Bots Mystery

Capítulo 3


Na rua que fica a frente do apartamento da Sam e da Cat, as duas ficam aflitas com as marcas estranhas e profundas que estão no chão.

Sam: Nossa! Quem fez isso? Um urso?

Cat: Talvez tenha sido o Pé Grande.

Sam: Nem me fale em Pé Grande. Tive uma experiência desagradável com isso há três anos.

Cat: Eu estou ficando com medo.

Sam: Relaxa, eu estou aqui. Não vou deixar que nada ruim acontecer.

Sam também estava com medo, mas não queria demonstrar. Ela se sentia como uma escudeira da Cat, não iria deixar que nada de ruim a atinja, ou ao menos tentaria. Sam abraça Cat, para confortá-la.

Cat: Achei que odiasse abraços.

Sam: Na verdade, eu gosto.

Cat já não estava mais com tanto receio, devido à presença de Sam. As duas desfazem o abraço e voltam pra casa.

Voltando a parte do Jerismar, o mesmo estava assistindo o Filme Dragon Ball Z – O Retorno de Koola, juntamente de seu amigo André.

André: Cara, você gosta muito desses desenhos.

Jerismar: Não dedico a minha vida só pro Vasco. E isso se chama Anime.

André: Tudo bem cara.

Jerismar: Apesar desse Koola ser irmão do Freeza, o filme não tem ligação nenhuma com a cronologia oficial. Mas gostei da trama, o Koola sobreviveu a explosão do filme anterior, agora ele se juntou a uma forma de vida cibernética chamada Big Gete Star, e quer dominar o universo com robôs.

André: É fantasioso demais, isso nunca acontece na vida real.

Jerismar: Imagine se acontecesse.

O filme termina e os dois mudam de assunto.

André: E aí, topa participar da peça?

Jerismar: Sim, apesar de não estudar na Hollywood Arts. Mas se vocês precisam de um bom ator, aqui estou.

André: Você fará o anão Zangado.

Jerismar: Tudo bem. É verdade que essa peça terá tons sombrios?

André: Isso é com a Jade. Mas se depender dela, é bem capaz de vermos uma versão macabra da Branca de Neve.

– É isso mesmo! – os dois levam um susto e caem do sofá. Eles veem a figura a sua frente, era Jade que estava sorrindo de uma forma sarcástica.

André: Jade, você apareceu de repente!

Jade: Nunca deixe a porta aberta.

Jerismar: Mas não precisava dar esse susto na gente!

Jade: Eu só vim aqui pra ver se o André te convenceu a participar da minha peça. E parece que não teve tanto trabalho.

Jerismar: Sim, eu quero participar disso. Quem sabe tenha algum um reconhecimento.

André percebe que Jade segurava algo na mão e consegue ver o que era.

André: Ingresso pro show do Henry Doheny. Não sabia que gostava disso.

Jade: Na verdade, eu sempre achei curioso o fato dele ter se reerguido na carreira com o truque que ele fez há alguns anos. Desconfio que haja algo maligno por trás disso.

Eles ficam em silêncio por um tempo. Mal podiam desconfiar que Jade pudesse ter certa razão em relação a isso.

Jerismar: Eu também vou ver o Doheny. Depois disso, sigo para a luta do meu amigo Goomer.

André: O Beck vai com você? – ele pergunta a Jade.

Jade: Sim. Por falar nele, está me esperando lá fora.

Jerismar: Vamos falar com ele.

Mudando de cena, Dice e Opee já estavam na casa das Puckett/ Valentine. Dice e Sam estavam conversando.

–Sam: E você viu as marcas que estão na rua?

Dice faz uma expressão séria.

Dice: Sim. Eu fiquei chocado. E o Opee latiu muito ao ver isso.

Sam: Deu pra escutar. Mas você tem alguma ideia sobre quem possa ter feito isso?

Dice: Não e nem quero imaginar.

Passasse um tempo, Sam e Dice continuavam conversando. Cat estava brincando com Opee, mas estava prestando atenção na conversa dos seus amigos.

Cat: Porque não esquecemos isso e vamos todos para o Bots.

Sam: Boa ideia. Eu realmente preciso de Hambúrguer, Batata Frita e Refrigerante.

Dice: Vocês não cuidaram de ninguém, Hoje?

Cat: Não.

Sam: Foi até bom esse dia de folga. Um estresse a menos.

Cat: No Bots, esquecemos todos esses problemas. Vou ligar para a Nona, pra ver se ela quer ir com a gente.

Sam: Dice, que horas são?

Dice: 17:30. Por quê?

Sam: Vou fazer uma refeição extra.

Dice: Só você mesmo.

Sam dá de ombros e vai até a geladeira para pegar Bacon, e fazer sanduíche.

Cat havia terminado de falar com Nona pelo celular.

Dice: E aí, A Nona vai?

Cat: Não. Ela disse que está tendo um festival de karaokê no Elderly Acres. Não quer sair de lá de jeito nenhum. Eu vou tomar um banho.

Cat se retira. Ela entra no quarto e escuta um barulho vindo de fora. Ela abre a janela e não vê nada, o canto de fora estava deserto, mas mesmo assim a ruiva fica assustada.

Enquanto isso, Tommy estava sentado lendo uma revista de pesca, quando de repente:

– DOHENY! – Tommy leva um susto, era seu tio que havia chegado.

Tommy: Ah, é você tio.

Doheny: Me desculpe. Também queria me desculpar pelo que aconteceu hoje de manhã.

Tommy: Tudo bem, tio. Eu também não ia gostar se mexessem nos meus objetos particulares.

Doheny: Hoje eu fui ao Bots, já está tudo pronto para a grande apresentação de Sábado. Já pratiquei vários truques e pretendo mostrá-los.

Tommy faz uma expressão séria, ele queria saber a verdadeira razão para que seu tio realizasse tal evento.

Tommy: Tio, eu sei que esse show é só fachada. Poderia me dizer o motivo de tudo isso? Tem alguma coisa a ver com esse restaurante, não tem?

Doheny fica sem palavras. Ele nunca imaginou que seu sobrinho estava tão curioso a ponto de fazer tantas perguntas. Justamente perguntas que ele não queria responder.

Doheny: Na hora certa você vai saber.

Tommy:...

Doheny: A maioria das pessoas não está pronta para ouvir algumas verdades. Isso as perturbaria.

Tommy: Se é isso que o senhor diz.

Doheny: Você bem que poderia dar uma volta. Fica tocado em casa. Porque não aproveita e vá paquerar. Há muitas gatinhas disponíveis.

Tommy fica vermelho quando seu tio diz isso.

Tommy: Eu sou meio sem jeito. Nunca tive uma namorada. Acho que vou ser solitário que nem o senhor.

Doheny: Nem sempre fui solitário. Eu amei muito uma mulher e era correspondido. Mas as circunstâncias da vida não permitiram que ficássemos juntos.

Tommy: Por quê?

Doheny: A História é longa. Você não vai querer ouvir.

Tommy resolve seguir os conselhos de seu tio. Ele realmente precisava de novos ares.