COSMIC LOVE

CAPÍTULO 13 – UM NOVO COMEÇO – PARTE 2


— Essa garota endoidou o Spock de vez, ele não desgruda dela! – diz Magro, olhando o casal da porta do refeitório após o fim das refeições.

— É né! Ele mudou e até me irritou um pouco! Ele é meio maluco as vezes! – afirmou Jim.

— Sabe o que eu acho? Que o lado humano dele foi ativado por causa dessa garota!

— Porque Magro?

— Porque ele passou a agir de maneira esquisita, que nem um cara normal, e até mentia! E a gente sabe que o desgraçado não faz isso!

— Pior que é verdade! – o capitão acena com a cabeça – Espertinho!

...

Spock e Agatha ficaram conversando no refeitório por horas, até todos dormirem, ela se dá conta de que o horário já é muito avançado e decide sair do local, no dia seguinte, Magro com sua insensatez voltaria a exigir um milhão de coisas dela.

— Ai, tá tarde! Acho que a gente tem que ir! – ela olha o relógio.

— Não acho que seja tão tarde! É meia noite apenas!

— É, mais amanha, o senhor insensato vai encher o meu saco o dia inteiro!

— A quem se refere?

— O dr. Mccoy! Ai, ele é muito insensato!

— Concordo! As vezes, acredito que ele deva controlar melhor o emocional!

— Eu também! Acho que ele é muito explosivo as vezes!

— Claro! Concordo! Eu havia sugerido o princípio da lógica a algum tempo atrás!

— E ele rebateu!

— Sim!

— Vamos! Melhor a gente ir!

— Sim senhora! Eu lhe acompanho!

— Não precisa!

— Eu insisto!

— Tudo bem!

Já era muito tarde, todos já haviam se recolhido e se encontravam dormindo, Spock acompanhou Agatha pelos corredores sem medo, pois sabia que ninguém os notaria juntos, faziam silencio para não acordar ninguém e logo chegaram no quarto dela.

— Tenho que ir agora! – ele diz.

— Ta, então tchau! – ela diz.

Ele se aproxima do rosto dela e abraça as costas dela, iniciando outro beijo, carregado de amor e carinho, e não era simples como o que dava em Uhura, era um de verdade.

— Porque você fez isso? – ela sussurra com sua voz doce.

— Porque tenho que ir! Mas não quero! Mas não vou!

— Tem certeza disso?

— Sim! Vulcanos não mentem! – ele a beija de novo e a encurrala contra a porta do quarto, naquele momento, queria beija – la, queria senti – la, enfim, queria te – la para si. O beijo só aumenta e os dois entram no quarto e Spock fecha a porta, ela se afasta repentinamente.

— Algum problema? – ele pergunta.

— Não! É que ... eu sempre quis fazer isso! – ela lacrimejava – Eu te amo! Mas não me ame porque é lógico Spock!

— Quem lhe disse que sou assim vai pagar caro por essa mentira! Porque eu te amo pelo que é, não pela lógica! Que seja ilógico o amor que sentimos! Pois para mim, não precisa ser lógico!

Ela sorri satisfeita com o que ele disse, e avança nele começando mais um beijo apaixonado e cheio de carinho, ele segura a mão dela e a abraça novamente, ele começa a andar e

empurrar ela para uma parede onde fica encurralada, ele a posiciona de costas para ele e puxa a manga do vestido dela, dando beijos no pescoço dela em seguida.

Agatha suspira de emoção nesse momento e solta o cabelo, não demorou muito e os dois já estavam despidos e jogados na cama em que ela dormia, e ficaram quase a noite toda se sentindo, se beijando e se amando, ela nunca imaginou que alguém como ele fosse capaz de ser assim, tão diferente de um vulcano normal.

...

A hora era avançada e Spock acorda no meio da madrugada, a vê dormindo nua sobre seu tórax, é uma visão muito bonita, ela era linda, lembrava demais sua falecida mãe, Amanda.

Havia acabado de fazer as coisas que sempre quis fazer, te – La era um privilégio imenso, não insensata como T’Pring ou exigente como Uhura, era uma moça simples, e de bom coração.

Ele sabia que tinha que ir embora daquele quarto, pois todos falavam mal dos dois pelas costas, se soubessem que Spock e Agatha haviam passado a noite juntos, ia ser um verdadeiro inferno de comentários ruins a respeito do casal, Spock queria evitar isso.

Ele se move na cama mas sem querer, ele acaba a acordando por isso, pois ela estava deitada em cima dele e bateu a cabeça no colchão quando ele saia.

— O que foi? – ela pergunta assustada.

— Tenho que ir! – ele diz.

— Porque?

— Temos que evitar comentários desagradáveis Agatha! Não quero que passe por isso! – ele só pensava na garota com quem estava falando.

— Eu não dou importância! Fica comigo!

— Em outra ocasião! Agora tenho que ir! Para o seu bem!

— Tá bom! Então vai! – ela se despede e os dois se beijam.

— Eu te amo! – ele fala e começa a vestir cada muda de suas roupas, mas para de se vestir e espera por nada, ela só observa.

— O que foi? – ela pergunta.

— Eu deveria ir embora, mas acho que tem razão!

— No que?

— No fato de eu não dever me importar!

— Claro que não deve!

— Isso mesmo! Não devo! – ele joga sua blusa azul no chão e olha de volta para ela – Eu deveria ir ... mas não posso, não quero ... e .. não vou!

Ela dá um leve sorriso e ele se aproxima dela novamente, a beija como antes, e recomeçam tudo de novo, ele passa a beijar suavemente o pescoço dela, e ela que nunca imaginou que ele fosse capaz, apenas sucumbe a aquele prazer, não se importava em começar tudo de novo, afinal, perdeu o sono.

— Eu tentei te esquecer, tentei tira – La da mente, mas não posso, eu amo você Agatha! – dizia olhando nos olhos dela.

...

Quando acordaram ainda eram 7 da manhã, ficaram se olhando por um tempo, até que ele decide levantar e sair dali, afinal, tinham suas vidas, ela iria se reencontrar com o doutor Leonard chato McCoy, e ele voltaria a sua rotina normalmente, como sempre foi, mas teria que evitar Uhura, principalmente agora, que os comentários estariam rondando pela nave.Quando ela sai do quarto, já arrumada, decide ir procurar Carol, ele decide ir junto.

— Carol? – ela encontra o quarto vazio.

— Onde ela está? – ele pergunta.

— Não sei ... – ela para e se lembra que depois do jantar, viu Carol e o capitão juntos, rindo a beça – mas acho que ela só pode estar em um lugar!

Agatha anda a passos firmes em direção aos dormitórios masculinos, Spock a segue, até que já estão em frente ao quarto do capitão. Ela abre a porta e se depara com a cena, Carol de conchinha deitada em cima de Jim, ambos completamente nus, com uma musica depravada tocando no toca fitas, e ambos no décimo sono.

— Carol???? – Agatha fala em bom tom.

— Jim??? – Spock também fala em bom tom.

Jim e Carol acordam imediatamente ao ouvirem as vozes dos dois, e se espantam.

— Spock???? – Jim berra.

— Agatha???? – quem berra é Carol.

— Droga amor, você tem que sair daqui! E se descobrem! – Jim fala.

— Que vergonha! – Carol exclama catando o vestido e as outras roupas, ela segura o vestido tapando o corpo, vermelha de vergonha.

— Vamos! – e ambas saem.

— Mas que imaturidade capitão!

— Da sua parte também!

— Eu não entendo!

— Você e a doutora Lenox ontem! Como foi o sexo ontem? Diz ai Spock, a gente é homem!

— Mas isto é pessoal capitão!

— Então eu vou contar!

— Se contar, também contarei!

— O que?

— O motivo de toda essa bagunça nos seus aposentos Jim!

— Tá! Tudo bem! Você venceu! Não conto!