— Não importa o que elas pensam. – A essa altura o menor estava o mais vermelho que conseguia, enquanto Tadashi o olhava começando a ficar ruborizado – Eu quero você... só pra mim... Dashi...


Assim que finalmente tomou coragem para encarar o mais velho, Hiro pôde ver que ele estava com um sorriso idiota no rosto e se aproximava. Chamá-lo de “Dashi” só fez com que o coração de Tadashi se acelerasse absurdamente com o antigo apelido que Hiro usava quando eram crianças.


— Então eu serei só seu, Cabeção. – Respondeu Tadashi envolvendo o rosto vermelho de Hiro, dando-lhe um selinho – Pode deixar de ficar com ciúmes.


— Se você parar de deixar os outros beijarem você, talvez eu pare. – Murmurou em resposta, fazendo um biquinho de birra.


Depois daquela confissão o maior decidiu que não poderia mais ficar à base de selinhos. Abraçou Hiro pela cintura puxando-o para si, antes de se inclinar para voltar a beijá-lo. O menor apenas fechou os olhos esperando o contato.


— Abra um pouco a boca, Hiro.


Assim que o mais novo obedeceu, Tadashi o beijou. Sorriu com a forma desengonçada do irmão no começo, mas estava tão feliz que não importava mais nada. Tadashi sentou na cama trazendo o menor para seu colo. Ali, com a pouca iluminação vinda da rua e do andar de baixo, os dois sorriram ao ver o quão envergonhados estavam. Os corações acelerados, o riso sem graça, tudo ajudava a selar um novo passo na relação dos dois.


Foi Tadashi. o aluno que aparentemente havia morrido três anos atrás em um incêndio, o irmão que voltou dos mortos e o homem que amava. Todos os três estavam na frente dele, seu mundo jogado de sua órbita. Ele sentiu suas emoções brotarem na garganta enquanto seus joelhos tremiam, agarrando o batente da porta para se sustentar.


"Eu vim porque preciso falar com você, Hiro," Tadashi falou suavemente, observando o jovem gênio se sentar em sua cama, olhando para o nada. Ele se sentou ao lado dela, observando e esperando enquanto ela se sentava imóvel, ficando nervosa quando eles não disseram nada ao outro. Eles ficaram ali pelo que pareciam anos, Spice respirando silenciosamente enquanto Tadashi observava. Estendendo a mão, ele gentilmente tocou alguns dos lábios macios do seu irmão mais novo e de repente parou:


"Me desculpe, eu ... eu não pude evitar." Ele olhou para baixo, corando espanando as bochechas enquanto esfregava a parte de trás do pescoço.

— eu amo você Dashi disse Hiro deixando seu irmão mais velho com vergonha.
— Eu amo você, Hiro. Sempre fui seu e sempre serei. – O mais velho encostou o nariz no do menor que sorria, mostrando a falha nos dentes que o maior tanto amava – O que devo fazer com você, Cabeção ciumento?


— Também amo você, Nerd.


— Olha como eu estou. – Tadashi riu pegando a mão do irmão e colocando em seu peito, indicando o quão acelerado seu coração estava.


— Daqui a pouco o Baymax vai acordar dizendo que teremos um infarto. – Respondeu Hiro, rindo da mesma forma.


Voltaram a beijar-se, dessa vez com um pouco mais de intensidade. Quando finalmente se separaram, apenas alguns segundos para se olharem antes que Tadashi segurasse a cintura de Hiro por dentro da camisa, sentindo a pele que tanto havia desejado nos últimos dias. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, Hiro tirou a camisa conseguindo ficar mais envergonhado do que já estava, tentando cobrir-se com os braços que antes estavam apoiados nos ombros do maior.


— Não, não fique com vergonha. – Interveio Tadashi, tirando as mãos que envolviam o corpo do irmão mais novo antes de começar a dar pequenos beijos, que iam do pescoço até o tórax do menor.
Tadashi puxou Hiro para mais perto com um braço apoiado em sua cintura enquanto o outro apoiava as costas. Logo os beijos passaram a chupões que deixariam marcas, embora nenhum dos dois se importasse com aquilo no momento. Hiro segurava-se com as mãos nos ombros de Tadashi, passando os dedos por entre os cabelos macios do irmão, beijando-o quando este se aproximava lentamente dos seus lábios.
Hiro agarrou a camisa do maior tentando tirá-la, fazendo com que Tadashi sorrisse e deixasse que ele a puxasse. Quando finalmente estavam os dois sem suas camisas, o maior sentou-se um pouco mais para trás da cama trazendo Hiro consigo, deitou-o deixando embaixo de si. Voltou a dar leves chupões no corpo do irmão, dessa vez não se contentando apenas em ir até o tórax, foi descendo pela barriga fazendo Hiro se arrepiar.
O mais velho notou um volume formando-se na bermuda do menor e a abriu, puxando junto com ela a cueca de Hiro, deixando-o completamente nu. Hiro tentava não ficar tão corado, ou pelo menos disfarçar que estava absurdamente envergonhado. A cada vez que Hiro virava o rosto enquanto Tadashi abria-lhe as pernas e beijava seu baixo ventre, mais o maior sentia-se excitado com a visão. Antes que o menor percebesse o que estava acontecendo, Tadashi envolveu seu membro com a boca, fazendo-o sentar de supetão.
— Ta-dashi... não...
— Me chame de Dashi, Hiro. – Respondeu o maior parando a ação que fazia, colocando um dedo nos lábios de Hiro.
— D-Dashi... – Disse Hiro por fim, quase como um sussurro manhoso que fez todos os pelos de Tadashi se arrepiarem.
Tadashi queria dar prazer ao irmão mais do que conseguiria imaginar. Não queria apenas isso, queria vê-lo gemer, sussurrar por mais, corar enquanto tentava se aguentar. Seu corpo fervia só de imaginar tudo isso vendo o irmão morder os lábios no momento em que recebia um oral. O mais velho não queria provocá-lo e estender mais aquela agonia, mas não conseguiu evitar. Lambeu todo o membro do menor, desde a base até a glande ouvindo Hiro prender a respiração antes de voltar a chupá-lo com veemência. Não demorou muito até que ele chegasse ao clímax.
— Dashi... eu... – Começou o menor já ofegante.
Sem tirar a boca da ereção do mais novo, Tadashi engoliu tudo sentindo Hiro agarrar seu cabelo enquanto se derramava. O menor sentiu não apenas seu rosto ficar mais quente depois daquilo, mas também seu corpo. Mesmo depois de já ter gozado, ainda sentia em si uma excitação que não havia passado.
— Desculpa Dashi, eu não queria que... – Tentou se explicar, vendo o irmão limpando os lábios.
— Tudo bem, Hiro. – Sorriu o outro enquanto se ajoelhava na cama, se aproximando novamente do menor que estava sentado, voltando a beijar levemente seus lábios.
— Não é justo que apenas eu... – Começou Hiro, antes de segurar o cós da calça de Tadashi, começando a abrir os botões e o zíper.
— Vai fazer em mim também? – Provocou Tadashi, fazendo Hiro quase engasgar ao tentar responder.
— E-Eu não sei fazer isso... E-Eu...
— Não se preocupe, Hiro. O que você fizer está bom para mim.
Hiro desviou o olhar dos orbes castanhos do irmão. Ainda podia ter uma boa visão do corpo de Tadashi, mesmo que a luz estivesse apagada e toda a iluminação viesse de fora do quarto. Abaixou a calça do irmão junto com a cueca até os joelhos, vendo a ereção evidentemente bem maior que a sua. Pensou em tentar imitar o que Tadashi havia feito com ele, mas não tinha muita certeza de que se sairia bem. No começo tentou apenas chupar, mesmo que a vergonha tomasse conta, queria que o irmão também sentisse prazer. Tadashi apenas observava a boca do menor envolver-lhe, sentindo seu coração se acelerar e seu membro pulsar cada vez mais. Não queria que aquilo acabasse, mas também desejava chegar ao orgasmo junto com Hiro.
— Hiro. – Chamou envolvendo o rosto do mais novo com uma mão, fazendo com que ele olhasse em seus olhos – Eu quero fazer... com você. Quero... que você... me sinta em você...
Hiro não era uma criança boba e sabia o que aquilo significava. Era um adolescente que já havia começado a descobrir o próprio corpo e sempre tinha que dar um jeito de esconder os sites que visitava quando estava sozinho no quarto. Tinha noção do que Tadashi queria dizer com aquela frase e desejava também sentir o irmão dentro de si, chegar ao clímax com ele, sentir o peso do maior sobre si.
— Eu... também quero... – Respondeu abaixando a cabeça, envergonhado demais para admitir aquilo olhando para o irmão.
— Bem... então... – Aquela afirmação do irmão o havia pegado de surpresa. Tadashi passou a mão na nuca, pensando no que fazer naquele momento além de agarrar o irmão e entrar nele com força. Sabia que iria machucá-lo, o jeito era achar algo que pudesse amenizar a dor que Hiro sentiria – Temos que achar algo pra... bem... lubrificar...
— Sim...
— Vou no quarto da tia Cass, talvez ela tenha algum creme... ou algo assim...
— Tudo bem.
Antes que percebesse que corria nu, com uma ereção mais que evidente pela casa, Tadashi foi em direção ao quarto da tia. Só lá se deu conta do que estava prestes a fazer com o irmão mais novo, o que fez com que sentisse seu rosto ficar quase tão vermelho quanto o de Hiro. Se as pessoas descobrissem o que eles estavam fazendo... Repreendeu o pensamento que quase tomou conta da sua cabeça, que as pessoas fossem para o inferno, o irmão o correspondia e isso era mais que suficiente para que estivesse mais feliz do que nunca.
Achou que encontraria algo na penteadeira da tia, mas apenas via perfumes, batons e escovas. Nunca havia entrado e fuçado as coisas dela antes, sentia como se fosse uma invasão de privacidade, mas a situação em que se encontrava exigia que tomasse medidas drásticas. Enquanto procurava nas gavetas, viu uma embalagem estranha e branca, levou um susto quando percebeu que se tratava de lubrificante.
— Achei uma coisa. – Disse quando chegou ao quarto com a embalagem na mão, claramente surpreso.
— U-Um creme? – Perguntou Hiro sentado na cama, ainda com o rosto vermelho.
— Bem... Melhor que isso... Achei um lubrificante na gaveta da tia Cass.
— Lubrificante?
— É.
— O que a tia Cass faz com lubrificante?
— Bem... Acho que não vamos querer descobrir. O importante é que... isso vai ajudar...
— Sim... – Respondeu o menor abaixando a cabeça.
Tadashi ajoelhou-se na cama novamente enquanto Hiro sentava-se mais para trás, acomodando-se nos lençóis e travesseiros, deitando lentamente. Hiro abriu um pouco as pernas mesmo com vergonha da forma exposta em que se encontrava, observando Tadashi pegar um pouco de lubrificante com os dedos.
O maior aproximou-se e lhe beijou os lábios, antes de fazê-lo gemer quando um dedo foi introduzido em sua entrada, primeiro lentamente, depois aumentando o ritmo. Logo passou para dois dedos, com Hiro começando a sentir suas pernas formigarem e todo seu corpo se aquecer ainda mais. Os dois já suavam bastante quando Tadashi introduziu o terceiro, fazendo Hiro morder o lábio inferior no ato. O menor já se agarrava aos lençóis quando Tadashi tirou os dedos de dentro dele, deixando que ele suspirasse.
— Estava bom assim? – Perguntou Tadashi, recebendo um chute leve como resposta.
O mais velho posicionou-se entre as pernas de Hiro, afastando-as ainda mais, parou alguns segundos enquanto direcionava-se à entrada do menor.
— Vai doer um pouco, Hiro. Tem certeza que quer continuar?
— A-Ande logo com isso, nerd. – Respondei Hiro, virando o rosto para que o irmão não visse como estava envergonhado com a situação.
Tadashi entrou aos poucos vendo Hiro se contorcer enquanto o fazia. Quando enfim entrou completamente, percebeu que o irmão fechava os olhos com força e mordia os lábios.
— Está doendo muito, Hiro? Se quiser eu...
— Não! Continue...
— Relaxe, ou pode doer mais... eu acho...
Assim que viu o irmão relaxar um pouco mais, Tadashi movimentou-se um pouco para fora e depois entrou com tudo, fazendo com que Hiro desse um gritinho de dor.
— Hiro?
— Tudo bem... Só... me pegou desprevenido.
Tadashi apoiou-se com os cotovelos e estava prestes a beijar Hiro, e deu um beijo em Hiro.


Tadashi ainda sorria quando voltou a apoiar-se com os cotovelos antes de beijar novamente o irmão, começando a se movimentar dentro dele. Hiro abraçou o pescoço do maior, sentindo ser completamente preenchido pelo membro de Tadashi a cada estocada. Não sabia voltaria caso começasse a gemer muito alto, então mordeu o ombro do mais velho numa tentativa de conter os ruídos que saia de si.
Os dois suavam enquanto a cama rangia com o atrito dos corpos. Hiro agarrava-se ao irmão como se sua vida dependesse disso, as unhas deixando marcas na pele clara, as mãos agarrando-se ao cabelo escuro. O mais novo não conteve um gemido agudo que deu quando sentiu Tadashi atingir sua próstata, fazendo com que o prazer fosse mais intenso. Percebeu que nem precisaria massagear a própria ereção, chegaria ao orgasmo apenas sentindo Tadashi dentro de si.
— Dashi... eu... – Gemeu Hiro de forma manhosa apertando o abraço, contorcendo-se embaixo do mais velho. Tadashi sentiu um arrepio ao ouvir aquilo ao pé do ouvido.
— Vá em frente, Hiro. Goze pra mim. – Sussurrou em resposta, sentindo algo jorrar em seu ventre, sujando ambos.
Não demorou muito até que Tadashi acompanhasse o irmão, derramando-se dentro dele com um suspiro longo. Ambos ofegavam quando finalmente se encararam, sorrindo ao final.
— Está satisfeito com seu atendimento, Gênio? – Perguntou Tadashi.
— Sim. Estou satisfeito com meu atendimento, mas não quero que você volte a forma compacta, Nerdmax.
Tadashi virou-se e deitou ao lado de Hiro, que ainda tentava normalizar a respiração. O menor deitou em seu peito, sendo envolvido pelo braço do mais velho que o trouxe para mais perto.
— Sabe que agora não tem mais volta, não é?
— Eu não quero que tenha.
— Não se importa com o que os outros podem pensar caso descubram, Hiro?
— Não me importo com nada desde que esteja ao meu lado, Tadashi. Você é tudo para mim, quero que todos se explodam, apenas quero ficar com você.
— Assim você me deixa sem graça, cabeção.
— Você que começou. – Murmurou o menor.
— Mas acho que deveria se importar sim com uma coisa.
— Com o quê?
— Com seus gemidos altos demais. – Tadashi riu enquanto levantava-se, recebendo um chute do irmão que continuava na cama.
— Pra onde vai?
— vestir a roupa..

**

os dois fazendo contato visual. Eles se viraram para encarar o outro, ambos parecendo que estavam dizendo para dizer. Hiro começou a acenar para irmão falar enquanto Hiro olhava para o rosto dele, algo parecendo errado. Um ponto escuro em sua linha da mandíbula está presente, não estando lá no dia anterior. Hiro estendeu a mão, esfregando suavemente a área, notando que seu irmão se tornava maior. Puxando a mão para trás, Hiro olhou para o corretivo nos dedos.


"Você percebeu?" Tadashi perguntou, Hiro assentindo em resposta. Ele suspirou, levantando-se e voltou para o banheiro. Ela ouviu a pia correr por um momento antes que ele voltasse para a sala, com o rosto livre da maquiagem. A bochecha, a orelha e o pescoço de Tadashi estavam cobertas pelo que ela sabia que eram queimaduras. Ela se levantou, dando-lhe uma vez mais, notando que as cicatrizes não terminavam por aí. Eles espiaram debaixo das mangas e no peito.


"Eles não são tão ruins quanto antes", ele comentou, notando seus olhares. "Eles costumavam ser muito piores.


"Tadashi, o que ... o que exatamente aconteceu com você?" Hiro questionou, olhando nos olhos do seu irmão mais velho, preocupado refletido nos dele. Hiro sentiu o coração bater forte no peito quando ele segurou as mãos do irmão mais novo delicadamente. Ele sorriu para seu irmão enquanto os apertava tranquilizadoramente.


"É uma longa história, podemos querer tomar um cupcake lá em nossa casa antes de começar? Hiro?".