Cap. 17 – Principe


Rick e Mabel estavam caminhando pelo centro quando Mabel decidiu que tinha que entrar em uma loja, mas que Rick não podia entrar. Ele não insistiu, era uma loja de lingerie.


- Vou comer um churro! – ele apontou para a barraquinha –


- Vai lá, poço sem fundo!


- Quanta hostilidade só porque tem que viver de dieta!


Ela mostra a língua para Ricardo e entra na loja.


- Cada peça que cai de paráquedas na minha vida...


O loiro sabia que apesar de não se conhecerem a muito tempo, já podia dizer que gostava muito de Mabel. Ela era tão interessante, divertida e linda...


- Não acredito que acabei de sair de um buraco para pular de cabeça em outro.


Era melhor comer que ganhava mais.


Dentro da loja, Mabel estava olhando algumas peças. Não era porque estava solteira que tinha que andar toda acabada. E também, nunca se sabe quando alguma coisa do estilo sexual poderia vir a acontecer.


E se ele fosse loiro, de olhos vermelhos e irmão da cunhada a coisa seria melhor ainda.


- Nossa! Eu mal conheço o cara!


Ela riu, mas não se sentia culpada, desde que sofrera aquele golpe sempre teve receio de deixar os homens se aproximarem, mas Rick era diferente de todos os que já tinha conhecido.


Depois de comprar uma camisola e algumas outras coisinhas saiu da loja. Nossa! Estava mesmo muito lotada a rua. Mas viu o loiro perto do carrinho que vendia churros comendo, só para variar!


Levantou a mão e deu grito recebendo muitos olhares, ele pareceu ter visto, pois para implicar virou para o lado para fingir que não conhecia a louca que gritava.


Mas de repente sentiu uma mão em seu braço que a puxava para o lado oposto, olhou para o lado e viu quem não queria ver: Paul, o ex-noivo. O homem era muito bonito, tinha os cabelos castanhos, olhos verdes, pele bronzeada, um porte imponente... Mas não queria nada com ele.


- Me solta, Paul!


- Relaxa, Mabel, só quero bater um papo com você.


- Me solta ou vou gritar!


- Nada disso, mocinha! – ela gelou ao ver o olhar dele – Vamos ter uma conversinha amigável e nem pense em tentar chamar aquele seu amiguinho!


- Você estava me seguindo???


- Calada, Mabel.


Da barraquinha de churros, Rick olhou para a multidão a procura de Mabel, podia jurar que tinha visto a louca balançando as sacolas e gritando. Será que tinha se enganado.


- O que foi, cara? – o dono da barraquinha estranhou a mudança do rapaz –


- Eu achava que tinha visto minha amiga... – ele procurava o rosto conhecido na multidão –


- A moça morena? Aquela que acenou?


- Sim.


- Acho que a vi indo para o outro lado.


- Estranho...


- Sei lá, parecia que ela estava sendo puxada.


- Puxada? – Rick levantou a sobrancelha –


- Sim, mas acho que foi só impressão.


- Vou ver se a acho! – Rick paga o homem e sai –


- Hey! – o cara gritava – Tem troco!


- Pode ficar!


O louro se embrenhou no meio da multidão tentando seguir para a direção indicada pelo homem.


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Adam e Katherine estavam se preparando para sair novamente.


- Vão dormir em Dynis? – Perguntava Alice –


- Vamos sim, filha, eu tenho que comprar o restante dos presentes e da decoração.


- E o papai?


- Alguém tem que carregar as sacolas. – ela riu –


- Eu pensei que era para pagar. – Roy soltou divertido do outro lado da sala –


- Os cartões já estão comigo. – ela mostra um pequeno leque colorido com um sorriso malvado –


- Prepare-se para o rombo, pai.


- Eu sei... – ele suspira e finge estar desapontado –


- Ninguém mandou ele exigir que eu parasse de dar as minhas aulas de dança depois de casar.


- Como se você desse aulas por causa disso!


- Querido, você administra, eu gasto. Não adianta, isso não vai mudar.


- Eu sei... Faz trinta e três anos.


- Okay vamos embora antes de você sair espalhando quantos anos eu tenho. – ela puxa o marido pela mão – Juízo, crianças! E Riza querida, não deixe o Roy fazer nada de errado.


Roy fica sem graça.


- O mãe!!!


- Beijo, bebê!


O casal vai embora.


- Viu, Roy, tenho carta branca para te manter na linha! – ela da uma gargalhada –


- Como se eu já não tivesse te dado isso a anos.


- Mas agora sua mãe sabe e ela ME apóia!


- Isso aqui é um complô para cima de mim por acaso?


- Cala boca, Leroy, tô tentando ver TV.


Roy estava sentado em um dos sofás com o braço sobre o encosto e com Riza com a cabeça sobre seu colo.


- Então Tommy, vamos na cidade mais tarde jogar sinuca?


- Vamos... – ele deu uma meia olhada para Alice esperando alguma objeção –


- Por que está olhando para mim? – ela virou o rosto para ele – Você sabe que eu não me importo de você sair... – ela puxa o colarinho dele – Mas devo te lembrar de que eu conheço Kami e o mundo nessa cidade, pense em olhar para o lado e eu vou ficar sabendo e acabar com você e sua reputação, fora é claro no final das contas posar como vitima e te deixar com o filme MUITO queimado.– ela dá um selinho nele – Te amo.


- Você é sempre objetiva, amor.


- Fazer o que? – ela sorri e volta a ver televisão –


O moreno arruma o colarinho e volta a se ajeitar no sofá, essa era a mulher com quem pretendia casar.


Roy ria da cena assim como Riza.


- Você não se importa, né? – ele pergunta baixinho –


- Não, claro que não, se a gente passar mais tempo junto vai acabar se matando. A gente trabalha junto, eu estou aqui na sua casa para o natal... Espaço é bom e não mata ninguém.


Ela sorri.


- É a vida... Você vai ter que me aturar para sempre.


- Gente!! Cadê a câmera para que eu possa gravar esse momento tão kawaii!


- Vai caçar um pau para você subir, Alice!


- Eu não. Prefiro ver televisão.


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Paul levou Mabel para um beco mais afastado da multidão. Lá estava escuro, não era exatamente onde ela queria estar.


- O que você quer?


- Você deu o maior escândalo e sumiu. Nunca me deixou explicar as coisas, fora a ordem de restrição que o seu pai colocou a mim.


- Que você está desrespeitando!! – ela tenta sair – Mas eu não vou contar isso para o meu pai.


Ele a puxa com força jogando-a contra a parede fazendo as sacolas caírem.


- Volta aqui, Mabel! Eu não disse que você podia sair!


- Me larga!!


- Olha aqui, garota! Você vai me ouvir e eu sei que você não me esqueceu!


- Vai nessa, idiota!


- Então por que você nunca mais namorou sério?


- Porque não quero acabar com outro golpista na minha vida! E eu ainda não engoli que você não teve nada a ver com aquele meu seqüestro na época!


- E o que eu ia ganhar com isso, idiota! Seu pai tem muita influencia por aqui, é burrice uma coisa dessas!


- Sei! Mas com certeza o preço do resgate foi muito tentador! Mas eu sei que você não pegou uma única notinha porque o papai conseguiu me achar e prendeu todos os seus amiguinhos!


Ela tentou sair mais uma e dessa vez a força que a arremessou contra a parede foi maior e ela sentiu um dor nas costas.


- Não me provoca, Mabel! Eu não tô a fim de te machucar! Eu gosto de você! E quero ficar com você de novo!


- Sai dessa! Eu não quero nada que venha de você!


- Eu sei que quer... – ele se aproxima e começa a beijar o pescoço dela –


- Me larga!


Ela estava ficando com nojo, queria sair dali, mas era muito mais fraca que ele e estava apavorada.


- Para de show, Mabelzinha!


- Não me chama assim!!


- Hey cara, eu acho que a moça não tá afim!


Ela conhecia aquela voz.


- Vaza daqui, idiota!


Paul se quer olhou para quem estava atrás!


- Porque sempre tem que ser da maneira mais difícil!


Ricardo colocou a mão no ombro de Paul que virou e levou um belíssimo murro na cara que o fez cair longe.


- Ela não quer, eu não vou permitir.


- Rick! – ela correu para o louro –


- Desgraçado! Eu vou...


- Chega perto dela de novo e eu não quebro só o seu nariz!


Rick abaixa para pegar as sacolas e sai abraçando Mabel com o braço direito.


- Eu... Eu... Obrigada! – ela estava soluçando –


- Vamos sair daqui.


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Riza estava sentada sobre uma das cercas da propriedade brincando com um isqueiro, ou melhor, manipulando a chama que saia dali. Roy estava tirando um cochilo em casa.


Segurava um isqueiro prateado que abria e tinha um desenho, um circulo de transmutação, e um anel de prata também com um desenho. Fazia pequenos desenhos com fogo...


- Riza!


Roy deu um cutucão na loura, fazendo se assustar e perder o controle sobre o desenho se queimando e caindo para trás.


- Ai!!!


- Riz? O que foi?


Ele se abaixa preocupado.


- Nada! – ela tentava esconder a mão –


- Como assim nada? Por que está escondendo a mão?


Ele puxa a mão dela e vê o queimado, não era grande, mas estava bem vermelho.


- Queimado?


- Relaxa, Roy! – ela levanta e começa a procurar o isqueiro –


- Hey, o que foi? Como você se queimou?


- Isqueiro.


Ela acha a pecinha prateada e tenta escondê-la no bolso, mas Roy toma dela.


- Alquimia?


- Me dá isso! – ela sente a pontada de dorna mão –


- Vamos cuidar disso. – ele guarda o isqueiro no bolso –


- E o meu isqueiro?


- Confiscado. Quero saber como ele funciona!


- Ele funciona como qualquer isqueiro.


- Não o isqueiro, o círculo.


- Você não vai conseguir.


- Não me subestime!


- Ele não está... Tente. – ela esconde o anel antes que ele o notasse –


- Desculpe, eu não queria te machucar.


- Que nada, só um queimadinho.


- Porque você não me fala mais?


- Outro dia. Nossa, como isso está ardendo! – ela chacoalha a mão –


- Difícil você, em!! – ele segura o rosto dela e lhe dá um beijo –


- Muito!!


Assim que chegaram a casa Roy cuidou do queimado, não era nada grave, mas passou uma pomada para parar de arder.


- Agora eu vou desvendar o segredo...


- Não vai. Mas se quer perder tempo.


- Eu sou do mal, querida!


- Vai lá Bad boy! – ela sorri –


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Estavam caminhando para voltar para casa quando foram parados.


- É ele! O cara que me bateu!


Um policial civil entrou na frente dos dois.


- Por favor senhor, será que poderia me acompanhar...


- Algum problema? – Rick rolou os olhos –


- Esse senhor disse que o senhor quebrou o nariz dele.


- E ele falou que estava assediando a moça?


- Bem não, mas então vamos a delegacia.


- Eu não vou a lugar nenhum. E você quer registrar queixa, querida?


- Não.


- Mas senhor...


- O senhor está indo contra a ação de um alquimista federal?


- Al... Alquimista federal?


- É lorota! Esse cara me bateu sem o menor motivo. – Paul estava com um saco de gelo no nariz –


Rick retira o relógio do bolso.


- Tenente-coronel Ricardo Henrique Hawkeye! – ela dá um meio sorriso – Alquimista de mármore!


- Des... Desculpe. Pode ir.


Depois que se afastam, Mabel pergunta.


- Ele pareceu já ter ouvido falar de você.


- Eu já tive os meus bons momentos, fora que a minha família é bem influente, mas e ai? Qual é a daquele cara?


- Eu era loucamente apaixonada por ele e éramos noivos, descobri que ele me traia, mas foi só o começo da história. Ele é o maior 171! Mas não quero mais falar sobre isso!


- Certo. – ele ri – Acho que o idiota vai pensar duas vezes antes de chegar perto de você outra vez.


Ela se aninha no peito dele o abraçando mais forte.


- Ele tentou me agarrar! Isso me lembrou de quando eu fui seqüestrada... Foi por pouco que não abusaram de mim!


Ricardo fica meio zonzo, não esperava ouvir aquilo.


- Shiu!- ele a abraça mais forte e lhe dá um beijo na testa – Já passou! Vamos para casa.


- Eu estou me sentindo suja... As lembranças.


- Esquece isso! – ele sorri – Eu estou aqui!


- Meu príncipe! – ela faz um biquinho – E olha que eu nunca esperei que ele fosse loirinho!


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Roy estava tentando entender as sequências, mas não era fácil, parecia que faltava alguma coisa.


- Eu disse! – ela encostou o queixo no ombro dele –


- Está faltando alguma coisa!


- Continua tentando! – ela morde a orelha dele – Vou ensinar a Alice a fazer uma torta de abacaxi.


- Essa mulher ainda me mata...


Continua...


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E não se esqueçam que os biscoitinhas dominarão o mundo!!