Born to Die

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*Narrado por Gabriela Hopper

Eu não sabia como havíamos chegado, mas estávamos no Alto do Morro. O silêncio reinara durante todo o trajeto, nada precisava ser dito para explicar a dor que cada um sentia. Suas faces já transmitiam isso, até mesmo as das crianças, que, apesar de entenderem parcialmente, estavam apavoradas. Depois da perda de Sasha e Abraham, não podíamos desistir. Precisávamos continuar a luta deles, as mortes não poderiam ter sido em vão. Eu já estava tão acostumada a tê-los por perto que era difícil de aceitar que nunca mais os veria. As mortes haviam acontecido tão de repente, sem aviso, sem tempo para digerir a informação. Tivemos que ir embora e deixá-los mortos junto com a base. O pior de tudo era que havia grandes chances de perdemos mais pessoas.

Depois de descermos do caminhão, todos seguiram diretamente para o hotel. O grupo se dividiu para locais diferentes. Rick, Michonne e Carl, o único dos garotos que estava acordado, seguiram à procura de Jesus e Gregory, juntamente com Grace, já que sua mãe estava ajudando na enfermaria. Eles explicariam o ocorrido ao líder do Alto do Morro e tentariam discutir as providências que deveriam ser tomadas.

Mika e Tyresse, muito abalados, foram amparados por um grupo de senhoras e encaminhados a um dos vários quartos do hotel. Assim como o restante do grupo, meu filho e eu também nós dirigimos à enfermaria seguindo um grupo de homens que levava os garotos desacordados. Scott e Avery, apesar de desmaiados, pareciam bem. Patrick estava sangrando e sua respiração era irregular. Sarah foi analisá-lo em uma sala enquanto o Doutor Carson observava minha filha.

Já estávamos em um quarto, Ave estava deitada na cama e parecia dormir tranquilamente. Segundo o médico, não havia hematomas, cortes ou arranhões. Ele dissera que minha filha batera a cabeça e havia perdido a consciência, entretanto, acordaria em menos de uma hora. Com isso, acabei me lembrando de outra situação parecida, logo que encontráramos a prisão. Josh havia a empurrado para salvá-la de um errante que se aproximava, e Avery acabara batendo a cabeça e desmaiando. Se dessa vez fosse igual à outra, ela ficaria bem e acordaria logo.

O mesmo não poderia ser dito dos meninos. Scott possuía alguns sangramentos pelo corpo, mas nada preocupante. O pior era o caso de Patrick, já que Sarah continuava na sala e não tínhamos notícias. Porém, logo no início ela pareceu deduzir o problema e, pela sua expressão, parecia ser grave.

Sam estava deitado na cama junto com a irmã, segurando sua mão sem tirar os olhos do rosto dela. Sua cara transmitia o sono que deveria estar sentindo, mas lutava para não adormecer. Apesar de tentar parecer forte, eu sabia que meu filho estava com medo. Ele tinha medo de dormir e rever aquilo que havia acontecido na base. A minha vida e a de todos poderia estar uma montanha-russa com a chegada de Negan, mas mesmo assim eu me permiti sorrir, mesmo que minimamente, para a cena que presenciava: Sam cuidado de sua irmã mais velha. Era linda a preocupação que ambos possuíam um com o outro.

Eu estava sentada em uma cadeira ao lado deles, sem fazer nada além de observar o teto do quarto. Era impossível não enxergar as semelhanças entre o Hotel Dallas e o do Alto do Morro. A fachada também era parecida, contudo, no momento da nossa chegada, estávamos tão apressados que eu acabei não prestando atenção.

– Mãe – Sam chamou e eu me voltei para ele. – Pode dormir, eu tomo conta dela.

– Eu não estou com sono, e não vou conseguir dormir tão cedo.

– Ela vai ficar bem? – meu filho pensava que Avery estava dormindo, mas, ao mesmo tempo, sabia que não era só isso, devido à preocupação que isso gerara.

– Sim, sua irmã só está descansando um pouco.

– Por que ela dormiu de repente?

– Ave machucou a cabeça. Sabe quando eu peço pra você ter cuidado quando brinca de correr? É que, se você bater a cabeça, vai acontecer isso – Sam assentiu, parecendo entender a minha explicação.

– Será que o ouvido dela também tá doendo?

– Por quê? – não entendi o motivo da pergunta, e ele me olhou como se fosse óbvio.

– Por causa daqueles barulhos, eles eram muito altos! Meu ouvido ficou doendo um pouco. O que era aquilo, mamãe? E agora que estamos aqui, se o papai voltar e não encontrar todo mundo lá na nossa casa? Depois que a Ave melhorar a gente vai voltar pra lá? – todas aquelas perguntas me deixaram um pouco tonta.

– Filho, nós não podemos voltar. Aqui deve ser a nossa casa agora, você vai ter que se acostumar com isso.

– Tem a ver com aqueles caras do lado de fora do portão? O que eles fizeram? – Sam sabia mais do que eu esperava, e era difícil de explicar para ele.

– Você é muito novo. Um dia vai entender melhor, mas hoje você só precisa saber que não tem como voltar.

Sam não gostou do que eu disse, ele detestava ser tratado como uma criança, mas não tinha como falar a verdade. No momento certo ele entenderia, e isso estava um pouco longe de acontecer. Ele era grande o suficiente para entender muito mais do que eu gostaria sobre a situação em que nos encontrávamos, mas ingênuo o suficiente para não compreendê-la por completo.

– Mas e o papai?

– Você não disse que ele sempre consegue voltar? – o garoto sorriu com a minha resposta, talvez pela mudança de opinião. Antes eu tentava convencê-lo de que Daryl havia ido embora e nunca mais retornaria. Eu não queria dar muitas esperanças ao meu filho, porém eu não precisava continuar negando. Se tudo desse certo, quando a guerra acabasse, nós estaríamos juntos de novo.

Acabei me perdendo nesses pensamentos e, quando voltei a prestar atenção em meu filho, notei que Sam já havia perdido sua batalha contra o sono, e dormia profundamente. Fiquei por algum tempo observando meus filhos juntos. Estava tão concentrada admirando aquela cena que me assustei ao notar que Avery abrira os olhos de súbito. Ela olhou para Sam, depois para mim, e então ficou observando a lâmpada acesa acima de sua cabeça.

– Onde estamos? – Avery questionou com a voz um pouco fraca.

– No Alto do Morro – respondi ainda sem me mover.

– O que aconteceu?

– As granadas destruíram a base, e levaram dois de nós.

– Espera, Carl, Patrick e Scott estão bem? – ela praticamente gritou a pergunta. Lancei-lhe um olhar repreendedor e depois fitei Sam, e a garota pareceu entender a mensagem.

– Você deve estar cansada. Tome um banho primeiro, depois eu te explico tudo – Ave ficou um pouco relutante. – Eu prometo.

*Narrado por Sarah Grimes

Eu estava no quarto da enfermaria com o Doutor Carson. Desde o início eu já suspeitava que aquilo tivesse acontecido com Patrick, mas, por não querer estar certa, tentava conferir de todas as maneiras possíveis. Já havia atendido pacientes com casos parecidos, mas dessa vez era diferente. Carson possuía cabelos negros, o rosto reto, olhos escuros e era alto. Ele, assim como eu, era médico desde antes do apocalipse, e continuava com a profissão no Alto do Morro.

Patrick ainda não acordara, e isso nos preocupava muito. Limpamos e estancamos todos os ferimentos, para tentar estabilizar, mas havia uma ferida interna irreparável. Uma das costelas flutuantes havia se quebrado e perfurado o pulmão esquerdo. Isso estava causando hemotórax e pneumotórax, o que era um péssimo sinal.

– Não há muito que fazer – ele disse depois de suspirar. Eu não fazia ideia de quanto tempo havia se passado desde que chegáramos ao Alto do Morro. – Agora só temos que esperar ele acordar para decidir o que fazer.

– Pode deixar que eu cuido disso, conheço o Patrick – falei olhando para o jovem.

– Claro. Se quiser, pode sair, ficar com a sua filha, respirar um pouco, eu te chamo se alguma coisa acontecer.

Dei um fraco sorriso e saí do quarto, indo em direção ao saguão do hotel, eu estava com muita sede e precisava mesmo descansar um pouco. Algumas crianças corriam pelo local, enquanto adultos caminhavam pelo corredor. Eu teria que me habituar a isso, o Alto do Morro seria meu novo lar.

Suspirei e passei a mão pelos cabelos, tentando organizar meus pensamentos desordenados. Havia uma garrafa cheia de água sobre o balcão, e eu derramei o líquido sobre um copo ao lado e me sentei em um sofá. Minha cabeça parecia rodar, havia tantas coisas para pensar que eu nem sabia por onde começar. Tudo acontecera tão rápido que eu não tivera tempo para absorver as mortes e, logo em seguida, veio Patrick.

Olhei para o chão e fechei os olhos por alguns instantes. Eu nem sabia como havia chegado ao saguão, tudo que eu estava fazendo parecia ser maquinal. A guerra atraía todas as minhas atenções, parte de mim queria refletir sobre o que já havia acontecido, enquanto outra parte voltava os pensamentos para o futuro. O que viria a seguir ainda estava às escuras, era como se estivéssemos nos atirando em um abismo, e de costas.

Outra coisa que me afligia era o futuro de Patrick, que parecia não existir mais. Não tinha sido necessário avaliar muito o garoto para entender o que havia ocorrido, sua respiração denunciava. Apenas uma olhada no local fraturado fora precisa para confirmar tudo. Após a explosão, o choque de Patrick contra o chão resultara em uma costela quebrada, e esta havia comprometido um órgão vital. A perfuração do pulmão estava fazendo com que as pleuras se enchessem de ar e sangue, e era impossível reverter esse quadro. Não podíamos fazer quase nada, havia apenas duas opções: morte por colapso ou morte por “eutanásia”.

Olhei para o lado e vi Eugene, vindo em minha direção desesperadamente. Ele atravessou o corredor como um tornado e demorou algum tempo para recuperar o fôlego. Enquanto isso, apenas aguardei que ele começasse a falar, já pensando se seria outra notícia ruim para a minha lista.

–Sarah... – Eugene fez uma nova pausa, seu olhar era de preocupação, o que acabou me contagiando. – Você viu a Rosita?

– Não. Ela veio para cá, mas deve ter saído. Por quê?

– Não a vi desde que chegamos aqui! Eu estou a procurando há quase uma hora! Ela estava péssima durante a viagem, não pode ficar sozinha.

– Não faço ideia de onde Rosita possa estar. Tyreese e Mika foram levados para seus quartos, devem ter feito o mesmo com ela.

– Sabe onde ficam esses quartos?

– No segundo andar.

– Você pode me ajudar a procurá-la? – eu não entendia muito bem porque Eugene estava tão desesperado, mas acabei concordando, já que ele necessitava daquilo.

Começamos a subir as escadas e chegamos ao segundo andar. Eugene passou pelo corredor rapidamente, tentando abrir diversas portas pelo caminho. Eu continuei calma, passando lentamente pelo local. Ao parar em uma porta, pude ouvir alguém chorando do lado de dentro, e deduzi que poderia ser o quarto onde Rosita estava.

– Acho que a encontrei – falei e ele correu até o local onde eu estava. Todo aquele desespero estava me assustando.

– Graças a Deus! Ela estava muito mal quando saiu do caminhão, parece que estava piorando... – Eugene se interrompeu e eu fiquei esperando que ele prosseguisse, porém isso não ocorreu.

– O que estava piorando? – indaguei preocupada. Antes do ataque de Negan, Rosita estava muito bem. Eugene ficou apreensivo, e eu continuei o encarando para tentar forçá-lo a falar.

– Tudo bem. Quando Rosita estava entrando no caminhão, ela escorregou um pouco, mas ninguém prestou muita atenção. Durante o tiroteio... Bem, ela levou um tiro no braço, mas preferiu ocultar isso – isso explicava o desespero de Eugene. A morte de Abraham no momento em que ela entrara no caminhão havia ofuscado aquilo, eu nem mesmo parara para prestar atenção naquilo.

– Eugene, por que vocês não disseram nada? – eles realmente precisavam ter me contado aquilo, não tive como não ficar um pouco nervosa. Aquele tiro que ela recebera poderia ser muito prejudicial tanto para Rosita quanto para o bebê. Estávamos em um momento muito delicado, e esse tipo de contratempo não deveria existir.

– Eu só percebi quando chegamos aqui... Ela deve ter pensado que o caso dos garotos era mais grave e não quis atrapalhar, pode ser isso.

– Discutir não vai adiantar nada, precisamos ajudá-la – finalizei aquele assunto e Eugene abriu a porta do quarto.

O cômodo estava completamente bagunçado, como se um bêbedo tivesse passado por lá. Alguns objetos, que deveriam estar sobre a mesa, se encontravam jogados no chão, onde também havia manchas de sangue. Seguimos as marcas até o banheiro, cujo piso de azulejos brancos era tingido pelo vermelho do sangue. Meu coração disparou ao ver Rosita no chão, apoiada na parede.

Ela lutava para respirar, suava bastante e pareceu não notar a nossa presença. Ela soluçava e chorava muito, o que contribuía para obstruir a respiração. Dessa vez, o ferimento no braço direito era claro, havia uma perfuração coberta de sangue, e deduzi que a bala ainda deveria estar lá. Porém, todo aquele sangue não poderia ser originado apenas daquilo, havia algo a mais ali.

– O que está acontecendo? – perguntei me aproximando sem saber exatamente como reagir.

– O bebê vai nascer! – Rosita respondeu com dificuldade.

*Narrado por Avery Hopper

Depois de tomar banho, troquei minhas roupas por outras mais leves e limpas, que eu não sabia onde minha mãe tinha arrumado. O banho pareceu me renovar, como se as dores no corpo tivessem escorrido junto com a água. Quando saí do banheiro, ela estava ajeitando Sam na cama, tirando seus sapatos e colocando um cobertor nele.

– Então, como eles estão? – perguntei temerosa.

– Carl e Scott estão bem – minha mãe respondeu e fez uma pausa. Quando chegáramos à prisão, eu havia questionado Hershel sobre o estado das pessoas que vieram comigo, e ele me informara apenas sobre minha mãe e Scott. Eu temia que a omissão do nome de Patrick indicasse que ele tivera o mesmo fim que Josh. – Patrick não está bem, é melhor você ir vê-lo. Ele está no primeiro andar.

Confirmei com a cabeça e saí do quarto desesperadamente, sem dizer mais nada. Corri pelo largo corredor do hotel à procura de Patrick, sem ter me dado ao trabalho de perguntar à minha mãe onde ele estava. Cheguei ao primeiro andar e dei de cara com uma porta dupla, que dava acesso a uma sala clara e espaçosa, que deveria ser a enfermaria.

Eu não me lembrava de nada depois da explosão, mas temia que o mau estado de meu amigo estivesse relacionado com a granada. Fiquei dividida entre não pensar naquilo e pensar que tudo ficaria bem. Depois de entrar pela porta, fui mais devagar, com medo de receber uma notícia ruim. O local possuía alguns equipamentos médicos, cadeiras de rodas, muletas e macas, porém estava vazio. Atravessei o espaço com o coração acelerado, tentando me preparar para o que poderia ouvir.

Parei de frente para algumas portas, que levavam aos quartos. Através de uma delas pude notar que a luz estava acesa, então me aproximei a bati de leve contra a madeira. Um homem alto e moreno saiu de lá com uma expressão séria.

– O Patrick está aí? – perguntei com um nó na garganta.

– Sim. Eu sou o Doutor Carson. Você é a Avery? – apenas balancei a cabeça afirmativamente. – Ele queria falar com você, Carl, Scott ou Mika, se possível.

Dizendo aquilo, Carson arredou para o lado e me deixou entrar no quarto sozinha. As paredes eram completamente brancas, e a claridade do local trazia um aspecto quase sobrenatural. No centro havia uma maca, onde Patrick estava deitado. Ele sorriu ao me ver, apesar de parecer bastante fraco. Ele respirava com dificuldade, como se aquilo doesse, e estava sem camisa, o que deixava à mostra alguns curativos nos braços.

– Você está bem? – ma aproximei e o abracei cautelosamente, já que ele parecia frágil.

– Sim – Patrick respondeu com pouca convicção, provavelmente estava dizendo aquilo para não me alarmar.

– Então por que toda essa movimentação? Minha mãe disse que você não estava bem, e o médico estava com cara de preocupado. O que está acontecendo?

– Eu não queria te falar assim desse jeito, pra não te assustar... A verdade é que eu estou morrendo – por alguns segundos fiquei em estado de choque, apenas olhando para o rosto dele. As lágrimas começaram a encher meus olhos e minha visão ficou borrada, porém permaneci firme.

– Você foi mordido? – minha voz saiu fraca e chorosa, quase inaudível.

– Não, é mais complicado que isso – Patrick se levantou um pouco na cama, e eu segurei sua mão para ajudá-lo a se sentar. Ele ficou parado com uma careta de dor, que parecia vir do tórax, já que havia uma bandagem ao redor da parte inferior de seu peito. – Eu estou com hemotórax e pneumotórax. Isso significa que o meu pulmão está perfurado, então o sangue e o ar estão vazando e isso vai me matar.

– O que estamos fazendo aqui? Por que o médico não está fazendo nada? Deviam estar te ajudando! Você não vai morrer, vamos dar um jeito! Precisamos fazer alguma coisa! – exclamei agitada e um pouco indignada. Eles não podiam estar deixando que Patrick morresse.

– Ave, está tudo bem – ele segurou minha mão e eu parei. Era estranho vê-lo tão calmo enquanto eu estava inquieta, sendo que não era eu quem estava morrendo. O fato de ele já estar aceitando me irritou um pouco, porque eu mesma não estava conseguindo acreditar. – O Doutor Carson já conversou comigo, não tem como me ajudar. Eu posso esperar para morrer de forma dolorosa ou aliviar esse sofrimento.

– Tem que ter outro jeito...

– Não, só tem essas duas opções. Na verdade, foi a escolha mais fácil que já fiz na vida. Eu quero morrer agora. Uma garota me ensinou que algumas vezes não tem volta, e o melhor que podemos fazer é aceitar. Vai ser mais fácil para todos.

– Pat, eu não posso te perder de novo... – pressionei meus lábios para tentar segurar o choro, porém as lágrimas já estavam transbordando dos meus olhos.

– Eu gostaria de ter uma resposta clara para isso, mas não sei, por isso vou dizer o que todos dizem. Eu vou embora, mas continuarei vivo nas suas lembranças, isso é o que importa. Às vezes as memórias são melhores que a realidade.

– Eu te amo – disse com dificuldade, secando o rosto com as mãos apenas para que as lágrimas o molhassem novamente.

– Eu também te amo, por isso quero que você seja feliz. A sua felicidade está muito perto, mas você precisa aproveitar enquanto pode, porque ela pode escapar. Estamos passando por tempos difíceis, e a vida está cada vez mais curta. Você sabe de quem eu estou falando, não deixe que ele escape.