COSMIC LOVE
Capítulo 11 - O TÉRMINO
Os dias foram passando e a relação de Spock com Uhura foi piorando, começaram a ter discussões constantes, ele não queria mais dar atenção a ela, e ela sempre exigindo demais dele.
E esse problema tinha uma causa, Agatha Lenox, apesar de nunca desejar que o casal sofresse por causa dela, a jovem escritora foi a causadora de toda essa confusão amorosa envolvendo Spock e Uhura, esta tinha ódio e ciúmes da garota e Spock, em silencio, estava atraído pela doutora e por isso, se focava cada dia mais na leitura daquele livro, o que provocava até uma certa desatenção as coisas mais importantes.
...
Spock e Agatha entram no elevador como na vez em que ele fez o elo mental, e ele novamente para o elevador.
— Algum problema senhor? – ela pergunta.
— Sim! E-eu preciso lhe pedir desculpas!
— Porque senhor?
— Por tudo o que lhe fiz Srta Lenox!
— Mas o que o senhor fez?
— Tudo! Desde o principio! Eu a fiz nutrir a esperança de que poderia vir a se relacionar comigo um dia, e, por minha causa, você a perdeu! – ele se sentia péssimo – Me perdoe!
— Ah! Senhor Spock! Eu sempre vou perdoar! Isso nem ... nem me fere mais senhor! – ela lança os braços na barriga dele e o envolve num aconchegante e caloroso abraço.
— Obrigado! – Spock quase chorou.
— Eu te perdoo! Isso não significa mais nada pra mim!
— Obrigado doutora! – ele olhou nos olhos dela e alisou seu rosto com uma das mãos, ambas as faces estavam próximas demais, e começaram a ficar mais ainda, logo as testas grudaram uma na outra, e as bocas só se aproximavam, e de repente, aconteceu, os lábios se juntaram em um caloroso beijo de tirar o fôlego, que acabou rápido.
Ela tinha que parar, não podia continuar, não apenas para recuperar o fôlego, mas precisava, pois era incerto que continuassem, alias, era incerto até começarem algo tão profundo como aquilo. Agatha ficou espantada, e saiu do elevador tapando a boca de constrangimento e espanto.
...
Mais uma vez o boato de que Spock havia ficado preso novamente no elevador junto com a doutora Lenox se espalhou, e não deixou de chegar aos ouvidos da ciumenta namorada do vulcano, Uhura ficou mais furiosa do que antes, e cobrou mais explicações de Spock.
— Mas o que acontece com você? Você não me respeita mais né Spock! – ela só faltou berrar dentro da sala do teletransporte.
— O que está havendo agora Nyota! – falou entediado.
— Você e aquela vagabunda da Lenox, de novo dentro do elevador!
— Não admito que se refira a ela com um nome tão infame! Tenha mais respeito! – ele exigiu.
— É isso o que ela é Spock! Não vê que ela só quer se aproveitar pra ficar com você?
— Você está ultrapassando todos os limites! Ela é boa, e você a recrimina!
— Você só defende ela né! Nunca tá do meu lado!
— Eu sempre estou a favor de você Nyota! Mas agora, e ultimamente, me obriga a ficar contra!
— Você é um idiota cego Spock! – ela sai esbarrando nele, e ele só a observa.
...
O casal não sabia, mas o tenente Monroe, recém chegado na Enterprise, conferia os vídeos das câmeras em sua mesa e viu o vídeo da câmera do elevador quando Spock e Agatha se beijaram, ele ficou furioso pois era outro que também gostava de Uhura, e ainda gostava em segredo.
— Vulcano palhaço! – sussurrou o tenente.
— Algum problema tenente? – Uhura não entende o sussurro de Monroe.
— Ah ... não senhora!
— Eu ouvi você falando vulcano palhaço! A quem se referiu?
— A ninguém senhora! A senhora não vai almoçar? – ele tentou disfarçar.
— Não até me falar!
— Quem é o vulcano?
— Ah, o senhor Spock senhora!
— E porque você acha isso?
— Por nada!
— Hum ... posso ver esse vídeo que você tava vendo?
— Ah .. não acho uma boa ideia!
— Porque não? – ela disse sorridente.
— É meio ... confidencial!
— Achei que não fosse! Deixa eu ver! – ela foi se intrometendo e foi vasculhando os vídeos dele em seu computador, até que achou um que jamais queria ter visto. De primeira não reconheceu, mas era Spock, a câmera havia gravado o momento em que ele beijou Agatha, e Uhura sentiu um refluxo na barriga quando viu isso – Ah meu Deus!
— Senhora, fique calma! – ele tentou a tranquilizar – Ai, tá vendo, por isso não queria que visse esse vídeo! Vem, senta aqui ...
— Dá licença! Eu tenho que falar com ele!
— Senhora, não quer ...
— Sai de perto! – e ela empurrou o tenente.
...
Uhura foi até o refeitório e encontrou Spock conversando com o capitão.
— Spock! – ela o chamou – Vai pra sala do teletransporte depois, quero ter uma conversinha com você!
— Sim Nyota! Vamos! Acabei minha refeição!
Jim olhou para Magro, que estava do seu lado, e arregalou os olhos contornando o pescoço com a ponta do dedo.
— Vai dar em merda! – Jim sussurrou.
— Vai mesmo! – falou Magro em seguida.
...
— Algum problema? – ele pergunta.
— Sim! Acabou! – ela fala.
— Como? Não estou entendendo!
— Nosso namoro, acabou Spock!
— Como? Mas eu ...
— Você só beijou aquela vadia né! Acha que pode fazer isso comigo né!
— Não, me perdoe, eu não ti...
— Não queria ter feito? Sério, porque não pareceu! Pareceu que tava muito bom quando eu vi no computador do tenente Monroe! – ela quase chorou.
— Não Nyota, não é assim! Eu realmente não tive intenção! Foi apenas um impulso!
— Impulso? Tá bom! – ela falou já chorando – Você não me ama Spock, só tava comigo porque tava com pena, porque era lógico!
— Não!
— Era sim! Você ama ela, todos sabem disso! Você beija ela e trata ela melhor do que eu! Então, se é assim, é melhor dar um ponto final! – e ela saiu correndo e chorando.
— Nyota, espere!
— Não! – ela falou, saiu correndo em direção ao seu quarto, e esbarrou no tenente Monroe, que pode notar a infelicidade dela.
— Desculpe! – ele falou.
— Não, tudo bem!
— Não! Desculpa mesmo por isso! Não queria ter provocado!
— Ah tudo bem! Não foi culpa sua! – ela falou.
— É que eu to meio mal por ter feito isso! E agora .. vocês terminaram né?
— É, foi isso sim! Mas não liga! Não deu certo mesmo!
— Sinto muito por você! – essa frase que ele falou a comoveu e ela envolve o tenente em seus braços o abraçando e chorando, ele passa a acariciar seus cabelos amarrados. Spock vê tudo de longe e sai do recinto totalmente desolado, não queria ter gerado isso.
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