Capítulo 5

Daniele acordou quando um raio de sol que invadira o ambiente se apontou em seu rosto.

Ao se levantar percebeu que havia adormecido na sala, provavelmente depois de Pete ter saído.

A garota se espreguiçou, bocejou e arrumou energias para se levantar.

Logo seu telefone tocou.

- Alô? - A garota falou com uma voz sonolenta.

- Olá Dani...

Ela reconheceu a voz do outro lado da linha. Era Pete.

- Oi Pete, bom dia! O que você quer?

- Nada demais... - Ele fez uma pausa pequena. - Só queria saber se você podia vir aqui...

A garota engoliu em seco. Nunca tinha ido na casa de Pete, ele só tinha ido na dela apenas ontem.

- Tudo bem... Eu vou aí em uma hora, ok? - Dani respondeu, ansiosa.

- Certo... Então até mais.

- Até mais.

Daniele desligou o telefone, e quase teve um ataque cardíaco.

- Meu Deus, o que eu vou vestir?

Foi direto se arrumar então, esquecendo de ir tomar café da manhã.

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Pete estava esperando Dani chegar, enquanto tomava um copo de whisky.

Ele planejava fazer uma surpresa pra ela, e a aguardava ansioso.

Até que a campainha tocou.

Pete abriu e sorriu para Daniele, que estava do outro lado da porta. Ela usava uma blusa de manga longa azul claro, uma saia bege que cobria seus joelhos e tamancos marrom claro.

- Oi Pete... - Ela falou ainda meio tímida. - Por que você queria que eu viesse?

- Você vai ver... - E então ele saiu de dentro de casa e trancou a porta. - Vamos?

Dani assentiu, curiosa para saber aonde Pete a levaria.

Logo eles chegaram numa praça, aonde sentaram debaixo de uma árvore.

Então ele pegou um violão que levara junto consigo, que Dani não reparado antes.

- Você vai tocar pra mim? Dani perguntou curiosa, mordendo os lábios.

- Na verdade eu ia ajudar você a compor alguma música... Ele falou calmamente enquanto afinava algumas cordas. Um passarinho me contou que você tem dificuldades em compor.

- Por acaso o passarinho se chama Evelyn? - Ela riu.

- Sim... Pete sorriu.

Os dois riram.

- Awn, Pete... Não precisa sabe...

- Por favor, eu insisto.

- Tudo bem...

Dani chegou mais perto dele, enquanto ele terminava de afinar.

- Certo... Sobre o que você quer compor? Pete perguntou assim que havia terminado de afinar.

- Ah... Sobre isso, eu já tenho a letra... Só que não acho o ritmo certo.

- Então é mais fácil assim. Ao falar isso, Pete tocou um monte de notas aleatoriamente. Me fala quando você achar um acorde legal.

Enquanto Pete tocava, Dani ia quase ao delírio. Ele estava bem ao seu lado, o dia estava lindo, e ainda estava ouvindo ele tocar para ela.

Até que ele tocou duas notas que chamaram sua atenção.

- Pete. - Ela se virou enquanto ele parou de tocar. - Toque aquelas duas notas de novo.

Ele tocou, e Dani começou a ter uma ideia.

- Me empresta seu violão, por favor?

Pete assentiu e deu pra ela. Dani começou a dedilhar um pouco, achando notas que se encaixassem.

- Se quiser eu tenho uma folha aqui para anotar os acordes... - Pete comentou, feliz por Dani estar progredindo.

- Obrigada! - Ela agradeceu e Pete deixou o caderno e um lápis ao lado da garota, que começou a anotar.

Ela passou umas 2 horas achando as notas certas e as encaixando com as palavras.

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- Ah, chega por hoje... - Dani suspirou cansada, e olhou para Pete, que só a observava. - Você está aí entediado, não é? Desculpa...

- Não... Tudo bem. - Pete riu levemente. - Gosto de assistir você tocar.

- Como assim? Você só parou pra ver hoje...

- Bem, no dia que a gente se conheceu, eu não parava de prestar atenção em você.

Dani corou enquanto dava um sorriso.

- Também gosto de ver você sorrir... - Pete estava seduzindo a garota cada vez mais. E ela adorava aquilo.

- Eu também...

Os dois não controlavam mais suas emoções. Quando Dani voltou a si, estava selando seus lábios com os de Pete.

Foi um beijo leve, carinhoso e viciante. Ela não queria encerrá-lo tão cedo, e Pete também não.

Durante o beijo, a língua dos dois se tocavam e se entrelaçavam numa harmonia.

Até que chegou um momento que os dois se separaram por falta de ar, então ficaram encarando um ao outro.

- Daniele Greene, eu te amo. - Pete falou do jeito mais doce do mundo.

Daniele chorou, e abraçou forte Pete.

- Eu também, Pete Townshend... - Ela sussurrou de leve em seu ouvido.

Ficaram então lá, abraçados, e Pete acariciava sua cabeça.

- Talvez esteja meio cedo para dizer isso, mas gostaria de ser minha namorada?

- Sim! - Ela deu vários beijos sedentos em Pete. - Sim...

E os dois passaram a tarde juntos, felizes.