Black Hell

Holy Shit, what's happening with me?


Acordei no dia seguinte, quer dizer, horas depois e quando percebi, eu estava pelada! Olhei para o lado esquerdo e vi um cara lindo e também pelado. Droga, eu transei de novo com um desconhecido, puta que pariu. Parabéns Alexia Jones! E agora, o que você vai dizer para o seu pai? Eu não posso de forma alguma dizer o que eu suponho que aconteceu, muito menos tendo o Gerard que não sai lá de casa, parece que grudou lá, credo!

Voltando a minha realidade agora, eu tinha que pensar em uma forma para sair dali. Eu não podia ficar na “City of Sin” por tanto tempo, afinal, que horas são? Fui procurando minhas roupas e as pondo assim que as achava, até que achei o meu short, ele estava no abajur, como foi parar lá? Caralho, a noite foi boa hein. Peguei meu celular e o coloquei na cômoda, rapidamente vesti o meu short e acendi o visor do celular. Já eram 11h34min, puta que o pariu. Apressei-me para acordar aquele ser que estava na cama. Logo ele acordou e estava mais perdido do que eu. Eu reconhecia aquele rosto, só não sabia de onde. Aquele rostinho lindo não me era nada estranho.

–Oi? –disse o ser.

–Oi, seu nome é...

–Max, Max Green.

–Puta que pariu!

–Que foi?-

Eu supostamente transei com você?

–Sim e foi bom, quanto eu te devo?

–Quê?

–Vai fazer que nem a da semana passada e não cobrar?

–Tá achando que eu sou prostituta?

–Mas não é?

–Não né, cacete.

–Então é uma fã que está se fingindo de burra?

–Não, porra.

–Então você é o que mulher?

–Eu? Apenas um ser que veio pra cá e se embebedou, assistiu a um show que teve aqui e depois fui provavelmente arrastada por você para cá.

–Certo. Então você não é fã?

–Porra moleque! Você é lerdo pra porra. Claro que não, só acho Escape The Fate legal. É proibido?

–Não! De forma alguma. Bom, se não vai cobrar nada, ótimo pra mim. Você foi ótima ontem, querida. Agora, eu vou me vestir e sair desse lugar, beijos. -Então ele começou a se vestir.-

–Hm, tá né.

–A propósito, nem perguntei. Qual é o seu nome, telefone, endereço, bairro?-

Nossa, quer mais nada não?

–Se quiser me dar...

–Af, isso é sério?

–Claro, quero manter contato com quem eu transei ao menos né. E você não parece ser uma pessoa ruim, apenas mais uma revoltada de Newark.-

Quê? Eu? Revoltada? Claro que não! Eu sou normal.

–Então, seu nome...

–Alexia Jones.

–Telefone?

–555-7665

–Ótimo, agora endereço, por favor.

–Ah, eu me mudei pra cá tem pouco tempo, não sei o nome. Só sei como chegar lá.

–Era de onde?

–Los Angeles.

–Nossa, saiu de Los Angeles pra vir pra esse fim de mundo vazio? Sério isso?

–Ah, é que eu vivia com a minha mãe e então, ela perdeu a minha guarda para o meu pai e eu tive que vir pra cá.

–Morava perto de onde lá?

–Ah, era meio afastado da cidade, sabe?

–Onde tem as mansões?

–Sim.

–Então você saiu de uma mansão para vir pra uma casa comum ou apartamento?

–Casa.

–Sortuda você, nunca me passe a sua sorte, por favor. -ele riu da própria piada sem graça. Quando viu que eu não achei engraçado, parou.

–Hm, tá. Estou indo embora, tchau. –fui girar a maçaneta, então ele disse.

–Espera

!-Que foi agora?

–Que horas são?

–É quase meio dia, eu acho.

–Eu não acho o meu celular, provavelmente devo ter deixado com o Craig de novo. Enfim, dá pra você olhar no seu, por favor? E agradeça a mim que estou te pedindo com, por favor, eu não tenho costume disso.

–Que seja. Espera. –olhei no visor- São exatamente 11h56min. Feliz? Se não está, ótimo. Tchau.

–Ei!

–Que foi agora porra?

–Quer almoçar comigo? Ou tomar café da manhã?

–Não, desculpa. Tenho um pai muito chato que, espera.

–Quê?

–Bom, ele não está em casa. Ele foi pra algum lugar com uma tal de Cindy. Hm, então tá. Eu vou com você. -Ele sorriu de canto e disse.

–Tudo bem então. Vem!

Ele pegou na minha mão e me levou até um lugar onde alugava carros de todos os tipos, porque ele veio de ônibus de turnê, então ele não podia ficar me arrastando por aí com um gigante daquele. Ele alugou um carro e saímos de lá. Entramos e ele me levou para uma lanchonete no centro da cidade. A tal lanchonete se chamava “Open Bar”, clássico para uma lanchonete, sim ou claro? O lugar era bem de época, sabe? O interior da lanchonete/bar era todo clássico dos anos da brilhantina (anos 50/60). O lugar era simplesmente lindo, ainda mais para mim que gosto dessa época, trágico eu não ter nascido durante esses anos, seria tão legal. Mas, voltando à minha realidade... Max se sentou numa daquelas poltronas vermelhas, assim como eu fiz. Então ele começou a tentar puxar conversa.

–Então, você curte o que?

–Como assim?

–Música.

–Rock.

–Especifique.

–Hm, ah, não sei. De tudo um pouco, sabe? De Beatles até o mais pesado de todos, e essas coisas, entendeu?

–Aham, eu digo o mesmo.–ele sorriu de canto.

–Legal né. Enfim..

.-Enfim...

–Então...

–Então, quantos anos você tem?

–17 e você?

–Ah, tenho 24.

–Hm, legal pra você.

–Bem mal-humorada você, credo menina.

–Eu só estou preocupada e de ressaca, por favor.

–E eu com larica.

–Nossa, que legal.

–Irônica de novo, por favor, diga que eu não terei de aguentar essa ironia enquanto estivermos juntos, é chato. Na boa, relaxa, respira. Tá tudo dando certo, não tem com o que se estressar. Você mesmo disse que o seu pai controlador não tá em casa, então porque tanta ironia, garota?

– Eu só não estou querendo nada com você, não deu pra perceber?

–Eu também não, o que eu queria de você, tu já me deu. Pra ser sincero, eu só estou tentando ser gentil porque tá bem mais que na cara que você não é uma pessoa ruim ou pervertida, ou daquele tipinho escroto que só me quer porque eu estou numa banda. Então eu estou em uma tentativa inútil de tentar lhe fazer pelo menos por cinco minutos e nem isso você consegue pensar em dar ao menos um sorrisinho? Porra cara.

–Véi, eu só tô tipo, super esgotada, sério. Analise a minha situação: Eu estou com Gerard Way, do My Chemical Romance; Andy Biersack me pediu em namoro; e eu transei com você. Eu não estou com cabeça pra isso, desculpa.

–Porra, tu é safada, credo. –risos-

–Ah, por favor, como se você nunca tenha feito isso ~cof cof~.

–Eu já fiz isso de monte, mas não te estar namorando sério com nenhuma, eu só pegava três ou quatro ao mesmo tempo, é diferente. –risos-

–Tá né, se você diz.

Os dois passaram o dia inteiro juntos andando por aí, ambos sem rumo. Ela sabia onde estava, já ele, estava completamente perdido. Os dois então resolveram comprar um sorvete e então sentar em um daqueles banquinhos de madeira que há em praças públicas. Os dois tomaram o sorvete e depois Max resolveu levar Alexia em sua casa. Chegando lá, seu pai ainda não havia chegado e nem Gerard estava em casa, ela não ligou muito pra isso, apenas foi para o seu quarto e adormeceu, com o sentimento de culpa.