Better Than Revenge.
Capítulo 7- O convite.
– Filha, eu sei que é difícil ter que ver o Rafael sempre. No início eu não queria que seu irmão o trouxesse aqui. - Minha mãe disse enquanto mexia nos meus cabelos, eu estava deitada no sofá no seu colo e ela sentada fazendo cafuné em mim.
–Tudo bem. -Eu disse.
–Prometa que não vai aprontar nada? -Ela perguntou.
–Sim. -Menti, mas por uma boa causa.
–Eu me preocupo com você. -Ela disse.
–E deve, você é a minha mãe. -Disse rindo. Logo a porta se abriu e o Dan entrou, acompanhado do Arthur e do filho do Arthur.
–Trocou de melhor amigo é? -Minha mãe falou e eu levantei-me do seu colo e me sentei para vê-los. Dan apenas riu.
–Fez uma bela troca. -Minha mãe disse sorrindo e encarando o Arthur. -E esse pequeno? -Ela disse olhando para o filho do Arthur.
–Sempre aprontando. -Arthur disse pegando a criança no colo.
– Bem, vou dar uma saidinha. Se comportem, crianças. -Minha mãe disse se retirando.
–Vou lá pegar o notebook pra gente fazer o trabalho. -Dan disse e saiu deixando eu e o Arthur a sós. Ele me olhou por alguns segundos, mexeu nos cabelos e por fim, sentou-se ao meu lado.
–Sabe... Eu estava pensando se... -Ele disse e eu o encarei seus lábios, prestando atenção nas palavras que sairiam dali.
–Se? - Eu perguntei distraída.
–Está afim, de sair comigo qualquer dia desses? -Ele disse finalmente e corou.
–Claro. -Respondi e ele abriu um sorriso.
–Então... Eu posso te ligar pra marcar? -Ele perguntou acanhado.
–Sim. Se você tiver o meu número. -Sorri.
–Eu pego com o Dan. - Ele disse.
–Ouvi meu nome?! -Dan disse invadindo o cômodo com seu notebook nas mãos.
–Bem, vou pro meu quarto. -Eu disse. - Até depois. -Retirei-me da sala. Entrei no quarto e o meu celular estava tocando, me joguei na cama e para atendê-lo.
–Windy.
–Priane?
–Sim, topa ir numa festa comigo? -Ela questionou.
–Em pleno domingo? -Respondi com outra pergunta.
–Ah vamos. - Choramingou.
–Está bem. - Ela soltou um "yes", se sentindo vitoriosa.
(...)
–Olha lá a Roberta e o Carlos. -Priane disse me puxando para o lado oposto deles.
–Dá pra ver que ele não gosta dela. -Eu disse segurando uma garrafa de ice, me sentindo uma alcoólatra.
–Você acha? -Priane perguntou.
–Acho não, tenho certeza. Coitada da Roberta, eu gostei dela. - Disse sinceramente.
–Ela era minha amiga, sempre gostei do Carlos e ele sabia. Quando eles começaram a namorar eu me afastei. -Ela disse com uma expressão triste.
–Ela sabia que você gostava dele?
–Não. - Ela suspirou. - Olha quem tá vindo pra cá... - Pri disse apontando pro Rafael.
–Oi. -Rafael disse.
–Oi Rafa. -Priane disse e deu dois beijinhos no seu rosto, revirei os olhos.
–Podemos conversar? -Rafael perguntou voltado a mim.
–Não. -Respondi.
–Windy. -Ele bufou.
–Vai lá garota. -Priane me empurrou fazendo com que eu quase caísse, mas Rafael me segurou.
–Vamos? -Ele perguntou me soltando, revirei os olhos, mas assenti.
Ele me puxou até o pátio, onde estava mais calmo. Tinha umas pessoas se beijando, outras conversando e também outros, indo mais além.
– Fala. - Eu disse apressando esse "papo".
–Tudo bem. Não vou ficar enrolando. -Ele disse enquanto prensava meu corpo contra a parede. Colocou as mãos sobre a mesma e aproximou nossos lábios, senti a sua respiração e o calor do seu corpo. Tentei fingir que não estava me abalando, coloquei a mão no seu peito e o afastei de mim.
–O que você quer? -Disse ao ver ele me fitando.
–Você. - Ele disse devagar, e selou nossos lábios. No começo foi algo meio romântico, mas depois o beijo se transformou uma pura malicia.
Priane.
–Fala Dan.
– Viu a Windy por ai? -Ele perguntou e eu comecei a procurá-la pelo pátio. Logo meus olhos se fixaram nela aos beijos com o Rafael.
–Sim, está ficando com o Rafael. - Eu disse rindo.
–O QUE? -Dan gritou. - Tem certeza?
–Ai, não grita e sim, tenho. - O Dan desligou na minha cara.
–Eita, mal educado. -Disse para mim mesma, logo voltei para a festa.
Fiquei escorada na parede observando algumas pessoas.
–Saudades de mim? -Carlos disse com as mãos apoiadas na parede e me fitando.
–Não, pra ser sincera você está poluindo meu ar. -Disse me preparando para sair dali.
–Sério? -Ele disse. -Não é isso que seus olhos e seu corpo dizem. -Sussurrou no meu ouvido.
–O mundo gira, a fila anda! -Disse saindo, só queria me livrar de Carlos. Surgiu um garoto em minha frente e pra ser sincera nem vi seu rosto.
O agarrei e dei um beijo na sua boca. Iniciamos um beijo lento e a surpresa veio quando nos afastamos.
(...)
–Você beijou o Cadu? -Windy disse rindo, estávamos no meu carro voltando para casa.
–E você o Rafael. -Bufei, e ela automaticamente parou de rir.
–E o Carlos? -Windy perguntou.
–Nem sei, fiquei tão chocada e sem jeito que a única coisa que vi foi o Cadu com aquela cara de surpreso dele.
(...)
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