Beyond The Barricade

DEUXIÈME PARTIE "Before The Barricade" - Marius


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Marius andou sem rumo e só voltou para casa de madrugada. Foi acordado por Courfeyrac e outros amigos que lhe perguntaram se ele não ia ao enterro do general Lamarque, que fora um herói do exército de Napoleão. Napoleão, sempre ele. Como se a vida de Marius não fosse outra coisa para além da sua devoção e idolatria para com Napoleão e os seus ideais.

Ela dissera que não estava bem-disposto e os outros partiram. A sua má disposição tinha a ver com o constante alienação da situação do ABC e com o seu novo amor, Cosette. Era uma má disposição mental, por tanto.

E como todas as boas más disposições mentais, deveria ser solucionada. Colocou então no bolso a pistola que Javert lhe havia entregado na noite em que os Thénardier prepararam a cilada para Jean Valjean e foi visitar Cosette.

Vagou pelas ruas e não percebeu que havia começado uma batalha sangrenta.

Entrou no jardim da rua Plumet e não encontrou Cosette. As janelas estavam fechadas e não havia luz.

«Não está ninguém em casa» pensou desesperado «se for para viver sem Cosette, prefiro morrer».

De repente, alguém chamou por seu nome. Disse que seus amigos o esperavam na barricada da rua Chanvrerie. Pensou ter reconhecido a voz de Éponine, mas ao virar-se, só viu um rapazinho.

Era essa a solução para todos os seus problemas. A morte. Ele não desejava acabar com a sua vida, mas com a sua dor. Dor essa, lancinante, que teimava em corromper o seu coração e o seu juízo, tornando – o um louco suicida. Desejava abraçar a morte como uma velha amiga. Mas não hoje, porque hoje, ele iria lutar.

A batalha entre republicanos e monarquistas começara nas ruas de Paris. Os republicanos estavam em número bem menor. Cantando, gritando e correndo à frente dos demais ia Gavroche.

Marius era o último a chegar.