Como esperado, Sehun se ofereceu para levar Yonseo para casa. Já estava tarde para ela andar sozinha, realmente. Os dois foram conversando enquanto Sehun dirigia.

— Então, deu tudo certo.

— Eu disse que daria. Hoseok e Jimin nos protegeram.

— Jimin? Achei que só visse o Hoseok.

— Hoje eu conheci Jimin. Quando estava almoçando, eles foram embora, porque Hoseok estava cansado de projetar. E Jimin voltou de noite, eu nem sei como ele conseguiu.

— Por quê?

— Só Hoseok consegue fazer essas coisas.

— Entendi. Baekhyun sabe que foi salvo por eles?

— Ah, ele nem sonha com isso.

— E como foi isso de você conseguir emprego?

— Ah, você sabe, ele pagou o almoço e nós conversamos muito. Surgiu o assunto e ele tinha uma vaga… então caiu como uma luva.

— Ele deve ter se sentido culpado por ter colocado vocês dois em risco. Mas teve a melhor das intenções.

— Exatamente.

— Claro que isso não diminuiu minha preocupação com vocês. Com você, principalmente.

— Tadinho, o que ele fez pra não merecer sua atenção?

— Nada, ele só não é tão legal quanto você. Você é minha parceira, não é?

— Sou.

— Não apronte outra dessas sem mim. Jebal.

— Não vou.

Passou-se um tempo de silêncio, e ele retomou o assunto.

— Eu digo isso porque me preocupo com você. Não quero perder mais ninguém.

— Nós estamos indo bem, Sehun — disse Yonseo, sorrindo. — Nossa investigação está se encaminhando para um bom rumo. Acho que não vai demorar muito para alcançarmos nosso objetivo.

— Isso me deixa um pouco triste. Não vou ter mais desculpas pra te ver.

— Opa, eu acho que eu tô com febre.

— Quê?

— Aish, que dor na medula óssea!

— Você tem noção do que tá dizendo? Não dá pra sentir dor na medula óssea!

— Minha unha do dedinho do pé tá com uma listra, tenho certeza de que é alguma coisa grave.

— Para com isso — disse Sehun, rindo. — Você está muito bem de saúde.

— Não sei até quando. Sugiro que você acredite nos meus problemas de mentira, ou eu vou ter que arrumar algum problema de verdade.

— Para, é sério. Não quero ver você assim. Não precisa de nada disso pra me ver, só uma mensagem no KakaoTalk é suficiente. Mas até o Chung Ho ser preso, você é minha parceira, e a gente vai se ver sempre, né?

— Claro, parceiro.

Sehun parou o carro em frente à casa da tia de Yonseo e saiu do carro junto com ela.

— Ué, tá fazendo o quê? — Perguntou ela.

— Eu quero te dar um presente.

— Espero que não esteja se inspirando nas histórias da Minji.

— Não, não. Agust a beijou para que ela se tornasse forte, e isso você já é. Eu só quero ter certeza de que você está segura. Posso? — Perguntou ele, abrindo os braços.

Yonseo sorriu e o abraçou durante alguns segundos. Depois eles se despediram.

— Te vejo amanhã? — Perguntou ela.

— Sim. Uma nova reunião, talvez a mais importante.

— Okei. Annyeong.

— Annyeong.



— Hyungs! Hyungs, hyungs, hyungs. Preciso mostrar isso pros hyungs!

Jimin tinha acabado de sair do espelho d’água e já verificava a handycam para ter certeza de que a filmagem havia funcionado. Ao ver que tudo estava certo, abriu as portas e saiu voando euforicamente pelos corredores da Casa do Juízo. Se Hoseok havia obedecido seu pedido, estava em seu quarto descansando, mas ele não podia esperar mais.

— Hyung! — Disse ele, abrindo a porta todo esbaforido com a handycam na mão, mas se surpreendeu ao ver que todos os moradores da Casa estavam lá, então hesitou. — Ah, vocês estão aí…

— Estamos prestando apoio a Hoseok — informou Yoongi, que estava sentado no chão.— Procuramos você pela casa toda. Onde você esteve, Jimin?

— No primeiro mundo — disse ele, sem conseguir evitar, e logo em seguida cobriu a boca com a mão livre, tão rapidamente que o tapa lhe doeu.

— O quê? — Perguntou Taehyung. — Isso é possível?

— Espere, isso na sua mão é a minha handycam? — Perguntou Jin.

— Ah… — Hesitou Jimin, olhando para o aparelho. Ele queria mentir, mas era impossível. — É.

— Você mexeu nas minhas coisas sem minha permissão?

— Mianhaeyo, hyung. Eu precisei dela.

— Pra quê?

— Eu não posso dizer.

Jin franziu o cenho. Já não estava mais acostumado a ouvir aquelas coisas vindas de Jimin.

— Olha, gente, ele não pode dizer. Mas que avanço — comentou Jungkook.

— Tá, não precisa dizer nada. Só devolve,

— Quê, mas… — Jimin olhou com desespero para o líder.

— É minha, Jimin — disse Jin, com seu tom racional e levemente autoritário. — Perdoo você por ter pego sem pedir, mas deve me devolver.

— Hyung — murmurou Namjoon, mas Jimin já entregava o pertence ao mais velho.

— Já passou da hora de vocês três pararem com esse segredinho — disse Jin, dando play no único vídeo novo. A voz de Minji começou a soar ruidosamente pelo autofalante. — Quem é essa menina?

— Esta é a quarta e oculta face de um menino sem nome, que foi tudo para mim. Meu heroi... Meu protetor… E o Oraboni que eu nunca tive.

— Minji? — Perguntou Yoongi, mudando sua posição com ansiedade.

— Quem é ela? — Perguntou Jin, confuso.

— Para — pediu Yoongi se levantando e caminhando nervosamente até o hyung do outro lado do aposento. — Jebal, hyung.

Jin continuou segurando a handycam com a mão direita e afastou Yoongi com a mão esquerda.

— O nome dele era Min Yoongi, mas não havia ninguém em Daegu que o conhecesse por um nome diferente de Agust D.

— Eu também quero ver! — Protestou Jungkook.

— É, seria interessante — confessou Yumii.

— Qual o problema? — Perguntou Jin, calmamente, enquanto pausava o vídeo. — Ela só está contando a sua história.

— Exatamente. Essa história é minha, não de vocês. Vocês não têm o direito de vê-la! Por que fez isso, Jimin?

— Eu tentei esconder, hyung. Você viu. Mas não precisa se sentir assim. É a história mais bonita que eu já ouvi. Você não precisa escondê-la deles.

Yoongi ponderou por três segundos, sem deixar seu nervosismo e sua respiração ofegante de lado. Ele pegou a handycam da mão de Jin com cuidado.

— Se quebrar minha handycam eu quebro a sua cara — disse Jin, mas Yoongi não pareceu ouvir. Tinha no rosto uma expressão que eles nunca tinham visto antes.

— Prepara o projetor, Jimin. Quanto antes isso acabar melhor.

Mais tarde, eles estavam todos na sala do Juízo assistindo àquele história. Foi a primeira vez que Jin deixou o jantar atrasar, e a primeira vez que viram Yoongi chorar tanto e tão silenciosamente.



A tarde estava indo bem no primeiro mundo. Yonseo estava fazendo companhia a Baekhyun no trabalho. De alguma forma, eles tinham conseguido esquecer o clima pesado. A esperança de que a prisão de Chung Ho estava cada vez mais próxima os deixava felizes, e eles falavam das coisas mais simples e divertidas. Depois de um tempo, ficaram apenas mexendo nos celulares. De repente, Baekhyun notou a expressão afetada de Yonseo quando ela murmurou.

— Aigo…

— O que houve? — Perguntou ele, sem tirar o olho da tela.

— Mensagem do Sr. Park. O mandado foi recusado.

— Hum.

— Aigo, o que vamos fazer agora? — Perguntou ela, preocupada, mas Baekhyun não pareceu se importar. — Baekhyun, você me ouviu?

— Huhum — respondeu ele, monotonamente.

— Nós perdemos a melhor pista que tínhamos e você não tá nem aí?

Baekhyun não respondeu. Só colocou o celular na orelha e esperou um pouco.

— Qual é, parça? Tá livre hoje à noite? — Yonseo ficou parada esperando a ligação de Baekhyun terminar. — Ah, eu tava com uns compromissos, mas tenho um serviço pra gente hoje. — Yonseo começava a entender por que aquilo era mais importante que a investigação. — Não é grana, é que eu tô devendo um favor, se é que você me entende. — Mais uma pausa, Baekhyun começava a se animar. — Tá sussa, irmão. Vai preparando o material, que quando eu sair levo os mandantes pra vocês conhecerem. — Baehyun sorriu com o que ouviu. — Qual é o serviço? Vamos invadir o sistema de segurança de um hospital psiquiátrico.



Hoseok achava que já tinha ficado tempo demais longe do primeiro mundo. Queria saber como iam as coisas, então foi à sala da Eva e procurou por Yonseo. Ela estava com Baekhyun no antigo local de trabalho do Taehyung. Embora Hoseok soubesse que Baekhyun, no fundo, não tinha culpa pelos seus crimes, não se sentia à vontade para ficar na presença do assassino do seu amigo, mesmo que ele não pudesse vê-lo. Então, procurou outra pessoa.

Sehun estava em um quarto do SNUH conversando com uma paciente. Hoseok teve curiosidade e projetou para vê-los. Ela devia ter uns doze anos. Sua aparência era frágil, e o motivo se via em sua cabeça desprovida de cabelos. Provavelmente, consequências de sessões de quimioterapia, o que significava que ela tinha câncer. Sehun lhe falava sobre sua família em tom íntimo, então Hoseok presumiu que eram parentes. Observou-os com ternura, até que notou que o olhar dela estava estranhamente recaído sobre ele.

— Annyeong — ela disse, sorridente, embora a voz estivesse fraca. Sehun olhou para Hoseok, mas não o viu.

— Você me vê? — Perguntou Hoseok à menina, encantado. Ela acenou com a cabeça levemente. — Quem bom. Eu sou amigo do Sehun.

Ela riu e olhou para o médico, depois de novo para Hoseok.

— Qual é o seu nome?

— Jung Hoseok.

— Jung Hoseok — repetiu ela, e Sehun tornou-se mais alerta.

— Você vê Hoseok, Michung?

— Vejo. Ele é bonito.

— Você tem sorte de vê-lo — disse Sehun, sorrindo.

— Ele disse que é seu amigo.

Por um momento, pareceu que Sehun iria desmoronar, como se não pudesse acreditar no que estava ouvindo, mas logo se recompôs.

— É — confirmou ele. — Hoseok é meu amigo.

De repente, o telefone de Sehun tocou.

— É a Yonseo. Vocês dois fiquem à vontade. Eu já volto, está bem?

Michung fez que sim, e Sehun saiu da sala. Hoseok e Michung ficaram conversando enquanto ele atendia o telefone do lado de fora.

— Você soube que o mandado foi recusado? — Perguntou Yonseo.

— Sim, soube. Não estava esperando por isso. O que a gente vai fazer?

— Nós temos um plano. Vamos te pegar no hospital quando sair, e nos preparar para colocar o plano em ação.

— Espera, nós quem?

— Eu e o Baekhyun.

— Achei que éramos parceiros.

— Nós somos, por isso eu tô te chamando. Mas o Baekhyun vai cuidar da maior parte. Você vai entender tudo em breve, Sehun. Por enquanto, é só isso.



Sehun saiu ansiosamente do hospital. O carro de Baekhyun estava estacionado ali perto, e ele entrou, sentando-se no banco de trás.

— E então, gente? Quando vocês vão me falar o que está acontecendo?

— Nunca — respondeu Yonseo. — Eu prometi pelo meu irmão que não te contaria, mas estamos te chamando pra ir junto, então você vai descobrir por si mesmos. Siga-nos, não hesite, não questione, apenas confie.

— Tá… — murmurou Sehun, levemente hesitante.

Baekhyun ligou o carro e dirigiu, enquanto o sol se punha. Parou o carro próximo ao ninho das gangues, o que deixou Sehun preocupado, mas ele atendeu ao pedido de Yonseo e não disse nada.

Eles saíram do carro e foram andando pelas ruas frias. Baekhyun ia à frente, completamente seguro. Yonseo ia logo depois dele, e Sehun, ao seu lado, duvidava de casa passo dado. Àquela altura, já estavam em frente ao ninho, mas longe da entrada conhecida. Repentinamente, Baekhyun começou a subir uma escada de acesso toda enferrujada e provavelmente insegura. Yonseo subiu em seguida, sendo ajudada por ele. Sehun, mesmo com vários palavrões na ponta da língua, seguiu-os. Eles começaram a andar pela parte superior das lojas abandonadas. De repente, Baekhyun parou.

— Abaixem — sussurrou, enquanto fazia. Os outros repetiram e ficaram juntos observando enquanto Baekhyun apontava. Em uma ruela sem saída, um grupo de garotas mexendo com fogo com atitude suspeita. — É a gangue 4. Elas eram cinco garotas, mas uma conseguiu mudar de vida e as outras vieram pra cá.

— Elas não têm medo? — perguntou Yonseo. — Parece muito perigoso.

— Elas são mais fortes do que aparentam. É difícil alguém comprar briga com elas. Na verdade, as brigas aqui dentro são muito específicas.

Os três continuaram andando com cautela pelo telhado.

— Ah, olhem, lá longe. — Eles olharam para um grupo grande de garotos. — Gangue 17.

— Eles são 17? — Perguntou Sehun.

— Não, são treze, número de gangue não tem nada a ver com quantidade de pessoas. A gangue 6 tem três, a gangue 21 tem quatro, e por aí vai. Também não tem uma ordem, como se uma fosse melhor que a outra pelo número. É só uma organização, e muito complexa. Vamos, estamos quase chegando.

Eles andaram mais um pouco pelo telhado. Mais uma vez, Baekhyun parou do nada, mas dessa vez não parecia ser perigo.

— O que houve? — Perguntou Yonseo, baixinho.

— Chegamos — disse Baekhyun, com satisfação. Ele abaixou-se próximo a um pedaço grande de madeira, de mais ou menos um metro quadrado. Ele bateu duas vezes na madeira e a afastou quase completamente, revelando um vão quadrado. — Hey — chamou ele. Logo, dois meninos apareceram no vão.

— Annyeong — disse um deles, de cabelo verde. Em seguida, deram espaço, e Baekhyun pulou, aterrissando no interior da loja abandonada.

— Bem-vindo de volta — disse o outro, colocando a mão sobre seu ombro. — Faz tempo que não chega tão cedo em casa.

— Você sabe bem o motivo, Chen — disse Baekhyun, sorridente. Depois, olhou pra cima. — E vocês? Vão demorar muito pra descer?

Hesitante, Yonseo sentou-se na beirada do vão.

— Pega a escada pra ela, Xiumin — sugeriu Chen.

— Pego, mas porque ela é um amorzinho, não sou sua empregada!

Xiumin pegou no canto uma escada de abrir e colocou sob o vão.

— Dá pra descer agora?

— Dá sim — disse ela, já se movendo. Os meninos a ajudaram a chegar ao solo. Sehun desceu em seguida. O lugar parecia mesmo com o interior de uma loja, mas com todas as portas fechadas e uma iluminação fraca e amarelada. Tinha camas baixas nos cantos, armários e mesas com computadores. Baekhyun começou as apresentações formais depois que Chen fechou a abertura e guardou a escada.

— Chen, Xiumin, esses são meus amigos e parceiros de investigação, Sehun e Yonseo. Sehun, Yonseo, esses são os meus irmãos de gangue, Chen e Xiumin. E nós três… — Baekhyun se posicionou orgulhosamente entre os meninos. — Somos a gangue CBX, embora sejamos conhecidos aí fora como 6.

— CBX? — Perguntou Yonseo,

— Ou Chen-Baek-Xi, como preferir — esclareceu Chen. — São nossos nomezinhos!

— Que fofo — disse Sehun, desprovido de emoção. — Dá pra alguém me dizer o que está acontecendo? Baekhyun, você é de uma gangue.

— Da melhor — disse Xiumin, com satisfação.

— Nossa, como o tempo voa, temos que agir! — disse Baekhyun. — Sehun, vou precisar do seu jaleco e do seu crachá.

— É o quê?

— Ah, e um daqueles negócios de ouvir o coração — exigiu Xiumin. — Meu sonho é usar aquela paradinha no pescoço.

— Pra quê precisa das minhas coisas? — Perguntou Sehun.

— Ora, não é óbvio? — Perguntou Chen. — O carnaval tá chegando, queremos uma boa fantasia de médico, já compramos até as passagens pro Beurajil.

Chen e Xiumin começaram a rir descontroladamente.

— Seu crachá tem um código de barras, é um passe. Ele dá acesso à parte administrativa onde os reles pacientes e visitantes não chegam, e é onde temos que ir pra conseguir uma prova contra Chung Ho.

— Mas eu não trabalho no hospital onde Namjoon morreu — protestou Sehun.

— É o mesmo sistema — explicou Yonseo. — O manicômio está vinculado ao SNUH, assim como vários outros hospitais de Seoul. Se tá no sistema de um, tá no sistema de todos, entende?

— Tá, mas não seria melhor eu mesmo fazer isso?

— Deixa a bagunça pros profissionais — pediu Chen. — Fazemos esse tipo de coisa há anos, e no final sempre dá ruim. Vocês dois precisam ficar aqui, onde estarão seguros.

— Uau, o ninho das gangues, me sinto muito seguro — resmungou Sehun.

— Para de reclamar, cara! — disse Baekhyun. — Nosso cafofo é o lugar mais seguro do ninho. A gente sabe o que tá fazendo. Então, você pode nos emprestar suas coisas e ajudar com o plano ou ficar sentado e correr o risco toda vez que for trabalhar.

— Sehun — chamou Yonseo, tocando-lhe no ombro. — Confia.

— Tá — murmurou ele. — Eu empresto.

— Ótimo — disse Baekhyun. — Já começaram a preparar o material? — Perguntou aos meninos.

— Já — disse Xiumin, levando-os para perto de uma mesa no canto. — Pendrive pra passar os arquivos, roupas pretas pra nós, roupas brancas pro Chen, máscaras pra geral…

— Toalhas, — continuou Chen — duas garrafas de clorofórmio, algemas, canivete suíço…

— Canivete suíço? — Perguntou Yonseo. — Precisa mesmo disso?

— Provavelmente não — disse Baekhyun, examinando a mesa. — Já que temos essas belezinhas. — Ele pegou um revólver o manuseou. — Ô, gente, sério que vocês não carregaram?

— Ainda não — disse Xiumin. — Mas já separamos os cartuchos de reposição.

— Quantos?

— Dez — informou Chen.

— Bom. Mas não adianta ter cartucho se não tiver nada aqui dentro. Vejam isso logo.

Baekhyun pegou uma das mochilas na mesa e começou a guardar as coisas.

— Só duas mochilas, né? — Perguntou Baekhyun.

— Sim. Se eu vou estar fazendo cosplay de Dr. Sehun, melhor não usar mochila.

— Tá, o que a gente faz? — Perguntou Sehun, levemente impaciente.

— Chequem aquele armário — pediu Xiumin, apontando para um armário no canto. Assim fez Yonseo.

— Hum… Tá… Batalha naval, Jogo da Vida, Banco Imobiliário, Monopoly… É isso mesmo?

— Sim. Tem cartas, também — lembrou Chen. — Xadrez, dama, yut-nori…

— Ah, vamos jogar detetive, que tal? — Perguntou Yonseo.

— Não dá, são três a oito jogadores — lembrou Sehun. — E a gente não precisa de jogo pra ser detetive, precisa?

— Não, mas seria irônico — Yonseo deu de ombros.

— Divirtam-se, crianças. — disse Baekhyun. — Os grandes vão trabalhar.