Capítulo 18 - Sequestro 2

[ Narrador ]

Jenna entrou acompanhada de um homem, o mesmo que me abordou Hayley no mercado.

— Você é louca Jenna! Me tira daqui! — Imediatamente Hayley parou de chorar. Jenna a olhou e deu uma risada irônica.

— Eu não vou te tirar daí, sua vaca. Você tirou Josh de mim. A culpa foi sua. Agora você vai pagar, vai pagar por todo o mal que me fez.

— E o que você vai ganhar com isso? Você acha mesmo que o Josh vai voltar pra você quando saber que você me seqüestrou? Você realmente acha? Você virou uma psicótica louca, Jenna!

— Olha... Você tem razão. Se ele souber que eu te seqüestrei, ele não vai ficar comigo. E é por isso, que você vai sumir, Williams. — Ela novamente voltou a rir friamente, como uma bruxa. — E então, eu vou consolá-lo. Bem... Você sabe como.

— Você é louca! Psicótica! Josh jamais ficará com você! — Ela se encheu de ódio.

— Peter, amarre-a. — Ordenou ao rapaz que estava do lado dela enquanto saía pela porta da pequena casa.

O homem, moreno, com um moletom grande e uma touca na cabeça, tentou amarrar um pedaço de pano a boca dela. Mas Hayley mordeu seu dedo. Raivoso, ele deu um soco na cabeça dela, fazendo-a desacordar. Amarrou o pano a sua boca e saiu.

— Amarrou? — Perguntou Jenna, fria.

— Claro que sim. — Ela novamente abriu seu maior sorriso. Mas o rapaz continuou triste.

— Sabe Jen... — ele começou. — Aquilo que você disse pra ela... Você só me quer pra separar ela do Farro? Sei lá. Você disse que ía pedir o resgate e fugir comigo.

— Pet... — Jenna chegou e abraçou Peter pela cintura. — Você sabe que eu só disse aquilo pra ela ficar com raiva. Sabe que eu quero você... É o seguinte, a gente pede o resgate e foge pro Havai ok? Eu te prometi isso. — Ao soltar tamanha lorota, ela o beijou.

Peter sempre fora apaixonado por Jenna. Desde as épocas em que eles saíam pras noitadas.

Noitadas, eu digo, é quando saiam toda a turma de Peter e Jenna, e iam pra algum show. Logo depois, saíam de lá e bebiam, se drogavam, faziam sexo.

Mas Jenna não o amava. Apenas o usava. E essa não era a primeira vez. Peter tinha 6 passagens pela polícia. 4 por lesão corporal, uma por tráfico de drogas e outra por perturbar a ordem pública. E essa ele assumiu por Jenna.

Enquanto isso, Hayley já havia acordado com muita dor de cabeça e dor na barriga.

(Flash Back fica em itálico)

— Pai, você tem que pegar mais leve com o Josh. — Joey fez bico. Não gostava de Josh.

— Olha, até o namorado de Erica você já aceitou! Porque não Josh pai? Olha, eu o amo. O amo mais do que eu mesma. Por favor, seja bom com ele, por mim?

— Eu te amo minha filha, mas... Esse cara não é bom o bastante pra você. — Hayley desistiu. Seria muito difícil que Joey e Josh tornassem amigos. Chegaram a mercearia, um fã a abordou enquanto seu pai comprava refrigerantes.

— Hayley Williams?

— Sim, sou eu. — Sorriu simpaticamente.

— Cara, eu sou muito seu fã! Mesmo morando aqui eu nunca te vi andando. Caraca, me dá um autógrafo?

— Oh ok. Você tem caneta?

— Ah... Tenho sim. — O rapaz se virou pra mochila e invés de tirar a caneta, tirou uma arma. Rapidamente deu uma gravata em Hayley e a colocou na mira de sua arma. Quando menos esperou, Joey tentou tirar a arma dele, ele se virou e deu uma coronhada na cabeça dele, fazendo-o desacordar. Voltou a colocar a arma na mira da cabeça de Hayley e entrou no carro, onde Jenna já o esperava. Logo depois, a desacordou com uma gase com álcool. O carro de Jenna seguiu pra chácara abandonada do senhor Hale, que morreu uns anos antes. A casa era usada como um refúgio para Jenna e sua turma.

Enquanto isso, na delegacia...

Joey estava prestando depoimento em uma sala. Tudo indicava seqüestro.

— E aí, como foi? — Perguntou Josh ao ver Joey saindo da sala.

— Foi normal. Contei como era o cara, como tentei bater nele, como era o carro...

— E como era o cara?

— Ele era moreno, tinha um cavanhaque, cabelos pretos numa touca azul, um moletom grande. E ah, tinha uma tatuagem do símbolo da estrela de cinco pontas vermelha.

Josh arregalou os olhos.

— Você disse, uma estrela de cinco pontas?

— Sim, aquelas que dizem que são demoníacas.

— Em que lugar do corpo dele?

— Na mão. Quando ele apontou a arma ficou bem clara. Tinha essa estrela no pulso dele.

Foi quando veio uma lembrança como um raio na memória de Josh. Lembrou-se da escola, onde tinha um garoto mal encarado que tinha tatuado aquela marca no pulso.

— Eu conheci um garoto... Com a mesma marca no colégio. Não me lembro o nome dele...

— Será que é o mesmo?

— Não sei. Sei que o garoto foi expulso da escola, quando foi pego com droga. Aí ele foi pra polícia.

— Vamos falar isso pra polícia.

— Sim, vamos.

(...)

— Senhor Farro, o senhor disse que esse rapaz veio até a polícia? — Perguntou a investigadora.

— Sim. Eu não sei se ele foi fichado...

— Sabe o nome dele?

— Ah, eu sei... Mas não me lembro... Ah! Já sei o que fazer!

— O quê?

— Encontrei minha ex-professora de inglês outro dia, a filha dela curte Paramore. Vou ligar pra ela. — Josh pegou seu celular e discou o número da Senhora.

— Olá Josh! O que houve com Hayley? Acabei de ver no noticiário.

— Já está passando no noticiário? Oh Deus! Enfim, eu preciso saber o nome daquele aluno, que foi pego com drogas na escola, a senhora se lembra?

— Sim, se chama Peterson Brown.

— Ah, Peter! Obrigado Senhora. Até mais. — Ele desligou rapidamente o telefone e disse o nome do rapaz para a investigadora.

Eles levaram o nome pra lá e rapidamente veio a ficha do rapaz. Com mais 5 delitos do que Josh pensara.

A polícia saiu imediatamente para a casa de Peter. Josh e Joey voltaram pra casa. Afinal, eles ainda não sabiam de nada.