Descemos do carro e a festa estava bombando, era a boas vindas de volta de Alice.
-Os de sempre? – perguntei, enquanto entravamos de mãos dadas.
-Sim, só alguns a mais.- Alice apresentou-me e a Rebecka a todos os meninos que não conhecíamos, a noite estava sendo ótima e eu realmente me sentia livre de tudo que me perturbava.
Ao contrario das outras festas, não me guardei, dancei com todos os meninos e dei selinho em vários.
-Cara, a gente precisa jogar verdade ou conseqüência – Jasper o garoto novo na cidade, que estava segurando Alice pela cintura falou.
-Agora! – Dei a ultima golada no copo e fomos para mesa na sala.
-Quem começa?
-Eu rodo! – Falei pegando a paleta e girando, caiu a pergunta pro Justin e a resposta pra mim. Eu iria escolher conseqüência, ele sempre foi afim de mim, então o que ele faria?
-Verdade ou conseqüência?
-Conseqüência – Falei com um sorriso malicioso.
-Tira a blusa. – Ele me olhou sarcástico, revirei os olhos e pensei em fazer melhor.
Subi em cima da mesa e fiquei na frente dele, comecei a subir sensualmente minha blusa, terminei de tira-lá e joguei em cima dele.- Alice e Rebecka me olhavam incrédulas.
-E agora eu giro de novo. – Rodei mais uma vez e caiu pra mim fazer a pergunta pra Alice.
-Verdade ou conseqüência maninha?
-Conseqüência, minha Rose. – Ela estava sorrindo maliciosamente, então eu iria fazer um teste, que estava praticamente concretizado em minha cabeça. Mas, eu queria uma prova.
Olhei Jasper de lado.
-Beije o Jasper. – Ela arregalou os olhos e ficou vermelha no imediato. Ele teve a mesma reação só que mais discreta e acompanhada de um sorrisinho torto.
-O que? Você já beijou uns mil garotos, já beijou menina, qual problema?
-Nenhum, Rosalie! – ela me fuzilou com raiva e se levantou da cadeira, todos ficaram olhando-a. Ela sentou no colo de Jasper e deu um beijo cinematográfico, ali não tinha nada de brincadeira, ele segurava ela pela cintura em seu colo, e ela puxava seu cabelo.
Se não tivéssemos arrumado um jeito de parar ela, assim seria o resto da noite.
-Alice. – Chamei e ela se virou pra mim envergonhada, saindo do colo do Jasper e sentando em sua cadeira.
-Eu rodo – Ela me olhou e rodou a seta, que caiu pra ela e Rebecka.
-Becka, verdade ou conseqüência?
-Conseqüência.
-O Tyller vai tirar sua blusa. – Ela agiu normalmente e foi pra frente do Tyller, ele tirou a blusa dela devagar, tocando seu corpo lentamente, depois ainda mordeu seu lábio inferior.
[...] Fiquei com praticamente todos os meninos da festa, ate o Jasper que estava amarrado na Alice, eu ainda peguei. Aquilo parecia as noitadas de meses atrás, onde o lema era se divertir. No final da festa estávamos caindo no chão; os meninos foram embora, e os outros convidados. Só ficou a gente, a bagunça e o Jasper...
-Eu acho que eu já vou indo..
-Hãmm.. se quiser pode dormir.. éer, agente tem vários quartos. – Alice travada e ficava parecendo um tomate enquanto olhava pro chão, falando com Jasper.
-Acho melhor não, já é quase dia, e eu disse que ia dormir em casa – Ele sorriu pra ela e começou a andar pra porta. Alice foi atrás dele, me segurei no corrimão na escada e falei gaguejando.
-Digamos que seja isso – Falou rindo. Eu continuei ali na escada enquanto eles se olhavam.
-Durma bem, Alice.
-Você também, Jasper – Ele virou as costas e eu tive vontade de matar a Alice. Até que olhei e fiquei besta. Ela puxou o braço dele e deu um baita de um beijo. Baixei minha cabeça.
-Rose, pode acordar ele já foi. – Abri os olhos sonolenta e Alice tava na minha frente, rindo.
-Vamos pro quarto a Becka já deve estar dormindo. – Ela me segurou pela cintura e me ajudou a subir, cai na cama com tudo. Acordei com alguém batendo na porta do quarto, me virei e as meninas ainda estavam dormindo, quem seria? Os pais da Alice não chegariam hoje, ou chegariam?
-Alice! Acorda! Tem alguém batendo na porta do quarto. – Sacudi ela, ela sempre teve o sono sensível mas, hoje...
-Me deixa dormir, Rose. Por favor!
-ALICE! Tem alguém batendo na porta do QUARTO! – Destaquei bem as palavras e ela deu um pulo, ficando sentada na cama.
-Do quarto? Que horas são? – Ela falava passando a mão no cabelo, a porta do quarto se abriu.
-Hora de acordar!
-TIA CLARIE?MAMÃE! – Falamos juntas incrédulas.
-Sim, sou eu Alice, Rosalie e Rebecka. Muito lindo o que vocês fizeram ontem. – Ela balançou a cabeça de reprovação, Becka se sentou e ficamos juntas olhando ela.
-Vai colocar a gente de castigo?
-Ou contar pro papai? – Alice perguntou aterrorizada.
-Nem um, nem outro. Seus pais estão sabendo da festa e até acharam legal você ter feito isso, eu e a Liz suspeitamos quando vimos o quarto de vocês todo revirado. Não to com raiva de nenhuma das duas, só não precisavam ter fugido.
-Ah, a gente só tava querendo um pouco de adrenalina, tia – Expliquei tentando amenizar a tensão no quarto.
-Sim, sim.. agora se arrumem e vão tomar café, eu trouxe comida, depois arrumem essa casa. – Ela saiu pela porta, e nos jogamos na cama de alívio.
-Eu jurava que ia ficar de castigo pro resto da vida – Rebecka reclamou.
-Becka, a gente já tem 17 anos. Não tá mais na idade de ficar de castigo.- Alice revirou os olhos e foi para o banheiro, eu desci e comecei a arrumar a sala, tava tudo muito bagunçado e eu ia levar uma vida pra arrumar aquilo. Sempre era assim, eu com a sala, Alice os quartos, Becka os banheiros e nós 3 o jardim e a piscina.
Eram quase 03:00 da tarde quando a gente terminou de arrumar tudo, eu tava morta. Cai no sofá junto com as meninas.
-A única parte que eu odeio nas suas festas...
-É a parte de arrumar a bagunça – respondemos juntas.
A gente podia ir andar de bicicleta aqui na rua, ou até o centro. – Alice falou paralelamente. Olhei pra ela desconfiada.
Desde quando a senhorita gosta de andar de bicicleta?
-Ah, desde sempre, né? Desde quando a gente era pequena.
-Mas, já faz até um tempinho que você parou.
-Que nós paramos – Becka corrigiu.
-Sim, depois que a Rose começou a namorar com meu irmão ela não queria ir mais pra praça flertar. A Becka tem uma preguiça que vale por todos os bichos do zoológico, e eu não ia fazer isso sozinha. – Alice mexia nos cabelos, falando. As vezes eu até me esquecia que ela era minha cunhada, que o Emmett era filho do Carlisle, uma pessoa como ele, as vezes eu acho difícil ele ser mesmo irmão da Alice.
Pisquei e sentir meus olhos umedecerem.
-Eu acho que devíamos voltar aos nossos antigos hábitos, enquanto ainda estamos juntas... Enquanto ainda podemos fazer isso. – Tentei abrir os olhos, sorrindo. Alice me olhou com duvida.
-Enquanto ainda estamos juntas? O que quis dizer? – respirei fundo, eu ainda não tinha contado a ela.
-Alice, os nossos planos de irmos pro Arizona fazer faculdade com a Bella não estão mais de pé. -Como assim? – Ela repetiu mais uma vez, apavorada.
-Nós, eu e a Rebecka, não iremos entrar na faculdade ano que vem, iremos passar uns tempos em Miami. Desculpe. – Fui o mais sincera possível, e eu sabia que ela iria me matar.
-Como podem? Desde pequenas planejamos ir pra faculdade? Isso era um sonho, Rose. Um sonho nosso, desde os 5 anos quando eu cheguei nessa cidade. – Ela se levantou do sofá, eufórica.
-Alice, me desculpe. Mas, você foi pra França e muita coisa mudou.
-Não, eu pensei que a gente não tivesse mudado. – Ela andava de um lado para o outro olhando pro chão.
-Infelizmente a gente mudou. Eu vive, eu conheci, eu passei por momentos novos. Alice, 12 anos é muito tempo mas, 1 ano você sem ao menos dá um telefonema foi mais tempo ainda. – Rebecka se levantou, e nos olhou.
-Eu não sei como vocês duas ainda conseguem ficarem repetindo esse assunto? Quantas vezes mais eu vou ter que escutar você atirar na cara da Alice que ela passou 1 ano sem dar notícias diretamente. Ou você dizendo as promessas que fizemos quando nem sabíamos o que era viver? Alice, Rosalie! A gente se redescobriu, e se a nossa amizade continuou até aqui, mesmo com todos os autos e baixos é por que é pra ela ser pra sempre. Mas, vocês tem que começar a se entenderem, e aceitarem uma a outra com seus novos costumes, custa? – Nos entreolhamos.
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