Brisa e o demônio

Impatiens walleriana


Amanhecia quando deixaram o celeiro.

Para proteger a família, Bruna não retornou para casa.

“Me dê seu celular”

“Já disse, vou ajudar”

“Mas...”

“Bruna, sinto que preciso fazer isso”

Precisavam reunir todos os ingredientes. Caminharam até a cidade vizinha. Seus pés latejaram como se usassem pares de crepins.

“Aquilo de ontem... voltará?”

“Espero que não, vem, precisamos de uma lágrima-do-sol”

“Que?”

No pôr-do-sol tudo estava pronto.

Sentaram-se na grama, observando o céu, comendo um lanche.

“Estranho, tudo aqui parece estranho e familiar” Laura disse.

Bruna suspirou, era o lugar que invocaram o demônio.

“Está com medo?”

“Não, porque você está comigo.” Laura sorriu.