Olhei para aqueles grandes olhos castanhos e falei


-Eu tenho vergonha Johnny, não me troco nem na frente da minha mãe- ele deu uma gargalhada que tomou conta do meu quarto- É verdade!


- Gerard Arthur Way para de frescura cara! –ele fez cara de quem não acreditava no que ouvia- Se troca logo!


-Não enquanto você estiver aqui!


-GERARD!


-Me espera na sala eu já vou...


- Mas... Ta você venceu- ele se virou e seguiu para a porta, mas der repente parou – Sorte sua que eu estou de bom humor–ele fez uma cara que me arrepioutodo e saiu de meu quarto.


‘’Porque ele me afetava desta maneira? Por quê?’’Pensava enquanto colocava a roupa que Johnny havia escolhido.


Quando desci Johnny estava me esperando na porta da frente com cara de poucos amigos


-Que demora! Até minha mãe se troca mais rápido!


-Não exagera!


Johnny riu


-Como já disse até estou de bom-humor. Não vou insistir! O que vamos fazer hoje?


Sorri docemente para Johnny e de voz dengosa e expressão infantil implorei


-Johnny...


-Ho não... -murmurou Johnny fazendo-me rir


-Ho não o que?-perguntei


-Eu conheço esta voz... É voz de parque! E não Gee, eu não quero ir!


-Vai lá Johnny ... –continuei a implorar cutucando-lhe o braço a medida que íamos caminhando


Johnny virou-se bruscamente para mim


- Não! As crianças ficam a olhar de forma estranha para ti, não te incomoda? – perguntou sério


- Hm… não! Vamos lá. Por favor! – expressei-me inocente da melhor maneira possível.



- Não faças essa cara… - Johnny pediu, aflito.



- Qual cara? – prossegui.



- Gee!- Johnny suspirou. – Só hoje!


Comecei a pular de felicidade e Johnny riu de minha “empolgação”


-Para de rir seu bobo, nunca ficou feliz?


-Não como você... -ele estava rindo de cabeça baixa para tentar disfarçar


-Eu sei que você ainda ta rindo –parei na frente dele o encarando


-Tá eu parei vamos senão não chegaremos hoje, você já demorou um século pra se vestir...


-Johnny!!


-Que foi é verdade... - ele ria com uma cara de sarcasmo


-seu bobo – encostei os meus braços no seu e em seguida encostei minha cabeça


-Gerard você é um crianção sabia?


-E você um bobão – mostrei a língua para ele que riu


Seguimos para o parque que estava lotado de crianças, todas correndo e brincando, algumas pararam e ficaram a me encarar...


-Eu te falei Gerard, elas ficam a te encarar...


-Ninguém paga as minhas contas...


-Sua mãe paga...


-Tonto!


Eu olhava entusiasmado para os balanços, esperando que alguma criança decidisse sair.



Estava já impacientemente a bater com o pé no chão, de braços cruzados, como uma criança contrariada.



fui-me sentar ao lado do Johnny.



- Este parque já anda muito lotado. Temos de começar a procurar outro!



Esperei que Johnny dissesse algo, logo, olhei para ele. Ele olhava para mim seriamente.



- Que foi? – perguntei meio assustado.



- Nós podíamos andar a passear pela cidade e a única coisa em que consegues pensar é em parques infantis.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.