Em Volterra tudo estava normal. Uma nova humana havia sido colocada no lugar de Heidi e logo teriam um banquete. Sentados em seus lugares comuns, os três Volturi, Aro, Marcus e Caius conversavam a respeito de algo, mas foram interrompidos quando Jane, Alec, Felix e Demetri entraram na sala, acompanhados de um vampiro desconhecido. Aro logo percebeu ser um nômade. Ele virou-se para encarrar o jovem vampiro que se ajoelhou perante eles.

“Eu trouxe noticias.” O vampiro falou ofegante. Provavelmente Jane já havia brincado um pouco com ele. “Sobre um humano imortal...”

Aro que até então parecia desinteressado, olhou-o com ansiedade. Era como uma criança que acabara de descobrir que havia ganhado um presente.

“Deixe-me ver.” Aro pediu.

Felix e Demetri, cada um de um lado, levaram o vampiro até Aro, onde o soltaram. O vampiro, que ainda parecia com medo de ser atingido outra vez pelo dom de Jane, levantou-se e estendeu a mão para Aro que as agarrou e ficou silencioso por um tempo. Após ver tudo o que queria, Aro sorriu e saiu de perto do vampiro, fazendo um sinal com a cabeça para sua guarda de que poderiam matar o vampiro.

“Parece, meus irmãos, que...” Aro disse calmamente enquanto sua guarda acabava rapidamente com o vampiro. “os Cullen estão novamente com algo que nos pertence.”

“O que você quer dizer, irmão?” Marcus perguntou.

“Eles estão com uma Humana Evoluida.”

“Nós matamos todos... Como isso é possível?” Perguntou Caius.

“Vejam só...” Aro pareceu pensativo. “Quem foi a primeira que matamos naquela noite do acampamento que tentava fugir de nós?”

“Uma mulher, meu senhor.” Alec respondeu enquanto observava o fogo consumir o jovem vampiro nômade. “Ela estava com o marido voltando para o acampamento.”

“Eu me lembro de ter vasculhado a mente toda dela... Não havia nada.” Aro respondeu. “Mas na mente do homem... Havia vestígios estranhos, cenas incompletas e sem sentido.”

“Ele tinha o dom de alterar mentes. Eu me lembro bem.” Marcus respondeu. “Um dom e tanto.”

“Mas é claro!” Aro virou-se para os irmãos com um sorriso enorme. “Onde esta Rosabella?”

“Pensei que tivesse a matado, irmão.”

“Eu apenas guardei-a para ocasiões especiais.”

“E como isso foi possível?”

“Parece que ela tinha o mesmo dom que a humana que nosso nômade viu tinha...”

“Ela não se torna vampira?”

“Ela não envelhesse.” Aro respondeu calmamente. “Mas não se lembra que nenhum deles virava vampiro? Foi por isso que matamos todos.”

“Jane e Alec!” Aro ordenou. “Vá até o andar mais baixo e me tragam Rosabella Oliphant.”

Jane e Alec se retiraram rapidamente e os outros dois vampiros permaneceram, esperando ordens.

“Os humanos serão servidos em dois minutos.” Aro disse. “Vão, porque precisarei de vocês em breve.”

Após alguns minutos os irmãos Volturi voltaram com uma mulher de aparência jovem, mas cansada, que se debatia e tentava gritar, impedida pela mão e Jane. Eles a soltaram de modo que ela caiu no chão.

“Me mate!” Ela gritou. “Eu imploro que me mate.”

Aro se abaixou para ficar da altura da mulher e acariciou o rosto macio dela.

“Ainda não, minha querida Rosabella.” Aro sorriu. “Nós temos um trabalho pra você.”

“Eu não vou trabalhar pra vocês!” Ela gritou. “Nunca! Nunca! Então me mate logo porque sou inútil.”

‘Eu lhe disse que você vai. Isto é uma ordem.” Ele se levantou e virou-se para Jane com um sorriso imenso. “Querida Jane, fique a vontade.”

Jane deu um sorriso e enquanto Aro voltava a se sentar, ela botou toda sua força em torturar a mulher. O rosto da mulher se tornou vermelho e ela chorava e gritava ao mesmo tempo que se contorcia de dor.

“Pare! Pare!” Rosabella gritou. “Eu imploro que pare.”

Jane não queria parar, mas ao olhar para Aro percebeu que era hora de parar.

“Diga o que quer dizer, Rosabelle.” Aro pediu.

“Eu pedi para que meu marido apagasse minhas memórias sobre alguém.” Ela disse ofegante.

“E quem é esse alguém?”

“Eu não lembro.”

“Jane...”

A dor tomou conta novamente de Rosabella e as imagens de toda a sua vida passavam rapidamente por sua mente. A dor piorou e com ela os gritos. Finalmente Aro fez um sinal para que parasse.

“EU NÃO VOU TE CONTAR NADA! EU NÃO...” Rosabella criou forças para gritar aquela frase, mas antes que a repetisse Aro tomou sua mão.

Finalmente Aro conseguia ver tudo o que lhe fora escondido. Como nunca havia pensado em usar aquele método antes?

“Ah!” Ele disse com um sorriso enorme soltando a mão da mulher. “Os Cullen estão com algo que pertence a nossa querida Rosabella.”

“NÃO! MINHA FILHA NÃO!”

“Você ira com eles, Rosabella” Aro disse-lhe. “E vai trazer sua filha para nós.”

“EU NÃO POSSO! EU NÃO POSSO!” Rosabelle chorava como nunca chorara antes.

“Você não pode, mas você vai.” Aro falou em tom ameaçador. “Caso o contrario...”