— Acho que o ramalhete funcionou. — Ino ficou na ponta dos pés para alcançar a tesoura no gancho da parede.

O banco sob ela bambeou e Sakura aproximou-se rapidamente para segurá-lo.

— Ramalhete?

Ino apoiou-se no ombro dela para descer, tomando o cuidado de não tocá-la com a tesoura.

— Aquele que eu te dei quando nos conhecemos — respondeu, apanhando a caixa com os rebotalhos de flores. — Era para que você voltasse sempre à floricultura, e, bem... Você vem para cá depois do colégio.

Sakura comprimiu os lábios e pôs uma mecha do cabelo rosa atrás da orelha. Sob a luz quente da tarde que entrava na estufa pela claraboia, Ino achou-a ainda mais adorável do que o habitual. E era uma pena que ainda não tivesse coragem para elogiá-la abertamente.

Afastando seus devaneios, concentrou-se no trabalho com os rebotalhos e as varetas de arame. Sakura sentou-se no banco ao seu lado, apertando as mãos uma na outra.

— Pensei que o “volte sempre” fosse apenas um... ritual de despedida — disse ela.

— Eu também. — Ino meneou a cabeça. Vários minutos depois, ela terminou a coroa de flores e a colocou gentilmente sobre os cabelos de Sakura com um sorriso. — Ainda bem que você voltou.