Aproximou-se sorrateira, esgueirou-se pelos cantos e topou na mesa, retirando-me da concentração. Fitei-a, tornei logo olhar para os papéis machês, porém ela queria atenção. Questionou:

— O que faz? — Olhava-me de um modo mordaz, seus olhos verdes refletiam o bosque detrás de mim.

— Estou aprofundado em Marking. — Respondi seco, retirando Beethoven dos meus ouvidos.

— Como é a sua vida? — Soltei o cristal e esparramei os papéis para dissipar a visão, ela conseguiu.

— Triste. Nas melhores noites ele apenas chora. Nas outras... Continua pulando.

— Vai salvá-lo?

— Não depende de mim. Marking é um poço de desejos, ele cata as moedas do passado.