Better Than Revenge.

Capítulo 47 - Maníaca!


-E a Windy? -Dan diz entre um gole e outro em sua cerveja. Liguei para ele para sairmos enquanto Windy estava com as amigas.

-Proporcionei uma manhã e uma parte da tarde para ela sair com a Shay e a Priane.

-Ah. -Riu.

-Ela foi para a aula e depois foi sair com as garotas. -Sorriu de canto.

-Ela nunca mais olhou na cara da Liane. -Dan murmurou e fez um gesto negativo com a cabeça.

-Por quê? -Pergunto e ele faz uma careta.

-Você. Quando a Liane te beijou... E você sabe. -Disse num tom doloroso.

-Ah. Depois eu que sou ciumento. -Dou uma gargalhada.

-Bem assim, mulheres!

Windy.

Cheguei ao apartamento antes de Ricardo, que me avisou que iria sair com o Dan. Eu estava morta, tinha saído com as meninas e tudo tinha sido perfeito. Tirei meus sapatos, eu amava andar descalça em casa, aqui não era a MINHA casa, mas era praticamente isso.

Caminhei até o quarto e fiquei observando o mar da sacada, ouvi o barulho da campainha. Provavelmente o Ricardo havia esquecido suas chaves, caminhei até a porta e abri a mesma dando de cara com uma garota de cabelos escuros, da cor do meu cabelo. Ela estava de costas, ao virar-se suspirei.

-Julia. -Revirei os olhos.

-Oi querida. –Empurrou-me e invadiu o apartamento. Senti uma sensação ruim, ela passou os dedos pela mesa e riu sozinha.

-Sai daqui. –Disse mantendo a porta aberta.

- Feche a porta, e vamos conversar de morena para morena. -Deu uma risada maléfica, não obedeci e ela empurrou a porta com toda a sua força. Escorei-me na parede e Julia se aproximou de mim, colocou uma mão sobre meu pescoço e tirou uma faca do bolso.

-Olha, quem veio te ver. -Disse mexendo a faca afiada próximo a minha jugular. Engoli seco. -Eu mandei você se afastar dele, não me obedeceu né querida. Agora eu vou acabar com você.

Senti a morte próxima, eu estava sem nenhuma chance de defesa. Julia esceu a faca e a posicionou perto de meu peito.

-Mas nossa brincadeira vai ser bem lenta, e sua morte dolorosa. -Disse rindo. Julia levantou a mão e me deu um tapa no rosto. -Fala sua vadia! -Julia pressionou a faca contra meu peito e a apertou fazendo um corte profundo logo, jorrar sangue. Tentei ignorar a dor, mas era impossível.

-Olha! Você sangra! -Colocou a mão sobre o corte e deu uma gargalhada. Levou a faca para o outro lado de meu pescoço, a porta se abriu e Ricardo surgiu assustado.

-O que você tá fazendo aqui Julia? Solta ela! -Ricardo tentou se aproximar.

-Não chega perto! -Julia disse doida. -Eu já vou meu amor, mas antes vou matá-la.

Senti lágrimas inundarem meu rosto, Ricardo em um gesto rápido, enquanto Julia estava distraída, puxou-a que depositou a faca em meu pescoço distribuindo outro corte, gritei de dor, pois havia doído mais que o outro. Ricardo tirou a faca de Julia e a segurou.

-Liga para a polícia!

Fiz o que ele pediu, logo após meio zonza e fraca eu perdi a noção do espaço.

(...)

Abri meus olhos lentamente, eu estava num quarto todo branco. Minha mãe estava sentada em uma poltrona branca, mas levantou-se assim que me viu acordada.

-Filha, você acordou. -Sorri de canto enquanto ela segurava minha mão.

-O que é que eu estou fazendo aqui? –Perguntei.

-O médico disse que você perdeu muito sangue, então o Ricardo doou o dele para você e agora está aqui em observação.

-Cadê o Ricardo? –Perguntei.

-Ele foi tomar café, arrastado pelo Dan. Ele disse que não iria sair daqui até você sair junto com ele. -Pisquei os olhos rapidamente, surpresa.

-E a Julia? -Indaguei e senti o meu corte do pescoço arder.

-Bom, ela foi presa. Mas por ser réu primaria é capaz de sair bem rápido.

-Brasil. - Revirei os olhos.

-Brasil. - Minha mãe repetiu indignada. -O Ricardo está se culpando pelo que aconteceu com você.

-Ele não teve nada a ver. -Disse incrédula.

-Eu sei. -Disse ela. -O Arthur veio aqui ver você.

-Veio? -Ergui as sobrancelhas.

-Faíscas rolaram entre ele e o Ricardo. – Mamãe disse animada, como se fosse uma festa.

-Mãe! Você é a rádio corredor. –Dei uma gargalhada.

-Ué, você não quer saber?

-Claro que quero!

Ricardo.

-A culpa é toda minha! -Disse e levei minhas mãos até o topo de minha cabeça.

-Pior do que está num hospital, é estar num hospital sendo obrigado a ouvir você se lamentar. -Dan resmungou.

-Chato você. -Bufei.

-Calma. Cunhadinho. -Dan brinca enquanto eu fiquei sério.

-Vamos voltar vai, quero ficar perto da Windy.

-Você quem manda. -Dan apertou os lábios.

Caminhamos até o quarto da Windy, Dan me acompanhou em passos lentos enquanto eu praticamente corria.

-Calma. Ricardo! -Dan diz sem fôlego.

-Não exagera! -Revirei os olhos.

-Falta de Windy te deixa mal humorado. -Dan disse entre risos.

Entramos no quarto e a Windy estava em pé, pronta para ir embora. Corri em sua direção e a abracei que me observava confusa. Windy se desequilibrou, mas eu a segurei.

-Ai Ricardo! -Ruborizou ela.

-Desculpa! Eu esqueci que você está fraca. –Disse sem soltá-la. Dan abraçou sua mãe que suspirava de um modo meio fofo.

-É o amor. -Dan balançou a cabeça e se esforçou para não lançar um sorriso.

-Ricardo. Você. Já. Pode. Me. Soltar. –Disse Windy lentamente. -Eu quero ir embora.

-Tudo bem. -Disse soltando-a.

-Você vai vir com nós ou com o Ricardo, filha? -Sua mãe pergunta.

-Comigo! -Disse antes e Windy soltou uma gargalhada, mas logo seu sorriso se desfaz.

-Eu... Tenho medo. Trauma. -Disse ela tremula.

-Ela tá presa, e eu prometo que cuidarei de você. -Digo dando lhe um beijo em sua testa.

Windy.

Sentia-me fraca e zonza, Ricardo me puxou para sentar em seu colo e acariciava meu rosto com as pontas de seus dedos.

-Eu não gosto de ver você assim. –Disse cabisbaixo.

-Como você quer que eu esteja? Sua ex tentou me matar! -Disse sem pensar, as palavras ardem como um tapa na cara de Ricardo, que abre a boca para dizer algo, mas logo a fecha e se mantem calado.

-Desculpa! Eu não quis pôr a culpa em você se é isso que...

-Não, tudo bem. –Disse Ricardo me interrompendo de acabar a frase. -Eu sei que a culpa foi minha. Eu não deveria ter saído com o Dan.

-Se você continuar se culpando eu vou ir embora.

-Tudo bem, eu paro. –Suspirou.

-Eu estava aqui pensando... Cinema e restaurante? -Ricardo propôs sorridente. Franzi o cenho.

-Eu acabei de quase ser morta e você quer me levar para a farra? -Disse séria.

-Desculpa! Eu sou um idiota, desculpa! -Ricardo me afastou de seu colo e caminhou de um lado para o outro.

-Eu estava brincando. -Disse séria. -Acho uma ótima ideia.

-Windy! Eu ainda mato você. -Ricardo disse e se aproximou de mim, automaticamente jogo-me na cama e ele encheu-me de beijos.

-Ricardo! -Digo entre risos.

-O que? -Levantou a cabeça para me observar.

-Vamos!

-Ah é! -Deu uma gargalhada, revirei os olhos.

(...)