Amy foi abraçada rapidamente pelo seu irmão antes mesmo de poder pensar melhor na reação de Ian.

Oh, céus, ela havia sentido tanto a falta de Daniel.

O garoto parecia até mesmo mais alto, se fosse para considerar a última vez que o havia visto. Seus cabelos dourados estavam mais arrumados, embora mantessem o tradicional “acordei assim”, mas estava mais parecido com o estilo bagunçado-arrumado de Ian e não com o ninho de minhocas que Dan geralmente ostentava e chamava de cabelo. Ela não pode deixar de notar, inclusive, como suas roupas pareciam mais ajeitadinhas, e ela tinha certeza que havia um dedo – ou quem sabe uma mão inteira – de Natalie ali. Dan não saberia se vestir daquele jeito nem se fossem as únicas roupas disponíveis para ele no mundo inteiro.

— Ah, Amy, como eu senti sua falta, irmãzinha! — disse o garoto, animado. — Parece que você foi abduzida por alies que só te devolveram anos depois!

— Eu senti sua falta também, Danny! — Respondeu a ruiva, rindo levemente.

Por mais que a ruiva quisesse gastar um bom tempo com Dan, perguntando sobre como haviam sido aquelas duas semanas em que ela havia se afastado, Amy sabia que aquele não era o melhor momento.

Natalie, com seu vestido vermelho de lã e botas de cano curto que lhe davam a aparência de uma boneca, sorria para eles, mas Amy conseguia ver o nervosismo da garota por trás do sorriso. Ian por sua vez havia recuperado sua expressão tranquila, aquela máscara que Amy já havia visto em seu rosto quando ele quer esconder algo, mas também parecia não conseguir – ou talvez não querer – se aproximar mais da mãe.

Isabel sim, era uma figura e tanto. Sorrindo em um estilo 34 dentes ela caminhou na direção dos irmãos Cahill e parou diante Amy. O vestido branco parecia deslisar sob seu corpo como se fosse água, brilhando conforme a luz. Sua bela pele negra da cor do café com leite tinha um contraste tão perfeito com o vestido que fazia Amy se sentir quase doente com sua pele branca cor de papel. Isabel tinha estilo, classe e parecia irradiar beleza.

— Amélia! — Cantarolou ela, com uma voz tão clara e bela que Amy a comparou com o som de sinos tocando, era uma voz doce e angelical. — Estou tão feliz em conhecê-la! Eu ouvi falar coisa maravilhosas de você.

Amy se retraiu quando a mulher alta a abraçou, seu mundo girou por um milésimo de segundo mas tão logo quanto a mulher abraçou-lhe, ela já havia soltado. Amy viu o olhar de Dan e Ian nela, Ian inclusive havia deixado seu lugar de repouso e se aproximado deles, com as mãos prontas para levantar-se, mas Amy assentiu rapidamente com a cabeça, e respirando fundo puxou um sorriso de algum lugar de sua mente cansada.

— Isabel, certo? É um enorme prazer em conhecê-la — Amy olhou dentro dos olhos âmbar da mulher enquanto falava, tentando transmitir segurança e honestidade em sua fala, embora não houvesse nenhum nem outro em seu coração. — Seus filhos falaram muito bem da senhora, Sra. Kabra, é realmente um imenso prazer!

Isabel riu fino, enquanto olhava para Ian, pelo que Amy percebeu ser a primeira vez desde que eles haviam saído da sala de desembarque.

— É mesmo? — Os olhos âmbar dela faiscaram, fazendo Amy lembrar-se de uma cobra que quando pequena viu, em um zoológico dentro do National Park of Boston. — Ian, querido, é tão bom vê-lo, meu pequeno.

Ian pareceu recuperar sua consciência e disse, sorrindo de lado para a mãe:

— Isabel, estou muito feliz em vê-la — ele lançou um curto olhar para Natalie, que se aproximou. — Não sabia que estaria aqui, achei que estava muito ocupada com os acionistas em Londres.

— Ah, coisa boba — Isabel fez gestos com as mãos, dizendo claramente para eles ignorarem aquele fato. — Existem coisas muito mais importantes do que um bando de acionistas irritados, como, por exemplo, os herdeiros de Grace Cahill.

A mulher deixava Amy confusa, ela falava sem parar e tocava nela a cada cinco segundos, Amy estava tendo que se esforçar muito para não perder o foco com tudo aquilo.

Resumindo, Isabel achou que sua atitude de mandar somente seus filhos para lá havia sido de extrema má-educação, e quanto antes se livrou de seu trabalho, logo pegou seu jato particular para Boston, tendo ficado imensamente triste ao encontrar somente Natalie e Dan lá, mas agora que os mais velhos haviam voltado, ela era só alegria.

Amy não deixou de notar o fato de Natalie não ter mais aberto sua boca, a garota tão falante e contente parecia extremamente calada. Quando a morena captou o olhar da ruiva em si, ela apenas sorriu pequeno e piscou um olho.

— ... Eu estou ficando em um dos quartos de seu hotel, Amélia, que é extremamente bem cuidado, deixe-me dizer, a decoração é impecável.

— Que bom que lhe agrada, Sra. Kabra.

— Chame-me de Isabel, querida. — Isabel andava ao lado da ruiva enquanto os outros vinham mais atrás, a mulher estava dando 100% da sua atenção a Amy, fato que a ruiva não deixou de notar. Aquela altura já estavam saindo do aeroporto, onde um carro grande e preto com um motorista na porta de traseira parecia esperar por alguém exatamente na porta de saída. — Sra. Kabra faz-me parecer tão velha, e eu certamente não sou, não é mesmo?

— Absolutamente, S... Isabel. — Amy tentava ser educada, mas estava sendo cada vez mais complicado com sua cabeça rodando e rodando. Ela observou os outros carros esperando e encontrou o carro que Ian usava ali, provavelmente Isabel o veio dirigindo.

— Sim, certamente não. Nós deveríamos fazer compras juntas, você não acha? — Isabel colocou um dedo sobre seus delicados lábios vermelhos, suas unhas muito bem pintadas de scarlet brilhavam como tudo naquela mulher. — Que tal esta tarde? Ou já tem algo em mente para o resto do dia?

Amy ficou inclinada a recusar, mas sabia que seria muito rude de sua parte.

— Esta tarde parece-me ótimo.

— Perfeito! Nos encontramos na recepção, o que achas? — Isabel caminhou confiante até o motorista do carro preto, este que, ao vê-la, abriu rapidamente a porta para ela.

— Ahn... Certo.

— Será tão bom conhecê-la melhor, Amélia. — Isabel mandou beijinhos enquanto entrava dentro do carro. Amy observou que todos os outros estavam parados ali ainda, observando. — Até mais ver.

E o motorista fechou a porta e se dirigiu à frente do carro, em menos de um segundo, o carro já estava na disparando rumo a saída do aeroporto.

Dan percebeu que a irmã tremia então andou até ela, segurando seu cotovelo suavemente para não assustá-la.

— Você está bem? — Ele perguntou, gentil. Amy conseguiu ver Ian e Natalie se aproximando também, o nervosismo havia deixado suas faces agora que Isabel não estava mais ali, mas ainda assim pareciam angustiados.

— A-a-alguém pode me explica o q-q-que foi isto.

Bleeding Out

Amy estava vestida em seu melhor vestido cor de rosa enquanto aguardava Isabel no saguão do hotel. A garota mantinha um semblante tranquilo enquanto sua mente fervilhava ao pensar que tinha que se esforçar ao máximo para fazer Isabel gostar dela.

Amy sabia que Isabel era uma mulher poderosa, e, no mundo dos negócios, alianças são o que os mantem em pé. A garota só não sabia como iria fazer aquilo.

Mais cedo no aeroporto acompanhar o pensamento apressado de Isabel já lhe causara problemas, agora quando estivessem só as duas aquilo seria imensamente pior.

E tudo isso e ela ainda estava exausta, não havia conseguido dormir no curto intervalo de tempo que havia lhe sido concedido entre a viagem e o “passeio” com Isabel. Ela havia pedido para Natalie ir junto, mas a morena, pela primeira vez na vida, Amy apostava, havia recusado um convite para ir as compras.

Ma cherie, sinto muitíssimo por deixá-la esperando, negócios nunca terminam nos dias atuais — Isabel, agora vestida com uma calça reta preta de cetim e uma blusa de renda branca, vinha em sua direção. O paleto preto com detalhes brancos estava jogado cuidadosamente por cima de seus ombros e a bolsa Channel vinha em sua mão. — Ah, mas você deve saber, considerando que gerencia esta maravilha desde os... Onze? Doze?

Amy sorriu enquanto jogava uma de suas mechas cacheadas feitas com o babyliss de Natalie.

— Sou a herdeira-chefe desde os meus dez anos, para ser exata. — Amy falou, utilizando o mesmo tom de simpatia da mulher a sua frente. — Mas não sou eu que gerencio. Janet, minha assessora, faz isto muito bem para mim desde aquela época.

— Oh, muito bem, creio que você e Janet merecem os parabéns. — Isabel deu uma leve olhada envolta do grande saguão moderno do prédio. — É simplesmente maravilhosa, princesa-herdeira.

— Como disse? — Amy repetiu, levemente em choque com as palavras da mulher, enquanto andava alguns passos em direção a saida, pois Isabel já havia começado a se mexer na direção dela.

— Ah, princesa-herdeira. — Isabel riu, parando ao lado da porta enquanto um dos copeiros a abria. — Sabe como é, você herdou o reino mas é muito nova para governá-lo, ainda.

Amy assentiu com a cabeça, enquanto seguia Isabel até o carro. Ela nunca havia pensado naquilo tudo daquela maneira, tão feudal. Era certo que seus pais e avó haviam feito um império, mas ela nunca julgou que seria a imperatriz dele. Não até os Kabra aparecerem.

Elas entraram no mesmo carro que Isabel entrou pela manhã. Era ainda mais luxuoso e aconchegante por dentro, com bancos de couro macios e um grande espaço entre os bancos da frente e de trás.

— Então, pronta para uma incrível aventura, cherie?

Bleeding Out

— O que você acha deste, lady Isabel? — perguntou Moniah, uma das três atendentes que as estavam ajudando. Isabel havia as levado para um lugar chamado Cina, uma atelie particular de uma antiga amiga sua de faculdade. Amy havia ficado nervosa só de entrar lá.

Não que ela não tivesse sempre o que ela quisesse, ela nunca teve que se preocupar com dinheiro ou algo do gênero, mas sua família sempre foi muito simples, eles gostavam de utilizar seu dinheiro em causas sociais não em bolsas e sapatos. Quando seus pais morreram, não foi diferente. Amy nunca havia gastado horas em um shopping ou vestido algo desenhado para ela ou único. Ela nem comprava suas próprias roupas, Janet fazia isso por ela.

— Muita seda. — Isabel disse, recusando o vestido perfeito com uma leve olhada por cima. Elas estavam sentadas em um grande sofá branco, enquanto as atendentes traziam peças atrás de peças para elas. Isabel havia ficado extremamente brava ao descobrir que Cinaleir, sua antiga amiga e dona do lugar, não estava ali para atendê-las, mas as atendentes explicaram que Cinaleir estava em Paris, para negócios. O ambiente era incrível, todo branco e prata, com paredes inteiras feitas apenas de vidro e milhares de tecidos e araras cheias das mais diversas e maravilhosas roupas. Todas únicas, todas desenhadas e feitas especificamente para impressionar. O sol se escondia atrás das montanhas naquela hora do dia, e Isabel parecia muito feliz e empolgada por estar ali conversando com Amy. Se não fosse pela maneira como ela tratava as atendentes, Amy juraria que ela era a mulher mais simpática e educada que Amy conhecera. — Mas então, como eu estava falando, é uma pena tão grande tudo que aconteceu com você, petit. Se Hope estivesse aqui ela poderia te ensinar tudo que você precisa saber para dominar no mundo dos negócios.

Amy abriu um leve sorriso, ela não se mais tão nervosa com Isabel mas também não confortável.

— Tenho certeza que sim. — Ela parou de pensar naquilo antes mesmo que pudesse considerar. Não era dia para má lembranças ou ataques. Ela tinha que fazer Isabel adorá-la. E estava indo bem naquilo, segundo ela.

— Você gosta, miss Cahill? — Juliet, outra das atendentes, mostrou-lhe uma saia longa, de linho preto.

— Eu não sei... — Amy olhou para Isabel, quase inconscientemente, esperando sua aprovação ou negação.

— É magnifica! Coloque junto com as outras roupas que a senhorita Amélia vai provar — Isabel ordenou, enquanto voltava a segurar as mãos da ruiva. — Eu sei que você poderia fazer tão mais do que já faz se ao menos tivesse uma rainha-mãe do seu lado, minha querida.

Amy soltou suas mãos delicadamente das mãos de Isabel. Eram frias e finas. Aquele toque lhe deixava desconfortável, ou talvez fosse o fato de ser um toque, enfim, ela não saberia dizer.

— Ainda com os exemplos monarcas, não é mesmo?

Isabel riu.

— Mas é claro, não somos, nós duas, da nobreza? — Isabel jogou seus cabelos para trás enquanto pegava seu copo de limonada siciliana. Tudo que ela fazia era magistral. — Ambas temos impérios em nossos nomes, é apenas uma questão de tempo até que você assuma o seu.

Com o seu filho. Não era a primeira vez que Amy notava como Isabel parecia tratar daquilo tudo como se os seus filhos em nada estivessem relacionados com aquilo tudo.

— Sim, mas... — Amy ponderou levemente, mas decidiu falar. — O meu será compartilhado em quatro.

Isabel não perdeu o sorriso.

— Ah, você verá, vai ser só você organizando e eles ao redor. — Ela jogou a cabeça para trás em uma risada. — Daniel, eu o conheço pouco, mas não imagino que ele queira fazer parte das decisões da empresa, portando que tenha alguma coisa divertida para fazer. Natalie... Bem, Natalie é minha filha, eu sei que ela com um cartão de crédito sem limites é o suficiente para deixá-la bem longe dos negócios. E Ian, bem, Ian não será um problema, não? Vocês parecem se dar tão bem.

Amy corou com aquelas palavras, escondendo o rosto em seu cabelo ruivo.

— Eu não ente...

— O que achas deste vestido? É uma novidade da Madamme Cinaleir. — Gina, a última atendente, apareceu, com um incrível vestido vermelho.

— Oh meu deus — Amy se levantou do sofá, ignorando Isabel e sua sugestão constrangedora. — Isto é maravilhoso!

O vestido tinha era complexo, com diversas camadas e sobre camadas, ele tinha uma manga só e o caimento era bem soltinho, fazendo Amy imaginar o quão lindo ele ficaria em um giro. Ele era uma peça só em decote coração no topo, mas a saia era rodada e cheia de camadas, dando-lhe um visual misturado com uma princesa e uma estrela pop.

— Ela tem bom gosto! — Isabel elogiou, enquanto caminhava para perto das outras duas mulheres.

— Devo separá-lo? — Gina perguntou.

— Já iremos levar. — Isabel assegurou. — Mas coloque no provador, tenho certeza que Amélia está ansiosa para prová-lo.

Amy riu, enquanto sorria para a atendente e a via sair.

— Acho que já fizemos o bastante por aqui. Vá experimentar, tudo que gostar, levaremos, por minha conta — Amy abriu a boca para dizer que não era preciso. — E não quero conversa, você tem hospedado meus filhos em sua casa faz tanto tempo, não custara nada para mim, acredite.

Amy riu, deixando Isabel pegar suas mãos e apertá-las levemente, como a mulher já havia feito antes.

— Agora vá e só me saia de lá quando estiver vestindo aquele vestido!

Bleeding Out

O vestido era ainda mais bonito do que Amy havia imaginado. Ele caia em seu corpo com uma perfeição que chegava a ser assustadora. Nunca antes uma roupa havia lhe servido tão bem.

A garota estava animada. Isabel havia sido tão carinhosa com ela durante aquele dia, ela havia pego um carinho. Era como uma mãe, uma mãe que Amy nunca teve. Cuidando dela, esperando tudo de melhor para ela, sonhando com o que Amy poderia fazer... Amélia se sentia tão confortável na presença de Isabel que chegou ao ponto de se xingar por ter ficado com nervosa com a presença da mulher anteriormente.

Ela saiu do provador confiante, era apenas um lance de escada até a grande sala privada onde elas estavam vendo as roupas. As atendentes sorriam para ela enquanto ela caminha em direção a grande escada de vidro.

— Ficou maravilhoso em você, senhorita. — Moniah elogiou, enquanto Gina concordou com a cabeça freneticamente.

— Muito obrigada. — Amy assentiu, sorridente. — Tenho certeza que é a peça.

— Ah, é a modelo nela também. — Juliet completou, enquanto estendia a mão para ajudar Amy nos primeiros degraus. — Sua mãe irá amar!

Amy parou instantaneamente. Isabel não era sua mãe. Hope era sua mãe. Ela amava sua mãe. A garota ficou confusa por aquele segundo, se perguntando o que estava acontecendo, Isabel não era sua mãe.

Mas por mais de uma vez a mulher agiu como se fosse. Ajudando-a, criticando leve seu gosto quando não lhe agradava, rindo com ela e agindo como se fossem assim. Mãe e filha.

Isabel havia dito que Amy poderia fazer coisas incríveis com uma “rainha-mãe” ao seu lado. Quem sabe esta não poderia ser Isabel?

Sorrindo confiante Amy subiu os degraus devagar, ela gostava da ideia. Gostava de ter alguém cuidando dela, depois de tudo.

A porta estava entreaberta mas Amy não conseguia ver Isabel no sofá, onde estava quando deixou a sala. Foi apenas para ter certeza que tudo estava no lugar que ela parou invés de entrar direto.

— ... ah, sim, Kai, ela acredita em tudo que eu falo! — Ouviu a voz da mulher, que provavelmente falava com alguém no telefone. — Não demorará muito para eu ter aquela fedelha nas mãos assim como eu tive a vaca da mãe dela antes.

Amy se afastou da porta o máximo que o degrau que estava lhe permitia. As mãos foram para o rosto imediatamente.

— Você lembra, certo? — Uma risada cruel foi-se ouvida. — Hope Cahill... Ah, Hope, tola Hope, nos seus anos de juventude era tão rebelde... A velha Grace quase enlouqueceu quando viu sua filinha andando comigo, felizmente para a velha, Hope era esperta e tola demais, embora só tenha passado o segundo para a filha. Quando se apaixonou por aquele pobretão do Arthur só queria saber dele. Voltou implorando para as asas da mamãe. — Houve uma pausa para a risada de Isabel. — Ah sim, bem, o tempo deu-se um jeito e agora todos se encontram embaixo da terra. Oh, e a netinha de Grace está sem proteção nenhuma e carente demais de atenção para não cair como uma anta no meu jogo. Acredito que em breve ela me pedira para ajudar nos negócios... E dai é tchau-tchau para a família Cahill.

Amy não conseguiu. Ela queria entrar lá e xingar Isabel, mas tudo que ela fez foi virar-se, descer as escadas, pegar suas coisas no provador e andar até a porta da loja.

— Mandem a conta deste vestido para o hotel, Janet irá pagá-lo. — Disse para as atendestes, com um tom seco e quebradiço, que prontamente fizeram suas anotações. — Não digam que eu fui embora.

Ela não conseguia acreditar naquilo. Não conseguia acreditar em si mesma. Ela queria matar Isabel. Queria fazê-la pagar pelo que falou de seus pais. Mas ela já sentia as lágrimas caindo por seus olhos, então a única coisa que ela pensou em fazer foi sair logo dali.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.