P.O.V Da Jade

Tenho um encontro.

Um encontro com a linda atendente do Café Crepe. Ela trabalha na minha cafeteria favorita, quando me mudei para Seattle já imaginava que encontraria um excelente café, é minha bebida quente preferida, minha paixão e meu maior vício. Foi então que a conheci, uma linda loira trabalhando atrás do balcão de atendimento, lindos olhos azuis-esverdeados e sorriso contagiante. Ela prepara o melhor café de todos.

Gosto de ir não só pelo café e sim para vê-la também, ela é simpática com todos, trata bem a clientela, de certa forma o seu carisma me contagiou.

Quando dei por mim, já estava frequentando a cafeteria todos os dias, e isto acabou fazendo parte da minha rotina. Até que um certo dia eu tomei coragem para investir nela.

Dei meu número a ela.

Sam... É o que está escrito no seu crachá.

Marcamos de nos encontrar uma semana após esse ocorrido.

Cinema... Quem não gosta de ir ao cinema?

Na minha opinião é o lugar perfeito para o primeiro encontro, além do mais, sou fascinada por filmes.

Combinamos de nos encontrar na entrada do cinema.

Estacionei meu carro, em meio à algumas pessoas ali na frente eu a avistei, os cabelos loiros com algumas mechas rosadas, usava calça jeans, jaqueta preta e coturnos.

Ela acenou assim que me viu, sorriu para mim. Me apressei indo ao seu encontro.

— Olá. - A saudei.

— Oi. - Me cumprimentou.

Ficamos nos encarando sem saber como reagir estando fora do Café Crepe.

— Vamos entrar? - A chamei.

— Claro. - Assentiu.

Deixei ela passar na frente, dei uma boa olhada em seu corpo.

Tinha um lindo corpo por sinal.

Descobrimos que temos o mesmo gosto quando se trata de cinema.

Resolvemos ver o filme de terror que estava em cartaz.

A Vingança da Noiva Macabra.

Tratei de ir até à bilheteria, ela foi comprar os lanches.

[...]

Facadas e sangue para todos os lados.

Nós duas apenas ria de tudo, nos divertindo.

Um único balde grande de pipoca amanteigada para nós duas, já estava acabando. A loirinha comia muito.

— Aposto que ela também vai matar a sogra. - Estava atenta ao filme.

E eu não conseguia tirar os olhos dela.

— Aposto que ela vai matar a vaca da cunhada. - Falei.

— O que você quer apostar? - Virou para mim.

— O que você gostaria de apostar? - A encarei.

— Me diga você. - Sorriu.

— Quero um beijo seu, se eu ganhar. A perdedora terá que roubar chocolates e fugir sem ser pega. - Dei minha ideia.

[...]

Após me dar um selinho, Sam saiu em disparada após roubar barrinhas de chocolate de um casal.

E para não ficar pra trás, corri tentando alcançá-la.

Corremos feito duas menininhas travessas, rindo pelas calçadas.

Ela parou no terceiro quarteirão já perdendo o fôlego. A puxei nos enfiando num beco.

Sam acabou derrubando todas as barrinhas aos nossos pés.

Ela se encostou na parede de um prédio, aproveitei para pressionar meu corpo no seu.

Eu nem sabia se estávamos sendo perseguidas.

— Eu costumava roubar doces quando tinha 13 anos. - Admitiu.

— Furtei alguns maços de cigarro quando tinha 16 anos. - Confessei.

— Somos garotas más. - Nos fez rir.

Nos encaramos intensamente.

E então nos agarramos.

Seus lábios eram macios e adocicados, seu beijo tinha gosto de balinhas de morango.

Partimos para os amassos ali mesmo no beco.

Estava sendo o melhor encontro da minha vida.

Voltamos para a frente do cinema de mãos dadas.

Sua moto estava estacionada ali perto.

— Me diverti muito. - Disse pegando o capacete no bagageiro.

— Também. - Tinha sido muito legal sair com ela.

Ela me roubou um selinho.

— Até mais, Jade. - Colocou o capacete e subiu na moto vermelha.

— Até mais, Sam. - Nos despedimos.

E aquele foi apenas o primeiro de muitos encontros.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.