Blood Desire - The Vampire Diaries

Capítulo 2 - Quando tudo está mal, pode ficar pior


Finalmente cheguei a Londres, depois de uma longa viajem. Estava desesperada por um longo banho, trocar de roupas, e uma cama confortável para dormir. Meu motorista para numa estrada no meio de uma pequena vila. Me pergunto se aquele seria meu destino, mas segundo o que me haviam dito, aquilo não parecia nem um pouco um palácio.

– Senhorita Eleanor, sua viajem termina aqui. Minhas indicações foram dadas para parar aqui. Diz o motorista.

–M-Mas onde fica o palácio? Onde eu estou?

–Lamento, mas não a posso ajudar. Seu pai, quer dizer – Ele corrige embaraçado- o Lord Michael falou para deixar a senhorita aqui. A sua bagagem se encontra na parte de trás da carruagem.

Mas é claro, só podia ser obra dele. O que eu ia fazer agora? Onde iria? Saio da carruagem e bato bruscamente com a porta ao fecha-la. Pego nas minhas bolsas e seguro no meu longo vestido para não se sujar com a lama. Após fazer isto a carruagem arranca em alta velocidade. Grito para mim mesma sem fazer barulho. Não ia chorar, não ia. Eu só estava perdida num vilarejo, a mais de 1000km de casa.

– Me desculpe, mas sabe onde fica o Palácio de Oxford? – Pergunto a uma senhora que passava.

Ela não se deu ao trabalho nem de olhar para mim. Apenas acelerou o passo. Avisto ao longe um pequeno bar. Alguns homens sentados na porta, pareciam bêbedos, e tinham muito mal ar. Mas eu não tinha escolha.

– Desculpem, algum de vocês sabe onde fica o palácio de Oxford?

–Hm, carne nova no pedaço – Diz um velho barbudo rindo-se enquanto observa meu decote.

– O que faz uma virgenzinha por aqui? O pau do príncipe encantado não é tão grande como esperava? – Diz outro rindo-se. Não era tão velho como os outros, tinha um dente de ouro e muito mal aspeto.

Estava com nojo, uma vontade imensa de partir para cima deles e quebrar os seus dentes. Me contenho. Viro costas e começo a andar em busca de alguém que pudesse me ajudar.

Sinto que estava sendo perseguida. Olho discretamente para trás. Era aquele homem com dente de ouro. Oh céus. Acelero o passo, reparo que ele também. Entro em desespero e começo a correr, largo minha bagagem no meio da estrada. Olho para trás, ele também corria, infelizmente mais rápido que eu. Corro até um beco, me encosto à parede e rezo para que o tenha despistado.

–Pode correr boneca, mas não se pode esconder – Ouço a sua voz repugnante. Quase solto um grito mas coloco minha mão na frente da boca. Era o que me faltava. Respiro aceleradamente.

–Não precisa ter medo doçura – Ele aparece na minha frente. Desabotoa o fecho de suas calças – Eu não mordo, só um pouquinho – Diz ele se aproximando, me olhando como se me fosse comida.

– Não se aproxime de mim nojento! – Grito.

Ele me segura contra a parede. Aproxima seu rosto de meu ouvido

–O lobo mau vai comer a chapeuzinho – Sussurra ele e puxa meu decote para baixo. Fico apenas com minhas roupas interiores da parte de cima. Ele me segura com força e desabotoa o resto de meu vestido.

–Por favor! Não – Imploro – Não faz isso comigo!

– Tarde de mais doçura – Ele me joga no chão. Tira completamente suas calças e parte para cima de mim. Apenas senti desespero e medo. Fecho os olhos tremendo, não tinha como me defender.

Quando chegou a hora de ele me estuprar, simplesmente vagou um silêncio pelo ar. Apenas ouvia a minha respiração acelerada. Abro os olhos lentamente, e nada. Ele não estava lá. Puxo o meu vestido para mim e me cobro. Me encosto à parede quando de repente ouço o barulho de algo rolando pelo chão. Grito. Era a sua cabeça. Mais tarde cai o seu corpo no chão.

Não sabia se estava aliviada, ou terrivelmente assustada pelo fato de pensar ser a próxima. Levo os joelhos ao peito e fico encolhida naquele canto.

– Sou o Nathaniel. – Ouço uma voz suave vinda do fundo do beco. Não conseguia ver bem quem era, estava escuro.

Ponho a mão na frente da cara para ver melhor. Nathaniel? Não era o nome do duque que eu iria servir? Ele se aproxima e me estende a mão.

– Não precisa ter medo.

Me cubro com meu vestido o máximo que posso. Aceito sua mão e seguro-a. Ele me puxa para cima e me levantando.

– Como fez aquilo? – Olho para o corpo do desafortunado, estava quase sem sangue, era estranho. Volto a olhar para ele – Você é o Duque Nathaniel Knigth? – Pergunto, a minha face demonstrava medo. - Como soube que eu estava aqui? – Observo-o, tinha um pouco de sangue no seu terno.

– Vou leva-la para o meu palácio – Ele ignora completamente as minhas perguntas.

– Obrigada – Digo quase num suspiro.

Acho que tive sorte, bem… posso sim dizer que sim, tive sorte pensando bem no que poderia ter acontecido. Teria sido estuprada, se o xingasse muito talvez morta. Ele me salvou. Me pergunto como conseguiu matar aquele homem repugnante daquela forma, e saber que eu ali estava.

Entro na sua carruagem. Era enorme, com detalhes em ouro puxada por dois cavalos pretos com pelo brilhante. Entro e um dos homens dele me oferece uma manta. A carruagem arranca e vejo a minha bagagem caída na lama, meus vestidos estavam arruinados.

–Oh meu deus – Exclamo e levo a mão à boca observando meus vestidos estragados, pela janela da carruagem.

– Meu costureiro lhe arruma melhores – Diz o duque sentado no banco da frente, olhando para a estrada. Eu assinto.

Observo-o melhor. Era lindo. Seus cabelos pretos, olhos... Como vou descreve-los? Azuis como uma lagoa. Uma lagoa? Ok eu estava delirando. Me Encosto para trás e me deixo levar pelo sono.


POV Nathaniel



Olho para trás. A Eleanor tinha adormecido, parecia uma bebe dormindo. Rio para mim.



Chegamos ao palácio.


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O motorista para a carruagem na frente, desço e pego na Eleanor ao colo. Não me pesava absolutamente nada.

Caminho com ela no colo pelo enorme salão, a caminho dos quartos. Os empregados me olham, nunca tinham visto eu sendo solidário com qualquer garota. Bem, ela não era qualquer garota. Sorrio discretamente. Chego no quarto que tinha arrumado para ela. Pouso-a na sua cama e observo-a. Como era linda.

Como iria explicar o fato de saber exatamente onde ela estava? Ou de como matei aquele cara? Mas principalmente… como iria resistir ao sabor do seu sangue?