Meus parabéns, Agnes, o único homem que estava a fim de você agora está te ignorando e quando você o chama é como se tivesse tentado matá-lo. Obrigada, Anung.

– Certo - eu invadi o treino de Roadblock, eu estava cansada de treinar com as meninas - Você vai me treinar - falei, os homens olharam Roadblock e riram na minha direção.

– Agnes, acho que você errou seu local de treino.

– Não, eu não errei, Roadblock. - ele se levantou e veio até mim, ele é enorme então para olhá-lo tenho de ficar com a cabeça tombada para trás - Snake, aparentemente, não liga para mim, então preciso de alguém bom para me treinar, eu estive te observando e você é bom.

– Volte para o treino das meninas, garotinha - um dos homens falou - Aqui é lugar de macho - eu o encarei e andei até ele que trocou risos com os outros a sua volta.

– Com licença, mas eu não estava falando com você.

– Agora você está, gatinha, nosso Roadblock ali não se mete em briga com mocinhas que nem você, então volte para sua área, vai.

– Ta certo.

Eu dei as costas para ele e ouvi "Ela aprendeu a lição dela", me voltei ferozmente para ele e acertei uma cabeçada em seu nariz os outros se afastaram assustados e me encararam.

– Alguém mais acha que não posso treinar aqui?

– Na verdade, eu acho - um homem surgiu ele colocou as mãos na cintura, eu ia para cima dele quando alguém me levantou por um dos braços, eu fiquei pendurada como uma boneca, olhei quem me segurava, Roadblock.

– Esse aí é meu chefe, você não vai bater nele - Roadblock falou - Desculpe, senhor, eu já vou controlar essa fera.

Ele me levou para fora da área de treino, me largou no chão como se eu fosse uma boneca de pano. Eu o encarei.

– Eu aceito te treinar, Agnes - eu sorri - Mas não no meu horário de treino - confirmei - Me encontre aqui as nove, todos já terão ido embora, então não seremos interrompidos.

Eu dei saltinhos e gritos histéricos alegre, pulei sobre o pescoço dele e o enchi de beijos.

– Certo, certo, chega - ele me afastou - Volte par aos seus afazeres de Joe.

Ah, sim. Fui contratada, queriam alguém especialista em mutantes, disseram que muitos seres com poderes estavam se metendo na área do governo a qual não tinham sido chamados, eu tinha por missão identificar esses seres, mas eu não poderia contar aos outros o que eu estava fazendo, caso perguntassem eu teria sido contratada para ajudá-los em campo, nada além disso poderia ser dito. Eu agradecia, eu poderia tentar ser normal com os Joe e só seria chamada para conversar em particular com os superiores.

Quando deu nove horas eu já contava os segundos em que Roadblock levaria para chegar ali, fui surpreendida com a porta da sala de treino se abrindo, ele me chamou para dentro, olhou em volta e nos trancou. Começamos, ele me colocou para fazer abdominais, flexões, uma remeça de socos que ele corrigia, chutes que ele pegava no ar e pedia para eu dobrar o pé, esticar mais o joelho, contrair o abdome e assim por diante. Quando paramos já era meia noite e eu estava suada e rindo.

– Não sei como você pode ficar alegre, eu estou destroçado - ele falou levando a mão até a nuca.

– Eu não me canso de treinar - falei me levantando e indo até ele - Sobre mais cedo quero me desculpar, eu fugi do meu próprio controle.

– Tudo bem - ele sorriu e me abraçou como um irmão mais velho faria, pelo menos, era assim que eu imaginava que irmãos faziam - Você desistiu do Snake?

– Não sei - eu suspirei.

– Eu te via todas as noites treinar depois de vê-lo treinar - eu o olhei - Você é tão boa quanto ele, Agnes, não deveria ficar se preocupando com isso.

– Eu me sinto mal - falei, nos sentamos para comer - Eu já fui abandonada antes - ele me olhou atento - Mas nunca tinha sido ignorada, e a forma como Snake me despreza, me machuca - ele riu - Sei que parece tosco, mas eu me preocupo com ele e ainda assim ele me ignora com todas as forças dele e...

Ouvimos o som de alguém chegando, olhamos procurando por alguém, uma sombra despencou ao chão, corremos até a sombra, eu me assustei e com Road não foi diferente, ele ergueu o corpo no colo e o levou par ao quarto, eu o seguia quase o atropelando. Deitou o corpo na cama, abri seu guarda-roupa e vi os vários uniformes iguais, peguei a caixa igual a da casa da montanha, retirei uma seringa e apliquei.

– Você é louca? - Roadblock urrou.

– Não! - eu falei tão assustada quanto ele - Ele usou isso na montanha, ajuda na recuperação.

Ele me olhou curioso, tirei as duas balas que se alojavam no ombro, as lascas de madeira das pernas, tinha de ser rápido para que não cicatrizasse com nada dentro do corpo. Snake se mexeu.

– Ah, que ótimo, ele ta vivo! - Road se jogou ao chão.

– Claro que está. - falei com o mesmo alivio - Snake, você está me ouvindo? - ele confirmou - Você está bem? - ele confirmou no momento em que abriram a porta do seu quarto.

Eu e Road assumimos posição de sentido, nosso supervisor olhou Snake, chamou a emergência do QG e chamou por mim e Roadblock para uma reunião. Lá estava Ripcord que ao me ver se assustou, Scarlett que não estava menos surpresa e Duke, eu não o via a dias não trocavamos palavras a semanas.

– O que ela faz aqui, senhor? - ele perguntou nos olhando.

– Vocês precisam dela - o supervisor falou - Vocês já devem estar sabendo que mandamos o Snake para uma missão - todos confirmamos - Pensamos que nosso melhor agente seria suficiente para isso, mas estavamos errados - ele desligou a luz e começou a passar imagens da missão, eu sabia o que era aquilo, cheirava a mutante, mas era algo assustador para mim, porque era um mutante que eu não poderia matar. Dentes-de-sabre. Duke me observava e quando eu me encolhi assustada ele fitou mais profundamente - Não estamos falando de humanos normais - o supervisor me olhou, todos seguiram o olhar dele - Não estou certo, Agnes?

Eu me levantei, selecionei as imagens, me apoiei a mesa onde o projetor se encontrava. Era meio vergonhoso estar ali porque eu usava minha roupa de treino, então eu estava suada, cabelo bagunçado, regata folgada e leggin.

– O senhor está certo - falei passando as imagens - Ele com certeza não é um humano normal.

A porta da sala se abriu, Snake entrou seguido por enfermeiros que foram dispensados pelo supervisor, imaginei que aquela entrada foi para aumentar minha tensão.

– Se não é um humano normal, o que é? Um demonio? - Duke me perguntou e eu sabia que ele falava de Anung.

– Não! - falei ofendida - Demônios deixariam marcas para atrás como esse ser deixou, mas estamos falando de um mutante. - falei mostrando as marcas.

– Mutante? - Scarlett perguntou.

– Humanos com seus DNAs alterados por alguma radiação, a maioria deles nasceu com poderes, mas outros foram submetidos a mudanças - eu sacudi a cabeça afastando minhas lembranças - Isso não importa, o que importa é que vocês têm de ficar afastados desse ser.

– Por quê? - Duke perguntou - Acho que se Snake foi ferido nessa missão, precisamos ir atrás dessa coisa, você não acha?

– Duke - ele me encarou, todos encaravam, olhei o supervisor - Senhor, vocês confiaram a mim a identificação de mutantes, não foi? - todos olharam o supervisor, ele confirmou - Esse ser aqui é um mutante e um dos mais perigosos que eu conheço - todos me olharam - Para a segurança dos Joe, eu acho que deveriam ficar longe deles.

– Desculpa, Agnes, não podemos ficar longe - olhei Duke seus olhos cantavam vitória - Feriu um dos nossos, por isso mandarei minha melhor equipe.

Suspirei chateada.

–Se é o que o senhor quer, então, eu vou com eles.

– Isso não - Duke se levantou exaltado - Ela é uma novata, não pode ir a campo, snehor.

– Você tem razão, Duke - eu olhei o supervisor - Mas não temos experiência em campo com mutantes e ela tem mais doq eu teremos em toda a nossa vida, para vocês irem a campo ela terá de ir junto.

Duke reclamou de algo, Ripcord parecia prendido a alguma coisa anterior a discussão de saída da missão, os outros estavam em silêncio.

– De acordo, Duke? - o supervisor perguntou, ele me encarou e confirmou - Ótimo estejam prontos ao amanhecer.

– Ei, ei! Agnes! - acompanhei o grito de Scarlett, ela me parou enquanto saiamos - Somos amigas e acho que você sabe disso - não sabia - Mas você é novata nisso e quero te deixa rum aviso, não nos atrapalhe.

Confirmei.

– Não se preocupe, com sorte nem irão perceber que eu estou com vocês e eu espero que seja assim.

Eu apenas tomei um banho, coloquei uma roupa confortável - a cueca do Wade se encaixa em confortável - e desci para o estacionamento perto do furgão. Ripcord terminava de arrumar algumas armas junto de Duke e Road, Scarlett preparava computadores enquanto Snake arrumava espadas e munição. Todos estavam prontos e dentro do furgão esperando o supervisor passar e permitir nossa partida.

Scarlett dirigiu até próximo da construção onde colocariam em prática a retirada de munição para armas que atiravam balas nucleares. Dentes-de-sabre estava atrás daquilo assim como muita gente mais deveria estar.

– Se você estragar essa missão, eu mesmo vou acabar com você - Duke me ameaçou.

Confirmei o ignorando.

Eles se reuniam para discutir a estratégia de invasão, eu fiquei sentada longe deles não me colocariam em ação o que eu esperava que fosse acontecer mesmo e cruzava meus dedos para que fossemos os únicos ali. Olhei uma das cameras de vigilância, peguei uma espada de Snake que me olhou, desci do furgão e fui até onde um homem planejava começar a atirar na gente, chutei sua arma e o rendi, ele gritava desesperado.

– Ei, galera, acho que vocês foram descobertos - falei abrindo a porta do furgão, ouvi um barulho, eles iam descer - Esperem.

–Qual é, Agnes? - Duke brigou - Você nos quer dentro ou fora.

Mandei que ficasse em silêncio, ele ia sair, eu o empurrei para dentro, os tranquei ali dentro, ouvi os gritos de Scarlett e Ripcord, estavamos sendo observados e o cheiro era inconfundivel.

– Ora ora ora - olhei para quem pousou no teto do furgão e o amassou - O filhotinho do Wolverine.

– Dentes - eu franzi o cenho, eu queria acabar com aquele homem, mas ele sempre foi muito rápido e sua maldita capacidade de rápida recuperação nunca me permitiu acabar com ele.

– Está bem crescidinha, mas ainda fede - ele falou e saltou na minha direção.

– Aqui, aqui eu consigo vê-la - ouvi Ripcord - Mas quem é aquele?

Dentes me acertou um golpe que me fez voar, caí no chão de costas, me levantei e empunhei a espada, ele riu e veio na minha direção eu o acertei algumas vezes, mas foi o suficiente apenas para ele rir de mim e me tacar na direção do furgão.

– Rip? - ele confirmou da janelinha - Snake está por perto?

– Claro, claro. - Snake surgiu ali.

– Na cabeça.

Snake confirmou.

Dentes se aproximou de mim, me levantou pelo cabelo, eu estava preocupada com eles, não conseguiria fazer muita coisa ali. Mas eu também não poderia morrer ali.

Finquei a espada no tronco do homem peludo que riu e em resposta fincou as garras na minha costela, eu cuspi sangue sobre ele.

– Agora! - falei com dor.

O som de tiro, foram três, até Dentes cair desacordado. Eu rolei pelo chão.

– Como ela está? - ouvi um grito de dentro do furgão. Me levantei dolorida, o som de grito - O que é isso?

– Anung? - atendi.

– E ai criança, levou uma bela surra.

– Anung, se você está aqui, por favor - eu não estava bem, ser ferida por outro mutante era uma droga, os machucados demoravam uma eternidade para cicatrizar - Se você está aqui, por favor, pegue o que está lá dentro.

– Pode deixar, mas se cuida.

– Pode deixar.

Desliguei e abri a porta do furgão, mãos cairam na minha direção. Eles se levantaram.

– Agnes, como você está? - Ripcord me olhou, ele estava caído sobre mim - Meu Deus, você tem um rombo na costela - ele falou desesperado.

– Deixa de frescura - eu o joguei para o lado e me levantei, Snake nos olhava, eu respirei fundo e cuspi o sangue - Snake... - ele me jogou uma espada, todos nos olharam assustados, meu celular tocou - Estou ocupada, já te retorno - levei a mão até a costela - É isso que você quer? Lutar contra uma ferida? - ele confirmou.

Respirei e cuspi sangue.

Road e Duke tentavam fazer Snake parar, mas ele não pararia, eu sabia o que ele queria, me atacou o bloquiei, ele me acertou no machucado que cicatrizava, eu o xinguei.

– Por causa de gente como ele - apontei para o corpo de Dentes - que eu preciso de um sensei como você - falei parando um de seus ataques próximos ao meu rosto, ele me acertou novamente, eu me ergui com dor, minha perna começava a ficar mole - Eu preciso ser boa para que ninguém morra, Snake, eu preciso de alguém bom como você para que eu me torne alguém bom - eu falei, pude ouvir um suspiro de choro - Eu preciso... - caí de joelhos.

– Criança! - pude ver Anung empurrar os Joe e vir até amim, eu apaguei com um grito de Scarlett.

Acordei com um curativo na lateral do corpo, o cheiro de enxofre e as paredes brilhantes logo me denunciaram onde eu me encontrava, sentei na cama e me assustei ao ver uma cama no chão com o corpo de Duke, andei um pouco mais e outro colchão guardava o corpo de Ripcord, em outro Scarlett e por fim Roadblock. Saí do quarto e desci para a sala de reunião, Abe estava sentado lá e ao me ver de pé pareceu se assustar, levantou com seu jeitinho engraçado.

– Agnes - confirmei - Você ja está recuperada.

– O que aconteceu com eles? - perguntei me sentando e sendo servida pelo peixinho com uma caneca de café aguado, mais duas torradas.

– Depois que você desmaiou eles foram surpreendidos pela segurança do lugar.

– Anung? - ele confirmou.

– Então Anung os trouxe para cá, junto disso - ele esticou a caixa na minha direção.

– Eu to comendo, cara, não coloque algo tão radioativo perto de mim.

– Des... Desculpe.

– Sem problemas - prendi uma torrada na boca e abri a caixa, tirei uma bala - Leve isso par ao alimentador - ele me olhou assustado - Temos de aplicar isso em algo, não podemos deixar por ai. E o Dentes-de-sabre?

– Fugiu - Anung falou enquanto Abe se retirava e ia até o alimentador - Aquele gato maldito, eu juro que vou te vingar, Agnes.

– Não, Zé, não - eu o fiz se sentar ao meu lado - Eu quero ser capaz de acabar com ele, além de mim apenas o Logan pode fazer isso - ele confirmou - Mas então, obrigada, mais uma vez.

– Estamos ai para isso - ele me abraçou - Mas você terá muita coisa para explicar para eles - confirmei - E o power ranger com quem você estava lutando - Snake - ele está pela casa, acho que ele nos encontra quando todos acordarem.

– Anung, posso usar o telefone? - ele esticou o aparelho para mim.

Liguei para o supervisor e contei para ele o que tinha acontecido e expliquei que quando todos estivessem melhores eu os levaria de volta.

Ripcord foi o primeiro a acordar, ele comeu. Depois Scarlett que ao ver Abe quase surtou, depois Roadblock que ficou comparando seu tamanho com Hellboy, Duke foi o último a acordar e assim que ele se juntou a nós, Snake chegou a sala.

– Agora que estamos todos aqui, quero uma explicação sobre o que foi aquilo na noite passada - Duke falou e encarou Anung que se divertia com o medo deles.

– Anung é um demônio - comecei - Estamos na casa dele e ele nos salvou.

Fiquei em silêncio.

– Não, não, não - Duke falou - O que era aquela coisa com que você lutou? O que é essa coisa de mutante? O que você é? - ele apontou par amim, eu me encolhia com as perguntas. Liz se juntou a nós.

– Certo - suspirei - Aquele de ontem em quem Snake atirou é Dentes-de-sabre, ele é um mutante e digamos que ele é mal, foi ele que te deixou naquele estado - falei olhando Snake que confirmou - E o que é um mutante eu já expliquei para vocês, pessoas com o DNA alterado e podem ter superpoderes - suspirei, os Joe encarava o trio a minha volta.

– E você, o que é você? - Scarlett perguntou - Um humano normal não pode fazer o que você fez e com aquele rombo na costela - ela olhou para o curativo, eu já estava melhor e retirei o curativo para mostrar, ela ficou horrorizada.

– Eu sou como ele - falei.

– Um demonio? - Ripcord olhou Anung.

– Não!

– Mas poderia ser - Anung falou - Você é tão ruim quanto eu sou e você sabe disso - eu ri e o abracei, ele tentava ser acolhedor.

– Eu sou mutante - falei.

– Isso é muito maneiro - olhei Roadblock, não esperava essa reação - E o que você faz com seus poderes?

– Ouch - Anung falou me olhando, eu fiquei desconfortavel - Bem, humanos bonitinhos, vamos voltar para o QG de vocês? Liz, você dirige, querida.

– Pode deixar.

Anung forçou todos a se retirarem, Duke e Snake ficaram mais do que os outros, quando fui me retirar senti uma mão gelada e pegajosa me segurar.

– Você não precisa sentir vergonha do que fez, Agnes - Abe falou - O que realmente importa é o que você busca agora, a nova pessoa que você é, pense nisso.

– Obrigada, peixinho - eu o abracei, ele ficou desconcertado, mas retribuiu o abraço - Agora tenho de ir

– É, é melhor mesmo.

Liz em observava pelo retrovisor.

Os dias se passaram, os Joe se afastaram de mim, eu já esperava que fosse assim.

– Wade? - atendi a um telefonema dele.

– Não, não é o Wade. - eu estava na fila do almoço, eu parei o que resultou em muitas pessoas se batendo - Acho que você já reconheceu minha voz, Agnes.

– Cadê o Wade?

– Ele está bem sem as pernas.

– Quando eu te encontrar eu juro que eu vou arrancar suas pernas! - eu urrei e larguei meu almoço que despencou ao chão - O que você quer?

– Preciso de um serviço seu e essa foia única forma de entrar em contato - eu suspirei - Agora que eu tenho sua atenção vou te contar, você pegará as balas radioativas e irá me entregar dentro de uma semana no morro que canta. Me ouviu, Agnes?

– Sim.

– Certo, faremos uma troca, você me leva as balas eu te enrego o Wade, me parece uma troca bem justa.

– Eu não quero só o Wade, quero ele inteiro.

– Certo, certo...

Ele desligou, fiquei encarando o celular.

Aquele homem, eu vou arrancar as pernas dele.

Eu estava chorando de tão tensa que eu estava, tomei um banho, vesti a cueca do Wade, caminhei até a sala de armas, peguei duas de fogo, uma faca e uma espada, não seria necessário tando, porque quando eu entregasse a bala, Anung daria um jeito de consegui-la de volta depois que eu te contar o que está acontecendo.

Peguei uma mochila, coloquei um pouco de dinheiro e na saída.

– Agnes? - Roadblock - Aonde você vai?

– Preciso salvar um amigo, Road, logo eu volto.

–Sei... Aquele seu amigo demônio vai junto?

– Mais ou menos, agora com a sua licença eu estou saindo.

Peguei ônibus e metrô, mais um ônibus, cheguei de fora do nosso prédio decrépito, entrei, saltei os degraus que faltavam na escada, abri a porta do apartamento do Wade, estava imundo como de costume, encontrei a pizza que ele deixara para trás ainda morna, e no meio da sala com os músculos tremendo encontrei suas pernas, era como nos treinamentos só que para valer, peguei uma a dobrei e coloquei na mochila, peguei a outra e espremi o que me sujou, a coloquei na mochila, eram pernas pesadas, levei um tempo para me estabilizar com o peso, desci saltando os degraus faltantes.

Eu vou te resgatar Wade, não importa o que vai me custar. Eu vou te resgatar e junto a você te devolverei suas pernas.

Eu prometo.