO! COMO É QUE VAMOS CONCERTAR A PONTE, ESSA É A QUESTÃO!

Todos ficaram com uma cara estupefata. Encaramos Macao.

Em menos de dez minutos, os homens do conselho já tinham saído. E ficamos apenas nós, cada um olhando para a cara do outro.

Macao tossiu duas vezes e nos encarou de volta, colocando as mãos na cintura ele perguntou:

— Por que estão me encarando como se eu fosse um bicho do zoológico?

— ISSO É PORQUE VOCÊ ESTÁ NOS DIZENDO PARA CONCERTAR A PONTE?? COMO VAMOS FAZER UMA COISA DESSAS? -exclamei exasperado.

Com o meu corpo tremendo todo, imaginando que escapamos da tragédia por agora, apenas para sofrer mentalmente por dois dias e ainda assim nos submetermos ao destino sombrio.

— Pai... -Romeo franziu as sobrancelhas, já com o semblante calmo, segurou as mangas do homem, ainda não entendendo o que estava planejando.

— Devemos começar a pensar em viver como fugitivos? -murmurei, sem forças.

— É um grande plano -incrivelmente foi Laxus quem concordou.

Mas Macao sorriu. Ele esfregou os cabelos do filho com carinho e disse convincente:

— Somos magos! -exclamou cheio de confiança, então olhou para Lucy- O que acha? Podemos fazer isso, não?

Ela congelou por um momento e então os olhos achocolatados brilharam com uma grande iluminação, como se tivesse percebido algo. Bem, eu sabia que ela era uma nerdzinha, mas ainda não consigo pensar em uma forma de como nos livraríamos dessa.

— Isso pode funcionar...! -exclamou surpreendida, então ela sorriu e pegou uma chave dourada- ABRE-TE! PORTÃO DO TOURO! TAUROS!!

Todos congelaram, sem entender o que estava acontecendo, menos Macao que ainda estava sereno, acenando com a cabeça em entendimento mutuo com a loira.

— MOO! Lucy-san, você está com um nice body como sempre! -sua voz tremeu cheia de adoração, enquanto os pelos da ponta do rabo branco balançavam de um lado para o outro.

Hearphilia deu um sorriso esticado, como se estivesse falando "Você ainda não parou com isso?".

Mas logo ela nos disse abruptamente:

— Que comecemos com a operação: IMPROVISO!

— QUE? -exclamei.

Então encarei meu irmão jurado traidor, para ver se me explicava algo, mas ele nem mesmo olhou para mim! E só encarava a loira louca e seus olhos estavam meio ressentidos com o espírito de touro.

ROGUE CHENEY SEU TRAIDOR DE ARAQUE! POR QUE VOCÊ ESTÁ TÃO CONCENTRADO NESSE BOI QUE ESTÁ ELOGIANDO A LOIRA ESTUPIDA? PARA AONDE FOI NOSSA IRMANDADE? AONDE FORAM OS DRAGÕES GÊMEOS?

Fumeguei internamente, entre amargas lágrimas!

— Lucy-san... -veio uma voz tímida. Então só agora percebi que tinha um pequeno dragon slayer azul- Como é a operação Improviso?

A loira riu e nos encarou, senti um tremor na espinha. Como se fossemos devorados perversamente por essa mulher...

— Assim como Macao disse, somos magos -ela respondeu, então como se fizesse um suspense, logo explicou- Primeiro vamos usar a magia de Minerva para vasculhar os destroços. A parte metálica, podemos tentar usar o máximo que der. Em vez de reconstruir a ponte de pedra, vamos fazer com madeira. E iremos precisar fazer tábuas novas.

Minhas sobrancelhas tremularam. Ela não ia nos devorar. Ela vai nos explorar!

— Espera, espera -Laxus ergueu a voz- Como fazemos isso? Ok, somos magos, mas... Irmãzinha, acho que existem limites para o que podemos ou não fazer... -pude escutar um suspiro desamparado vindo do mago de raio.

— A parte da madeira podemos pegar das árvores da floresta. Sting deve ser o melhor para isso, um corte limpo e rápido na velocidade da luz -ela me encarou, com um tom que indicava ALGO COM CERTEZA MALIGNO.

Meu couro cabeludo arrepiou.

— Não vai ser um problema maior se desmatarmos toda a floresta? -a Princesa disse suavemente, com a cara séria.

— É aí que está! -ela piscou, despreocupada- Estou vendo que tem árvores nessa floresta que são Grigora Apotelesmáticos.

QUE? QUE DIABOS É ISSO?

— Fale em minha língua, por favor!? -pedi.

— Elas são conhecidas mais como Apogri -a loira continuou, entusiasmada na explicação, igual uma nerd- São árvores resistentes que crescem em pouco tempo. Mesmo que cortemos meia floresta, em pelo menos cinco anos ela deve ficar cheia de novo, sendo que demora vinte anos para as árvores comuns. O mais especial dessa árvore é a alta resistência da madeira, a maioria dos móveis que usamos atualmente no reino é feito com essa madeira. Desde colheres, até as estruturas das casas. Existe até mesmo uma guilda que foi criada especialmente para essa madeira, eles plantam depois cortam e no fim tem sua própria tecnologia de polimento para que possamos usar eles e criar as coisas. Dizem até mesmo nos livros de história que o rei da geração....

— ENTENDI! ENTENDI! ENTENDI -exclamei em pânico, nunca pensei que essa loira burra seria tão assustadora- É só cortar as árvores, né?

— Ah! -ela piscou atordoada, então voltou ao foco, tossiu duas vezes como se estivesse envergonhada pelo deslize na empolgação sobre madeiras.

SÃO APENAS MADEIRAS CARA! COMO ALGUÉM PODE FAZER UMA EXPLICAÇÃO TÃO APAIXONADA POR MADEIRAS?? NÃO SÃO SÓ PEDAÇOS DE ÁRVORES?

Suspirei, me sentindo muito cansado.

— A parte das madeiras tudo bem, mas a parte do ferro... -a maga celestial começou a murmurar preocupada- Bem, é apenas uma teoria, mas talvez, podemos conseguir... -então ela assentiu vigorosamente depois de pensar o suficiente, e quanto mais ela demorava para falar, mas me sufocava.

Isso vai mesmo dar certo?

— O que vamos fazer, Lucy? -Cheney perguntou suavemente, o seu tom era baixo, mas meus ouvidos escutaram muito bem.

— Depois que Minerva conseguir achar todos os metais, vamos tentar uma coisa... -ela não parecia muito certa na sua teoria- Vamos tentar criar um forno mágico temporário. Primeiro vamos usar a magia de Rogue, as trevas. A escuridão existe na ausência da luz, isso significa que pode ser chamado de vazio, ou o nada. Se conseguirmos condensar com a magia de Minerva para que as "trevas" rejeite o espaço, podemos isolar o metal dentro da bola de poder de trevas e territory. Também usar isso para moldar as peças que precisamos.

— Entendi nada -falei rapidamente, com minhas sobrancelhas franzidas.

— Se pensarmos que as trevas e o vazio são a mesma coisa, então fica mais fácil -ela respondeu- Mas para as trevas poder ser algo sólido e poder colocar metal nele, vamos usar a magia de territory junto. O metal não vai poder escapar para um lugar que rejeita tudo, afinal, ele seria o vazio. Mas isso tudo é só uma teoria.

— Continuo entendendo nada.

— Resumindo -ela suspirou, desistindo da teoria- A magia de espaço, Territory e a magia das Sombras vão comprimir o metal, igual um molde.

— Hã? -franzi as sobrancelhas.

Lucy me encarou por três segundos, então sorriu, se aproximou e ergueu o polegar, com os olhos brilhando em deboche:-

— Apenas aceite que você não tem a capacidade para entender coisas complicadas.

— ESTÁ ME CHAMANDO DE BURRO LOIRA ESTÚPIDA?? -exclamei exasperado.

NINGUEM NUNCA ME OFENDEU DE BURRO SENDO QUE ESSA PESSOA É MAIS ESTUPIDA QUE EU! HUMPF!

Ela só me olhou com desdém em um sorriso cada vez mais largo e desagradável. E no momento em que eu pensei em xingar e entrar na porrada com ela, sinto um pequeno empurrão nas minhas costas. Me viro assustado e me deparo para uma pequena bola peluda com asas.

— Sting-kun... Você me esqueceu? -os olhos do gato laranja estavam lacrimejantes e lamentáveis.

Engasguei.

— Lector! Você está bem? -fiquei assustado e estendi meus braços para pegá-lo, relembrando rapidamente como o meu amigo estava tão fraco.

— Anda estou... -então ele virou a cabeça para baixo, tossindo com fraqueza- Cof... Cof... Cof...

— Le- Lector! -fiquei angustiado- Descansa mais um pouco, então vamos.... -e assim que o canto dos meus olhos fisgaram o lugar aonde eu deixei o gato laranja antes, meu rosto congelou.

O que é aquela montanha de folhas parecendo uma cama super confortável? E aquela folha grande que parece um bom leque? Não só isso, por que estou vendo alguns cocos marrons e apetitosos abertos?

— Lector... -dei um sorriso- O que significa aquilo?

O gato continuou me encarando com olhos inocentes e tristes. O intenso olhar lindo apertou meu coração até não poder mais. Logo suspirei, me rendendo. Botei minha mão entre as grandes orelhas dele e olhei para a loira.

— Como faremos para a divisão de trabalho então? Vamos precisar comer.

— Sim, Roque e Minerva vão se ocupar do fogão mágico improvisado. Minerva também vai precisar procurar os restos de metal -e como se ela tivesse percebido algo, ela olhou abruptamente para a morena- Você vai ficar bem? Vai ter que usar muita magia...

Ao escutar isso, a maga espacial cruzou os braços, ergueu o nariz arrogantemente e fungou:

— Isso vai ser fácil para mim!

— Bem -a loira sorriu- Vou deixar Macao para o fogo do forno -depois de pensar um pouco, acrescentou- E Laxus também vai juntar magia para aquecer os metais. O raio pode ser considerado como energia, normalmente não seria efetivo, mas como é o poder de um dragão, seria como se um raio do céu cai em uma árvore e começa um incêndio, então deve funcionar. Simplesmente aumente a intensidade dos raios.

— E Fro? -uma voz tímida surgiu dos braços da loira, rapidamente ela sorriu com carinho para o gato esverdeado e respondeu:

— Romeo, Frosch e Lector irão pescar. Vamos ter que fazer um acampamento aqui.

— O rio surgiu agora -Minerva comentou- Não acho que vai ter peixes.

Mas assim que ela terminou de falar, houve um barulho de salto enorme ao nosso lado.

SPLASH!

Quando virei os olhos, vimos peixes saltando.

— Como... -franzimos as sobrancelhas.

— Mais para cima, existe um lago gigantesco -Lucy começou a explicar- Não foi que todo o rio se secou, uma parte se tornou num lago no meio do caminho e muitos peixes ainda vivem ali, agora que o rio voltou, os peixes estão escorrendo para baixo -e com uma piscadela divertida, ela riu- É melhor correr e tentar pegar os peixes, o que faremos se eles escorrerem tudo para baixo?

Ouvindo isso, Lector voou rapidamente e pegou as patinhas de Frosch.

— VAMOS FROSCH! RAPIDO OU VAMOS FICAR SEM COMIDA!

— FRO ESTÁ INDO!

Lucy olhou para Romeo e o menino olhou para Wendy.

— Wendy vai precisar ficar para ajudar a esfriar rapidamente os metais, com o vendo mais frio que puder soprar. E também instigar o fogo a ser mais forte, um lado vai ser uma briga com Macao e Laxus, do outro Wendy, quem vai segurar tudo vai ser Minerva e Rogue. Vamos fazer o forno mais incrível que Fairy Tail e Sabertooth podem criar juntos!

Romeo e Wendy se encararam por um segundo e o menino logo disse:

— Bem, enquanto vocês se esforçam, vou me certificar que tenhamos um bom jantar! -vendo os olhos determinados de Romeo, o pai sorriu orgulhoso e esfregou os cabelos do filho.

— Vá rápido, o que está fazendo parado aí perdendo para dois gatos!? -ele exclamou de bom humor.

Então Romeo logo correu para a direção do rio. Assim que viu o filho longe, os olhos dele marejou e ele murmurou, enxugando as lágrimas de forma feroz.

— As crianças crescem tão rápido! Se tornou tão responsável!

Todos demos uma risada.

— Eu não posso perder para eles também -Orlando sorriu, então se afastou.

— E quanto a mim? -uma voz tímida surgiu bem fraca. Quando olhei, era a gata branca nos braços do Dragon Slayer dos Céus. Olhando com suas grandes orbes castanhos para a loira.

— Humm... -ela colocou a mão no queixo, ponderando por um momento- Que tal se você não vai e fiscaliza os meninos pescando? Com certeza eles vão fazer uma bagunça e precisamos de alguém pra por eles na linha né? -ela piscou.

— Humpf! -Charles corou, cruzando os braços- Vou ver se eles estão fazendo o trabalho certinho!

A gata invocou as minúsculas asas e rapidamente seguiu os outros três que foram para o rio.

— E você irmãzinha? -questionou Dreyar.

Ela colocou as mãos no quadril, ergueu a mão direita, tirando um par de óculos da sua bolsa, sorrindo. Catou um graveto do chão e nos apontou, como uma professora de matemática malvada.

— Eu vou fiscalizar e garantir que nada saia fora dos planos -respondeu imponente.

Bem, então a Princesa vai separar os itens, depois ir com o Rogue para fazer o forno, junto com Dreyar e o tiozão da Fairy Tail, e a menina dos ventos também. Os gatos e o moleque vão ficar com a parte da nossa comida. A loira burra vai...

Espera.

E então, eu percebi que tinha algo errado.

— Isso não significa que eu tenho que arranjar as madeiras sozinho!? -exclamei.

Hearphilia me encarou, com um sorriso sinistro.

— Isso não deve ser nada para o grande Eucliffe, você não acha? -ela riu- Oh, será que você era só bajulação mesmo? -então colocou a mão no queijo, fazendo uma cara preocupada- Poxa... Já que o PEQUENO Eucliffe não dá conta... O que faremos?

AH NÃO! AH NÃO!

— MAS É CLARO QUE ISSO NÃO É NADA PARA MIM! -exasperei. Sentindo meu sangue ferver, invoquei luzes nos meus braços e corri para a floresta.

— Não se esqueça de cortar eles em formatos de tábuas! -escutei a voz a loira lá longe.