COSMIC LOVE

Capítulo 1 – INÍCIO: Parte 1


À caminho de Vulcano – ano:2242

— Papai, aonde estamos indo? – perguntou a pequena Agatha Lenox para o seu pai.

— Para nossa nova casa filha!

— Mas porque estamos no espaço?

— Porque vamos viver em outro planeta filhinha!

— E vamos viver com alienígenas? – ela estranhou.

— Sim, mas eles são amigáveis filha, não vão nos fazer mal! Não se preocupe!

— Ah!

...

— Filha, qual o problema? – perguntou Norman, pai de Agatha quando ela olhava para o vidro.

— Nada papai, é que eu ... não gosto desse lugar! Quero voltar pra casa!

— Mas já estamos em casa! – ele via a tristeza da filha e sentia – se mal - Filha, nossa vida lá em São Francisco não existe mais! Papai não podia ficar lá! Eu estava desempregado!

— Mas e os meus amiguinhos papai?

— Você vai conseguir novos amigos!

— Hum!

O pai a abraçou pelas costas e beijou a bochecha dela, ela ainda estava triste e olhava para a paisagem vermelha e desértica a sua frente com poucas esperanças nesse novo mundo, era uma criança de apenas 7 anos, e estava frustrada com seu novo lar.

...

— Você tem uma filha muito bonita Sr. Lenox! – Sarek, embaixador de Vulcano era quem observava Agatha brincando com um gatinho.

— Obrigado senhor Sarek! Só espero não estar incomodando com a minha presença aqui!

— Quantos anos disse que ela tem?

— 7 senhor!

— E veio pra cá por quais razoes?

— Consegui uma oferta como médico aqui em Shi ‘Kahr! Eu morava em São Francisco e não conseguia boas oportunidades de emprego!

— Acredito que sua filha ficou frustrada com isso!

— Ficou sim, foi um choque! Ela não queria abandonar a vida em São Francisco, tinha muitos amigos lá!

— Creio que sim! E sua esposa, não veio com vocês?

— Não! – Norman não falava muito da esposa.

— Vocês são divorciados?

— Não! Ah ... não exatamente! A verdade é que .... ela morreu!

— Ah! Ah .. meus sentimentos!

— Não, não foi agora! Foi quando ela nasceu! – e entendeu a mão apontando para a pequenina.

— Hum! – o vulcano resmungou – Acho que também foi um choque pra ela!

— Foi sim! Ela já disse pra mim que era a culpada pela morte da mãe! Eu a repreendi e disse que ela nunca devia dizer isso!

...

Os dois estavam distraídos com a conversa e Norman nem se importou com a filha, que começou a sair da vista dele, ela foi para perto de umas pedras daquela região, e haviam animais perigosos do planeta naquele local, um deles saiu das pedras e correu em direção a garota, ela fugiu e gritou, Norman pode ouvi – La de longe.

— Agatha? – ele gritou e correu – Não! Minha filha não!

Quem viu o desespero da menina foi um jovem garoto vulcano de aproximadamente 12 anos, ele provavelmente regressava da escola pois carregava algo parecido com uma mochila nas costas, imediatamente correu e, com um galho que achou, empurrou aquele animal, que caiu no chão com voracidade, ele correu para ajuda – La, que já estava caída no chão, ela se levantou e olhou firme nos olhos dele, ele retribuiu esse gesto dela e a fitou por um bom tempo, ela sorri, ele tenta fazer o mesmo mas não consegue. O animal se reergue e tenta ataca – lo.

— Cuidado! – ela grita estridentemente.

O animal avança, mas logo cai, pois foi acertado pela bala radioativa da arma de Sarek, o pai da garota logo surge pedindo mil desculpas.

— Filha, tá tudo bem? Desculpe minha filha, eu não te vi!

— Tudo bem papai!

— Filho? – disse Sarek – Já voltou?

— Já pai! Eu precisava ajuda – La!

— Muito corajoso da sua parte! – exclamou Norman ainda estranhando o comentário "Já voltou" do vulcano, imaginava algo mais lógico vindo da parte dele – Ele é seu filho?

— Sim! Este é Spock!

— Prazer! Muito obrigado rapaz!

— Não há de que senhor!

...

Spock voltou para casa e foi direto para seu quarto, começou a tentar ler alguns de seus livros, mas não conseguia se concentrar na leitura, ele não tirava os pensamentos da garotinha que acabara de salvar, era uma menina linda, tinha olhos castanhos como os dele, só que maiores, e era bem mais nova, com o cabelo meio ruivo, meio preto.

Ela o olhou intensamente e sorriu para ele, talvez tenha sido a única além de seus pais que fora atenciosa com ele, pois ninguém mais era, alias, os outros vulcanos viviam o insultando por ser hibrido, mas aquele olhar dela ficou gravado em sua mente.

Agatha era uma menina com muita imaginação, apesar de pequena, ela era muito inteligente, ela era mais importante do que imaginava para o seu pai, pois tinha um dom que todos desconheciam, ela podia dar a vida de volta a quem morreu através de um beijo, era um dom de cura, dois anos antes, seu pai infartou e morreu, já estavam todos prontos para o velório mas ela não entendia porque tanta gente vestida de preto, até ela, quando o viu morto, achou que estava dormindo sobre uma mesa de mármore e vestido com uma roupa fúnebre, e o beijou, ele estava com muita barba e cabelo, que ainda tinha, e de repente, ele acordou, estava morto e acordou do nada.

— Papai!?

— Filha!? – ele se espantou – Meu Deus! Mas eu achei que ...

Quando falava, uma mulher viu e gritou, correu dizendo a todos no local que ele estava vivo, um milagre havia acontecido por meio de Agatha Lenox.

...

O mesmo que ocorreu com Spock também ocorreu com ela, a pequena Agatha já podia nutrir sentimentos fortes como o amor, e desde que aquele vulcano salvara sua vida, ela também só pensava nele, até parou de brincar com seu gato por isso, ele era um menino já adolescente, e tinha o cabelo preto e muito liso, tinha a franja reta como a de todos os outros, o mesmo olhar que ela prestou a ele, ele retribuiu, e isso marcou os pensamentos dela, por um bom tempo, não pode simplesmente tira – lo de sua mente.